Capítulo 1
Era fim do dia e eu estava totalmente desgastada, um plantão somado a duas longas cirurgias. Amava o hospital assim como amava dedicar a minha a minha vida para profissão, mas nada superava o amor que tinha quando o ponteiro marcava “ hora de retornar para casa”, porque era lá onde me revigorava, me sentia completa. Não por voltar para casa em si, mas pelo conjunto de sensações que tinha desde ao entrar no carro e me por a seguir para o meu mundo mágico erguido e protegido pelas paredes. Era por isso e, sobretudo, pela arritmia cardíaca que me era causada ao abrir a porta... Era por encontrar Clara.
Ao entrar em casa segui o cheiro de comida e fiquei observando-a, de costas para mim, mexendo algo que estava no fogão. Buscando sua taça que, pelo seu gosto tão conhecido por mim, deduzi ser vinho e distraidamente ela se vira com o dedo na boca provando, aprovando e, naturalmente, provocando-me. E ganhei o dia com o sorrido que fui agraciada ao ser flagrada admirando-a.
— Há quanto tempo está ai? — vinha em minha direção
— Tempo o suficiente para me apaixonar de novo — selando sua cintura com um braço enquanto roubava-lhe um beijo leve nos lábios — O que estamos comemorando? Não recebi nenhum lembrete vindo da agenda — de fato eu era péssima com datas comemorativas e com Clara tornei-me ainda pior. Pois, ao chegar, as vezes a encontrava simples lendo um livro de pijama, tomando um chá com uma regata surrada ou vendo filme com um dos meus blusões e outras vezes, como essa vez, a encontrava pronta para ir no melhor restaurante da cidade e fazer com que todos presentes se sentissem inadequados para a ocasião.
— Estamos comemorando a sua volta para casa, a sua presença aqui — falava com se eu estivesse fora há meses, anos, e de fato, era assim que me sentia quando estava longe dela, como se há cada hora houvesse longos e intermináveis minutos.
— Então me deixe ficar a altura da mulher mais linda. Não demoro — rindo e com um carinho no seu rosto, me retiro pra tentar causar nela o mesmo que me era causado.
Quase uma hora depois desço as escadas num vestido longo, vermelho com uma fenda na coxa que contrastava com o branco e costas nuas dela. O jazz ao fundo e no fim da escada Clara me recebia com duas coisas que aprendi a amar: vinho e seu olhar de cobiça
— Tens fome? — perguntou enquanto eu sorvia o liquido a olhando nos olhos
— Tenho, mas agora não mais do que está sobre a mesa
— E do que é sua fome? — falava sensualmente. Era quase uma heresia Deus ter colocado uma mulher como Clara no mundo
— Talvez — já encostada ao seu corpo, intercalado a cada palavra beijos leves e molhados na lateral do seu rosto — de algo que eu possa levar até a mesa e, de forma insaciável, comer. — Clara suspirava e ria e eu sabia como já estava seu corpo
— Mas antes, venha comer o que lhe preparei — puxando minha mão e rebol*ndo na minha frente enquanto andava. Puxou, cavalheira, a cadeira para que eu sentasse e disse próximo ao meu ouvido fazendo os pelos de minha nuca arrepiarem-se — e talvez, você ganhe sobremesa
E sentada a minha frente estava outra faceta dela, perguntava sobre meu dia e ouvia o que eu dizia como se fosse a coisa mais importe no mundo naquele momento. Me dizia como havia sido seu dia com uma leveza que não lhe abandonava nem nos momentos de angústia. A conheci assim, com essa mesma leveza e serenidade no olhar, e pela sua calma podia jurar que naquele dia o ombro deslocado não era o dela. Não sei bem quando me apaixonei por Clara, talvez tenha sido quando perguntava como havia deslocado o ombro ou quando tentei coloca-lo no lugar, de tanta dor, ela desmaiou em meus braços. Mas eu sabia quando mereapaixonava por ela.
