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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

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Palavras: 17615
Acessos: 14554   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 44

-- Senhor Carlos... Bom dia! -- Lígia disse sorridente e simpática, pondo-se de pé ao ver o homem entrar na recepção à sala da presidência.

-- Olha só, senhorita. -- Carlos disse a fitando com um sorriso irônico. -- Não finja que gosta de mim, porque sei que não gosta, assim como eu não vou com a sua cara.  

Lígia riu com ainda fitando o homem à sua frente, já estava acostumada com o jeito de Carlos, não se ofendia mais, nem se importava, desde que, ele não passasse dos limites, tratava apenas de fazer o seu trabalho. 

-- Em primeiro lugar, é senhora. -- Advertiu o olhando serena. -- Em segundo, não estou fingindo nem deixando de fingir que gosto do senhor, apenas estou fazendo o meu trabalho em tratar bem, com educação e ajudar quem quer que seja ao adentrar nesse ambiente. Então, já que o senhor foi esta pessoa no momento, vamos às perguntas de praxe. -- Sorriu. -- O que o senhor deseja? 

Carlos a fitava com evidente irritação, mas resolveu não criar casos maiores, pois de fato à mulher estava apenas fazendo o seu trabalho, tinha que concordar, ainda assim, não demonstrou estar em acordo com a postura de Lígia. 

-- Primeiro falar com o Fabrício e depois quero que alguém do financeiro me faça um favor e me explique algumas coisas.

-- Senhor Fabrício está em reunião no momento, mas creio que não vá demorar. E quanto ao outro pedido, terá alguém a sua disposição, sem problemas. -- Avisou educadamente. 

-- Ótimo. Vou esperar. -- Disse já se dirigindo a um dos sofás ali no lugar.

Ligia suspirou olhando-o por um instante e depois riu indo providenciar o café e a água de Carlos, costume peculiar do senhor enquanto lia uma revista ou jornal e sem demoras voltou com uma badeja em mãos e o serviu em silêncio, assim como Carlos a observava da mesma maneira. 

-- Fique à vontade, qualquer coisa, só me chamar. -- Sorriu e saiu.

-- Espera. -- Carlos pediu e logo viu a mulher rodar sobre os calcanhares e o fitar. -- Você é feliz? 

-- Oi? -- Lígia ficou surpresa com a pergunta e ao mesmo tempo confusa. -- Desculpa, não entendi... 

-- Nada. Esqueça! -- Carlos disse voltando a dar atenção ao jornal em suas mãos, achando um erro de sua parte, tal questionamento.    

Lígia ainda ficou o fitando por um instante e novamente lhe deu a costa, mas logo virou decidida. -- Sim. Eu sou feliz! -- Afirmou obtendo a atenção de Carlos e continuou. -- A minha vida de casada não difere em nada da sua vida de casado ou a de qualquer outra pessoa ou casal, independente se forem do mesmo sex* ou não. Temos altos e baixos, rimos, discutimos, temos nossas diferenças, choramos, sorrimos, temos sonhos, planos, uns deram certo outros não, trabalhamos, temos problemas, pagamos as contas, cuidamos dos filhos, temos um gato, ficamos doentes, temos manias, vamos passear, temos que ir à reunião chata de condomínio. -- Lígia disse rindo e pode notar um leve riso do senhor que a olhava atentamente. -- Agora me diz, eu e minha família fazemos ou passamos alguma coisa diferente do que você e a sua família passou, fez e ainda faz? -- Questionou o fitando de calma, notando que Carlos desviou o olhar para um ponto qualquer ficando em silêncio. -- A felicidade está em todos esses momentos, embora não percebamos ou aceitamos. -- Lígia completou e logo ambos foram interrompidos por vozes, a reunião tinha encerrado.

-- Lígia? -- Fabrício a chamou pondo a cara na porta. -- Carlos!? -- Disse surpreso ao vê-lo e logo se aproximou do senhor. -- Você por aqui?

-- Bom dia, pra você também. -- Calos disse levantando-se. -- Vamos, quero falar com você. -- Falou já se dirigindo à sala de Fabrício. 

-- O que ele quer? -- Fabricio indagou baixo olhando Lígia.

-- E eu é que sei!? -- Articulou também de forma baixa. 

-- Lá me vem problemas, estou sentindo. -- Fabrício disse agora de forma normal ao notar que Carlos já o esperava dentro de sua sala. 

-- Realmente não sei. -- A mulher admitiu. 

-- Ele não disse nada? 

-- Só disse que queria falar com você e quer alguém do financeiro a sua disposição. 

-- Aí tem, e se for o que estou pensando é hoje que o bicho vai pegar. -- Fabrício disse já preocupado. 

-- Sinto muito. -- Lígia proferiu sincera. 

-- É, fazer o que, me deixa ir lá. -- Fabrício suspirou.

-- Qualquer coisa grita, eu juro que chamo os seguranças. -- Lígia disse rindo

 -- Tá bom. -- Fabrício riu. -- Não me passe ligações. -- Pediu e seguiu para onde Carlos o encontrando sentando em uma cadeira em frene a sua mesa.

-- Olha isso aqui está uma bagunça. -- Carlos disse apontando a mesa de Fabrício cheia de papeis. -- E essa planilha aí no computador não explica nada. -- Advertiu sério o observando também sentar-se à sua frente. 

-- Ok. Veio só ofender? -- Fabricio questionou o olhando.  

-- Isso ficou uma bagunça sem a... você sabe. -- Carlos proferiu fazendo o gesto com a mão.  

-- Sem a sua filha? Sim ficou. Estou com trabalho dobrado e não tenho o dom da organização, estou fazendo o que posso e essa planilha não está pronta é só um esboço, uma ideia. -- Fabrício explanou tentando manter-se calmo. – Mas fora isso eu estou dando conta do serviço, não se preocupe. Só preciso de um tempinho pra me organizar melhor.

-- Entendo... – Carlos disse o fitando de forma pensativa, na verdade pensava no que a secretaria lhe falara há poucos instantes, não queria, mas as palavras da mulher lhe insistiam os pensamentos. 

-- O que trouxe o senhor aqui? – Fabrício lhe tirou do transe. 

-- Ah sim. – Carlos rapidamente dispersou tais pensamentos ao lembrar-se do que fora fazer ali. – Eu quero bloquear as contas que a Eloá usa, e todos os cartões de credito, se ela foi embora, abandonou a família e a empresa não vai mais ficar usufruindo do dinheiro também. – Afirmou deixando toda a raiva e irritação tomar conta de si novamente de tudo que passara que, a seu ver, culpa de Eloá por ser quem era, por ser como era. – Sem esquecer também que exijo a desocupação do apartamento e a devolução do carro, pois ambos são propriedades da empresa. 

Fabrício fitava com certa raiva o senhor a sua frente, sabia que ele era capaz de tudo caso as coisas não saíssem a seu modo e seu gosto. No fundo tinha uma leve esperança de ele fosse se compadecer ao menos pela filha, por amor a ela, mas pelo que vira não. Sentiu uma vontade enorme se socar a cara do homem a sua frente, tão preconceituoso que não estava nem ai para a própria filha, quem deveria amar sem limites, sem preconceitos, mas mesmo diante de toda a situação, para a sua própria surpresa a cena seguinte foi uma gargalhada, pela bola fora que o seu sogro acabara de dar com tal pedido, que na verdade uma exigência. 

Carlos assustara-se com a atitude de Fabrício, mas logo relacionou tal ação ao fato de que talvez Fabrício tenha levado suas palavras como uma brincadeira, mesmo com toda a sua irritação esperou o homem a sua frente acalmar-se um pouco. 

-- Já acabou com seu ato ridículo? – Carlos inqueriu o fitando de forma extremamente séria.

-- Ah, me desculpa. – Fabricio respirou fundo e se pôs sério. -- Rum rum... Nem eu sei o que me deu. 

-- Podemos conversar como pessoas sérias agora?  

-- Podemos sim, mas só um instante. -- Fabricio pegou o telefone. – Lígia, me traga aquele envelope que te pedi para deixar fácil lembra? Perfeito, e traga água e açúcar e ah deixa pra lá essa parte, não vai adiantar. – Afirmou e deligou. 

-- Está nervoso? – Carlos indagou o olhando com ar de superioridade. 

-- Sabe que não. – Sorriu. – Tenho apenas receio de você passar mal com a notícia, as notícias, na verdade, que tenho a te relatar.  

-- Com licença, aqui senhor. -- Lígia disse entregando um envelope a Fabrício.

-- Obrigada, Lígia.

-- Deseja mais alguma coisa? 

-- Não, obrigada. -- Fabricio visou e a esperou sair. -- Abra. -- Disse estendendo o envelope para Carlos.

-- O que é isso? -- Pegou de forma desconfiada. 

-- Os motivos pelos quais não posso atender nenhuma de suas exigências. 

Carlos ao ouvir tais palavras rapidamente abriu o envelope em suas mãos e pegou os vários papeis começando a olhá-los um por um atentamente. 

-- Alguns são copias claro, os originais estão em posse da Eloá, outros são originais, como pode ver. – Fabricio explanou de forma séria enquanto observava um Carlos extremamente surpreso diante do que via em cada papel. – Como o senhor pode ver, os apartamentos, tanto o que estamos morando quanto o que está alugado, e o carro, entre outras coisas não são mais propriedades da empresa há alguns anos, na verdade nunca foram né!? E quanto às contas bancarias e os cartões de créditos da Eloá também já estão desvinculados da empresa. Ela tem contas e cartões pessoais.   

-- Não acredito. -- Carlos proferiu surpreso. -- Não pode ser.  -- Foleou de forma rápida cada papel de forma que para ver se era realmente verdade o que notava. -- A Eloá... ela... Ela não pode ter feito isso, ela não tinha autorização. -- Falou levantando-se de forma brusca jogando os papeis sobre a mesa 

-- Tinha autorização sim, e fez. – Fabricio afirmou também levantando. -- Ela é a presidente da empresa e mais que isso, uma das donas, tem todo o direito de fazer o que achar que deve. Além do mais. -- Fabricio disse foleando os papeis que Carlos jogara sobre a mesa e pegou a cópia de dois em especial. -- Tem sua assinatura aqui nessa procuração, e tem sua assinatura aqui nesse contrato, portanto deu a ela todo o direito de dirigir essa empresa e fazer dela o que achar melhor. -- Fabrício disse em um tom de voz um pouco maior, mas respirou tentando acalmar-se. -- Realmente acha que ela não tem direito no lucro dessa empresa, empresa pela qual ela deu a vida todos esses anos? Ela pegou foi pouco diante de tudo que tinha o direito. Na verdade, ela não pegou nada, ela conquistou com o trabalho e esforço. -- Fabricio explicou agora de forma mais calma enquanto olhava um Carlos, calado e pensativo. -- Portanto, não venha me dizer que ela não tinha autorização e mais que isso, não me diga que ela não tinha tal direito. -- Avisou sentando-se de volta em sua cadeira.

Carlos estava extremamente com raiva de sua filha pelo que a mesma fizera sem que ele fosse informado, e mesmo diante de tal sentimento e fato, não conseguia esboçar qualquer reação, fora deveras surpreendido e com isso seus planos de chantagem contra Eloá fora por água abaixo, não sabia mais o que fazer para pôr Eloá de volta a linha, isso a seu ver... Em um movimento ainda lento, Carlos sentou-se novamente na cadeira em frente à mesa de Fabrício, se sentia traído, com raiva, extremante irritado, se sentindo impotente, cansado, seus pensamentos estavam indefinidos, nada mais fazia sentido e ao mesmo tempo tudo parecia estar seguindo de forma diferente, mas certo, não conseguia formar uma ideia de seu agrado e muito menos saberia se tais conceitos eram certos ou errados.  

-- Está se sentindo mal? -- Fabrício indagou preocupado. 

-- Talvez... eu não sei ao certo. -- Carlos disse passando sua mão direita sobre o peito, a esfregando de forma agoniada, realmente não sabia decifrar o que sentia, tanto fisicamente quanto psicologicamente. 

Fabricio rapidamente pegou o telefone e pediu a Lígia água e que chamasse a um médico. 

-- Também não exagera, não quero medico nenhum, não precisa. -- Carlos afirmou com irritação. 

-- Não interessa, o senhor mal saiu do hospital devido a um infarto, e agora está aí todo estranho, precisa de um medico sim. 

-- Aqui senhor Carlos. – Lígia disse lhe entregando um copo com água e um calmante. 

-- O que é isso aqui? – Carlos indagou fitando a mulher de forma desconfiada. 

-- Um calmante, e não se preocupe e recomendado pelo seu médico. -- Sorriu simpática. 

-- Qual deles? 

-- Ah, por Deus, bebe logo esse remédio. -- Fabrício proferiu irritado. 

Carlos o olhou com cara de poucos amigos, mas pegou o comprimido e o tomou sem mais protestos ou indagações. 

-- Obrigada, Lígia. -- Fabricio agradeceu. 

-- Que isso. -- Lígia sorriu. -- Com licença.

-- Cancele o médico! -- Carlos advertiu antes que ela deixasse a sala. Ligia fitou Fabricio e o mesmo concordou e só então ela saiu os deixando a sós novamente. 

-- Tem mais alguma coisa que eu ainda não sei? -- Carlos inquiriu fitando o genro e logo notou Fabrício respirar fundo ajeitando-se na cadeira. -- Pelo visto sim. -- Constatou observando. 

-- Eu já entrei com a papelada do meu divórcio com a Eloá, em alguns dias assinamos os papeis. -- Informou de forma calma. -- Entenda, não é afronta contra o senhor ou quem quer que seja, nosso casamento sempre foi a negócios, o senhor mais do que ninguém sabe que ele já começou assim, eu e a Eloá apenas o mantivemos a nosso modo também em benefícios próprios.

-- Então você se casou apenas por interesse. – Carlos interpretou a seu modo.

-- Não! – Fabrício negou de imediato. – Eu amava a sua filha, ainda a amo, amo muito, só que a diferença é que antes eu a amava como mulher, você sabe... Hoje eu a amo como amiga, como uma irmã, eu a admiro, sempre a admirei, e temos a Natty, sempre a teremos como elo. Apesar de tudo, digo de tudo mesmo, fomos felizes, muito felizes a nosso modo. 

-- Tá, vamos parar com esse papo mole e tratar do que me interessa. – Carlos advertiu querendo mudar de assunto. – Creio que vocês farão a divisão de bens em acordo, correto?

-- Sim, separação amigável, jamais seria diferente. -- Fabrício afirmou. 

-- Sei... E como ficarão? -- Carlos inquiriu interessado. 

-- Pra que quer saber?

-- Como pra que? Quero saber se será justo. -- Afirmou. -- Não quero que a Eloá fique desamparada. -- Confessou. -- Afinal tem a Natelly, digo isso por ela. – Carlos completou ao notar que Fabrício o olhou surpreso. 

-- Quanto a isso, não se preocupe, nossa filha sempre esteve amparada e vai continuar da mesma forma, tudo foi dividido em comum acordo, tudo que posso dizer. – Fabrício advertiu sério. 

-- Tudo bem, não vou insistir. -- Carlos informou. -- E quanto ao lucro da empresa durante esse trimestre? 

