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Todos os sonhos do mundo por marcialitman

Ver comentários: 3

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Palavras: 2131
Acessos: 4318   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo I

Luciana olhou para o próprio reflexo no vidro do carro e procurou pelos vestígios da noite anterior em seu rosto. Os olhos estavam avermelhados, denunciando as lágrimas derramadas e o sono perturbado, resultado do término de relacionamento pouco amistoso pelo qual tinha passado. Mas ela tinha conseguido certo sucesso em sua maquiagem, que disfarçou um pouco as marcas daquele momento que ainda era tão recente. Ajeitou alguns fios de cabelo e suspirou, sabendo que teria de seguir aquele dia da melhor forma possível, de preferência como se nada tivesse acontecido.

Conferiu o relógio de pulso e viu que estava adiantada, como de costume, para o trabalho. Faria hora extra naquele sábado, a pedido de seu chefe, terminando de revisar alguns releases que seriam utilizados para anunciar um evento literário que aconteceria a partir daquela semana. Ela tinha aceitado fazer aquele serviço no fim de semana, sem saber que agradeceria horas mais tarde o fato de poder ter algo para ocupar sua mente e a impedir de curtir a dor de cotovelo, como seria o natural.

Enquanto ela entrava no prédio e se encaminhava para os elevadores, Luciana ouviu o toque do celular. Abriu a bolsa, procurou pelo aparelho e olhou para a tela: estava escrito aquele nome que ela menos estava disposta a ler. Enquanto pensava se iria atender ou não, viu que Juliana, sua colega de trabalho, se aproximava. Apertou “ignorar a ligação” e desligou o telefone, colocando nos lábios o melhor sorriso que pode improvisar.

— Bom dia, Luciana.

— Bom dia.

Elas se cumprimentaram com um beijo no rosto.

— Então o Júlio convocou você também? — Juliana perguntou, apertando o botão do elevador.

— Pois é…

Luciana olhou para os sapatos, tentando evitar que a outra a observasse com mais atenção e fizesse perguntas que ela não estava disposta a responder.

— Você vai ficar pra festa surpresa do Júlio?

Luciana franziu a testa.

— É hoje isso?

— Sim, pensei que o Paulo tinha te falado ontem. Vamos chamar ele aqui e depois levar pro barzinho que a gente sempre vai.

O elevador se abriu e as duas entraram. Luciana levou a mão à testa.

— Não liga pra mim, Juliana, ‘tava bem distraída ontem.

A moça soltou uma risadinha abafada.

— Deu pra perceber. Mas e então, você vai?

Luciana não estava nem um pouco no clima para festas surpresas ou qualquer coisa que iluminasse em sua mente a palavra “diversão”. Porém, era a festa do seu chefe, portanto ela tinha dever profissional de estar presente, pelo bem de sua carreira. E ficar fora de casa mais algumas horas não parecia uma ideia tão ruim afinal. Era preciso um pouco de tempo até que ela não visse mais vestígios da ex por todos os cantos do seu apartamento.

— Claro, por que não?

.::.

Luciana estava no balcão, afastada do resto do grupo, aproveitando para ficar distante agora que todos estavam lubrificados o suficiente para sequer notar que ela não estava na mesma pegada de diversão do resto da equipe. Ela se limitava a observar a diversão dos seus colegas de trabalho e de seu chefe e aquela visão trazia uma vasta gama de sentimentos contraditórios: era bom ver a felicidade estampada no rosto daquelas pessoas que eram tão sérias no dia a dia e concentradas nos próprios afazeres e, ao mesmo tempo, encarar aquela aura que pairava sobre eles a tornava consciente da tristeza que estava sobre a sua vida naquele momento.

O celular tocou mais uma vez e ela apenas espiou a tela, vendo mais uma vez aquele nome: Sabrina. Suspirou, imaginando o que afinal ela queria insistindo tanto nas ligações. Tudo tinha sido dito na noite anterior o a última coisa que Luciana precisava era ouvir novamente a voz da ex e cutucar a ferida fresca em seu coração.

Ela encarou o copo vazio sobre o balcão e fez um sinal com o dedo indicador para o bartender, que sabia bem o que aquilo significava, preparando outra bebida semelhante. Luciana agradeceu mentalmente, ajeitando-se em seu lugar e esperando pelo drink.

— Uma pena que seus amigos nem perceberam que você não está se divertindo.

Luciana se virou para a esquerda, na direção da voz, e encontrou uma loira que sorria para ela.

— Prefiro assim. Não quero meus colegas de trabalho fazendo perguntas que não estou querendo responder.

A moça deu de ombros, ainda sorrindo, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha e tomando um pouco da própria bebida.

— Entendo bem o que você quer dizer, também não gosto que as pessoas que trabalham comigo se envolvam na minha vida. Mas acho que você poderia ter alguém pra desabafar o que quer que esteja incomodando e deixando tanta tristeza.

