Capítulo 72
Última Noite de Amor -- Capítulo 72
-- Me chamo Denise. Sou assistente social. Falaram-me que você veio visitar a Thifany e o Thiago. É isso mesmo?
-- Me chamo Isabel. Muito prazer Denise. Vim visitá-los, estou com muita saudade deles.
-- Bem. Tenho uma ótima notícia -- ela abriu um sorriso enorme e sincero -- Os dois foram adotados.
Isabel ficou de pé.
-- Como assim adotados? -- Isabel indagou atônita.
-- Sim, adotados -- ela respondeu, desviando o olhar para uma porta lateral -- Venha conhecer o nosso jardim -- se levantou e saiu caminhando na frente.
Isabel a seguiu ainda um pouco atordoada com a notícia.
Chegaram a um grande e belo jardim, com as mais diversas e coloridas flores.
Havia margaridas, bromélias, dálias e lírios. Bancos espalhados por todo o lugar eram ocupados por crianças que brincavam ou por pessoas de jalecos que provavelmente eram funcionários do orfanato.
-- Vamos sentar naquele banco vago próximo ao chafariz -- Um sorriso branco e tranquilo enfeitou os lábios da assistente social quando, mais uma vez, ela olhou para Isabel. Aquele sorriso deu a ela a impressão de que aquela mulher era uma guerreira. Se a vida a empurrasse ela erguia-se novamente, com toda a certeza.
Isabel balançou a cabeça. Estava tirando conclusões sobre uma pessoa que mal conhecia. Vai que a mulher fosse uma songa monga que apanhava até da sombra?
Isabel sentou no banco e cruzou as pernas.
-- Um casal muito simpático esteve aqui na segunda, na terça, na quarta. E, hoje de manhã surpreendentemente apareceram com todos os papéis solicitando a guarda temporária dos irmãos -- disse com um sorriso -- As crianças ficaram loucas. Eu nunca vi algo parecido.
Isabel pensou que ela ia chorar, mas sua emoção não chegou a tanto, apenas falou com a voz embargada pela emoção:
-- Eu não sei dizer ao certo, mas sinto que Thifany realmente é uma vitoriosa. Ela tem uma força dentro de si que poucos têm. Uma força vital. Você concorda? Parece até que sabe como lutar pela vida. E sendo assim enche de forças também o irmão.
Uma luz iluminou as feições de Isabel ao ouvir aquilo.
-- Porque está dizendo isso?
-- Câncer -- ela disse em voz baixa -- Thifany já lutou pela vida. Quando era bebê, ela venceu o câncer.
Isabel não conteve mais as lágrimas e chorou, em um misto de alegria e tristeza.
Após um momento de silêncio, ela indagou com mais calma:
-- Sua doença deve ter sido muito difícil para ela e para vocês -- disse, com seriedade.
-- Você não faz ideia de como. Ela era muito doente. Os médicos cansaram de falar que era quase impossível que sobrevivesse -- ela disse com a voz embargada -- Eu nunca me esquecerei daquele lindo e frágil bebê em um berço com todos aqueles aparelhos em volta. Bracinhos magrinhos e olhinhos brilhantes -- ela abaixou a cabeça, cobrindo os olhos com as mãos -- Por isso a chamo de vitoriosa. Ela teve a força mais incrível que já vi. Thifany ensinou a todos nós Isa. Ela queria viver. Ela queria viver para esse dia de hoje. O dia em que saiu para morar com uma família maravilhosa. Ela lutou e venceu!
Isabel sorriu e abraçou a assistente social com uma emoção contagiante. Ao se afastarem Isabel apertou-lhe a mão instintivamente, os olhos fixos nos dela.
-- Obrigada por tudo. Você também é uma vitoriosa.
Denise afagou-lhe os ombros em sinal de solidariedade. Percebia o quanto Isabel amava as crianças. Mas o destino assim quis e elas, com certeza, teriam um futuro repleto de felicidade.
Mais tarde na boate.
-- O amor é como o Wi-Fi, sempre está no ar, mas nem todo mundo sabe a senha dele.