Estava tirando a mesa e levando para o balcão da cozinha enquanto eu servia mais vinho. A encurralei, de costas pra mim, beijando seu pescoço e oferecendo-lhe mais vinho colocando a taça na sua frente. Vira pra mim, bebe toda a taça em um só gole e começa a me empurra fazendo com meu corpo fique preso entre ela e a mesa.
— Você é linda — Ela disse após se afastar um pouco e me admirar com toda a cobiça. Era impossível resistir aquela mulher, a puxei pela nuca e sem cerimonias beijei-lhe de forma intensa, com saudade, com gula, com tesão e com tudo que aquela mulher, a minha mulher, me despertava. Fazendo com que eu me sentasse sobre a mesa e se encaixando entre minhas pernas, ora beijava minha nuca ora beijava-me nos lábios. Minhas mãos já passeavam por suas costas nuas, sentindo a temperatura elevada daquele corpo quente e quando coloquei uma mão sobre seu seio, apertando-o, ouvi o seu gemido baixinho, rouco.
— Adoro quando põe vestido, fica irresistível e facilita pra mim — Já puxava as alças de seu vestido para baixo, ela ficava linda vestida, mas nua era inigualável, enquanto suas mãos adentravam pela fenda apertando minhas coxas, arranhando, tomando posse do que era seu e em questão de segundos eu já estava nua tentado deixa-la assim também. Prendi seu corpo com as pernas enquanto passeava com a língua pelo seu pescoço, colo dando leves mordidas bem como eu sabia que ela gostava, como a acendia. Agora, usando só uma minúscula calcinha , estava ela alternando toques entre minha cintura, nádegas e coxas. Sem pudor nenhum faz com eu mantenha as pernas um pouco mais aberta para receber um leve roçar de dedos no meio das minhas pernas. Inevitavelmente suspirando — Não me tortura não, eu sei que você já está louca também — E com o olhar de gula que ela me lança, eu tenho a certeza de serei torturada , porque Clara amava me fazer implorar pelos seus toques. Como se estivesse lendo meus pensamentos, ela agarra e suspende meu corpo da mesa fazendo com que apertasse mais seu corpo entre minhas pernas, sem largar sua boca sinto nossos corpos descendo, Clara havia me levado para o sofá e agora estava eu sentada no seu corpo, sentindo suas mãos em minha cintura, apertando-a e forçando movimento. Lentamente, torturando-a, olhando em seus olhos começo a fazer movimentos lentos sobre seu corpo forçando atrito sobre seu sex* e suas mãos apertavam meus seios, sem quebrar o contato entre nossos olhos, tomo uma de suas mãos levando até a boca, ch*pando seus dedos deixando-os molhados. Clara, sem imaginar meus planos, já suspirava só com a cena. Ao retirar seus dedos molhados da boca, os levo até meus seios deixando a intensidade da massagem aplicada neles por conta dela.
— você me enlouquece — dizia ela mordendo meu ombro
— ótimo, porque tudo que eu quero é você descontrolada — Clara era a mulher mais sensata que eu conhecia... até o momento em que não houvesse tesão.
Tomei seus dedos, ainda molhados, e os desci lentamente levando-os para onde eu tanto ansiava. Clara me fazia gem*r próximo ao seu ouvido enquanto massageava lentamente e eu tinha certeza que minha excitação já escorria por suas pernas. Descontrolada. Era assim que ficávamos. Clara pegara meu corpo com posse e havia deitado-se sobre mim, minhas mãos apertando sua bunda e ela ria porque sabia da minha nítida obsessão, e como um presente, ela separa-se de mim apenas para despir, sensualmente, da calcinha. Ainda por cima, ela movimentava-se sobre minha perna e forçando a dela no meio das minhas, fazendo um delicioso atrito. Os gemidos, que eu não sabia mais se eram meus ou dela, abafavam a música no fundo e nada era mais gracioso de ouvir do que os gemidos e palavras desconexadas vindas dela. Seus dedos, ganhando vida, me preenchiam num vai e vem intenso, forte e percebendo que logo goz*ria ela foi diminuindo o ritmo.
