A Chave por Laura_Maria
Capítulo 1 Abrindo a fechadura
Capitulo 01
Abrindo a fechadura
Sofia estava mais uma vez atrasada, tanto que nem se deu conta de que deixou as chaves sobre a mesa do escritório. Chegou ao bar que tinha marcado com as amigas e ficarão ali conversando por horas a fio, beberam e se divertiram, Sofia lógico era o centro das atenções, não por ser a mais esperta ou divertida do grupo, mas sim por ser a única das cinco amigas ainda solteira. Eram amigas desde o colegial já eram mais de 30 anos amizade, Amanda e Suelem sempre namoraram e eram casadas a 20 anos dividiam inclusive a profissão ambas eram medicas, tinham dois filhos, Lucas de 16 e Rafaela de 13. Renata era a mais experiente se assim podemos dizer, a única hetero do grupo já havia se casado 3 vezes, nunca teve filhos e ficou mais rica a cada divorcio agora namorava Ruan um garoto com metade de sua idade, ela dizia que era só para passar o tempo mas as amigas sabiam que ela estava realmente apaixonada, o que só as preocupavam afinal era nítido que o rapaz só estava interessado em seu dinheiro. Débora sempre foi a mascote da turma, a menininha que pedia conselhos as amigas sobre tudo e que apesar de hoje estar casada com Vanessa ainda precisava muito de suas amigas que eram a única família que ela tinha a 25 anos desde que sua família descobriu sobre sua sexualidade e a expulsou de casa com 18 anos, nessa época as amigas a ajudaram e se tornaram sua família, mas hoje este episodio estava superado, ela se tornou uma advogada renomada encontrou o amor e pode se dizer que era feliz, afinal tinha amigas verdadeiras que a amavam incondicionalmente é isso e melhor que qualquer família intolerante e preconceituosa, que ela tivera no passado.
-Sofia amiga, e você quando vai encontrar o amor? Olha que o tempo não espera e logo você não encontra uma santa alma viva que te queira em.
Renata falava divertida para a amiga.
-Hiii para com isso Renata de nós 5 a Sofia é a que esta mais em forma, coitada ela não tem culpa se o cupido ainda não a encontrou.
Amanda falou arrancando risadas de todas, e ganhou um beliscam por debaixo da mesa de Suelem.
-Que isso gente ela só tem 4.3 e se ainda não encontrou ninguém e porque o destino esta guardando algo especial pra ela.
Débora falava toda convicta.
-Ei gente, que tal vocês pararem de falar de mim como se eu não estivesse aqui, eu estou sozinha sim, mas muito bem abrigada.
Pronto, foi só Sofia falar isso para as amigas se acabarem de rir, continuaram conversando e bebendo ate a 1 da manhã como sempre faziam na primeira sexta-feira de todo mês, juraram fazer essas reuniões a fim de não perderem o contato umas com as outras, fato este que deu muito certo, pois desde a formatura da turma no 3° ano se encontraram todos os meses que se passaram.
Se despediram e foram para casa, assim que Sofia chegou ao seu prédio, e o encontrou tão vazio, não pode deixar de pensar nas palavras das amigas, só ela sabia o quanto queria encontrar alguém, o quanto sentia falta de compartilhar sua vida, suas conquistas seus momentos com um alguém, alias um alguém não, um AMOR sim ela precisava encontrar um amor e foi com esse pensamento que saiu do elevador. Nesse momento foi que se deu conta de que estava sem as chaves de casa e não tinha a menor ideia de onde elas estariam, sorte que esses aparelhos celulares de hoje em dia fazem quase tudo, ela pensou, já pesquisando no aparelho o numero de um chaveiro 24 horas, logo ela ligou e foi atendida pela voz que ela julgou ser a mais bonita que já escutou, um misto de delicadeza e sexualidade que transparecia ao telefone a impressionava, teve ate um pouco de dificuldade para dar o endereço a tal mulher que ela julgou ser a secretaria devido a grande quantidade de álcool que ela havia consumido, 20 minutos depois a moça estava a sua frente e sentiu o corpo estremecer ao escutar novamente aquela voz ao vivo e em cores.
-Oi você deve ser a Sofia? Eu sou a Mariane o chaveiro que você contratou.
A moça falava estendendo a mão, Sofia se permitiu perder-se naqueles olhos verdes que a encaravam, sentiu algo que nunca tinha experimentado antes. O coração disparou, as mãos começaram a suar, a respiração ficou descompassada, não acreditava a como seu corpo estava reagindo a simples presença daquela moça.
-Sim, sou eu, como vê acabei ficando de fora de casa.
Falou com dificuldade tentando transparecer uma naturalidade que não tinha no momento.
-Não se preocupe resolvo isso em 1 minuto.
1 minuto... que isso pode demorar a noite toda se quiser, pensava internamente, e sorriu de seu pensamento, talvez o álcool que ingeriu a noite toda estivesse finalmente surtindo efeito, pois Sofia era seria nunca teria tal pensamento em outro dia qualquer.
-Posso saber de que a senhorita esta sorrindo tanto?
-Nada, nada, só tava pensando o quanto a vida e engraçada.
-Como assim?
-Olha só esta situação: Eu aqui do lado de fora da minha casa mais de 1:30 da manhã e você um completa desconhecida me ajudando a entrar, minhas amigas iam achar essa cena no mínimo hilária.
Sofia falava e voltou a sorrir da situação em que se encontrava, adoraria que o momento fosse outro e que tivesse controle sobre suas ações coisa que sentia que estava perdendo cada vez mais.
-Bom e engraçado mesmo, se pensarmos por esse lado, e olha, já abri a porta pode entrar agora.
-Ta bom...
Sofia falava e caminhava nitidamente embriagada. Sentou-se no sofá da sala e ficou a espera de Mariana que logo entrou e disse.
-Sofia você tem uma chave aqui?
-Chave, que chave?
Mariana sorriu da situação e tentou em vão obter a informação de Sofia que parecia estar em outro mundo, mas a olhava de uma maneira que a deixava completamente desconcertada.
-A chave da porta Sofia. Você tem uma chave reserva? Se não tiver terei que trocar a fechadura.
Sofia se levantou do sofá ficando de frente para Mariane a puxou pelo braço e deu um beijo em sua boca extravasando tudo que estava sentindo por aquela mulher desde o momento que escutou sua voz pela primeira vez, ainda sussurrou no seu ouvido.
-Quem, tem a chave e você e acabou de abrir meu coração.
Falando isso se deitou novamente no sofá, e caiu em um sono profundo, Mariane ainda ficou ali um tempo sem entender nada, pegou um cartão e deixou ao lado de Sofia. Era seu cartão de contato e no verso escreveu.
“Me liga, precisamos conversar sobre a fechadura que eu abri. Mariane”
Escorou a porta do apartamento, e saiu com um turbilhão de sentimentos dentro de si.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Luh kelly
Em: 20/09/2015
uau que começo, quando li a sinopse fiquei bastante curiosa. E Sofia em que mulher direta amei e suas amigas tambem.
quero mais ;)
Resposta do autor:
Olá Luh Kelly
No capitulo 2 tem muito mais das amigas da Sofia.
Heheeh espero que goste.
Bjeião moça e ate o proximo.
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