-- Muito bem, graças a sua filha, como sempre. -- Fabrício afirmou contente. -- Poderá conferir com um de nosso pessoal do financeiro. 

-- Sim, eu pedi, mas não vou ver isso agora, depois vejo. -- Avisou, pois não estava mais com cabeça para ver números e gráficos. -- Eu vou pra casa, muita coisa para digerir e pensar. -- Disse levantando-se. 

-- Mais uma coisa. -- Fabrício avisou também se levantando. -- Ainda não tive tempo de conversar com a Eloá sobre o assunto, mas tudo indica que ela continuará na presidência da empresa, a diferença é que fará seu trabalho de Curitiba e eu daqui. -- Explicou.  

Carlos ficou calado por uns instantes e em seguida olhou o homem à espera de sua reação. -- Conversaremos sobre isso em outro momento. -- Advertiu e em seguida retirou-se de forma calma.  

 

 

 

* * * *

 

Victória saiu do carro e logo viu que uma linda mulher se aproximava em um andar elegante e ao mesmo tempo sensual e, em um gesto automático retirou seu óculos ao notar que a mulher abriu um belo sorriso, logo vendo a quem ele era dirigido, fitou Samantha que também mantinha um sorriso apaixonado nos lábios enquanto andava de encontro a sua namorada e a abraçou com evidente carinho e amor e em seguida a beijou. Victória sorriu. Samantha lhe fizera um resumo de como havia conhecido Amanda e tudo que passaram para estarem ali. 

-- Eu saio por uns diaszinhos e quando volto tudo está mudado. -- Balbuciou somente para si enquanto sorria as olhando. 

-- Amor deixa eu te apresentar. -- Samantha disse lembrando-se de Victória. 

-- Ah, lembrou? Minha vela já tava acabando. -- Victória disse rindo e fazendo as outras duas mulheres também rirem enquanto fazia um gesto com a mão dizendo segurar uma vela. 

-- Exagerada. -- Samantha falou rindo e fitou Amanda. -- Amor, essa é Victória, uma grande amiga, na verdade da família. Vick essa é Amanda, na verdade Eloá, minha namorada e amor. -- Samantha disse olhando Amanda com muito amor e um sorriso. 

-- Oi Victória, tudo bom? -- Amanda disse em cumprimento a olhando sorrido. 

-- Tudo bem sim, mas me chama de Vick. -- Victoria pediu a fitando sorrindo. -- Posso? -- Inquiriu fazendo menção de abraçar Amanda. 

-- Claro. -- Amanda afirmou e ambas riram, logo se abraçaram. 

-- Bem-vinda à família. -- Victória disse desfazendo o contato.  

-- Obrigada. – Amanda sorriu. 

-- Ah como sou da família, acho que só faltava a minha bênção, então, eu abençoou, amém! -- Victória disse fazendo-as rirem. 

-- Essa aí se acha. -- Samantha advertiu fingindo não gostar. 

-- Mamãe!? -- Agatha disse correndo até Samantha assim que a viu. 

-- Oi meu amor. -- Samantha a pegou no colo e a beijou com carinho. 

-- Mãe eu estava na piscina com a Amanda e a Natty, banhamos muito e tiramos muitas fotos, quer ver? 

-- Depois a mamãe olha, está bem? 

-- Tá. -- Agatha concordou e só então fitou Victória. -- Tia Vickkkk. -- Disse em um grito. 

-- Não grita filha. -- Samantha advertiu. 

-- Tá... me desce. -- Pediu com evidente pressa. 

-- Calma... eu hein. -- Samantha a pôs no chão enquanto Victória ria. 

-- Tia Vick. -- Agatha literalmente pulou nos braços de Victória que riu a recebeu em um abraço apertado e cheio de saudade. 

-- Aí que abraço gostoso. -- Victória confessou se levantando com Agatha no colo. -- Saudade de você, gatinha. -- Disse e a beijou no rosto. 

-- Eu também tia Vick... Trouxe meu presente? -- Indagou rindo.

-- Eita o Presente! -- Victória disse de forma preocupada fazendo Samantha e Amanda rirem. 

-- Se você prometeu presente e não trouxe, tá lascada. -- Samantha advertiu a olhando rindo. 

-- Trouxe tia? Você disse que ia trazer. -- Agatha advertiu a olhando agora com uma cara inquisidora. 

-- Ihhh. -- Victória fez uma cara de suspense. 

-- Fala tia! -- Agatha disse impaciente.  

-- Nossa que pressa. -- Victória notou. -- Tá no carro, menina impaciente. -- Riu. 

-- Ebaaa. Deixa eu pegar. -- Disse fazendo gesto para descer do colo da Victória. 

-- Não, meu amor. -- Samantha negou. -- Deixe-a pegar pra você. 

-- Ah não, mãe. -- Agatha fitou Samantha, já estava no chão. 

-- Agatha! -- Samantha proferiu de forma mais séria. 

-- Vamos lá com a tia, vem. -- Victória a chamou lhe dando a mão e ambas seguiram até o carro.

-- Como foi a cirurgia? -- Amanda inquiriu a olhando. 

-- Foi ótima, amor. Rafael logo estará totalmente recuperado, 100%. -- Afirmou sorrindo feliz. 

-- Que ótimo amor, meus parabéns. -- Amanda disse lhe fazendo um carinho no rosto a fitando de uma forma apaixonada. 

-- Eu te amo. -- Samantha falou e sorriu. 

-- Te amo. -- Amanda também disse feliz e logo sentiu os lábios de Samantha colar nos seus em um beijo amoroso e calmo. 

-- Manhêeee, Amandaaaa é dois presente. -- Agatha se aproximou as interrompendo. -- Olha esse e esse. -- Mostrou dois embrulhos. 

-- Estamos vendo. Hoje você bamburrou nos presentes. -- Samantha observou fitando a felicidade da filha. 

-- Vou abrir lá dentro, vem mãe vem Amanda vamos ver o que é.  -- Chamou e logo correu para dentro da casa. 

-- Já vamos. -- Samantha advertiu rindo. -- Vick? -- Samantha chamou. 

-- Já vou lá. -- Victória falou e mostrou que estava falando ao telefone. 

-- Tá, vamos entrar. -- Samantha informou e logo entraram. 

-- Olha Amanda é um quebra cabeça grandão.  -- Agatha mostrou empolgada. 

-- Olha, muito bonito linda. 

-- Olha mãe, muito legal né? 

-- É sim meu amor. -- Samantha afirmou sorrindo. 

-- Vou abrir o outro. -- Lembrou. 

-- Mais presentes? -- Regina disse ao ver a neta toda feliz rasgando o papel do segundo presente. 

-- Pois é. -- Amanda disse rindo. 

-- São da Vick. -- Samantha avisou a mãe e logo foi a beijar com carinho. 

-- Vick já chegou? E cadê ela? 

-- Lá fora em uma ligação, já, já entra. -- Samantha informou. -- Cadê o povo da casa? 

-- Seu pai está no escritório, Jack e Murilo ainda não chegaram Glorinha está na cozinha, não sai de lá. -- Avisou. 

-- Sei. --Samantha riu. 

-- Legal! -- Agatha disse ao abrir o segundo presente. -- Um relógio mãe olha. -- Mostrou o objeto ainda dentro da caixa. 

-- Deixa a mamãe ver. -- Samantha o pegou e o tirou de dentro da caixa. -- Muito bonito filha. 

-- É sim, bota aqui no meu braço, mãe. 

-- Vamos ver como fica. -- Samantha disse já atendendo ao pedido da filha. -- Prontinho. -- Sorriu. 

-- Olha. -- Agatha pôs sua mão na cintura e sorriu. 

-- Linda meu anjo! -- Amanda observou a olhando sorrindo. 

-- Vira aqui pra vovó ver. --Regina pediu. -- Olha que mocinha mais linda. -- Afirmou. -- Hoje você estava com sorte hein? Sete presentes em um dia só.  

-- Legal né? -- Agatha estava muito contente. 

-- Um da mamãe, um da Amanda dois da tia Vick e dois da Natty. 

-- E por falar nela, Agatha você a viu? -- Amanda indagou interessada. 

-- Num sei, ele tava lá na piscina falando no celular. -- Agatha informou. 

-- Ainda? -- Amanda indagou surpresa. -- Com quem que essa menina tanto fala? 

-- Num sei. -- Agatha disse dando de ombros.   

-- Mas ela não tá mais lá não, não a vi quando cheguei. -- Samantha avisou.

-- É, eu vi... Deixa eu ir ver isso. -- Amanda disse levantando-se do sofá. 

-- Dona Amanda? -- Uma moça a chamou. -- Desculpa, ele não para de tocar. -- Disse lhe mostrando o celular. 

-- Ah sim, muito obrigada. -- Agradeceu pegando o seu celular.  -- É o Fabrício. -- Observou. -- Acha a Natty, pra mim?  -- Pediu fitando Samantha. 

-- Claro amor. -- Samantha sorriu em acordo. -- E você, vai guardar por enquanto, esse quebra cabeça e recolha esse papel daí do chão.  -- Samantha advertiu. 

-- Tá. -- A pequena concordou. 

 

 

* * * * 

 

Victória encerrou sua ligação e logo se dirigiu para entrar, mas risos vindos da lateral direita da casa lhe chamou atenção, decidiu ver do que se tratava, sabia que daquele lado tinha um pequeno jardim e um balanço, Agatha gostava de brincar ali e ao aproximar-se ouviu mais um sorriso e agora a voz. 

-- Não, ainda não e você? -- Natelly disse em tom de riso e Victória já a observava a poucos metros dali admirada com a beleza da garota e o sorriso lindo que mantinha nos lábios dando maior beleza ao rosto angelical. 

-- Uau! -- Victória proferiu deixando escapar um sorriso enquanto observava Natelly sentada em um dos balanços, cabelos molhados usava um biquíni de cor verde o que deixava seu corpo mais belo e definitivamente a deixava parecer mais mulher. Quando Samantha lhe falara que a filha de Amanda tinha dezesseis anos a imaginou mais ou menos uma pirralha, com a cara cheia de espinhas, com manias de adolescentes e tudo mais e não a bela mulher a sua frente.  -- Oh que tortura senhor, custava ter dezoito aninhos? -- Inquiriu em suplica olhando para o céu. – Se bem que não adiantaria muita coisa. -- Notou voltando a fitar a jovem que falava e ria sem notar a sua presença ali a olhando. 

-- Vick!? -- Samantha proferiu entredentes.

-- Aiiii Sam, que susto caramba! -- Victória proferiu assustando-se, mas disse de forma baixa. 

Samantha pegou no braço de Victória e a puxou as fazendo ficar fora da visão de Natelly. 

-- O que pensa que tá fazendo, Vick? -- Questionou ainda séria, Samantha conhecia muito bem a mulher a sua frente. 

-- Nada de mais ué, só olhando. 

-- Olhando? -- Samantha inquiriu sem acreditar. -- Ela só tem dezesseis anos criatura. -- Advertiu com evidente irritação.

-- Nossa... Dezesseis anos muito bem destruídos. -- Victória disse lembrando enquanto fazia gesto com ambas às mãos fazendo um desenho no ar.

 -- Vick eu te conheço muito bem. Natelly não é pro seu bico tá me ouvindo? Não é! -- Afirmou.

-- Tá, eu já entendi, Sam. -- Victoria avisou.  

-- Fica longe dela Vick, tô avisando. -- Samantha advertiu com o dedo em riste. 

-- Porr* Samantha, eu tenho fama de doída, mas não sou tanto não. -- Afirmou séria. -- Ouvi risos e vim ver quem era... não nego que me surpreendi com a beleza da menina, mas aí a partir pra cima é outra história, né? Claro que não ia e nem vou fazer isso! Quanta paranoia, eu hein!? -- Explanou agora de forma mais séria.

-- Desculpa, Vick! -- Samantha reconheceu que estava passando dos limites. -- Desculpa mesmo. -- Samantha pediu mais pelo modo de como a tratou.  

-- Tudo bem. -- Victória riu. -- Notou que você agiu como se fosse mãe dela? -- Questionou. -- Coitada da pessoa que for pedir a mão de suas filhas em namoro. -- Disse e gargalhou, mas logo se calou notando que fora alto demais. -- Eita ela ouviu. Falou rindo.

-- Você acha mesmo? -- Samantha perguntou em dúvida. 

-- Que eu acho o que? Que você agiu como mãe ou sobre o coitado ou a coitada que vai namorar suas filhas? -- Victória indagou ainda rindo. 

-- Ah deixa pra lá. -- Samantha proferiu andando.

-- Negativo. -- Victória avisou a parando. -- Olha, eu disse sério, você agiu como mãe, a protegendo e só acho que quem for namorar ambas as SUAS filhas, vai ter trabalho com a mãe, Sam. -- Reforçou. 

-- Não é bem assim... -- Samantha quis negar. 

-- Sam!? 

-- Tá eu fiquei com raiva vendo você a olhando. -- Confessou. 

-- Falou certo, olhando, admirando, nada mais que isso! -- Victoria afirmou.  

-- Tudo bem. NADA mais que isso! -- Samantha disse com dedo em riste novamente e Victória riu. 

-- Ahh. -- Natelly disse as vendo. -- Oi, Sam. -- Sorriu. 

-- Oi linda. 

-- Oi. -- Natelly disse fitando Victória com simpatia.  

-- Oi, tudo bem? -- Victória indagou a olhando em um sorriso, admirada. 

-- Rum. -- Samantha balbuciou. -- Natelly essa é Vick, Vick essa é Natelly. -- Samantha disse a olhando. 

-- Olá. -- Natelly sorriu dando um tchau. -- Tudo bem sim. E com você? 

-- Ótima! -- Victória sorriu. -- És linda, Natelly! 

-- Obrigada! -- Natelly sorriu um pouco tímida. 

-- Natelly sua mãe está te chamando, vai lá.  -- Samantha avisou rapidamente. 

-- Ah sim. Deixa eu ir. -- Natelly concordou. -- Tchau. -- Disse e saiu sendo observada pelas duas mulheres. 

-- Auu! -- Victoria proferiu ao sentir um tapa que Samantha lhe deu no braço. 

-- Tô de olho! -- Afirmou séria. -- Vamos. -- Chamou já seguindo na frente. 

-- Ela parece com a mãe dela. -- Victória notou acompanhando Samantha. -- Tipo uma versão adolescente. -- Disse fitando a morena.

-- Verdade. -- Samantha sorriu em acordo. 

-- Vick querida, que saudade. – Regina disse assim que viu Victória adentrar a sala. 

-- Tia Regina. -- Victória literalmente correu em direção à senhora e a abraçou com evidente saudade, carinho e amor. -- Ah que gostoso. -- Confessou ainda no abraço fazendo ambas sorrirem. Victória beijou o rosto da senhora e logo foi beijada pela mesma. -- Tudo bem? -- Indagou desfazendo o contato e a fitando com um sorriso. 

-- Tudo bem sim, filha. -- Regina afirmou. -- E com você? Como foram as férias?

-- Ah foram ótimas tia. -- Confessou animada. -- Cadê tio Rique? 

-- No escritório. 