-- Você está corretíssimo André. Veja o meu caso -- Valéria comentou com um sorriso preguiçoso.
-- Eu penso assim Valéria: Se não for para valer a pena, não chego nem perto!
-- Sábado será o dia D para mim e a Jana. Vou chegar chegando -- acrescentou sem mencionar maiores detalhes.
-- Vou ficar torcendo para que enfim vocês caiam de boca -- riu ao notar o quanto ela enrubescera.
Isabel entrou na boate olhando em volta. Caminhava rápido com sua grande bolsa no ombro e as chaves na mão. Parou diante de André e Valéria e cruzou os braços sobre o peito.
-- De quem é aquela Picape alí fora?
Antes de responder André olhou para Valéria com o sobrolho franzido.
-- A poderosa comprou dias atrás e eles vieram entregar hoje.
-- Poxa! Quem ela está querendo impressionar ostentando com um carrão desses?
-- Não faço a menor ideia, não vejo a mona faz dias. E você? -- André indagou, voltando a fitá-la nos olhos.
-- Não e nem faço questão -- disse com uma arrogância que não lhe era habitual -- Estou aqui para conversar com a Arlete. Ela está?
-- Ela acabou de entrar no escritório da Alex, foi abrir as janelas e dar uma ajeitada. Vai lá -- Valéria disse sorrindo -- Você é da casa -- acrescentou simpática.
Isabel saiu olhando para trás. Talvez fosse impressão sua, mas todos a estavam tratando de forma diferente nos últimos dias. Estavam frios, distantes. Era um absurdo que a tivessem punindo com tanta rispidez pelo desentendimento entre as duas. Tá certo que foi ela quem começou, mas Alexandra também tinha a sua grande parcela de culpa desaparecendo daquele jeito sem dar a menor satisfação.
Abriu a porta do escritório e entrou em silêncio. Arlete estava de costas passando pano em alguns porta-retratos.
-- Boa tarde!
-- Oh! -- virou-se e respirou aliviada, levando a mão ao peito -- Que susto!
Isabel riu do seu jeito.
-- Desculpe, não pretendia assustá-la.
-- Tudo bem. Estava um pouco distraída.
Isabel foi até uma mesinha e pegou um porta-retratos com a foto dela e de Alexandra se beijando. Seus olhos lacrimejaram e ela deixou-se cair na enorme poltrona preta.
-- Dizem que você entendendo uma mulher, você consegue entender todas. Não imaginei que essa frase machista fosse tão verdadeira.
Arlete pegou o porta-retratos de sua mão e o colocou novamente sobre a mesa.
-- Larga mão de ficar se lamentando. A dona Alexandra é louca por você.
-- Era o que eu pensava, mas você viu o carrão que ela comprou? Pra que ela quer um carro tão grande? No mínimo é para encher de mulheres e sair por aí festando.
Arlete deu uma gargalhada e sentou no sofá.
-- Arlete, as crianças foram adotadas. Estou vindo do orfanato -- disse, contendo o choro ao lembrar-se das crianças -- A assistente social me contou que um casal as adotou.
Arlete permaneceu em silêncio por um tempo, escutando.
-- Ela falou que as crianças estavam loucas de felicidade -- afirmou pensativa -- Isso é o que importa, não é mesmo? -- disse com os olhos fechados, como que lendo os pensamentos de Arlete.
-- Isso é o que importa -- Arlete respondeu por fim, sabendo que a sua voz denunciava as lágrimas que não pôde mais conter.
Sexta-feira.
-- Não vou mais procurar emprego -- Tatiana exclamou assim que viu Simone entrando em casa depois do plantão -- Só recebo não pela cara Mone. É desanimador.
Simone caminhou até onde ela estava e a abraçou.
-- Bom dia! -- encarou Tatiana e ela deu uma risada -- Já tomou café?
-- Bom dia Mone. Desculpa, é que ando um pouco estressada com essa busca sem sucesso.