— Não! Eu vou mata-la! — Não seria Clara senão me fizesse implorar
— Se for tesão, será uma morte deliciosa — descarada, ela dizia sensualmente. Vingativa, mudei nossas posições e agora ficando por cima. Comecei a explorar seu pescoço, colo, e uma atenção maior nos seios. Mordendo o bico rosado, marcando toda aquela pele branca. Deixando um rastro de beijos, continuo descendo e pulo, torturosamente, o meio de suas pernas beijando a parte de dentro da coxa. Primeiro uma, depois a outra, marcando-a, mordendo e suspiro deixando o ar bater no seu sex* que estava pulsante e sensível. Ouço um gemido e começo a explorara, degustando-a, ch*pando-a, fazendo os movimentos que logo a enlouqueceria mais ainda, a faria implorar. Puxando meus cabelos eu sabia que ela queria mais velocidade
— Peça — Parei os movimentos para falar e logo passei a língua, lentamente ouvindo outro suspiro.
— Faz o que você tá doida pra fazer desde que me viu — suspende meu corpo, ficando na altura de seu rosto
— Vai ter que implorar, se quer que que continue — beijou-me forte, sentindo o seu próprio gosto e olhando em meus olhos, intensamente
— Me come, me refaz sua, me enlouqueça Anabelle — Foi o estopim. Nem com o maior desejo de vingança, eu conseguiria recusar um pedido seu.
Atendi o seu pedido, a sua ordem, e mudando de posição ficando a disposição dela para ela também me enloquecesse. A ch*pei enquanto meus dedos terminavam de enlouquece-la E sentindo seus toques em mim, não sabia se aprofundava ou gemia seu nome loucamente.
Agora, com os corpos cansados, suados e marcados, ela descansava em meu peitos, fazendo carinho no meu colo enquanto eu suspirava por tê-la em minha vida.
— Me acompanha num banho agora? — perguntei e me olhando, apaixonadamente, ela responde
— Te acompanho em todo lugar — deixando ela ir na frente, me guiando, porque deveria ser um pecado perder a oportunidade de ver o rebol*do de Clara ao andar
— Sou tão previsível assim? — perguntei ao ver que a banheira já estava preparada para o nosso banho.
— Você não. Só conheço você, seus gostos. Sei que não resiste a mim e que depois de fazer amor em qualquer canto da casa, porque também sei que todo local é propício para nós duas, você gosta de relaxar seu corpo na água.
— Talvez eu nunca descubra quando comecei a ama-la. Talvez eu já amasse antes de tudo.
E agora, na banheira, eu estava repousando as costas no peito da minha mulher maravilhosa. E esse era o meu único desejo do dia sendo realizado. E que esse seja o meu maior desejo todos os dias.
Fim do capítulo
Eae meninas, gostaram?
Comentar este capítulo:
Anna Caroll
Em: 18/10/2017
Narrativa sensacional!!
Adorei!!
E a continuação, tem????
Bjssssss
Resposta do autor:
Oi, Anna, tudo bem?
Muito obrigada pelo elogio, espero que você tenha sentido a história.
essa história não terá continuação, o meu intuito com ela é que cada leitor consiga imaginar o seu próprio final. mas teremos outras histórias e espero tê-la por aqui
um beijo,
Ângela
Nehw
Em: 20/12/2016
Adorei a narrativa!
Envolvente, sensível ao mesmo tempo que deixa o libido estampado no sorriso de lado, meio tímido mas completamente inebriado...
Favorito a estória, como também a autora!
Parabéns!
Resposta do autor:
Nehw, isso me deixa muito feliz e satisfeita! Me sinto honrada pelo favoritismo e pelos elogios. Muito obrigada
um beijo,
Ângela
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Val Maria
Em: 29/11/2016
Que história magnífica. Que narrativa perfeita, você é um talento para a escrita. Adorei as cenas e imaginei cada uma. Espero lê outras histórias sua.
Bjssss linda autora.
Resposta do autor:
Val, seu comentário me deixa muito feliz! Sinto que atingi o meu objetivo ao fazer você imaginar cada cena. Agradeço imensamente os elogios, espero te ter aqui nas próximas histórias
um beijo,
Ângela
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