O bartender colocou o drink sobre o balcão.

— Meio complicado quando os amigos que você tem ou ficaram na sua cidade natal ou estão completamente ligados à sua ex — Luciana deu de ombros, bebendo um gole da bebida recém preparada.

A loira se levantou e andou na direção de Luciana.

— Então esse é aquele momento em que você pode fazer novos amigos — ela disse, estendendo a mão para Luciana. — Prazer, Marina Serrano.

As mãos se uniram um segundo antes de Luciana registrar o nome dito. Ela franziu a testa, tentando usar a memória, até que conseguiu lembrar-se das feições que repentinamente lhe pareceram familiares.

— Marina, é você? — Luciana separou a mão, sem tirar os olhos da garota.

— Você me conhece?

— Sou eu, Luciana Monteiro!

Ela viu Marina abrir a boca e percebeu que tinha sido reconhecida.

— Luciana! Que mundo pequeno!

As duas se abraçaram e Luciana esqueceu por algum tempo da tristeza que estava sentindo para celebrar o reencontro de uma pessoa que tinha sido tão importante em sua vida.

— Uau! — Marina disse assim que se separou do abraço da outra. — Quais eram as chances de nos reencontrarmos nessa cidade enorme?

— Não sei, Marina, mas certamente não vou deixar você sumir de novo.

.::.

Marina estava barzinho naquela noite, acompanhada pela amiga que parecia genuinamente constrangida com a situação, enquanto guardava o celular de volta na bolsa. Não era culpa dela afinal, imprevistos aconteciam e um desses tinha acabado de ligar no celular de Cláudia, fazendo com que aquela noite no barzinho de sempre tivesse de ser adiado.

— Pena que você tem que ir, Cláudia. 

— Pena mesmo, a gente ‘tava começando a se divertir — Cláudia tratou de esvaziar o copo, que era o primeiro daquela noite. — Você já vai também? Podemos dividir o táxi.

— Não, não, quero ficar mais um pouco. Não ‘tô no pique de ir pra casa agora.

— Certeza? — Cláudia se inclinou na direção da amiga, franzindo a testa. — Não queria deixar você sozinha hoje.

Marina deu de ombros como se aquilo não fosse assim tão importante, embora ela também não estivesse com muita vontade de ficar desacompanhada naquele barzinho.

— Relaxa, ‘tá tudo bem.

Cláudia apertou os lábios e Marina quase pode ler os pensamentos preocupados da amiga.

— Vou pegar um táxi direto pra casa e, assim que chegar, ligo pra avisar.

— Faça isso mesmo.

Cláudia se levantou e foi na direção de Marina, abraçando-a e beijando-a na bochecha.

— Curte por mim e depois a gente marca de novo.

Marina piscou para a amiga, que apressou os passos em direção à saída.

.::.

A noite avançou sem que Marina percebesse até acabar se assustando com o que era marcado pelo relógio. Ela não pensou que poderia ficar tanto tempos sozinha naquele barzinho, mas ela tinha se distraído um pouco em ficar observando as pessoas naquele lugar. Era uma mania que tinha e que não conseguia evitar em praticar quando estava cercada por tantas pessoas. Um hábito que guardava em segredo para si mesma, como uma forma de apreciar o mundo de uma maneira que pertencia somente a ela.

Era bom poder se dar a esse luxo depois de tanto tempo. Ter a possibilidade de dar alguns passos por si só, sentindo menos temor do mundo ao seu redor.

Os olhos de Marina se prenderam a uma figura feminina de cabelos escuros e levemente ondulados que estava ao balcão e parecia tão alheia naquele estabelecimento comercial quanto ela. Também não havia uma única companhia ao lado daquela mulher, a não ser uma solidão palpável que lhe chamava a atenção a ponto de fazer com que ela desejasse se aproximar, algo que ela tentou deixar para lá por algum tempo.

Marina então olhou para o relógio no celular e suspirou, pensando que teria que fazer logo sua tentativa ou desistir de vez e ir para casa. Decisões definitivamente não eram o seu forte e a batalha interna seguiu por até ela resolveu que desligaria de uma vez por todas o cérebro e fingiria uma segurança que definitivamente não possuía naquele momento. Pegou a bolsa, colocou no ombro, tomou o restante do conteúdo de seu copo e andou na direção da moça que, até então, achava que era desconhecida, mas que logo descobriu a amiga deixada para trás há muito tempo.

.::.

A coincidência era algo que não fazia parte da lista de crenças de Marina, mas essa questão ganhou uma contornos novos em seus pensamentos a partir daquela noite em que reencontrou uma amiga tão especial quanto Luciana.