-- Não se preocupe, eu entendo perfeitamente -- caminhou até a cozinha e colocou seu casaco sobre o balcão antes de ligar a cafeteira -- Estive pensando... Porque você não fala com a Alexandra? Quem sabe ela tem uma vaga disponível em um dos seus negócios?
-- Não quero ficar devendo favor para aquela, Che Quer Vara do Leblon -- falou brava.
-- Deixa de ser orgulhosa -- Simone protestou -- A Alexandra nunca se recusou a ajudar as pessoas.
Tatiana pensou por algum tempo até que concordou.
-- Talvez você tenha razão. Não estou em condições de ficar com frescuras. Hoje mesmo vou até a boate conversar com ela.
Simone ficou tão feliz que deu pulos de alegria.
-- Não precisa exagerar Mone -- Tatiana revirou os olhos para ela, balançando de leve a cabeça e sentou para tomar café.
No Centro de Apoio
-- Isa o pedido de voluntários que eu fiz pelas redes sociais foi um sucesso. Em uma semana já apareceram professores para os cursos de informática para o mercado de trabalho, capacitação para auxiliar de departamento de pessoal, operador de caixa e auxiliar de crédito e cobrança. Para quem tem interesse em planejar atividades ligadas ao turismo, teremos algumas vagas em organização de eventos -- falou Janaína, não escondendo o entusiasmo.
-- Esses são os cursos recentes porque já temos confirmados os cursos de estética e beleza, cabeleireiro, manicure e confeiteiro.
-- Bem lembrado Malú. As participantes receberão auxílio-transporte, lanche, kit escolar e material didático. Hú, hú...
Janaína e Malú comemoravam o sucesso dando pulinhos, abraçadas.
Era uma alegria que emocionou profundamente Isabel. E então ela caiu no choro contido durante todo aquele dia.
Janaína e Malú olharam curiosas.
-- Uai sô! O que aconteceu? -- Malú perguntou nervosa.
-- Não é nada não -- levantou-se secando as lágrimas que continuavam a fluir teimosamente -- Venham aqui -- abriu os braços para um abraço coletivo -- Também quero comemorar.
Agora eram três dando pulinhos, abraçadas.
Na boate.
-- Aaaaahhhhh... Que torre de Babel! -- André berrou, mugiu, uivou.
Todos taparam os ouvidos com os dedos para aliviar a sensação desagradável.
-- Quem deixou essas caixas de bebidas aqui no corredor? Considere-se morto.
-- Meu Deus André! Você não leva nada na esportiva -- Sérgio começou a guardar as caixas no depósito.
-- Eu sempre levo tudo na esportiva... Por favor, alguém me traga uma raquete pra eu meter na cara desse abusado. Aff... -- virou-se e deu de cara com Tatiana -- Oi, que surpresa -- olhou da cabeça aos pés, deu três beijinhos na bochecha dela e falou no seu ouvido: -- Você está linda. Fazer sex* faz bem para os cabelos e para a pele.
Tatiana sorriu.
-- Eu sei disso. E confesso que ultimamente estamos bem ativas.
-- Que maravilha! -- André colocou o braço em volta dos ombros dela -- Agora fala: Você não veio até aqui só para me contar que vocês duas estão colocando as pererecas para brincarem todas as noites, não é mesmo?
-- Claro que não. Vim para falar com a sua chefinha. Ela está ai?
-- Que pena Tati. A poderosa está viajando e pelo jeito vai demorar a voltar. Será que posso lhe ajudar em algo?
-- Acho que não André -- falou triste -- Estou à procura de emprego. Pensei que ela pudesse ter algo para mim. Qualquer coisa, não me importa.
-- Porque não falou antes? Claro que posso ajudar -- segurou no braço dela e a puxou para caminhar -- Não se preocupe que se não tem eu crio. E vai ser de enfermeira.
-- De enfermeira? -- Ela se virou para ele, incrédula.
-- Deixa comigo. Considere-se empregada.
Tatiana sorriu e lhe estendeu a mão.
-- Obrigada! Obrigada mesmo amigo.
-- De nada querida -- Ele a observou por um longo momento -- Agora vai e aproveita seus últimos momentos de folga.
