Mãe dela - Oh meu amor. - E deu um abraço na filha. Maria voltou a chorar. 

Gomes - Tia, eu e Mile não podemos ficar por conta do trabalho mas se ela precisar, nós podemos arrumar uma desculpa e passar a noite aqui.

Mãe - Muito obrigada, Felipe, mas não precisam se prejudicar. E dou notícias pra vcs.

Nessa hora, um homem corpulento, alto, de cavanhaque e cabelo baixo chegou atrás da Maria e da mãe. Supus que fosse seu pai porque os olhos eram os mesmos.

Ele - O que está acontecendo?! Por que Cecília está chorando?!

A mãe - Calma, Lúcio. Foi a Roberta que aprontou de novo.

Ele - Já falei que era pra vc ter largado aquela garota, não falei?!

Gomes - Calma, tio, deixa a gente explicar. Maria e Roberta discutiram no banheiro da faculdade. A Tah foi procurar Maria e encontrou elas. Roberta falou um monte de besteiras e bateu na Maria, ai a Tah foi pra cima da Roberta, que no final acabou no hospital desmaiada.

Lúcio - ELA BATEU EM VC?!! QUEM ELA PENSA QUE É PRA BATER EM VC?! E QUEM É ESSA TAH?!

Eu - Sou eu, senhor.  - Juro que eu fiquei com um pouquinho de medo de falar que era eu. O cara era mais estourado que eu kkkk

Lúcio - Vem, aqui menina. - E me deu a mão pra apertar - Obrigado pelo o que fez. Nunca levantei nem nunca irei levantar a mão pra mulher nenhuma mas essa menina estava pedindo a muito tempo. Não vale merd* nenhuma. Não sei porque Maria ainda estava namorando ela!

Eu - Eu também não entendo, senhor. - E dei um olhar pra Maria. 

Camile - Tia, Maria está entregue agora, mas tem certeza que não precisa que fiquemos aqui?

Maria - Gente, vcs podem ir despreocupados. Vou ficar bem. - disse ela pela primeira vez depois que chegamos. - Mas Tah, vc pode dormir aqui hoje?

Eu olhei pra Camile e Gomes que me olharam com aquela cara " Ela quer vc, não nós".

Eu - Se não tiver nenhum problema, fico sim. - Eu já tinha avisado em casa que eu talvez fosse dormir fora, então não tinha problemas.

Mãe de Maria - Tem problema nenhuma. E acho que seria até bom, pra eu dar um jeito nesses seus hematomas. - Eu já tinha até esquecido disso, mesmo começando a sentir um pouco de dores.

Deixei Camile com meu carro, depois eu daria um jeito de voltar pra casa. Entramos, e os pais dela e eu nos apresentamos formalmente. A mãe dela se chamava Leona. Ela me deu algumas coisas pra cuidar dos ferimentos e hematomas e pediu licença para conversar um pouco com a filha, junto com o pai. Depois de um tempo a mãe dela desceu.

Leona - Eu não gosto de brigas, mas independente disso, é bom saber que tem mais alguém cuidando dela. Ela tem falado muito de vc ultimamente e eu e o pai dela queríamos muito conhecer vc.

Eu - Depois de conhecer ela melhor, eu não poderia deixar alguém como Roberta fazer o que fez. Maria sempre vai poder contar comigo e eu sempre vou está do lado dela.

Leona - fico feliz com isso. Ela já sofreu muito pra ficar aguentando essas coisas. Sabe, ela não pode ter esses tipos de emoções porque... - ela olhou para o chão com o olhar vago. Sabia o que ela estava pensando.

Eu - Eu soube. Olha, mas agora Maria está bem e se depender de mim, sempre vou fazer com que ela não se abale com qualquer coisa que seja.

Nessa hora Lúcio desce as escadas dizendo que Maria estava me chamando. Leona se levantou dizendo que iria dormir e chamou o marido para ir também. Ele se despediu me dando um abraço, que pra ele pode ter sido fraco mas pra mim foi um teste de sobrevivência aguentar um abraço daqueles, me agradecendo de novo. Deu boa noite e subi para o quarto de Maria.

Eu - Maria? - o quarto estava só com a iluminação do abajur de vala (não se se vcs sabem , mas é aquele abajur que tem tipo um gel dentro que fica mexendo. Sempre quis ter um kkk) e eu não estava conseguindo ver quase nada.

M - Estou aqui. - Ela estava num canto, sentada no chão, encostada na parede. - Senta aqui comigo.

Fui até ela e sentei ao seu lado.

M - Obrigada por hoje. Vc tem se tornado uma pessoa muito especial pra mim, Tah.

Eu - Que bom, porque vc já é especial pra mim desde que te vi. - Eu e minha impulsividade. Ela sorriu e ajeitou uma mexa de cabelo atrás da orelha. Se ela me desse aquele sorriso de novo, eu agarraria ela ali mesmo.

M - Eu queria te dizer uma coisa, mas não sei se...talvez seja melhor... - Eu já estava com um frio na barriga, com a barriga virada do avesso, com as mãos soando. Acho que eu devia estar pálida também. Será que o que ela queria falar era o mesmo que eu?

Eu - Vc não vai me dar nenhuma notícia triste não, né?

M - Não, não kkk - Ela me deu aquele sorriso de novo. Tasquei um beijo. Falei que ia fazer isso, num falei?

Ela se assustou um pouco com o beijo repentino, mas logo foi correspondendo. Veio para o meu colo e envolveu os braços no meu pescoço, se entregando mais ainda ao beijo. Nossas línguas se encontraram, a minha explorando cara ponto da sua boca, a boca que tanto desejei. Quando não tínhamos mais fôlego, nos soltamos e ela disse

- Tah, eu não consigo mais esconder o que sinto por vc. No começo achei, que era carência por estar saindo de um relacionamento ruim, mas depois vc foi se mostrando uma pessoa com todos os atributos que sempre busquei em alguém. Mas ai fiquei com medo que isso não fosse recíproco, até hoje, quando vc rolou no chão com aquela garota.

- Olha, eu não sou boa em fazer declarações mas só posso te dizer que se vc me aceitar vou fazer tudo pra ver sempre esse sorriso que me encantou desde o primeiro dia que te vi. Eu sei que vc está desiludida com o amor, e deve estar ainda com medo de sofrer de novo, mas me de uma chance de te mostrar que eu, sim, vou dar valor aos seus sentimentos.

 Ela ficou me fitando por um tempinho, acariciando meu rosto. Eu ardia de desejos por ela, mas no momento só queria apenas concretizar o que tanto sonhei: fazer com que ela fosse minha.

- Espero que vc se esforce bastante, então, porque sou exigente. - disse me dando u beijo.

-Então...vc aceita namorar comigo? -  eu estava tremendo,não sabia se ela de nervoso ou de felicidade ou dos dois juntos.

-Sim, eu aceito. Mas vc precisa fazer uma coisa antes.

Fim do capítulo