-- Ah, vou lá. -- Victória advertiu já se dirigindo ao local deixando Samantha e Regina as fitando com um sorriso, Victória era de casa, da família.  

-- Amanda? -- Samantha indagou fitando a mãe.

-- Subiu filha.

-- Agatha? 

-- Eu pedi a ela que fosse guardar os presentes no quarto dela. 

-- Ah sim, obrigada. Vou subir.

-- Só não demore, logo o almoço será servido. 

 

 

* * * *

 

-- Ele realmente saiu bem daí, Fá? -- Samantha ouviu a namorada falando ao celular, se aproximou e a abraçou por trás com carinho. -- Estranho... Tudo bem, mais tarde ligo lá em casa, ele deve estar furioso, se eu ligar agora vai ser pior...Tá bom, beijos. -- Amanda disse e desligou virando-se de gente para sua morena.  

-- E sua manhã como foi? -- Samantha indagou em um sorriso. 

-- Foi ótima também amor passamos a manhã na piscina, com direito a várias selfs. -- Amanda advertiu rindo. 

-- Por isso os cabelos molhados.  -- Reparou rindo. -- E sem a atadura. 

-- Pois é. -- riu sapeca. -- Não quero mais usar aquilo, já dá pra ficar sem né? Diz que sim, diz que sim. -- Amanda imitou Agatha e ambas riram.  

-- Deixa eu ver. -- Samantha avaliou como estava o local. -- Não senhora, vamos por a atadura sim. -- Avisou. 

-- Ah não. -- Amanda reclamou. -- Dá uma preguiça. -- Falou rindo. 

-- Hummm. -- Samantha proferiu e em seguida riram juntas. -- Minha preguiçosa. -- Sorriu a apertando mais em seus braços e a beijou com enorme carinho e amor. -- Não sei por que, se é eu quem troca. -- Observou. 

-- Tudo bem, mas mais tarde. -- Determinou. -- Vai voltar pro hospital agora à tarde? -- Indagou de forma calma enquanto fazia um carinho na região da nunca de Samantha.

-- Nem sei... -- Samantha disse e suspirou forte.

 -- Que foi?

-- Preciso resolver tantas coisas no hospital, mas sinceramente a vontade que tenho é de passar o dia assim, com você. -- Samantha confessou e sorriu.

-- Eu amo você! -- Amanda disse com serenidade e amor. 

-- Eu também amo você. -- Samantha sorriu e a beijou novamente com muito carinho e paixão despertando vontades... E lentamente Samantha foi a conduzindo até a cama. Amanda deixava-se levar pelos beijos e carinhos da namorada, também estava morrendo de saudade dos toques de sua morena, sentiu sua costa tocar a cama e logo o corpo de Samantha cobrir parcialmente o seu enquanto recebia da mesma, beijos e leves ch*padas sobre o pescoço e logo pelo colo.  

-- Estou com vontade de você desde ontem. -- Samantha confessou a fitando com carinho e desejo e em seguida selou seus lábios nos de Amanda em mais um beijo apaixonado e sedento de amor e prazer. 

-- Amor? -- Amanda também estava sedenta de desejo e prazer, mas sabia que não podia deixar a morena seguir em frente. Já se culpava por ter deixado ir até ali. Sabia que Samantha estava cheia de vontade assim como ela também estava, mas no momento sua condição não as deixava seguir em frente e se entregar ao desejo, vontade, prazer...

-- Amor não....Humm. -- Gem*u em deleite ao sentir uma leve ch*pada seguida de uma mordida em seu colo próximo aos seios. Sentiu Samantha levar suas mãos até sua blusa e fazer menção de tirá-la. -- Sam, não posso! -- Falou mais séria fazendo Samantha a olhar. 

-- Como assim? -- Samantha estava confusa e estranhando. 

Amanda suspirou forte tanto para fazer sua respiração voltar ao normal quanto que em decepção. 

-- Estou menstruada. -- Soltou a olhando nos olhos.  

-- Ahhh. -- Samantha proferiu em entendimento.

-- Desculpa, não devia ter deixado...

--- Shiii. -- Samantha disse pondo deu dedo polegar sobre os lábios da namorada. -- Está pedindo desculpa pelo quê?  Por estar menstruada? Não faça isso meu amor. -- Samantha disse a fitando com carinho. -- Eu entendo amor, e muito bem. -- Sorriu e a beijou com ternura e entendimento. -- Você é tão linda. -- Falou a olhando fascinada. -- E não peça desculpas por isso. --Avisou. 

Amanda sorriu. -- Pedi desculpa por ter deixado você ir além e ficar só na vontade... 

-- Ah isso aí é bem verdade mesmo. -- Samantha confessou e em um movimento rápido deitou ao lado de Amanda. -- Agora eu preciso de um banho beemm gelado. -- Confessou e as duas gargalharam. 

-- Eu posso resolver isso sem você precisar tomar banho gelado. -- Amanda afirmou a olhando com um sorriso safado. 

-- Hummm. -- Samantha proferiu e a abraçou a fazendo colar mais em seu corpo. -- Seria uma boa. -- Advertiu em um sorriso. 

-- Ehh. -- Amanda disse e iniciou dando beijos sobre o rosto moreno e logo desceu para o pescoço de Samantha. -- Adoro seu cheiro... -- Sussurrou no ouvido de Samantha que se arrepiou por inteiro em um gemido quase inaudível. -- Sua pele... -- Afirmou entre beijos e ch*padas.

-- Oh mulher você me deixa louca. -- Samantha confessou e a puxou para um beijo forte, cheio de vontade...

-- Manhêee... Ohhh. -- Agatha proferiu e imediatamente pusera as duas mãos sobre os olhos. -- Oh mãe foi sem querer. -- Disse em defesa despertando gargalhadas das duas mulheres que já a fitavam ambas sentadas na cama. 

Agatha ainda mantinha as duas mãoszinhas sobre o rosto e devagar foi as afastando de frente dos olhos que logo fitaram Samantha e Amanda de forma curiosa e ao mesmo tempo em desculpas. 

-- Vem cá meu amor. -- Amanda a chamou. -- Porque esse desespero todo meu anjo? -- Indagou assim que a pôs sentada em seu colo. 

-- Vovó pediu pra chamar vocês pra gente almoçar. -- Avisou em um sorriso. -- Só falta você e a mamãe. 

-- E você. -- Samantha advertiu e a beijou. -- Vamos descer então. -- Levantou pegando Agatha e a pondo no chão em seguida estendeu a mão a Amanda que sorriu e a pegou também se levantando. 

-- Mãe a senhora ainda vai voltar pro hospital? 

-- Acho que não filha.

-- Ebaaa -- Agatha comemorou soltando a mão de Samantha e seguindo correndo escada a baixo. 

-- Meu Deus! -- Amanda falou vendo a cena. -- Filha, não corre, pelo amor do pai eterno.  -- Advertiu em voz alta com preocupação, tanto que nem percebeu como falara. -- E você ainda rir, Samantha? -- Indagou ao olhar para a morena. 

-- Você não notou, não é? -- Samantha indagou a abraçando com enorme carinho e felicidade.

-- Notou o que amor? -- Indagou realmente sem entender. 

-- Repete o que você disse pra Agatha.  -- Samantha pediu levando sua mão ao rosto de Amanda e lhe fazendo um carinho. 

-- Ah eu disse, Meu Deus... desesperada. -- Riu. -- Depois eu acho que disse? Filha, não corre... -- Só então notou e sorriu.  -- Filha!? Eu disse filha, foi isso? -- Indagou sorrindo. 

-- Sim, foi o que você disse. -- Samantha sorriu.  

 -- Saiu tão natural que eu nem notei.  -- Amanda confessou.  

 -- Eu percebi. -- Samantha sorriu e a beijou.

-- Manhêeee? -- Agatha as chamou novamente.  

-- Já estamos indo. -- Samantha afirmou olhando a filha que as olhava sorrindo ao pé da escada.

-- Vovó disse que é A-GO-RA! -- Falou de forma pausada. -- Vovó que disse pra eu dizer assim. -- Advertiu e Samantha riu já descendo a escada acompanhada de Amanda que também ria. 

-- Vamos coisinha chata que amo. -- Samantha disse lhe estendendo a mão. -- E a Natelly? -- Samantha indagou. 

-- Já tá lá. -- Agatha afirmou. -- Só faltava vocês... Oh ai, viu? -- Falou assim que chegaram à sala de jantar. Realmente todos já estavam em seus acentos. 

-- Grandona. -- Murilo sorriu a olhando. -- E pequena. -- Fitou Amanda da mesma forma. -- Vamos lá, estou com fome. -- Afirmou mostrando os acentos para as duas mulheres, que rapidamente tomaram seus lugares a mesa. 

 

* * * *

-- Cara porque que eu não te pego loira? -- Marina indagou se aproximando de Caroline que, vestia uma calça jeans desbotada, blusa branca e por cima uma jaqueta preta e finalizando o look, botas e o óculos escuro. 

Caroline riu a olhando, retirou o óculos e a fitou de cima a baixo, também em avaliação. 

-- Sabe que eu me pergunto o mesmo? -- Caroline falou observando Marina que usava um terninho com saia na cor preta e um salto alto também preto. 

-- Não, você e meio bruta não faz meu tipo. -- Marina lembrou. 

-- E você e meio doida, não leva nada além de seu trabalho a sério, não faz o meu. -- Caroline afirmou e logo ambas gargalharam.  -- Oi Mary. -- Sorriu.

-- Olá, Cá. -- Sorriu. -- Foi rápida. 

-- Falei que seria rápida, não falei!? -- Caroline havia a deixado resolvendo algumas coisas pessoais e enquanto fora em casa trocar de roupa. -- Drª Albuquerque. -- Disse abrindo a porta do carro.  

-- Vai me levar para aonde? -- Marina indagou olhando a loira. 

-- Entra no carro doutora. -- Falou acenando para Marina entrar. 

-- Ok. -- Marina disse e em seguida entrou e Caroline entrou logo em seguida sentando atrás do volante.  

-- Almoça comigo? -- Marina indagou. 

-- Essa é a intensão. -- Caroline falou e sorriu a olhando. 

-- Humm. -- Sorriu. -- Falou com a Eloá? 

-- Ontem à noite.

-- Eu também... O pai dela tentou tirar tudo dela e deu com os burros n'água. -- Marina lembrou. 

-- É, ela me disse... Velho desgraçado. -- Caroline proferiu com irritação. 

-- Relaxa.  Não deu e nem vai dá em nada. 

-- Certeza? 

-- Com o que a Eloá fez? Acredite, ela está segura financeiramente. -- Sorriu.

-- Que bom. -- Sorriu também. -- Vem cá, e aquela história da tal Marcela? -- Caroline indagou e viu Marina suspirar forte. -- O que foi? Desistiu? 

-- Eu finalmente criei coragem e mandei uma mensagem ontem. -- Confessou olhando a loira.

-- Ótimo. E aí? -- Sorriu.

-- Rum...Moral, zero! -- Marina avisou decepcionada. -- Não me respondeu. 

-- Mas que filha da...

-- Cá!

-- Tudo bem... Mas não custava, né? 

-- Cá eu dou razão... Ela não me conhece, ia responder a uma estranha? Ah pesando bem nem eu ia. 

-- Nem por curiosidade? -- Caroline indagou. 

-- Ah não sei... Vai ver ela não é nem um pouco curiosa. 

-- Ah, mas ela já te viu Mary, não é possível que ela não se lembre de você. Olha só você, se eu esbarrasse em você, com certeza eu me lembraria se te visse depois. Até mesmo por foto! -- Afirmou. 

-- Ela não vê a minha foto. --Marina confessou. 

-- O quê? Como não, Marina? -- Caroline indagou surpresa e irritada. -- Assim também criatura. 

-- Olha, eu queria ver a reação dela.. Ah sei lá. Tava nervosa caramba. -- Disse e Caroline gargalhou. 

-- Essa é nova. Marina Albuquerque nervosa em uma paquera. -- Observou rindo. 

-- Ah não enche... Acho que a Eloá tem razão, isso não vai dá certo. 

-- Tem razão nada. -- Caroline advertiu. -- O que você mandou?

-- Mandei um "Oi, boa noite" "Tudo bem?" e estou no vácuo até agora. -- Falou chateada. 

-- Hum. -- Caroline proferiu pensativa. -- Você vê a foto dela?

-- Não. 

-- Última visualização? 

-- Até agora a pouco, ela só tinha olhado antes das oito.

 -- Bom pelo menos não é uma desocupada que vive no whatsApp. -- Notou rindo. -- Pega o celular e manda mensagem de novo.

Marina pegou o aparelho e abriu o aplicativo para mensagens. 

-- O que eu mando? 

-- Ah sei lá... 

-- Eu mereço. -- Marina reclamou balançando a cabeça em negação. 

-- Tá. -- Caroline riu. -- Manda Assim "Eu não mereço nem um oi!?" e uma carinha triste. 

-- Isso não vai dá certo! -- Marina advertiu. 

-- Vai, manda logo!  

-- Tá.  -- Marina fez o que a amiga sugeriu. -- Pronto. 

-- Ótimo, agora vamos esperar. -- Sorriu confiante e Marina apenas respirou fundo. Logo o som do aparelho as alertou. -- É ela. -- Caroline sorriu. -- Vai olha. 

-- Não é ela, Cá, deixa de... -- Marina não falou mais nada. 

-- É ela? O que ela disse? -- Caroline estava curiosa. -- Fala Mary! -- Gritou. 

-- Espera, espera... -- Marina leu com atenção e sem esconder sua decepção no final. -- Não falei.

-- Falou o quê? -- Caroline perguntou. 

-- Ela me mandou pra puta que pariu. -- Marina avisou escorando o braço sobre a janela do carro e passando a mão sobre os cabelos. 

-- Sério? Ler aí pra mim.

-- "Oi... Olha eu não te conheço, muito menos sei qual sua intenção, não sei como conseguiu meu número. Mas não foi com a minha autorização, então, por favor, não encha mais a porr* do saco ou tomarei outras providências. Grata!"  

-- Uiii... Mulher brava. -- Caroline proferiu e rindo. -- Veja pelo lado bom. 

-- Que lado bom? 

-- Ela não é de dá atenção a qualquer um ou uma que lhe diz um oi. -- Advertiu sorrindo. 

-- Pode ser... -- Marina suspirou resignada olhando através da janela do carro. 

-- Põe a foto. -- Caroline pediu. 

-- Só salvar o número. -- Marina avisou sem ânimo. 

-- Que seja... manda mensagem de novo. 

-- Ah não, não tô a fim de levar outro fora. 

-- Faz o que tô falando ou então liga, tu escolhe. 

-- Tá eu mando mensagem. -- Marina disse mexendo em seu celular e Caroline riu. -- E mando o que agora? 

-- Vamos pela estratégia primeiro. -- Caroline advertiu a olhando com um sorriso cínico. 

-- E tínhamos alguma? -- Marina indagou confusa. 

-- Lógico! -- Caroline afirmou rindo. -- Já salvou?

-- Já. 

-- Ok. Agora escreve assim "Tudo bem. Desculpa pelo incômodo" e manda. 