André ficou olhando Tatiana se afastar. Imagina se deixaria a garota na mão.
Parou diante do palco e ficou escutando Valéria cantar a música que seria a principal da festa de lançamento.
Assim que terminou, a cantora olhou para ele ansiosa.
-- Então? O que achou?
-- Linda, maravilhosa -- usou os dedos para secar as lágrimas -- Fico imaginando você cantar amanhã, para essa boate lotada. Vai ter gente desmaiando.
Valéria deu uma gargalhada.
-- Não duvido -- livrou-se da guitarra e pulou do palco -- Está tudo pronto? -- abraçou o amigo e saíram caminhando pela boate.
-- Tudo. Vai ser uma noite perfeita. Com certeza a noite mais linda que essa boate já teve -- mais lágrimas caíram -- Me perdoe, é que estou tão emotiva.
Valéria voltou a gargalhar.
-- Confesso que quando penso em tudo que passamos até chegarmos nessa noite memorável... Minha vontade é de cair no chão e se debulhar em lágrimas.
Risos.
Sábado
-- Isaaa... Vamos logo mulher! -- Simone berrou da sala.
-- Não vou -- Isabel berrou do quarto.
-- Ai meu Deus! -- Simone esperneou e se descabelou.
-- O que é isso? Calma Mone.
-- Como calma? Porque você falou pra ela que a Alex não estará na festa?
-- Porque é a verdade. O André me falou que ela foi viajar e que vai demorar. Então...
-- Ela foi viajar para onde? -- Isabel perguntou da porta do quarto.
Tatiana estreitou os olhos para ela.
-- Não sei, nem o André sabe.
-- E você acreditou nisso? Essa garota está me aprontando. Tenho certeza -- a expressão de ironia se transformou em um sorriso autêntico, e os olhos dela brilharam cheios de maldade -- Eu vou nessa festa sim e vou linda e maravilhosa -- rodopiou e correu para o quarto.
Tatiana e Simone se olharam.
-- Vai entender -- Simone sacudiu os ombros.
Mais tarde na boate.
A boate estava lotada. Escuridão total, rabiscada por luzes metálicas que desenhavam o ar. Naquele momento uma banda tocava anos 80 e a galera dançava fazendo coreografias com passinhos daquela época. Fora da pista, várias pessoas se beijando, se agarrando, bebendo.
Isabel abriu os braços e suspirou. Não estava acostumada a lugares como aquele. O máximo que curtia era um barzinho com MPB ao vivo e olhe lá. Alexandra tinha razão de ser pirada daquele jeito. Uma pessoa que frequenta esses ambientes desde a infância, não pode ser normal mesmo. Riu com o pensamento maldoso. Como iniciar algum tipo de relacionamento ao som de uma pistola de raio lazer zumbindo no ouvido?
-- Eiiii... Aqui -- André com a sua natural discrição agitou os braços e chamou as amigas.
-- Olhem... O pessoal, naquela mesa... -- Simone puxou Isabel pelo braço.
-- Até que enfim. Cheguei a pensar que não viriam mais -- Janaína estava nervosa e impaciente.
-- Imagina! Não perderíamos por nada -- Tatiana piscou para ela.
André olhou para Isabel de alto a baixo, revelando sua admiração.
-- Parô tudo... Minha deusa você está um arraso -- segurou a mão dela -- Tô Pretérita.
Os lábios de Isabel se curvaram num leve sorriso.
-- Obrigada André.
-- Ele tem razão Isa, você está linda -- Ramon falou com sinceridade.
Isabel sorriu agradecida.
As três mulheres instalaram-se a mesa de madeira escura e os outros se sentaram à sua frente.
-- Muito nervosa Jana? -- perguntou Tatiana.
-- Estou quase dando um treco -- Jana esfregava as mãos convulsivamente -- Essa é a noite mais importante na vida da Valéria. Tem que dar certo.
-- Vai dar Jana, não tenho dúvida disso -- Ramon a abraçou e beijou sua cabeça -- Vamos pedir as bebidas?
-- Boa ideia amor. Chama o garçom para a gente. Eu quero um Cosmopolitan e você Isa?