Elas tinham pouco menos de quinze anos de idade quando a família de Marina partiu para a capital, onde a mãe da moça tinha recebido uma oferta de promoção no trabalho que não poderia negar; algo que realmente traria uma mudança brusca e muito desejada. Novos ares que eram aguardados e um sonho de realização que colocara um sorriso de satisfação nos lábios da matriarca. Das coisas que seriam deixadas para trás, o que certamente mais doía era perder o contato com Luciana e esquecer os planos feitos até então: elas desejavam uma estar na festa de debutantes da outra, um modo de celebrar esse momento tão importante na vida de uma garota.

Que alegria imensa se agitava no coração de Marina ao ver que a vida tinha voltado a reuni-la com Luciana.

— Quando eu cheguei, tentei mesmo achar você — Luciana comentou, o queixo apoiado na mão direita. — Mas São Paulo é realmente enorme.

Elas estavam lado a lado no balcão, cada uma apreciando uma bebida nova e o prazer de compartilhar as novidades.

Marina soltou uma risada de lado.

— Sim, enorme mesmo. Mas, me diz, há quanto tempo ‘tá aqui?

Luciana franziu a testa e Marina imaginou que ela estivesse encontrando dificuldades em fazer a conta de cabeça.

— Cinco…seis meses… acho.

Marina moveu a cabeça para a direita e para a esquerda.

— Já acostumou com a loucura desse lugar?

Soltando uma risada, Luciana tirou o rosto de cima da mão, pegando o copo que estava sobre o balcão.

— Ainda não. Mas confesso que gosto de como tudo aqui é acelerado e meio…— ela tomou um gole da bebida, devolvendo o copo ao lugar anterior. — Louco.

— Verdade, Lu. E logo você vai ficar bem dependente dessa correria.

— Bom saber de quem já conhece o processo.

Luciana riu e Marina a observou por alguns segundos, lembrando-se de algumas coisas do passado.

— Você ainda tem aquele sonho de ser escritora?

Marina viu quando a amiga se mexeu com certo desconforto em seu lugar.

— O sonho ‘tá aqui, sabe? — Luciana colocou a mão direita no coração. — Mas tem alguns momentos que olho pra ele… é como se tudo isso ficasse cada vez mais distante de realmente acontecer. Além disso, estou satisfeita com minha carreira no momento.

Era um lugar pouco comum para Marina ver aquele tipo de insegurança e falta de autoconfiança em alguém que não em si mesma; infelizmente ela se identificava com aquele tipo de sentimento mais do que queria admitir. Para completar, era de cortar o coração ver a tristeza nos olhos de Luciana ao dizer aquelas palavras. Não era difícil para Marina se lembrar do brilho que aquelas orbes carregavam ao dizer que um dia seria uma escritora de sucesso.

— Cara, a gente é super nova — Marina pegou no braço de Luciana sobre o balcão. — E você chegou agora num lugar onde dá pra fazer as coisas acontecerem. Não acho que você deva desistir ou se dar por vencida assim tão fácil. Eu sei que você sempre amou muito escrever e duvido que isso tenha mudado.

Luciana apertou os lábios e olhou para algum ponto morto em algum lugar.

— É muito difícil tirar os sonhos da gaveta depois de um tempo.

Marina observou a luta mental que a amiga travava naquele momento.

— Eu ajudo você nisso.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capítulo I:
mari86
mari86

Em: 30/10/2017

No Review

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rhina
rhina

Em: 20/08/2016

 

Olá. 

Bom dia. 

Como estais? 

"É muito difícil tirar os sonhos da gaveta depois de um tempo. "

Verdade... estou neste momento. Não sei e não consigo agir. 

Queria uma amiga que disse-me "eu te ajudo". 

Gostei da história. 

Até. 

Rhina. 


Resposta do autor:

Olá, Rhina, estou ótima, e vc?

 

Gosto de lidar com essa história [essa e do livro] pq elas me ajudaram a correr pelos meus sonhos. Não sei como posso ajudar, mas posso desejar que se inspire por essas personagens e vá atrás, pq pode ser que dê certo. 

 

Feliz que esteja gostando e obrigada pelo comentário =)

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liv_marie
liv_marie

Em: 09/07/2016

Eba! Estava esperando mesmo por essa história. Já gostei muito da Marina, achei a postura dela admirável. Tem que meter as caras mesmo! Já consigo ver como ela será uma peça fundamental no caminho da Luciana em direção aos seus sonhos! Espero ansiosamente pelo próximo capítulo  ;)


Resposta do autor:

Liiv <3

 

 

Fico feliz demais de ver vc por aqui.

 

Que bom que gostou da Marina, ela é meu xodó nesse prequel <3

 

 

Obrigada sempre pelo apoio <3

Responder

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Leonor
Leonor

Em: 09/07/2016

Gostei da Marina, é assim mesmo tem de incentivar :)


Resposta do autor:

Amo a Marina <3

 

Obrigada pelo comentário M3

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