-- Aí eu vou está dispensando ela de vez. -- Avisou nervosa. 

-- Não, não vai, ela vai ver sua foto e vai vir toda sentida querendo se desculpar. E é aí que você dominará a conversa meu amor. -- Piscou sorrindo.

-- Não sei não... -- Marina estava insegura. 

-- Mary se ela ficou realmente mexida por você, ela vai querer saber mais sobre você, te garanto. Se não, ela vai agir do mesmo jeito. Agora é a hora da verdade. Faz o que te falei e vamos ver, caso contrário, é hora de deixar pra lá amiga. -- Explicou a fitando com sinceridade, havia acabado de estacionar o carro. 

-- Tem razão. -- Marina concordou e em seguida fez como a amiga lhe sugeriu. -- Foi. -- Sorriu. 

-- Agora esperaremos, mas comendo, porque estou faminta. -- Afirmou saindo e chamou Marina.

 

* * * * 

 

 

-- A Senhorita deverá fazer uma reunião para dá as coordenadas a esse pessoal. -- Marcela ouvia atentamente as instruções de seu advogado. -- Eles trabalham bem, mas sempre precisam de um pulso mais firme, entende? -- O homem por volta dos 50 anos fitou a jovem mulher a sua frente. 

-- Entendi sim. -- Sorriu sincera. 

-- Ótimo... -- Ele sorriu. 

-- Pulso firme, pulso firme. -- Marcela falou mais para si mesmo. -- Obrigada por me ajudar. Sem o senhor eu estaria totalmente perdida aqui. -- Afirmou abrindo os braços e mostrando a enorme sala da presidência onde eles estavam no momento. 

-- Nada. É um prazer. -- Sorriu. -- Sua mãe se orgulha de você, tenho certeza. 

-- Agora pode até ser. -- Marcela disse de forma pensativa e meio triste. -- Antes acho que não. 

-- O tempo todo querida... Mãe é mãe... -- Um dia você saberá.  -- Sorriu. 

-- Quem sabe. -- Marcela falou ainda em desânimo. 

-- Cansada? 

-- Sim.

-- Bem já adiantamos bastante, se quiser continuamos depois. 

-- Quero sim. -- Confessou.

-- Tudo bem, continuamos em outro momento. -- Disse arrumando alguns papéis dispersos sobre a mesa que os separavam. 

-- Obrigada Doutor...

-- Nada minha querida. Aceita almoçar comigo?

-- Adoraria, mas marquei com a minha irmã... E por falar nisso... -- Marcela pegou o celular rapidamente e olhou a hora. -- Ah droga! -- Marcela notou seu enorme atraso e as várias ligações da irmã. 

-- Olha o palavreado senhorita. -- Advertiu e sorriu olhando a pressa de Marcela em pegar seus pertences pessoais. 

-- Desculpa. É que marquei com a Lis às 13 horas e já são quase 14. -- Falou.  -- Outro dia almoçamos. -- Disse após levantar de sua cadeira. -- Obrigada, depois continuamos, beijos, fui. -- Marcela falou e saiu apressada deixando o seu advogado e já recente amigo a observando sorrindo. 

-- Os papeis que me pediu, só assinar. -- O Pai de Marcela falou ao vê-la sair da sala. 

-- Ah sim, deixa na minha mesa. Obrigada! 

-- Ei? -- Ele gritou e Marcela parou e o olhou. -- Só assinar, é rápido! -- Ele advertiu andando até ela lhe estendendo os papeis e junto uma caneta. 

Marcela fitou os papeis e sorriu o vendo lhe estender a caneta. 

-- Vou ler com calma e se estiver como pedi, eu assino. -- Advertiu em um sorriso. 

-- O que é Marcela? Não confia no seu pai? 

-- Eu deveria? Não, melhor. Eu tenho motivos para confiar? -- Indagou séria deixando o pai em silêncio. -- Foi o que pensei. -- Ponha na minha mesa, na volta eu verifico. Tchau. -- Virou e saiu a passos largos. Lembrando-se da primeira coisa que seu advogado lhe dissera, não assinaria nada, absolutamente nada, sem ler. -- Vai lindinha, atende. -- Falou com o celular no ouvido. -- Oi Lis. -- Disse ao ouvir a voz da irmã. -- Desculpa, eu estava perdida entre os papéis, literalmente. -- Riu. 

-- Tudo bem está vindo? -- A voz de Lisandra soou risonha. 

-- Sim. Já almoçou, né? 

-- Já sim. -- Riu. -- Mas vem, tá uma delícia. 

-- Ótimo. Agora estou com fome. 

-- Tá bom... Te esperando. 

-- Beijos. Tchau. -- Marcela desligou e entrou em seu carro. -- Ai Jesus! -- Respirou fundo encostando-se no banco já com as duas mãos ao volante. -- Ser responsável cansa demais! -- Afirmou cansada. -- É Marcela você quer ser diferente, arque com as consequências. -- Riu lingando o carro e saindo. 

A Loira dirigiu por cerca de meia hora e logo já estava entrando em seu apartamento onde sua irmã a esperava. 

-- Lis? -- Marcela chamou pela irmã assim que entrou, já se desfazendo das chaves, bolsa, sapatos e blazer respectivamente e literalmente se jogou no sofá. 

-- Oi Ma... Ei você está bem? -- Indagou olhando a irmã deitada sobre o sofá. 

-- Não, nada bem. -- Marcela afirmou sentando e encarando a irmã. -- Lis eu não sei até quando eu vou aguentar isso. Olha pra mim... Meu cabelo está horrível, meu pé dói de tanto andar naquela empresa, estou tão cansada que parece que corri uma maratona e por sinal carregando um peso enorme nos ombros, porque nossa como eles doem. -- Afirmou pegando em seu ombro e fazendo uma careta. -- Saco! -- Levantou em irritação e foi até a cozinha. -- E olha as minhas unhas? -- Apontou pra irmã que a seguiu. -- Horríveis Lis... Não tenho mais tempo pra nada, nem pra mim. -- Disse abrindo a geladeira e pegando água. -- Essa de ser responsável, agir corretamente, trabalhar, estudar, deixa as pessoas chatas, velhas e estressas! -- Humm... e eu preciso trans*r se não eu vou enlouquecer! -- Afirmou abaixando o copo na mesa e só então notou que a irmã ria e logo soltou uma gargalhada. 

-- Eu tô falando sério, Lis... Para de rir caramba! -- Pediu voltando para a sala.  

-- Ma, para com isso. -- Lisandra a seguiu. 

-- Ah essa vida não é pra mim, Lis. Acordar cedo todo dia, cumprir horários sem ser no meu cabelereiro ou ao shopping é complicado. -- Afirmou pegando o celular. -- E pra variar tem um imbecil me enchendo a porcaria do saco desde ontem.  -- Disse notando uma mensagem de número desconhecido e de imediato digitou um texto e enviou.  -- Vai encher a tua... Ah eu não sirvo pra isso.  -- Disse jogando-se no sofá novamente. 

-- Ei? Nada disso. -- Lisandra disse sentando ao lado da irmã. -- Humm... Droga. -- Falou levando uma das mãos a perna.  

-- Que foi? Machucou? -- Marcela indagou preocupada olhando o local do ferimento. 

-- Não foi nada, dói um pouco quando eu estico ou encolho a perna. 

-- Tem certeza? 

-- Sim. 

-- Não era nem pra você está andando, Lis. -- Marcela lembrou. 

-- Ah não começa, Ma. Tava chato só deitada, deitada. 

-- Ok. Mas não abusa da sorte. -- Pediu.

-- Muito difícil lá na empresa? -- Lisandra indagou.   

-- Lá, na psicóloga, na facul em todo lugar. -- Confessou com ar cansando. -- Fora a situação chata com o papai o tempo todo querendo se fazer de bonzinho, sendo que não é, nem um pouco.

 --Entendo... -- Lisandra disse triste. 

-- Ei, me desculpa... -- Marcela abraçou a irmã arrependida. -- Não quis te magoar, me desculpa. -- Pediu. 

-- Não é você Ma, é o papai, eu nunca pensei que ele fosse assim com você, sabe? -- Olhou a irmã. -- Ele vivia se gabando da empresa, do dinheiro...  Sendo que era tudo seu... Enfim... Até eu estava usando o que não era meu. -- Sorriu fraco. 

-- Não fale isso nunca mais, ouviu? -- Marcela advertiu séria. -- Você é minha irmã e nunca vou te deixar faltar nada. -- Afirmou e sorriu. 

-- Obrigada. -- A jovem sorriu. -- Isso foi sua barriga? -- Indagou rindo.

-- Culpada. -- Marcela confessou e Lisandra gargalhou. 

-- Vem, você tem que comer. -- Disse puxando-a para levantar. 

-- Espera, espera deixa eu ver a mensagem que chegou. -- Disse e pegou o aparelho. -- Na empresa eu nem pego no meu bichinho. -- Reclamou se referindo ao celular. 

-- Eu sei. Liguei horrores e você não me atendeu. -- Lisandra avisou seguindo para cozinha. 

-- Pois é... -- Falou olhando as várias mensagens não lidas, mas somente uma lhe chamou a atenção de imediato. -- De novo!? E agora tem foto. -- Notou a abrindo. "Tudo bem, desculpa o incômodo". Leu e de imediato abriu a foto do perfil. -- Eu já te vi. -- Marcela falou de forma pensativa. 

-- Que foi? -- Lisandra indagou a olhando. 

-- Eu não acredito. É ela Lis! -- Marcela sorriu olhando a irmã enquanto apontava o celular. 

-- Ela quem? Do que você está falando? -- Lisandra perguntou sem entender. 

-- A mulher do hospital... Lembra que eu te falei que tinha esbarrado em uma mulher linda, mas que tava tão distraída e preocupada com você que nem o nome dela eu perguntei? É ela! -- Disse mostrando a foto a sua irmã. 

-- Caraca ela é linda. -- Lisandra observou. 

-- Lindíssima e eu acabei de mandá-la parar de encher a porr* do saco. -- Confessou pegando seu celular de forma arrependida. 

-- O quê? Por quê? -- A jovem quis saber.  

-- Porque eu sou uma imbecil. -- Marcela disse irritada. -- Ela me mandou mensagem ontem e eu não respondi. Hoje ela mandou de novo e eu mandei isso, olha.  -- Deu o celular para a irmã que leu as mensagens. 

-- Porque você disse isso se me falou que ela tinha te chamado a atenção? -- Lisandra indagou ainda confusa. 

-- Eu não sabia que era ela, Lis. Não tinha foto eu pensei que fosse alguém querendo me fazer de palhaça. -- Avisou. 

-- E agora? 

-- Eu não sei. -- Marcela sentou-se e abriu os braços sem saber o que fazer, por incrível que pudesse parecer ela estava se sentindo uma idiota. 

-- Como ela conseguiu teu número? 

-- Não sei, Lis... 

-- Manda uma mensagem de volta.

-- Eu não. -- Marcela falou de imediato. -- Vou dizer o quê?  

-- Que tal pedir desculpa pra começar. -- Lisandra apontou lhe dando o aparelho. 

-- Tudo bem eu devo isso a ela. -- Lembrou pegando o celular.  -- O que eu escrevo? 

-- E eu que sei? 

-- Ajuda ue. -- Marcela pediu.

-- Tá... Deixa eu pensar... Pede desculpa pelo que disse e depois... Ah explica porque a tratou assim. -- Sugeriu. 

-- Tá. -- Marcela concordou e começou a escrever. -- Pronto. 

-- O que você escreveu?

-- "Oi... Olha me desculpa pelo que disse, sobre você encher o saco, mas eu não te conhecia, não conheço na verdade, e você não me pegou num dia bom... Mesmo assim não fui justa então, peço desculpa." -- Leu em voz alta e fitou a irmã. 

-- Acho que ficou bom, vamos ver o que ela diz. 

-- Eu ainda não enviei. 

-- E tá esperando o quê? 

-- Ah, sei lá... 

-- Envia logo. -- Lisandra ordenou. 

-- Tá bom... pronto. -- Afirmou baixando o celular sobre a mesa. 

-- Ok. Relaxa vai, come algum coisa. -- Lisandra falou servindo a irmã. 

-- O que que é isso? -- Marcela indagou olhando o prato a sua frente.  -- Macarronada de franco. Eu sei a aparência não está das melhores, mas garanto que está gostoso. -- Sorriu e entregou o garfo a Marcela. 

-- Certeza? -- Marcela indagou desconfiada ao pegar o garfo. 

-- Prova. 

Marcela olhou o prato e de forma desconfiada pegou um pouco e comeu. 

-- Humm.  -- Proferiu ainda de boca cheia. -- Lis, isso está uma delícia! -- Afirmou e pegou mais uma porção. 

-- Única coisa que sei fazer, mas faço legal. -- Sorriu. 

-- Eu não acredito que foi você quem fez isso. -- Marcela confessou. 

-- Ah Má, eu me viro... A vovó que me ensinou.  

-- Muito bom mesmo. -- Afirmou sorrindo e em seguida comeu mais um pouco. -- Diferente de mim, que não sei fritar um ovo. -- Riu. 

-- Quer aprender? 

-- Não! -- Negou de imediato. -- Já tenho que aprender muita coisa ao mesmo tempo, mais uma agora não vai prestar, então, não, eu me contento com isso aqui que está uma delícia! -- Marcela afirmou e o som peculiar de mensagens as alertou. 

-- Deve ser ela. -- Lisandra falou e observou a irmã pegar seu celular rapidamente. 

-- É sim. -- Marcela avisou

-- E então? 

-- "Tudo bem, não te culpo. Acho que faria o mesmo... E também peço desculpa por não ter me identificado antes... Podemos começar de novo?".

-- Humm.  -- Lisandra sorriu. -- Vai, diz que sim. -- Sorriu empolgada. 

-- Tudo bem. -- Marcela sorriu em acordo e respondeu. -- "Eu acho justo, para nós duas". -- Escreveu. -- Ah e uma carinha feliz. -- Marcela disse mostrando para a irmã que riu. -- Prontinho. -- Falou após enviar a mensagem e logo voltando a comer. 

-- Você ainda volta pra empresa? -- Lisandra indagou e novamente o som do aparelho soou. -- Ela é rápida. -- Notou. 

-- O que temos? -- Marcela disse pegando o celular. -- "Oi, tudo bem?" -- Humm... -- Proferiu e escreveu. -- "Oi... Tudo bem sim e com você?" -- E foi. -- Sorriu olhando a irmã. -- Acho que não, Lis. Estou tão cansada, me darei uma folga hoje. Eu mereço né? 

-- Merece sim e eu também mereço a companhia da minha irmã essa tarde.  -- Afirmou.  

-- Um tédio ficar aqui só, né? -- Marcela indagou a olhando enquanto degustada a comida. 

-- Totalmente... Você podia deixa o...

-- Não, aquele garoto não vai chegar perto de você de novo, Lisandra. -- Marcela advertiu séria.  

-- Ah qual é Ma, não foi só culpa dele.

-- Não, não foi. -- Fitou a irmã. -- Mas não vem ao caso agora. Olha o seu estado, a sua perna, não vou correr nenhum risco, não com você. -- Afirmou.  

