Vivência Religiosa
Você já vivenciou uma experiência religiosa?
Eu já e a compreendo de tal maneira, talvez você concorde. Há uma espécie de quatro momentos, os quais: O momento de contemplação, no sentido de conhecimento imagético. Num segundo momento, você conhece a entidade ou entidades. Dessa forma, finalmente, você tem seu momento de autoconhecimento. E, quando isso acontece, há algo comum a todos os tipos de crenças; o momento de adoração, de louvor.
Ela estava de costas para mim, costas desnudas. Eu não conseguia evitar correr meus olhos por cada pedaço de pele, por cada traço, linha, em seu corpo. Ela virou de frente para mim, e eu rapidamente voltei meus olhos para seu rosto, seu olhar era diferente, ele pedia por algo. Desci meus olhos, seios, os dela estavam a mostra, redondos e rosados, como um botão de rosa, o qual eu precisava experimentar, o cheiro, o sabor, e eu não aguentava mais. Olhei para a cama com ênfase. Tal mensagem ela entendeu e foi levando seu corpo lentamente a mesma. Eu, de joelhos, a contemplava deitada, um templo, com certeza. Meus dedos formigavam, então resolvi sacia-los.
Toquei seus lábios, contornei seus seios. Tracejei uma linha reta pelo seu abdômen. E a senti arrepiar, e a ouvi suspirar. Me abaixei lentamente e uni vossos lábios. Senti seus seios, eles pareciam latejar, contra meu peito, certamente queriam minha atenção. Discorri a boca pela sua clavícula. Senti um cheiro, viciante. Quando coloquei, os seios, dentro da minha boca, eles eram tão macios, de um gosto indescritível. Depois de degustar cada pedaço, seios, abdômen, pescoço. Eu senti que finalmente podia conhece-la melhor, então eu abri seu templo particular. Puxei o pano que o cobria, devagar. Nesse momento eu era um cego, o qual descobria, aprendia, pelo tato. E a textura interna dela era meu braile. Tateava, ora rápido, ora devagar. Finalmente senti sua contração mais forte, e junto com ela um suspiro, ainda mais pesado. Eu, de fato, havia lido as escrituras. De certo, que agora, poderia me adentrar ao templo. Aproximei meus lábios, e beijei lentamente o altar, eu queria me conectar com minha entidade. Passei minha língua, aspereza contra maciez. A cada vez que sentia suas pernas se contraírem em volta do meu pescoço, eu sabia que estava sendo correspondida, minhas preces estavam sendo ouvidas. Eu sugava tudo que podia, eu queria conhecer, me apropriar do saber. Num momento tão singular, eu me conheci, me achei ali. Eu havia bebido sua água, tal símbolo de clareza. Eclodiu, e se irradiou, o gosto, por toda a minha boca. O fim de minha sede.
Me senti imortal. Eu bebi o elixir da vida, havia acabado, já tinha direito a um lugar celestial. Mas dessa vez, a adoração, não ficou por conta do adorador. A deusa, dessa vez, é quem tinha dado seu gemido de aleluia.
Fim do capítulo
Espero que tenham gostado, bjs!
- Mah
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Ana_Clara
Em: 23/07/2016
Eu realmente gostei, mas preciso comentar que não curti muito a ideia da experiência religiosa com este momento magnífico e carnal. Mas olha, uma opinião particular, assim como neste momento eu te elogio pela excelente escrita. Vc escreve muito bem!
Resposta do autor:
Tentar olhar a religião, nesse caso, sem um estigma dogmático, eu quis trazer o profano para o sagrado e o carnal para o etéreo e tals.
Que bom que você gostou! Muito Obrigado :)
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