-- Eu quero um Bloody Mary...
De repente, uma voz exageradamente grave encheu o recinto:
-- WELCOME TO VISION...
A voz causou um urro de comoção na galera. As luzes coloridas riscavam o palco e a luminosidade psicodélica e altamente chapante foi rápida, mas deixou Isabel piscando sucessivamente e vendo o mundo em câmera lenta.
-- Ouvi dizer que há casos de epilepsias que podem ser despertados em ambientes claustrofóbicos como esses -- Simone falou em seu ouvido, mas Isabel nem prestou atenção, estava mais preocupada em piscar.
O locutor de voz grave anunciou: -- Senhoras e senhores...
E a plateia escutou uma rajada de notas musicais vindas do palco. O locutor falou de novo:
-- Girassooollll... Rosaaaa...
E a banda então surgiu, Valéria com o braço esquerdo erguido de forma teatral. A plateia reagiu com entusiasmo.
A apresentação começou. Valéria se movimentava no palco como uma veterana. Natural. Completamente natural e solta.
Na mesa o pessoal dançava e batia palmas. Janaína era a mais empolgada e por várias vezes, berrou: -- Lindaaa... Lindaaa...
-- Como a Xanda teve coragem de não participar de algo que ela incentivou com tanto fervor? -- Isabel perguntou visivelmente decepcionada.
Simone teve tempo de observar o leve sorriso fugindo dos lábios de Isabel, os olhos brilhando com uma ponta de tristeza, o rosto demonstrando não acreditar que ela realmente não compareceu.
-- Não sei Isa, confesso que também não entendi essa atitude da Alex.
-- Será que ela cansou de mim Mone? -- ela murmurou, quase que para si mesmo -- Eu não vou conseguir viver sem ela -- começou a chorar copiosamente.
-- Calma amiga! -- Simone não estava gostando nada do rumo que as coisas estavam tomando -- Vai ver ela resolveu dar um tempo e...
-- Dar um tempo? Mas por quê? -- ela paralisou, e depois de uns segundos voltou a chorar desesperadamente.
As palavras de Simone pioraram ainda mais a situação.
O lançamento do CD da Banda "Girassol Rosa" estava sendo um sucesso. A banda levou o publico ao delírio com canções de autoria das próprias integrantes. Só Valéria havia composto sete das quinze canções do CD.
Em um determinado momento do show Valéria pediu a atenção da plateia para um rápido comentário sobre a próxima música.
-- Pessoal... Pessoal... A próxima canção não faz parte do nosso CD, mas para mim é a mais importante e mais bela da noite. Ela é de autoria de uma grande amiga da banda. A letra traz nos versos a declaração apaixonada de um amor eterno. Coração apaixonado é bobo né... Vamos desligar as luzes... Só quero as luzes das lanternas dos celulares acesas.
A música começou com um solo de guitarra e em seguida Valéria soltou a sua bela voz:
Quando te conheci meu coração chegou a parar por um instante.
Não por sua nudez. Digo.
A mulher amada sem roupa não é nudez. É puramente o amor despido.
Essa paz que senti no peito foi coisa passageira, foi apenas calmaria.
Logo veio a tempestade
Como num passe de mágica, Isabel reviu a cena de tanto tempo atrás. Podia lembrá-la com toda a riqueza de detalhes, de quando ela entrou nua no quarto de Alexandra.
E o amor veio! Chegou sem pedir licença, acomodou-se em meu peito,
E a paz dizendo adeus.
Vivemos momentos como se fosse "A Última Noite de Amor",
Talvez fosse! Não me importei.
Entreguei-me aos braços do teu amor!
Isabel se levantou. Não enxergava mais ninguém ao seu redor. Era como se estivesse sonhando. Parecia que seu corpo ia subindo e subindo entre estrelas amarelas e vermelhas...
Seja no Leblon, Madureira ou em Luanda.
Nosso amor sempre será o mais louco e mafioso
Nós podemos dividir nossos sonhos e planos para o futuro
Filhos, bichinhos e tudo.