-- Que risco, Marcela? Ah que merd*, tem vezes que eu prefiro a Marcela antiga, ela não era essa chata que ficava no meu pé a toda hora. -- Gritou. 

-- É? Pois trate de se acostumar. -- Falou em voz alterada. -- Porque essa Marcela chata que fica no teu pé, é o que sou agora! -- Gritou largando o garfo. -- E você querendo ou não, não vou abrir mão da única pessoa que amo de verdade nesse mundo! -- Afirmou com os olhos já cheios d'água. Levantou-se em um rompante pegando o prato e o pondo na pia ali próximo. Lisandra a olhava assustada e surpresa ao mesmo tempo. -- Eu já errei muito nessa vida Lis, inclusive com você... -- Confessou em voz baixa ainda de costa para a irmã e com ambas as mãos sobre a pia. -- E isso não vai acontecer de novo, não com os mesmos erros... -- Deixou as lágrimas caírem lembrando-se de como levava a vida antes. -- Vá pro seu quarto, e fica em repouso como o médico disse. -- Mandou enquanto limpava as lágrimas. 

-- Ma, eu... 

-- Lis, vai.

-- Tudo bem... Mas eu só quero que soubesse que... a verdade é que eu prefiro você como é agora. -- Confessou e saiu deixando-a sozinha. 

Marcela respirou fundo e olhou na direção da irmã e sorriu a vendo seguir para seu quarto. -- Isso me dá forças pra seguir Lis, pois tá difícil. -- Lembrou e sentou-se novamente a mesa levando as mãos ao rosto e em seguida aos cabelos e só então se lembrou do celular, sorriu e o pegou. 

Marina: "Acha justo!? É eu também, mas mais justo pra você do que pra mim. Afinal eu quem fui ofendida, então te dou a chance de se redimir." 

-- Bandida! -- Marcela dorriu após ler e escreveu. -- "Modéstia parece ser o forte, não é!? rsrs" -- Marcela enviou e logo obteve a resposta.

Marina: Digamos que faz parte. rsrs" "Demorou a responder, se eu estiver te atrapalhando, diga"

-- Hum... -- Marcela sorriu e respondeu de imediato. -- "Não está me atrapalhando." 

Marina: "Quer começar a se redimir com a minha pessoa?"

Marcela: "kkkkk" "É já vi que a modéstia é mesmo seu ponto forte" 

Marina: "Que seja" "Quer ou não?"

Marcela: "Tudo bem" "Como posso me redimir?" -- Marcela enviou e ficou rindo a espera da resposta que não demorou. 

Marina: "Está lembrada que é só o começo né?" 

Marcela riu alto ao ler e respondeu. --"Sim, você não me deixa esquecer" "Então diga".

Marina: "kkkkk" "Só pra confirmar... Você lembra de mim, não lembra?"

Marcela: "Lembro sim" "Eu esbarrei em você em um hospital" "Desculpa, de novo. rsrs" 

Marina: "Tudo bem" "Você já pediu. rsrs" 

Marcela: "É eu pedi sim" "Mas e aí? Eu não teria que começar a me redimir?"

Marina: "Sim... E já o iniciou" 

Marcela: "Já!?"

Marina: "Sim... Você lembrou-se de mim, é um bom começo!" 

Marcela: "Ah sim... Fico feliz por isso" "Posso fazer uma pergunta?"

Marina: "Claro, quantas quiser!"

Marcela: "Ótimo! rsrs" "Como conseguiu meu número?"

Marina: "Pennnn" 

Marcela leu e riu. -- "O que significa "pennn"?" 

Marina: “Pennn... Palavra cujo sinal sonoro significa que, você fez uma pergunta incorreta".

-- Tá de brincadeira. -- Marcela falou rindo sozinha enquanto fitava a tela de seu celular. -- "E qual seria uma pergunta correta?" -- Marcela indagou curiosa e por incrível que pareça relaxada.

Marina: "Por exemplo, poderia perguntar o meu nome" "Notou que está falando há quinze minutos com uma estranha?" 

Marcela: "kkkk" " É, tem razão" "Mas saber seu nome, não é te conhecer".

Marina: "Humm.. Pronfunda essa frase!" 

Marcela: "Kkkk..." "Mas me diz. Qual é o seu nome?" 

Marina: "Marina, muito prazer." "E você?" 

Marcela: "O prazer é meu Marina, meu chamo, Marcela!"

Marina: "Olha, nós somos as "Mar" kkkk" "Esquece isso foi ridículo. kkkk"

Marcela: "Kkkk. Não, me fez rir, aliás você me faz rir." 

Marina: "Isso é bom ou ruim?"

Marcela: "Pra mim, está sendo muito bom" "Ainda mais no momento"

Marina: "Porque? Problemas?"

Marcela: "Sim, mas não quero falar sobre eles" 

Marina: "Entendo" "Quer completar a segunda fase de sua desculpa?"

Marcela: "kkkk Quero."

Marina: “Ótimo! Quero ver a sua foto do perfil, Marcela, Posso?"

Marcela: "Pode" "Só um instante" -- Marcela enviou e em seguida salvou o número de Marina permitindo assim que a mesma tivesse acesso a sua foto. 

Marina: "Você é mais linda do que eu me lembrava!" 

Marcela leu e sorriu, não sabia como e nem porque, mas Marina mexia com ela de alguma forma que não sabia explicar. 

Marcela: "Obrigada!" " Você também é linda" 

Marina: "Minha vez de agradecer. rsrs" 

Marcela:  "Então...Marina trabalha?" -- Marcela indagou e riu. -- Vai me achar interesseira, tenho certeza. -- Falou pra si mesmo e riu. 

Marina: "Sim e muito" "Só acho! kkkk"

Marcela: "Kkkk.” 

Marina: "Marcela trabalha?"

Marcela: "Sim e muito" "Pelo menos agora sim"

Marina: "Kkkk” 

Marcela: "Mora ou está só de passagem em Curitiba?" "Vejo que seu Celular não é daqui.”

Marina: "Estive  aí apenas de passagem, loooonga história, um dia te conto. O importante é que eu tive o prazer em te ver. Já que saber seu nome não é te conhecer. rsrs" 

Marcela: "Aprendeu rápido!" "Não é daqui e pelo visto também não está aqui. És de onde?"

Marina: “Florianópolis”. 

Marcela: “Linda Cidade”. 

Marcela não tirava o sorriso dos lábios, saíra da cozinha apenas para deitar no sofá e ficara ali falando com a até então uma mulher cujo nome era Marina e que lhe estava fazendo se sentir estranhamente bem. 

 

* * * * 

 

-- Helloooo!? -- Caroline proferiu tentando chamar a atenção da amiga. Marina e fitou sorrindo, mas sem lagar seu aparelho celular. -- Olha pra quem não tinha nenhum assunto há uma hora e meia? Você está de parabéns, sua lábia voltou. -- Falou a olhando. -- Estou me sentindo como se estivesse falando com um poste, mas tudo bem, eu posso lidar com isso. -- Fingiu estar magoada. 

-- Desculpa, Cá. -- Marina pediu e sorriu. -- É que agora que ela me deu a chance de saber um pouco mais sobre ela, não quero dispersar, entende? 

-- Entendo. -- A loira sorriu e bebeu o restante de seu vinho.  -- Ok, eu te deixo em casa você curte o resto da tarde com a sua namorada e eu vou dormir, beleza? -- Sorriu. 

-- Tudo bem. --Marina concordou após rir das palavras e jeito da loira. 

-- Vamos embora quier. -- A Chamou rindo também. 

-- Ah e ela não é minha namorada... ainda. -- Marina advertiu enquanto levantavam para sair. -- Ei tu pagou? 

-- Pelo visto eu falava mesmo com um poste. -- Caroline notou e Marina riu. -- Paguei criatura.

-- Eu não vi. -- Confessou. 

-- Percebe-se... E quero os Detalhes doutora. -- Caroline falou.  -- Principalmente os sórdidos. -- Falou pondo a mão sobre o ombro de Marina e a abraçando e assim seguiram entre risos. 

 

 

* * * * 

 

-- Carlos, onde você estava? -- Lúcia indagou assim que viu o marido aparecer à sala. -- Liguei lá na empresa e me disseram que você tinha saído há um bom tempo e só me aparece em casa agora...  -- Falava de forma preocupada enquanto observava Carlos que, apenas entrou e sentou-se no sofá permanecendo em total silêncio. -- Já são quase três da tarde, e você não atendia essa porcaria de celular, por Deus fiquei preocupada. Não sabia mais pra quem ligar. -- Completou e ficou o avaliando agora em silêncio. -- Está tudo bem? -- Perguntou se aproximando dele e o tocando nas mãos. Carlos a olhou por alguns instantes em silêncio. -- O que foi? 

-- Não foi nada. 

-- Como nada? Você saiu de manhã e só reaparece agora e todo estranho. -- Advertiu. 

-- Deixa de bobagem, mulher. Apenas saí da empresa e fui resolver umas coisas. -- Falou de forma calma. -- E só terminei agora, por isso a demora. -- Completou levantando-se. --Vou tomar um banho. 

-- Você comeu alguma coisa? -- Perguntou o olhando ainda preocupada. 

-- Sim. Não se preocupe. -- Falou a olhando. -- Nádia? 

-- Ela saiu, mas não deve demorar. 

-- Ótimo, quando ela chegar me avisa. -- Disse já se dirigindo ao quarto. 

-- Ei? -- Lúcia o chamou e o acompanhou. -- Fabrício me contou o que você foi fazer lá. -- Confessou insatisfeita. -- Como você pôde? Sua própria filha, Carlos. -- Aumentou o tom de voz, estava revoltada com o que o marido fizera. 

-- Aquele mise... -- Carlos disse abrindo a porta do quarto, mas não terminou a frase. -- Bom, então já sabe que não fiz nada não é mesmo. -- Observou a olhando. 

-- Ainda bem não é mesmo? -- Lúcia proferiu zangada. -- Porque se não, o que você não teria feito pra prejudicar a própria filha!? Pra quê isso? Por quê? Só por causa desse seu preconceito idiota? -- Lúcia falou em voz alterada. 

-- Já chega Lúcia! -- Carlos também gritou. -- Escuta... -- Gritou, mas respirou fundo e continuou. -- Eu nunca vou aceitar que a minha filha leve essa vida, ouviu bem? Nunca! -- Advertiu com o dedo em riste, porém em voz baixa. 

-- O que você vai fazer? -- Indagou preocupada. 

-- Não se preocupe, não vou fazer nada. -- Advertiu calmo começando a retirar a roupa. 

-- Como não vai fazer nada? -- Lúcia perguntou surpresa. 

-- Nada mulher. Não vou fazer nada... Eu não te entendo sabia? Se eu faço algo reclama se eu não faço, reclama também. O que você quer afinal? Ah eu vou tomar meu banho. -- Advertiu e seguiu para o banheiro. 

-- Isso está esquisito! -- Lúcia afirmou desconfiada e pensativa. -- Muito, muito esquisito. -- Completou olhando na direção em que o marido tinha ido. Lúcia retornou a sala e rapidamente pegou o telefone. 

-- Está onde querida? -- Perguntou assim que Nádia atendeu. 

-- Aqui pertinho de casa já mãe. Por quê? 

-- Ah sim. Quando chegar conversamos. -- Falou e em seguida desligou ficando de forma pensativa... Em menos de dez minutos, Nádia chegou encontrando a mãe ainda na sala. 

-- E o papai, chegou? -- Indagou após dar um beijo na mãe.  

-- Já. Agora há pouco. Está no banho. -- Lúcia informou observando a filha sentar-se em um sofá a sua frente. 

-- Menos mal. -- Falou. -- Ele falou o que foi fazer à empresa? -- Indagou interessada. 

-- Ele mesmo não, eu soube por Fabrício... Acredita que ele foi à empresa pra obrigar o Fabrício a bloquear a conta da sua irmã, pedir o apartamento, enfim, tudo. -- Lúcia avisou ainda revoltada. 

-- Eu não acredito! -- Nádia proferiu surpresa. -- Eu não acredito que o papai teve coragem de tomar tudo da Eloá. -- Falou revoltada. -- Só pode estar descontrolado, porque não é possível, mãe. 

-- Eu sei filha. -- Lúcia concordou. -- Mas fica calma, ele não conseguiu fazer isso, sua irmã foi mais esperta. -- Deu um sorriso de alívio. 

-- Sério? Como? -- Nádia indagou se acalmando. 

-- Passou tudo pro nome dela há alguns anos...

-- Tudo, tudo? 

-- Ah não, filha... Tudo que eu digo é me referindo ao que ela adquiriu em nome da empresa, o carro o apartamento, separou a conta dela da conta da empresa, essas coisas, entende? -- Explanou. 

-- Ah sim... Uma boa sacada dela, assim papai não pode fazer nada, nem ele nem ninguém. -- Sorriu. -- Eloá é demais. -- Falou em orgulho. 

-- É sim. -- Lúcia sorriu em acordo. -- Ah filha, queria tanto que nossa família fosse unida, sabe? -- Falou de forma triste. -- De repente, tudo virou de cabeça pra baixo. O bom disso tudo é que, agora sim, eu sei que Eloá está completamente feliz. -- Suspirou em contentamento. 

-- Está sim, mãe. -- Nádia também sorriu em verdade. -- Ah, Lipe mandou um beijo e um abraço. -- Lembrou. 

-- Foi? Ah me diz filha, como ele está? Onde ele está? Ah quero tanto poder ir vê-lo, mas ele só diz que depois, que depois. -- Reclamou. 

-- Não se preocupe mãe. Ele está bem, só não conseguiu um trabalho e nem alugar um lugar legal, por isso que não deixou à senhora vê-lo. -- Explicou e sentou ao lado da mãe. -- Olha, ele está meio perdido é verdade, mas está conseguindo seguir e sozinho e isso é ótimo pra ele, então deixa  tentar, está bem? -- Sorriu a olhando. 

-- Tem razão, vou dar o espaço que ele quer. -- Sorriu decidida. 

-- Papai deve estar mais furioso do que nunca com essa história da Eloá, não é!? -- Nádia lembrou. 

-- Ele não está furioso. -- Informou lembrando-se de como Carlos chegara. 

-- Não? -- Nádia estranhou. 

-- Não. E isso está me deixando confusa. -- Confessou. -- Ele chegou todo calmo, calado, me respondendo a tudo com certa educação e calma. Eu até gritei com ele, mas ele não fez nada, gritou um pouco, mas coisa mínima ao de costume. E o mais surpreendente, ele disse que não vai fazer nada quanto a essa questão da Eloá. -- Explicou. 

-- Nossa... -- Nádia também estava surpresa. -- Ele vai aceitar a Eloá com a Samantha? 

-- Ele disse que isso nunca vai acontecer, mas que não vai fazer nada. -- Avisou. -- Olha eu estou com um pé atrás com isso tudo, sinceramente... -- Suspirou. -- Sei lá, não sei o que pensar, está tudo muito esquisito, ele está esquisito desde que chegou. 

-- O que será que ele tem? -- Nádia inquiriu pensativa. 

