Maria - oi oi gente, desculpa a demora.

Até tinha esquecido o que estava falando. Mas ai lembrei da história e de como ela namorava alguém como Roberta. Fomos pegar o Gomes e seguimos para a faculdade.

O resto da semana se seguiu tranquila. Sem transtornos com a Roberta e sem Maria de carinha triste. Quando foi na sexta, Maria veio falar comigo.

Maria - Tah, vc quer fazer aquele estudo dirigido de terça comigo?

Eu - Não!!! - Maria ficou sem reação, sem entender.

Eu - Tô brincando. Quero sim. - Durante esses dias nós nos aproximamos um pouco e eu perdi um pouco a timidez com ela. Ai é que ferrou porque quando começo a me soltar com alguém, já era. kkkk

Maria- ridícula kkkkkkkk. Pode ser hoje lá em casa?

Eu - tá bom. Que horas?

Maria- quando irmos embora. Tá bom pra vc?

Eu - tá ótimo.

Maria- tá bom, então. Vou indo pra aula e daqui a pouco encontro vcs lá no carro.

Eu- tá bom. Vai lá. - Ela foi se afastando e mal a perdi de vista, Camile chega. 

C- agora vc termina de me contar sobre a Roberta. - Desde a conversa no carro a gente não tinha tido tempo pra terminar a conversa. 

Eu - cara, que eu saiba, ela participava dessas festinhas do estilo do Daniel o tempo todo. Rolava até umas orgias. Teve uma vez também que Sara foi num churrasco que ela também estava. Ela falou que viu ela subindo pro quarto com três meninas. Ainda tô impressionada de como ela conseguiu namorar com Maria. E ainda por cima ninguém falava nada pra ela.

C- cara, não tô acreditando que essa garota fazia essas coisas, sendo que a namorada estava lá do outro lado do país se acabando no hospital!

Eu - Perai. O que a Maria teve? 

C- não é a toa que eu e Gomes somos tão protetores com ela, Tah. A Maria já teve câncer e quase não conseguiu vencê-lo. - Quanto mais eu sabia da história das duas mais eu ficava com ódio dessa Roberta. 

C- vou te contar a história desde o começo pra vc entender melhor. Maria e eu somos do Sul mas eu tive que vir pra cá por conta do meu pai, né. Maria veio logo depois por conta do pai dela tbm. Ela tem alguns parentes aqui então ela vinha pra cá nas férias de meio dia do ano e final pra ver esses parentes, sendo um deles o Gomes. Foi nessas vindas que ela conheceu a Roberta. Ela ficaram se comunicando, sem nada sério. Até que a Maria veio pra cá e elas resolveram engatar em um namoro. Gomes já tinha escutado algumas coisas sobre essa menina mas nunca conseguiu saber se era verdade. Nos primeiros meses de namoro foram tudo flores mas depois foi ficando meio conturbado. Maria começou a pegar ela em pequenas mentiras que começaram a se repetir. E no meio disso tudo ela descobriu o câncer. Por um tempo a Roberta ficou mexida e ficou do lado dela quase sempre, mas isso não durou muito tempo, então as brigas começaram de novo por conta da ausência de Roberta. Os pais de Maria viram que o tratamento seria mais eficaz no sul, porque tinha mais recursos pra esse tratamento lá, então ela voltou pra lá mas não terminou o namoro porque Roberta convenceu ela que iria mudar, que ela ficou abalada com a notícia e blá-blá-blá. Maria ficou um ano e pouco nesse transtorno de tratamento. Cortou o cabelo e tudo por conta da quimio.  No começo, Roberta ia pra lá e dava realmente total atenção e apoio, mas aos poucos ela começou a dar desculpas e diminuir a frequência de idas pra lá, e não era problema financeiro porque todos sabem que ela tem dinheiro. Os pais de Maria não gostam nem nunca gostaram dela. Eu e Gomes sempre tentávamos falar com ela sobre a Roberta mas ela não escutava. Finalmente, ela conseguiu se recuperar e voltou pra cá mas não contou pra Roberta, pra fazer surpresa, só que quando ela chegou na casa dela, ela flagrou Roberta e a Vanessa, prima dela, na cama. Isso foi uma semana antes de começar as aulas. Aí agora Roberta, mais uma vez está tentando jogar mais desculpas pra voltar com Maria. Agora eu sei onde Roberta estava enquanto Maria estava lá quase morrendo. 

Eu fiquei pasma com a frieza da Roberta. Como que ela conseguia fazer isso e com a própria namorada?!

Nessa hora, PG e Fernando chegam tagarelando sobre a calourada que iria ter no sábado. 

PG - falae meninas, cês vão na calourada né?

Eu - nem sei, cara. Não tô com ânimo, não.

Camile - eu também não sei.

Fernando - Ah gente, qual foi? Bora ver quem vem por aí. Aí Tah, bora pra ver como vai ser o lado feminino desse semestre kkkkk

Eu - ih cara. Deixa minha pessoa quieta aqui que tô cansada de mulher doida. Tô dando uma respirada.

PG - mile qual é daquela tua amiga hein. Mó gata

Camile - joga no mesmo time que vc, meu bem.

PG - putz. Só Tah que se dá bem, e a gente aqui.

Camile- começa fazendo essa barba e apresentando um pente e gel pro seu cabelo porque tá sinistro isso aí, meu filho. 

Agora que vi que não descrevi o povo. PG era alto, de porte atlético por fazer judô e muai thay, era moreno de cabelo desgrenhado e barba que estava realmente precisando de uma aparada, e tinha olhos castanhos claros. No momento, ele estava parecendo o homem do saco. O Fernando tinha o mesmo porte de PG mas era mais definido. Tbm praticava muai thay e era branquinho de olhos verdes e cabelo castanho.

Camile era uma loira de olhos castanho esverdeados, cabelo no ombro, tinha mais ou menos 1,60 e pouco.

O Gomes tinha um corpo normal, malhava mas só pra manter a forma, era meio moreno com 1,80 mais ou menos, cabelo preto bagunçado mas que dava a ele um ar de descontraído (adorava ficar mexendo no cabelo dele), e tinha olhos azuis.

E eu, bom, tenho um corpo normal, adoro esportes mas não pratico nenhum, cabelo e olhos castanhos, mesma altura de Mile. Resumindo, não tenho nada de especial kkkkk

Fernando - Mile me ajuda a dar um jeito nesse cara porque até eu estou concordando com vc. - Se referindo ao PG.

PG - Só quem mexe na minha barba sou eu!

Camile - Isso é o que veremos!

Gomes chegou e já foi entrando nas discussão sobre aquilo que o PG chamava de barba e sobre a calourada. Depois de um tempo, ja estávamos no carro esperando Maria e notamos que ela estava demorando. Tentamos ligar e nada, mensagens e nada, sinal de fogo e nada. Eu, Gomes e Mile resolvemos nos separar pra procurar ela. Eu fui procurar pelos banheiros e logo no primeiro que entro, tomo um baque. "Não pode ser!" pensei.

Fim do capítulo