Nós podemos brincar de roda e cair no chão de tanto rir, fazer cosquinhas e ver estrelas até o dia nascer.
E se estiver com medo, eu te dou a mão. Você pode confiar em mim, eu nunca vou te deixar cair.
Quando percebeu estava parada em frente ao palco. Valéria a fitou com os olhos muito azuis e cantou novamente o refrão:
Seja no Leblon, Madureira ou em Luanda.
Nosso amor sempre será o mais louco e mafioso
As luzes foram acesas e para surpresa de todos Thifany e Thiago estavam ao lado de Valéria no palco.
-- Tia Isa! Quer casar com a nossa mãe Xanda?
Isabel cobriu o rosto com as mãos. Foi impossível controlar o choro.
-- Aceita tia, aceita.
Olá meus amores.
Considero esse capítulo especial. Então resolvi dar um presentinho para vocês.
Vou sortear um exemplar do livro: Mesa 27 da autora Adriana Nicolodi.
Para participar é só deixar um olá para essa autora lá nos comentários. Só isso.
E para aquela leitora que mais comentou até agora, vou presentear com o livro: Glamour da autora Drikka Silva.
Gostaria de dar um presente a cada uma de vocês, mas como não é possível, deixo aqui um beijão de agradecimento. Até o próximo capítulo.
No último capítulo vou sortear: Aquele dia junto ao mar da Karina Dias e para a segunda em comentários presentearei com o livro: Depois daquele beijo da Rafaella Vieira.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:

Silvia Moura
Em: 19/06/2016
...autora; você sabe como movimentar os comentários........kkkkkkkk, achei massa essa ideia do sorteio dos livros, muita gente tem vontade de ter e não tem a oportunidade... beijo meu bem... que Deus te ilumine sempre...
Resposta do autor:
Bjs Silvia.
Muita luz.
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lenna11
Em: 19/06/2016
Nossa a Alex sempre me surpreende esse pedido de casamento foi mais que especial tinha certeza que ela tinha adotado as crianças ela demais!
Resposta do autor:
Olá Lenna.
Amemos nossos filhos, sem cogitar se nos vieram aos braços pela descendência física ou não, como encargo abençoado com que o Céu nos presenteia.
Bjã.
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Isabel
Em: 19/06/2016
Ainda bem que isto aconteceu com a Isa, se acontecesse comigo eu desmaiava de emoção concerteza. É muita emoção, tudo muito lindo eu nem sei o que dizer porque estou a tremer um pouco, acho que levo a leitura muito a sério haha é que nem série rsrs
Beijo autora
Resposta do autor:
Quem sabe você não é uma romântica incorrigível? Que Acredita sempre em finais felizes? Em amor eterno? Se é, continue assim, não tenha medo de amar e demonstrar sentimentos. Sempre existe quem mereça. Bjã.
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Eduarda A
Em: 19/06/2016
Ah essa música :O Xanda que lindo eu te amo. Isa mulher cê aceita isso tenho os olhos marejados. Cê vai casar. que perfeito. Eu ainda não acredito o tão lindo que foi.
Resposta do autor:
Olá Eduarda. Nossa mafiosa é romântica. O que você acha? A Isa aceita ou não?
Bjã.
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Ada M Melo
Em: 19/06/2016
lindo demais!
abraço!
Resposta do autor:
Abraço Ada.
Obrigada por comentar.
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preguicella
Em: 19/06/2016
Capítulo emocionante e o melhor, sempre com um toque de humor que é sua marca registrada Vandinha!
Impossível não torcer pela felicidade de Isa e Xanda!
Pena que tá acabando, mas sei que vem coisa boa por aí!
Bjão
Resposta do autor:
Obrigada por comentar Preguicella.
Continue comigo. Fica com Deus. Bjs.
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Krikadreammy
Em: 19/06/2016
Olá Vandinha,
Q capitulo lindo, e q declaração!!! Quero uma Alex pra mim!!!
Bjs
Kris
Resposta do autor:
Olá Kris!
Vou mandar uma via Sedex. Kkkk... Bjs.
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