-- O que será que ele apronta? -- Lúcia a corrigiu. -- Eu o conheço e nunca o vi assim, tão calado, eu meio que puxei uma boa briga e ele nem aí. -- Falou. 

-- Gente... Pelo que a senhora fala, nem parece o papai, realmente. -- Notou. 

-- Pois é...  Ele quer falar com você, pediu pra chamá-lo quando você chegasse. -- Lúcia avisou. 

-- Pediu pra chamá-lo em vez de falar pra eu ir até ele? -- Nádia observou estranhando tal fato. 

-- Isso aí, pra você ver... -- Lúcia proferiu olhando a filha que a olhava surpresa.

 

 

* * * *

 

-- Alex entra aí. -- Michel disse em um sorriso assim que abriu a porta e viu a morena. 

-- E aí cara, tudo bem? -- Alexsandra indagou em um sorriso, estava um pouco nervosa ou ansiosa e tentava agir de forma natural. 

-- Tudo beleza. -- Afirmou após fechar a porta. -- Tava jogando, quer? -- Indagou empolgado. 

-- Michel não enche mané, papai já disse pra tu encerrar por hoje. -- Mônica falou chegando à sala acompanhada de Cecília.

-- Ah ele deixou mais um pouquinho. -- Michel advertiu. 

-- Pois vai jogar e não enche. -- Mônica avisou passando sua mão nos cabelos do irmão. 

-- Ei? -- Ele protestou e logo saiu enquanto arrumava o seu cabelo. -- Chata! -- Gritou fazendo todas rirem. 

-- Oi Alex. -- Mônica falou rindo.  

-- Oi lindas, tudo bem? -- Alexsandra sorriu as cumprimentando. 

-- Tudo sim. -- Cecília afirmou com sua simpatia e doçura de sempre. 

-- Alex, querida. -- Cida disse surgindo da cozinha e foi diretamente até a morena. 

-- Oi Cida, tudo bem? -- Alexsandra disse em um sorriso retribuindo o abraço da outra mulher. 

-- Tudo bem. -- Cida sorriu a fitando com carinho enquanto ainda mantinha suas mãos sobre as mãos de Alexsandra. -- Nossa, suas mãos estão frias. -- Reparou. 

-- Ahh. -- Alexsandra desfez o contato delas e imediatamente enfiou suas duas mãos nos bolsos de sua calça. -- Nada de mais, deve ter sido o ar do carro. -- Sorriu. 

 -- É, mas me diz como está tudo? -- Indagou a encarando com um leve sorriso. 

-- Bem. -- Alexsandra sorriu tentando disfarçar seu nervosismo que a cada instante só aumentava. 

-- Soube que a Samantha chegou. -- Cida lembrou e sentou indicando o sofá pra Alexsandra.  

-- Ah sim. -- Alexsandra disse sentando e dando graças a Deus por Cida deixar de encará-la. –n Chegou ontem, mas dormiu e passou o dia na casa dos nossos pais. 

-- Pois é... hoje eu também vim mais cedo pra casa e nem deu de esperá-las. -- Explicou. -- Estou louca para revê-las, principalmente a Amanda. 

-- Entendo...

-- Mas amanhã mato a saudade. -- Cida sorriu contente. -- Dela e da Amanda. 

-- Verdade. -- Alexsandra sorriu em acordo. 

-- Bom deixa eu voltar pra cozinha. -- Avisou. -- Fica à vontade querida.

-- Obrigada. 

-- Meninas façam companhia pra Alex. -- Cida advertiu saindo.

-- Pode deixar coroa. -- Mônica disse rindo. 

-- Nervosa? -- Cecília indagou em um leve sorriso. 

-- Sim. -- Alexsandra confessou a olhando. -- Nossa eu pensei que ia ser mais fácil. -- Avisou levando-se do sofá inquieta. 

-- Entendo, é assim mesmo, mas na hora você vai saber lidar com a situação. -- Cecília advertiu. -- Tente se acalmar, dona Cida e seu Francisco são ótimas pessoas vão ficar surpresos lógico, mas vão entender, sei que vão! -- A menina sorriu sincera e confiante. 

-- Que assim seja! -- Alexsandra proferiu após respirar fundo. 

-- Relaxa Grandona, vai ser moleza. -- Mônica disse de forma calma, mas com um sorriso fácil e descontraído de sempre. 

-- Você me chamou igual meu irmão me chama. -- Alexsandra informou rindo. 

-- Grandona? 

-- Aram. -- Alexsandra afirmou. 

-- Tudo bem?

-- Ah sem problemas, tava só falando mesmo. -- Alexsandra avisou e em seguida fitou a escada de forma curiosa. 

-- Ela está no quarto dela, vai lá. -- Mônica informou sorrindo ao notar que Alexsandra estava à procura de sua irmã. 

-- Não seria...

-- Vai logo! -- Mônica falou rindo. 

-- Tá. -- Alexsandra disse também rindo e em seguida subiu os degraus da escada quase correndo e logo estava em frente a porta do quarto de sua namorada, dando duas batidas.

-- Entra! -- Alexsandra escutou meio abafado, sorriu e abriu a porta de imediato e entrou. -- Ficou bom? -- Laila disse virando-se de frente para Alexsandra. 

-- Linda! -- Alexsandra afirmou em um sorriso maravilhada. 

-- Alê!? -- Laila proferiu surpresa, mas logo abriu um sorriso lindo. -- Eu pensei que fosse a Cecília, porque é a única que bate na porta além do meu pai. -- Avisou e riu. -- O resto vai logo emburacando. -- Gesticulou aproximando de sua namorada. -- Nem vi você chegando. -- Confessou fitando Alexsandra agora bem de perto.  

-- Tudo bem. -- Alexsandra disse e a rodeou com ambos os braços sobre a cintura. -- Cheguei agorinha. -- Avisou e depositou um beijo no pescoço de Laila aproveitando e aspirando o cheiro ali presente, cheiro que lhe embriagava de todas as formas. -- Linda! Cheirosa! Perfeita! -- Alexsandra afirmou a fitando e ambas sorriram apaixonadas. Alexsandra levou sua mão direita até o rosto de Laila e fez um carinho. 

-- Eu estou nervosa, Alê. -- Laila confessou. 

-- Eu também. -- Alexsandra confessou e logo deu um selinho carinhoso na namorada. 

-- Não parece. -- Laila sorriu. 

-- Eu estou, mas a minha vontade de beijar você é muito maior. -- Alexsandra confessou sorrindo e em seguida puxou Laila para um beijo calmo, cheio de saudade como todos os outros, um beijo apaixonado à medida que suas mãos percorreram em um carinho por toda a costa de Laila.

-- Vamos descer? -- Laila sugeriu após o beijo. Estava abraçada a sua namorada e recebendo um carinho sobre o rosto. 

-- Ah não. Está tão bom aqui e estou com medo. -- Alexsandra confessou fazendo bico e riu. 

-- Maria Alexsandra com medo!? Humm. 

-- É que eu sinto, confesso. Mas dá mais um beijinho que passa. -- Sorriu de lado. 

-- Sei.

-- Oiee... 

-- Ai Mônica! -- Laila gritou ao ver a irmã em pé na porta de seu quarto enquanto mantinha um sorriso maroto nos lábios. -- Bater na porta jamais né? -- Laila disse desfazendo o contato que tinha com Alexsandra. 

-- Quem eu? -- Mônica riu. -- Não. Assim é mais emocionante. -- Advertiu. -- Mamãe está chamando. Rango está pronto. -- Piscou e saiu deixando a porta aberta. 

-- Está vendo? Privacidade eu não tenho. -- Afirmou com irritação. 

-- Esquece... Vem aqui. -- Alexsandra a puxou para colar em seu corpo e a abraçou com carinho. -- Pronta? -- Indagou a olhando. 

Laila suspirou e sorriu. -- Sim... Seja o que Deus quiser. 

-- E ele quer que dê tudo certo. -- Alexsandra falou e beijos os lábios em um selinho rápido, mas carinhoso. -- Vamos. -- Sorriu e pegou na mão de Laila e desceram.   

-- Ah filha que bom que já desceu. -- Cida disse fitando a filha e Alexsandra, assim que as viu entrarem na cozinha sem deixar de notar também que elas estavam de mãos dadas, mas logo se lembrou do que tinha que fazer. – Vem me ajuda aqui a trazer os copos. 

-- Querem ajuda? -- Alexsandra indagou. 

-- Não querida. Pode sentar-se aí que já voltamos. -- Cida advertiu de pronto. 

-- Senta Alex. -- Francisco reforçou. -- Como vão as coisas? Laila está se saindo bem no estágio? -- Inquiriu a fitando com serenidade. 

-- Ah a Laila é ótima... Quer dizer ela é ótima no trabalho, no que faz, é isso. -- Sorriu. Estava nervosa. Nunca ficara tão nervosa quanto estava naquele momento. 

-- Eu entendi. -- Ele sorriu a fitando, enquanto notava o seu embaraço, mas não deu muita importância. -- Ela sempre quis ser médica. Ortopedia é a área que ela quer. 

-- Ela me falou e pode ter a certeza de que ela vai ser excelente, já é em tudo que faz.  Digo, ela faz com competência. -- Alexandra explicou. 

-- Faz sim. -- Sorriu orgulhoso. -- Laila sempre foi dedicada, nunca nos deu problema nenhum. -- O que não posso dizer dos outros dois. -- Advertiu rindo. 

-- Ah que isso coroa!? -- Mônica protestou entrando na cozinha acompanhada de Cecilia e Michel. -- Eu sou a mais legal dessa casa, te faço rir, assisto futebol contigo e até engraxo os seus sapatos. -- Sorriu fitando o pai enquanto sentava-se ao lado do mesmo. 

-- Mentira pai ela me paga pra eu engraxar. -- Michel soltou de forma revoltada fazendo todos olhar para ele. Principalmente Mônica que o fitou em repreensão, mas era tarde. – Ihhh, foi sem querer. -- Advertiu fitando a irmã em pedido de desculpa, fazendo todos rir.   

-- Ohh mais tu é mané mesmo seu mané. -- Mônica afirmou rindo. 

-- Mônica o que eu já falei sobre isso? -- Cida indagou enquanto arrumava os copos em cada lugar sobre a mesa com a ajuda de Laila que fitou a namorada com um sorriso quando se posicionou a seu lado para pôr o copo sobre a mesa. 

-- Está vendo Alex? -- Francisco indagou despertando Alexsandra que fitava Laila com um sorriso bobo. -- Esses são os filhos que dão aquela dorzinha de cabeça de vez em quando. -- Afirmou e Alexsandra somente riu. -- E quanto aos sapatos eu já sabia. -- Francisco afirmou olhando os dois filhos. -- Dá próxima vez faça um serviço melhorzinho, se você assumiu a responsabilidade, faça direito. -- Piscou para Michel que, sorriu. -- E quanto a você mocinha. -- Fitou a Filha a seu lado. -- Comece sendo justa e dê o valor que ele merece por estar fazendo o trabalho que era de seu dever. Não faça com o outro o que não quer que façam com você. -- Advertiu e em seguida levou a mão fazendo um carinho nos cabelos de Mônica. -- E os dois estão de castigo. -- Advertiu fitando de um para o outro.

-- Pai! -- Mônica proferiu o olhando.

-- Mas por quê? -- Michel indagou. -- O senhor não brigou.

-- E precisa, para vocês saberem que estão errados? -- Francisco indagou.  

-- Não. -- Os dois responderam juntos.

-- Mas o castigo começa amanhã porque hoje temos a Alex conosco, uma notícia que estou curioso pra saber e uma fome danada, então vamos comer. -- Advertiu empolgado e todos riram de forma descontraída. -- Vamos aproveitar que o negócio hoje está mais que caprichado, olha só. -- Mostrou a mesa cheia de vários tipos de comida.  

 

Todo devidamente sentado em seus lugares, Cida deu o sinal para que começassem a se servirem... O primeiro foi Michel que iniciou enchendo o seu prato com arroz e passou para Cecilia que estava a seu lado, e assim ela também se serviu e passou para a namorada e assim todos passaram a se servirem de forma animada e descontraídos em uma conversa qualquer... Alexsandra ao contrário, apenas ficou a observar como aquele modo era diferente do que estava habituada. Sempre era servida, e de uma forma tão formal que às vezes até mesmo entre a família parecia estar entre estranhos, tinja descontração sim, amor, e às vezes uma conversa mais descontraída, mas não como notava ali, tudo lhe parecia diferente desde que conhecera Laila, sorriu olhando a namorada também se servir na mesma animação  peculiar,  sorriu apaixonada e feliz, sim, tudo lhe era melhor e mais feliz com Laila em sua vida. 

-- Alê? -- Laila a despertou. 

-- Oi? -- Sorriu a olhando de forma boba. 

-- Que foi? -- Laila inquiriu. 

-- Ihh Alex, te esperta ou vai ficar sem comer. -- Michel disse reparando que o prato da mesma ainda estava completamente vazio. 

-- Só se por tua causa né? -- Mônica avisou notando que o irmão já comia. – Mal educado. -- Preferiu.

-- Ahh me deixa.  

-- Algum problema, querida? -- Cida indagou. 

-- Não, não, imagina. -- Alexsandra falou. -- É que eu estava... Bem, não vem ao caso. -- Sorriu. -- Deixa eu me servir, que estou atrasada. Alguém me passa a salada? -- Pediu e agora sim todos voltaram ao que faziam, e logo após Alexsandra terminar de servir-se passaram a jantar de forma descontraída e animada.  

-- Prontinho. -- Cida disse pondo uma tigela com a sobremesa sobre a mesa. -- Mousse de maracujá feito pela Cecília.

-- Modéstia parte, minha namorada é excelente. -- Mônica informou se gabando. 

-- Essa aí fala como se fosse ela que tivesse feito. -- Laila notou. 

-- Lógico, é como se fosse. E eu ajudei, entendeu? 

-- Ajudou... Sei... -- Laila disse rindo. 

-- Já que ajudou, entende do negócio, sirva o papai. -- Francisco pediu lhe entregando a sua taça.  

-- Ah isso é mais fácil ainda. -- Mônica afirmou e rapidamente serviu seu pai. E em seguida a mãe também pediu para ser servida e assim a jovem serviu a todos. 

-- Alex você sempre quis ser médica? -- Francisco indagou a olhando com interesse. 

-- Bem... -- Alexsandra disse e deu um tempo. -- Na verdade não. -- Confessou. 

-- Interessante. -- Francisco sorriu. -- E então o que você almejava? Se quiser compartilhar conosco, claro.

-- Não, que isso, lógico que quero. -- Alexsandra afirmou e fitou Laila a seu lado que lhe sorriu. -- Bom eu era louca pra ser piloto de corrida. Motovelocidade. 

-- Irado! -- Michel afirmou em empolgação. 

-- Isso ai são aquelas pessoas que andam em uma velocidade absurda em uma moto e que viram com moto e tudo nas curvas? -- Cida observou.

-- É mãe, tipo no meu vídeo game lembra? -- Michel advertiu empolgado

-- Oh meu Jesus! -- Cida proferiu pondo a mão na boca. -- Que perigoso Alex. -- Afirmou olhando a morena que riu. 

