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O bairro das casinhas coloridas por Carla Gentil

Ver comentários: 2

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Palavras: 636
Acessos: 615   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo único

A luz do sol, tendo viajado por milhares de quilômetros, naquele momento parecia brincar de invadir a janela sem cortinas da casinha cor de laranja de Flora, no lugar que ganhou o apelido de bairro colorido. 

 

Depois de um concurso da loja de tintas, todas as casas daquele bairro, no alto da ladeira, ficaram coloridas como um dia ensolarado de primavera.

 

Tinha a casa lilás, do Abreu e da Maria,  a casinha verde com jardim da Marina, o sobradinho vermelho e rosa, onde moravam os estudantes barulhentos e entusiasmos, a casa azul do céu, da Anália e seus três filhos.  Assim as cores se misturavam por algumas ruas, identificando seus moradores. Casinhas comuns, só muito coloridas. E entre elas a casa laranja sem cortinas da Flora.

 

Flora até tinha cortinas, bem guardadas, no alto do guarda-roupa. Mas tinha muita preguiça de subir na cadeira e tirar todo o pó que cobria o saco plástico que as embalavam.

 

Marina também não tinha cortinas em suas janelas, porém ela não se incomodava com isto: desenvolvera técnicas para fugir do sol que invadia seu quarto de manhã. Quando, finalmente, ele chegava até ela, já era hora de levantar e ir para o trabalho.

 

Flora e Marina trabalhavam juntas num prédio muito grande, muito velho e muito cinza. Um cinza entristecido, com cara de chuva em final de semana.  

 

Um dia, conversando, elas se deram conta que gostavam mais do trabalho quando ainda não conviviam com o colorido de seu bairro.

 

E assim, todos os dias quando a sirene apitava, era com alegria que elas tiravam o uniforme cor e peso de chumbo,  que as deixavam tão iguais a todos os outros, e vestiam suas roupas coloridas e leves para voltar para suas casas.

 

Caminhavam juntas - não moravam muito longe da fábrica, embora parecesse um outro universo. De longe podiam ver o sol brilhando sobre seu bairro, iluminando aquela profusão de cores. Achavam que era o seu arco-íris particular. E se era um arco-íris era só procurar que encontrariam um tesouro por ali. 

 

Flora sabia, mas não dizia nada. Ela já havia encontrado o seu tesouro. E, por ser tesouro, não desgrudava dele, ou melhor... Dela.

 

Marina ainda não concluíra, mas já percebera que aquela alegria e beleza que deixavam o seu mundo tão cheio de vida e a tornava especial entre uma multidão, não a arrebatava quando estava sozinha, mesmo que estivesse mexendo em seu jardim. Somente quando Flora estava por perto, a beleza era mais bonita, o agradável era mais sublime.

 

É, só faltava concluir. E Flora esperava serenamente por este momento. Achava que a pressa a faria perder todos os sentimentos que ela furtava da vida, que a faziam estremecer, congelar, aquecer, sonhar... Tudo isto com alguns olhares, pequenos toques, todos os sorrisos, toda a espera.  

 

Muitos dias mais o sol invadiu as casinhas coloridas. Inúmeras vezes, o som da sirene proporcionou uma troca risonha de olhares. As ruas da ladeira testemunharam os passos sempre unidos, inclusive quando unidas passaram a ser também as mãos daquelas moças tão únicas do bairro colorido, no dia em que a espera acabou e as emoções passaram a ser compartilhadas.

 

E o pequeno bairro das casinhas coloridas era mesmo o final do arco-íris. O tesouro que escondia era o imenso amor que transbordava da casinha metade verde, metade laranja - como uma taça bem gelada de Hi-Fi, com um lindo jardim, que Flora e Marina agora dividiam.

 

O sol continuava sua jornada de milhares de quilômetros para trazer luz, vida, colorido, energia e calor ao nosso planeta... Mas já não mais as acordava, porque juntas cobriram as janelas de alegres cortinas e assim aproveitavam mais o aconchegante prazer de dormir uma nos braços da outra.

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capítulo único:
Monica Franca
Monica Franca

Em: 30/05/2017

Algumas esperas valem a pena ! 

Amei o colorido...o arco-íris.

Bjos


Resposta do autor:

esse é um dos meus queridinhos, escrevi pensando nas pessoas que vivem em algumas comunidades do Rio e em quanta história colorida se esconde no cinza das fábricas. 

 

Beijinhos, caríssima  o/ 

Responder

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rhina
rhina

Em: 29/07/2016

 

Olá. 

Muito lindo autora. 

Gistei muito. 

Parabéns. 

Até. 

Rhina. 


Resposta do autor:

Obrigada, Rhina, um ótimo por de sol pra vc o/ 

 

Carla

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