-- Era o que minha mãe dizia e ainda diz quando me vê com a moto. -- Alexsandra informou. -- Eu cheguei a participar de algumas corridas, mas minha mãe não gostava nem um pouco da ideia... Fui deixando de lado e hoje estou no hospital. 

-- Deve ser um máximo participar dessas corridas. Eu acho top só de assistir na Televisão. 

-- É ótimo, cara. De vez em quanto eu vou à pista e acelero, mas não é o mesmo que numa corrida. 

-- Você tem uma moto? -- Michel indagou curioso. 

-- Tenho sim, quase do mesmo jeito que as usadas nas corridas. 

-- Irado, muito, muito irado. -- O menino não escondia a animação e todos riram até Cida. 

-- É legal sim. -- Afirmou. -- Qualquer dia desses pode combinar e eu te levo pra dar uma volta. 

-- Sério? 

-- Claro. 

-- Legal! Quando podemos ir? 

-- Ah não sei. Num domingo...

-- Pode ser esse agora?

-- Michel, por favor. -- Cida lhe chamou a atenção. 

-- Tudo bem Cida... Acho que sim, mas depois combinamos direito. -- Alexsandra explicou. 

-- Tá bom. 

-- Eu já vi sua moto Alex, realmente muito maneira. -- Cecília concordou.

-- Obrigada. -- Sorriu. 

-- Eu prefiro a versão atual dela. É bem melhor no design, aerodinâmica. -- Mônica disse.

 -- Você parece entender de motos. 

-- Não muito. Mas sei algumas coisas. -- Mônica disse de forma calma. -- Adoraria pilotar uma. -- Confessou.  

-- Nem pensar, não tem idade, carteira e muito menos a minha autorização. -- Cida advertiu de forma preocupada.

-- Eu falei adoraria dona Cida. -- Mônica falou rindo. -- Mas enfim... -- Sorriu. 

-- Se quiser um volta como carona eu posso ajudar. -- Alexsandra avisou. 

-- É, eu topo! -- Sorriu animada. 

-- Então fechou, combinaremos um dia e vamos todos dar uma volta. Mas vai ser na pista mesmo. Tenho um amigo que tem um amigo... 

-- Sei como é. -- Mônica falou em entendimento. 

-- Ainda querem sobremesa? Podem comer. 

-- Eu quero! -- Michel avisou. 

-- Não, tu... -- Mônica alfinetou. -- Parece um poço sem fundo. 

-- Hummm. -- Michel balbuciou mostrando a língua para irmã do meio.

-- Ma... A deixa pra lá. -- Mônica falou lembrando que não podia chamarr o irmão de "mané". 

Laila sorriu ao ver que a irmã se segurava para não dizer o que não podia, pelo menos na frente da mãe, se o fizesse, briga e castigo na certa. Fitou o ambiente, tudo até o momento fora perfeito. A comida, a conversa a companhia das pessoas que mais amava... Todos conversando amenidades, mas que era de muita importância para todos ali, principalmente pra ela. Adorava esses momentos em família, tinham seus atritos, normal, toda família tem. Mas adorava tudo quando estava rodeada de sua família, amigos leais... Sorriu feliz... Não deixando de notar a facilidade de como Alexsandra conduzia todos os assuntos, conquistando cada um com particularidades. Cida por exemplo amava quando alguém deixava o prato limpo em uma comida feita por ela, sinal de que gostou e amava também ser elogiada no seu tempero. E isso Alexsandra fazia muito, não por educação ou para agradar, mas porque realmente estava sendo sincera... A cumplicidade que ela tinha com Michel, a delicadeza de como tratava Cecília, o mesmo ideal que tinha com seu pai, a forma de como sempre ria das besteiras que Mônica falava, elas se entendiam, Alexsandra sabia como tratar cada um ali... E era notório que todos ali já a adoravam e nutria um carinho especial por sua namorada, principalmente ela. Sorriu mais uma vez, dessa vez além de felicidade tinha muita emoção. Aquele era o momento de falar a verdade a sua família, não podia e nem queria mais esconder das pessoas que mais amava, a sua felicidade... Levou sua mão esquerda e a pousou sobre a coxa de Alexsandra e fez uma leve pressão lhe chamando a atenção. 

Alexsandra que conversava de forma animada com os demais rapidamente a olhou em questionamento e não precisou de palavras para saber que aquele momento era o momento, sorriu em acordo, levou sua mão direita até a mão de Laila em sua perna e a pegou com delicadeza a levou até seus lábios e beijou de forma carinhosa o dorso da mão de sua namorada. Cena que foi presenciada por, Cecília que cutucou Mônica e por Cida de uma forma intrigante. 

-- Filha? -- Cida a chamou fazendo todos na mesa ficarem em silêncio. -- Tudo bem? -- Questionou ao obter a atenção de Laila e consequentemente a de Alexsandra.

-- Está sim, mãe. -- Laila afirmou a olhando firme nos olhos, em seguida fitou seu pai. -- Eu preciso dizer uma coisa, e quero a atenção de todos. -- Confessou e em seguida olhou para Alexsandra que movimentou a cabeça em consentimento e principalmente apoio, elas mantinham suas mãos dadas, fora da visão dos demais. 

-- Fala filha, está nos deixando preocupados. -- Francisco advertiu realmente com certa preocupação. 

-- Ah, não pode ser... Eu não acredito que não percebi isso antes.  -- Cida falou olhando entre Laila e Alexsandra num misto de desapontamento consigo e ao mesmo tempo contentamento com a novidade.

Laila olhou a mãe já de um modo emocionada não conseguindo mais conter as lágrimas, estava em uma mistura de sentimentos, mas apenas pelo olhar terno de sua mãe, sabia que tudo daria certo. 

-- Vocês duas... Verdade? -- Cida indagou em um sorriso bastante emocionado. 

-- Sim. -- Laila afirmou também em um sorriso e com o rosto por onde escorriam lágrimas de felicidades, emoção. 

-- Oh eu não acredito que deixei passar, estava na cara. -- Constatou olhando de Alexsandra que sorria emocionada, mas de forma mais contida para Laila que já deixava o rosto molhar descontroladamente. 

-- Alguém me diz o que está acontecendo porque eu não estou entendendo nada. -- Francisco avisou olhando da filha para a esposa e vice versa.

-- Querido elas... Ah eu não tenho esse direito. -- Notou e em seguida sorriu as olhando enquanto mantinha suas duas mãos sobre a boca. -- Continua filha. -- Cida pediu e depois olhou os demais a mesa, Mônica e Cecília sorriam fitando o outro casal, logo soube que elas já sabiam, Michel e Francisco esperavam impacientes, Cida riu. 

Laila respirou fundo tentando controlar-se e após mais uma olhada para sua namorada resolve falar de vez. 

-- Eu e a Alexsandra estamos namorando. -- Soltou as palavras de forma calma e de modo que saísse o mais natural possível e ficou a observar a reação da família, principalmente do Francisco que, após ouvir sua declaração não esboçou reação alguma ficando apenas lhe olhando de forma pensativa. Laila olhou de seu pai para sua mãe e em seguida fitou Alexsandra que lhe balbuciou um "calma" mesmo estando também nervosa com a reação de Francisco ou a ausência dela. 

-- Tu também gosta de mulher, Laila? -- Michel foi o primeiro a falar alguma coisa. 

Laila riu com a pergunta do irmão. -- Eu gosto da Alê, e ela é mulher, então sim, eu também gosto de mulher. -- Respondeu olhando o irmão de forma calma e um sorriso no rosto. 

-- Humm... -- Ele proferiu desviando o olha para seu copo já sem o mousse. -- Então a Alex e minha cunhada igual à Ceci, eu gostei. -- Sorriu voltando a olhar a irmã e consequentemente Alexsandra que lhe sorriu e estendendo a mão que Michel bateu em cumplicidade. 

-- Pai? -- Laila falou o olhando. -- Não vai dizer nada? -- Indagou e logo Francisco era o alvo de todos os olhares. 

-- Uau! -- O homem disse ajeitando-se sobre a cadeira, pegou o copo com água e bebeu um pouco. -- Nossa. -- Notou a expectativa de todos sobre si. -- Eu estou surpreso, na verdade muito, muito surpreso. -- Confessou e todos riram ainda tímidos. 

Cida pegou na mão do marido e fez um carinho na mesma. Francisco a olhou e sorriu sabendo que a esposa lhe pedia calma apenas com o olhar ao mesmo tempo em que também lhe passava confiança. 

-- Bem... O que eu posso dizer?. -- Francisco disse e deu uma pequena pausa olhando-as. -- Apenas que... eu tenho noras lindas! -- Afirmou e abriu um sorriso franco olhando Alexsandra e em seguida Cecília. 

Alexsandra sorriu num misto de alívio, felicidade e gratidão. Fitou sua namorada que também estava radiante de felicidades e emoção e sem conter-se a puxou para um abraço cheio de amor, alegria e foi devidamente retribuída com a mesma intensidade. 

-- Deu tudo certo meu amor. -- Alexsandra sussurrou no ouvido de Laila e esta sorriu mais ainda em acordo. 

-- Sim... -- Afirmou. -- Obrigada por estar aqui. -- Laila agradeceu ainda no abraço.  

-- Sempre, sempre amor... -- Alexsandra afirmou e depositou um beijo amoroso sobre a testa de Laila e a fitou com enorme amor e paixão, ambas sorriram felizes. 

Todos as observavam com um sorriso feliz e apenas Cida chorava emocionada olhando a sua filha e a outra mulher que mesmo antes de saber da novidade, além de ter um carinho enorme por Alexsandra, agora praticamente ela era parte de sua família. 

-- Rum rum. -- Francisco praguejou ao notar que as duas mulheres estavam prestes a se beijar, assim, fazendo-as se afastarem e o olharem envergonhadas. -- Também não é assim tão fácil. – O Homem advertiu. -- Quero saber quais a suas intenções para com a minha filha Doutora Alexsandra. -- Informou de forma séria fazendo os demais rirem enquanto Alexsandra o fitava nervosa tanto pela emoção do momento quanto pela pergunta de seu então sogro. 

-- É... minhas intenções!?

-- Sim. Sou um homem moderno, mas algumas coisas ainda gosto do modo antigo. 

-- Ah isso ai e verdade. -- Cecília concordou e sorriu. -- Eu tive que fazer o pedido de namoro da Mônica pra ele.

-- E eu tive que pedir pro pai da Cecília. -- Mônica avisou

 -- Ou seja, vai ter que fazer o mesmo. -- Cecília explicou.

-- Exatamente! -- Francisco concordou. -- Pra nós dois né querida? -- Olhou Cida sorrindo.

-- De fato! -- Cida sorriu, era tão bonito ver sua filha feliz e ver que ambas se amavam, era notório e de longe, ainda se perguntava como não notara antes a intimidade, cumplicidade, amor delas... 

-- Tudo bem. Pela Laila eu faço qualquer coisa. -- Alexsandra afirmou. -- Eu conheci a Laila há exatamente uma semana. -- Alexsandra informou e olhou a namorada com um ar apaixonado. -- Foi quando ela começou a estagiar lá no hospital... Eu estava saindo pra ir pra minha sala e ela chegando e nos esbarramos eu a segurei e foi então que  vi os olhos mais lindos, onde mergulhei em uma entrega e transe total, por alguns segundos, segundos suficientes para fazer meu corpo reagir por completo ao mesmo tempo que um sentimento tão gostoso fora despertado, aceso com facilidade, de uma forma tão rápida que me deixaram em euforia e ao mesmo tempo me transmitiam uma paz enorme. -- Alexsandra falava cada palavra olhado nos olhos de Laila que sorria ao mesmo tempo que deixava  lágrimas emocionadas caírem sobre seu rosto. -- Eu ainda não sabia e nem podia imagina que naquele exato momento, sua filha tinha me deixado completamente apaixonada por ela. -- Sorriu em seguida levou sua mão desocupada até o rosto de Laila e com delicadeza e amor limpou as lágrimas... Em seguida fitou os pais de Laila notando o sorriso de contentamento de Francisco e a grande Emoção de Cida que chorava e ria ao mesmo tempo... -- Talvez vocês pensem ser um pouco cedo... Mas eu estou completamente, perdidamente apaixonada por essa mulher linda... Ela me faz tão bem, tão feliz. -- Alexsandra afirmou voltando a olhar Laila que não se continha de felicidade. -- E peço a você seu Francisco e a você Cida. -- Falou os olhando. -- A permissão, bênção e a oportunidade de poder proporcionar o mesmo a senhorita Laila Pacheco, prometo que também farei de tudo para fazê-la sempre feliz.

-- Nossa! -- Francisco proferiu admirado pela declaração de Alexsandra. -- Você é boa nisso hein menina!? -- Observou e todos riram. 

-- Alex? -- Mônica a chamou. -- Razô ohh! -- Avisou fazendo o sinal de Ok com a mão. -- Sou tua fã, conseguiu me superar. -- Disse rindo e olhou Cecília que agora limpava as lágrimas assim como Cida. -- Ei no meu pedido você não chorou assim amor. 

-- Chorei sim, amor. -- Afirmou. -- Mas é que o delas foi mais romântico. – Cecilia advertiu.

-- Mais romântico.... sei... Mais romântico. -- Mônica protestava e Cecília ria. 

-- Boba... -- Disse rindo e beijou rosto de Mônica. -- Agora deixa o seu pai falar que as meninas estão ansiosas, principalmente a Alex. -- Notou. 

-- Ceci, eu te adoro sabia. -- Alexsandra confessou em um sorriso. -- E então? -- Questionou inquieta.  

-- Pelo que vejo vocês estão muito bem e é evidente que gostam muito uma da outra...  -- Notou olhando as duas, em seguida fixou na filha. -- Filha você ouviu o que eu disse a sua irmã quando ela trouxe a Ceci aqui. -- Falou e Laila concordou. -- Então o que disse a ela vale pra você, você já sabe como sou, pois me conhece, sou um pouco velho, minha criação foi diferente da sua, da de vocês, modernidades me deixam sem jeito às vezes, digo de um modo geral, mas também sou vivido o suficiente pra dizer que não precisa ter preconceitos, ou a mente fechada. E eu jamais faria algo que te magoasse, ainda mais diante do que você é, da filha que sempre foi que é, e diante do carinho e da felicidade, respeito que vi em cada uma de vocês e que também demostram uma para outra... Falo isso por mim, por sua mãe, sei que ela também pensa da mesma forma. Então, se é isso que você quer que te faz bem... Querida a única coisa que posso dizer é seja feliz! -- Sorriu sincero.  

-- Ah pai. -- Laila levantou-se muito emocionada e foi até Francisco e o abraçou forte. -- Obrigada... Eu te amo tanto.

-- Eu também te amo queria. -- Afirmou e a fez afastar e a olhou nos olhos e sorriu. -- Mais chorona que você só a sua mãe. -- Observou notando que Cida também estava emocionada. 

-- Ela e a mamãe, choram por tudo. -- Michel advertiu e todos riram. 

-- Ah choro mesmo. -- Cida confessou e levantou-se. Laila imediatamente a envolveu em um abraço apertado e amoroso. Estavam felizes, todos estavam, aquele contato por si só mostrava o carinho, o consentimento o respeito, gratidão, amor... Não eram necessárias palavras. 

Alexsandra que mesmo bastante emocionada havia segurado as lágrimas até ali, ao ver o carinho de Cida com a filha, de todos da família que a receberam de braços abertos, sorriu e deixou algumas gotas escorrerem por seu rosto, mas sempre as limpava de imediato, não dava mais para esconder, amava Laila e a família que oficialmente agora fazia parte. 

-- Ah pai t´s todo mundo chorando. -- Michel observou. -- Eu não choro, não sei pra que esse chororô todo só porque a gente sabe que estão namorando. -- O menino relatou sincero e todos riram. 

-- Tu não entende de nada seu mané. -- Mônica disse jogando o seu guardanapo no irmão. 

-- Entendo sim. E não me joga isso sua chorona. -- Disse devolvendo o guardanapo da mesma forma. 

-- Eu não chorei! -- Mônica protestou. 

-- Chorou sim que vi. -- Michel afirmou. 

-- Mentira. 

-- Ei vocês dois? Querem castigo dobrado? -- Cida repreendeu em voz elevada. -- Cadê a educação de vocês? 

-- Desculpa mãe, Alex. -- Michel pediu envergonhado. 

-- Desculpa meninas, foi mal. -- Mônica pediu olhando Alexsandra e Laila.

-- Tudo bem. -- Laila sorriu olhando os irmãos. Ainda estava com o corpo colado ao da mãe em um abraço mais frouxo. 

-- Alex está vendo isso aí? Bem vinda a família. -- Francisco falou sorrindo e Alexsandra gargalhou em entendimento. Estava feliz, não importava o que teria que enfrentar pra estar com Laila. Alexsandra levantou-se e o que veio a seguir foi vários abraços carinhosos e palavras de carinho e felicitações de todos para com o recente casal.

-- Cida? -- Alexsandra disse abrindo os braços e abraçando a sogra com muito carinho. -- Obrigada... Por tudo! -- Falou e a fitou com um sorriso. 

-- Ah querida, não precisa agradecer. Eu quero que minha filha seja feliz e você também. -- Confessou. -- Você me conhece, sabe como sou, estou muito feliz, por vocês duas. E que bom que ela escolheu você. -- Sorriu. -- Ou o coração, enfim... -- Riu. -- Agora me prometa uma coisa. -- Cida avisou.

-- Até duas. -- Riu. 

-- Faça ela muito feliz. -- Sorriu olhando Laila que lhe sorriu de volta. 

-- Farei de tudo sim. -- Alexsandra afirmou olhando Laila com um olhar apaixonado. 

-- Ah eu não me canso de dizer que, Eu estou tão feliz. -- Cida confessou e todos riram. 

-- Preciso ir. -- Alexsandra avisou.

-- Ah sim claro. -- Cida disse soltando as mãos da médica. 

Alexsandra. riu e se encaminhou para a porta local onde Laila já a esperava pacientemente. Alexsandra sorriu e pegou na mão da namorada. 

-- Ah Cida, por favor, se segure par não dizer nada pra Sam. 

-- Tá eu vou conseguir, difícil, mas vou. -- Afirmou. 

-- Tá bom. Só amanhã, vamos contar amanhã a noite, assim como foi aqui. -- Avisou.

-- Ah vai ser lindo também, vai ver.

-- Obrigada Cida. 

-- Ah que nada. 

-- Tchau pra vocês, obrigada por tudo e boa noite. -- Alexsandra disse e após receber mais uma vez as despedidas de todos, ela saiu acompanhada de Laila. 

-- Feliz? -- Alexsandra indagou encostando-se na lateral de seu carro e puxando Laila para colar em seu corpo. 

-- Ai amor... muito, muito muito feliz. -- Laila confessou em um sorriso lindo, sorriso que fazia Alexsandra a fitar mais extasiada ainda. -- E você? Feliz?

-- Muito, muito, muito e muito e muito. -- Ambas riram.  -- Feliz. -- Afirmou fazendo um carinho no rosto de Laila. -- Queria tanto que fosse comigo. -- Alexsandra confessou. 

-- Eu também queria Alê, mas meus pais não vão aliviar essa hoje. -- Observou sentida. 

-- Tudo bem. -- Alexsandra sorriu trazendo de volta o sorriso de Laila. -- Outro dia dará certo. -- Afirmou. 

-- Sim. -- Concordou levanto sua mão direita até o rosto da morena e fez um leve carinho... Alexsandra fechou os olhos em deleite. -- Você é tão linda Alê. -- Laila afirmou e logo viu que Alexsandra a olhou e rapidamente aproximou seu rosto ao de Laila parando a escassos centímetros. -- Você é muito, muito mais. -- Afirmou e encostou seu rosto ao de Laila em uma leve carícia fazendo ambas fechar os olhos e como um imã as suas bocas se aproximam e colam em um beijo cheio de amor, calmo e saboreado por ambas as mulheres.  

-- Eles estão nos olhando não estão? -- Alexsandra indagou após o beijo.

-- Tenho certeza que sim. -- Laila afirmou rindo, ainda mantinha sua testa colada a de sua namorada. 

-- Se eu te colocar no carro agora e te levar pra minha casa é sequestro?   

-- Fiquei na dúvida. -- Laila confessou a olhando e ambas riram. -- Alê está tarde não é bom ficarmos aqui. -- Laila avisou. 

-- É, eu sei. -- Alexsandra concordou e respirou conformada. -- Boa noite, meu amor. -- Alexsandra disse a abraçando com carinho. 

-- Boa noite, amor. -- Sorriu a olhando e sem resistir puxou Alexsandra para um selinho demorado. -- Agora vai. -- Disse afastando-se.

-- Tchau. -- Alexsandra sorriu e entrou no carro. -- Entra. -- Pediu a olhando pela janela. 

-- Até amanhã, Alê. -- Laila disse e logo se dirigiu para entrar. 

-- É tão singular... O jeito que me observa acordar... -- Alexsandra cantou acompanhando a música e saindo com o carro. Estava muito feliz.

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi lindas,

Depois de dois meses aqui estou! ^^ Eu sei, eu sei, mereço uns tapa pela enorme demora. kkkk 

Mas foi por vários e vários motivos relevantes que me fizeram demorar tanto. E peço desculpas pela demora na atualização... E também agradeço a paciência de todas vocês. Obrigada por tudo!!!^^

O capítulo foi esse e espero que tenham gostado!

Beijos em todas! Coraçãozimmm! *-*


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Comentários para 44 - Capítulo 44:
Lea
Lea

Em: 11/10/2021

É de família,essa de se apaixonar em uma semana!! Foi linda as palavras da Alexsandra! 

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rhina
rhina

Em: 12/07/2020

 

Pedido pra lá de espacial heim Alex....

Rhina

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rhina
rhina

Em: 08/02/2017

 

Como disse o Carlos......é muita informação para digerir 

que capítulo lindamente maravilhoso 

rhina

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Mille
Mille

Em: 31/12/2016

Oi Enny tudo bem? Saudades de ti e dessa linda história. ;)

 

"Desejo a você…
365 dias de felicidade.
52 semanas de saúde e prosperidade.
12 meses de amor e carinho.
8760 horas de paz e harmonia.
Que neste novo ano você tenha muitos motivos para sorrir!"

E muitas inspirações para nos presentear com lindas histórias. Abraços

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Leidigoncalves
Leidigoncalves

Em: 24/12/2016

Poxa vc não vai postar mais não? Vc sumiu, quero mais capítulos!

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cris_90
cris_90

Em: 19/10/2016

Olá autora,

Gostaria de agradecer por ter escrito essa incrível história. Você tem grande habilidade com as palavras, realmente prende nossa atenção. Sua história, repleta de amor, confiança e respeito nas relações lésbicas fornece uma energia necessária em meio a tanta dificuldade de aceitação e preconceitos diversos. Me fez muito bem, assim como outras narrações aqui contidas.

Gostaria de saber o final, mas até aqui já foi incrível.

Grata,

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carolgomes
carolgomes

Em: 16/10/2016

Saudades dessa historia!

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Mille
Mille

Em: 13/10/2016

Ola autora tudo bem?


Hoje me bateu aquela saudade, e resolvi vim deixar meu recado.
Espero que retorne logo ao LETTERA.


Bjus

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Palas F
Palas F

Em: 28/09/2016

Pelamô, cadê o restante???? rss

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smurfette2524
smurfette2524

Em: 10/08/2016

Parabéns. N demore por favor!:)

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ik felix
ik felix

Em: 01/08/2016

Querida Enny,

                Sua história continua ÓTIMA e prendendo a nossa atenção. Parabéns!!!

                Quanto a esse capítulo, foi muito bacana o jantar de apresentação da Alex como namorada de Laila.

E esse interesse da Vick pela Naty será que vai rolar? Gostaria de saber qual a impressão da Naty para com a Vick. E se de fato elas forem ter alguma coisa vão ter que cortar um dobrado para viver esse amor por conta de aparentemente a Sam não gostar muito da história, imagina a Amanda. E com quem será que a Naty tanto conversa?

E essas trocas de mensagens da Mari com a Marcela também está muito bacana.

 

Aguardo ansiosamente pelo próximo capítulo. Beijos, IK.

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Bia
Bia

Em: 25/07/2016

Continua <3 

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crisley
crisley

Em: 20/07/2016

num creio, ela voltou!!!!!! poxa enny ja tinha me conformado, achando que você também tinha deixado a hostória incompleta, falo isso porque estou sempre aqui, e tem algumas que eu estava acompanhando, e simplesmente abandonaram, agente fica um pouco frustada sabe? massss, fazer o que? elas devem ter os motivos para nos abandonarem, pobres leitoras, kkkk. mas sério agora, estou muito feliz pelo seu retorno, e não demora tá, a culpa é sua se nos deixa anciosas. um grande beijo querida.

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lis
lis

Em: 19/07/2016

Boa noite Enny, tudo bem? Olha se tem uma coisa que vale a pena é esperar pelo capitulo da sua história pois ela é fantastica, parabéns excente capitulo recheado de amor e felicidades 

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Mag Mary
Mag Mary

Em: 19/07/2016

Que capítulo lindo <3 cheio de fofurinhas <3 só sei que amei tudooo, principalmente esse pedido de namoro  mais gut gut rsrsr

E o pai da Eloá vai se aquetar mesmo? Será? rssr só aguardando os próximos episódios pra saber rsr

Bjus

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lay colombo
lay colombo

Em: 19/07/2016

Ai como eu amo essa história, sério amo de verdade. Adorei a Sam e  a Amanda se comportando como mães das meninas, principalmente a Sam batendo na Vick por ser tão descarada kkkkkkkkk

Adorei esse primeiro contato da Marion e da Marcela, foi bem leve mas demonstrando interesse desde o início , curti muito.

E oq dizer do meu casal top se assumindo pra família? Só posso dizer q amei, sério eu não sei oq essas duas tem mas eu amo a relação delas mais do q todas.

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Em: 19/07/2016

Minha linda, parabéns! Capítulo excelente! Já te falei que você tem um talento nato e isso se confirma mais ainda quando leio sobre todos da história em apenas um capítulo. Vc é D+!

Só fiquei meio perdida porque não me lembrava da Cecília, mas depois recordei e ficou tudo certo.

Fico feliz com teu retorno porque demora que algumas dificuldades ja estao sendo superadas.

Fica bem!

BJs

Darque/jodaje

 

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Lana queen
Lana queen

Em: 19/07/2016

Oi Enny

 

Que bom que conseguiu escrever, estava com saudades dessas personagens que amo tanto...Gostei do seu Carlos, preconceituoso, amei a resposta da Ligia, e que esperta foi a Amanda...Fabrício é um fofo, compreensivo, um amigão mesmo...

Já gostava da Vick, agora gosto mais ainda, mais que safadinha paquerando a Naty, e a Agatha coisa mais fofa quando pegou a mãe e Amanda na cama kkk, tampando o rostinho com as mãos, fiquei pensando que se não fosse a menstruação ela ia pegar algo mais kkk,

Marina e Marcela, adorei essa parte...já quero encontro delas...

Me emocionei aqui com a reação da Cida.

“-- Ah, não pode ser... Eu não acredito que não percebi isso antes.  -- Cida falou olhando entre Laila e Alexsandra num misto de desapontamento consigo e ao mesmo tempo contentamento com a novidade.

Laila olhou a mãe já de um modo emocionada não conseguindo mais conter as lágrimas, estava em uma mistura de sentimentos, mas apenas pelo olhar terno de sua mãe, sabia que tudo daria certo. 

-- Vocês duas... Verdade? -- Cida indagou em um sorriso bastante emocionado. 

-- Sim. -- Laila afirmou também em um sorriso e com o rosto por onde escorriam lágrimas de felicidades, emoção. 

-- Oh eu não acredito que deixei passar, estava na cara. -- Constatou olhando de Alexsandra que sorria emocionada, mas de forma mais contida para Laila que já deixava o rosto molhar descontroladamente. “

 

Coisa linda isso, e o pedido da Alex, tudo perfeito...família que todos queriam ter.

Mas o final, acabou comigo, minha música ali...essa musica tem uma história na minha vida, essa musica tem o nome de alguém que é e sempre será Singular...

 

Beijos Enny, sou sua fã

 

 

Responder

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Ada M Melo
Ada M Melo

Em: 18/07/2016

são todas lindas e fofas!!! autora o importante é vc sempre voltar!!! amo essa historia!

 

abraço!

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jull
jull

Em: 18/07/2016

Voltou,👏👏👏👏👏👏👏👏 história show demais 😍😍😍

Impressão minha ou a Carol e a Vick formariam uma casal incrível 😂😂😂😂😂duas doidas iam aprontar muito.

Sam e Eloa são  duas lindas.

E com certeza o pai da Eloa vai aprontar egista demais pra pensar na felicidade de alguém que não seja dele próprio.

 

Bjos 

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BiaRid
BiaRid

Em: 18/07/2016

Que saudades! *--* QUE bom que voltou!

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Mille
Mille

Em: 18/07/2016

Olá Enny sabe que estava lembrando de ti hj saudades espero que tudo melhore em sua vida.

E que capítulo grandão kkk amooooooooooo.

Essa Carol é mais ligadona que a Marina e a troca das duas que ficam de sorrisos pela troca de mensagem. 

A família Pacheco é admirável, o amor deles é nítido e aceitou as duas numa boa como será quando a Laila for na casa da Alex. 

Agora esse Carlos algo diz que está armando alguma treta, e espero que a Nádia de um chega pra lá nele se vier a fazer alguma asneira.

Bjus minha linda autora e até o próximo 

😘😘😘😘😘😘😘😘😘😍😍😍😍😍😍😛

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josi08
josi08

Em: 18/07/2016

Nossa nem acreditei quando vi atualizada d84;...ta linda a história como sempre,falou um poko de cada um...amei amei...espero que de td certo p vc moça e que não demore a atualizar mais capitulos para nós...

👏👏👏👏👏👏👏

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libriana
libriana

Em: 18/07/2016

Não acredito!!!! Vc voltou!!!!!!!!!!Ebaaaa!!! Vou ler agora.rs

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