Capítulo 45
Depois de longas horas de viagem, Clara finalmente chegou no Aeroporto Internacional de Roma. A jovem estava ansiosa por já estar tão próxima de Mariana, sentia palpitações ao pensar que em breve teria uma conversa com a loira e não tinha ideia de qual seria a reação dela ao vê-la.
-"Ai meu Deus, preciso ficar calma, para onde eu tenho que ir??" - A morena estava perdida naquele imenso aeroporto e isso devia-se em grande parte pela tensão que estava vivenciando. - "Calma Clara, é só ler as placas, meu Deus, parece até que eu nunca viajei".
A jovem encontrou o local de retirada da bagagem e em seguida procurou uma saída que desse direto ao ponto de taxi.
-"Preciso ficar calma, preciso ficar calma."
A jovem não parava de repetir mentalmente aquela expressão.
- "Já é madrugada, é óbvio que não me encontrarei com a Mari agora, preciso ter paciência e tranquilidade para esperar o dia amanhecer".
Clara avistou uma placa indicando a saída para o ponto de taxi e imediatamente seguiu para lá.
- Por favor, preciso chegar a esse endereço. - Disse em inglês, entregando um pequeno pedaço de papel ao primeiro taxista que avistou.
- Tudo bem, não é longe daqui. - Respondeu o taxista com um forte sotaque italiano.
- "Ai meu Deus, estou na Itália, estou pertinho do meu amor, preciso consertar as coisas, a Mari tem que me perdoar..."
Clara ficara pensando, enquanto o taxista guardava sua bagagem.
- "Como será que a Mari está? Será que ela ainda pensa em mim?"
- Podemos ir, senhorita? - Perguntou o taxista, interrompendo seus pensamentos momentaneamente.
- Sim, por favor. - Respondeu.
A jovem olhava pela janela e se dava conta da loucura que tinha feito de se deslocar para outro país com o objetivo de reconquistar seu amor.
- "Isso é muita loucura, não conheço quase nada da Itália, mas sei que me sentirei em casa quando olhar novamente para aqueles olhos verdes".
- A senhorita é de onde? - Perguntou o taxista, ainda em inglês.
- Sou de São Paulo, Brasil. - Respondeu a morena.
- O Brasil é um lindo país.
- É sim.
- Já conhecia a Itália?
- Já vim aqui em Roma uma vez, mas faz um tempo. - Respondeu a morena, exalando tensão. - Er.. peço desculpas ao senhor, mas meu inglês não é muito bom.
- Seu inglês está ótimo, senhorita. Vai conseguir se virar muito bem em Roma. - Falou o taxista simpático.
Os dois passaram o restante do caminho conversando, mas Clara não conseguia conter sua ansiedade e muito menos desviar seus pensamentos de Mariana. Quando o taxista informou que eles já estavam na rua da pousada, Clara chegou até a suar frio.
-"A Mari está aí, não consigo parar de tremer".
O coração de Clara batia tão rápido que era possível senti-lo na garganta.
- Chegamos senhorita. Está é a Pousada Indirizzo Medievale!
- Obrigada.
Até o agradecimento da jovem saíra falhado, sua voz estava trêmula.
O taxista retirou a bagagem da morena do taxi e colocou dentro da pousada. Em seguida a jovem pagou a rodada e seguiu em direção à recepção.
- Bom dia, que-quer dizer, boa noite. - Disse a jovem, de maneira atrapalhada.
- Bom dia mesmo, respondeu o rapaz, encantado com a beleza de Clara.
- Tenho uma reserva no nome de Ana Paula Siqueira.
- Só um minuto que vou averiguar.
Eles trocavam informação, em inglês, e Clara não parava de olhar para os lados na esperança de encontrar Mariana ainda acordada.
- Ah sim, você é a turista brasileira.
- Sim, sim... sou eu.
- Então aguarde só um minuto, pois chamaremos nossa nova funcionária para te atender.
Nessa hora a morena sentiu uma onda de arrepios da cabeça aos pés
- A-a nova funcionária?
- Sim. Ela é brasileira e se mudou para cá nesta semana. Vou pedir para alguém chamá-la
- Nãoo, er... quer dizer, estou muito cansada e prefiro ir direto para o quarto.
Clara não queria que seu reencontro com Mariana tivesse expectadores, por isso acabou inventando aquela desculpa. O jovem achou estranha a reação de Clara, mas preferiu não questionar.
- Tudo bem senhorita Siqueira.
- Er... na verdade eu não me chamo Ana Paula, meu nome é Clara Pinheiro.
- Clara Pinheiro?
- Sim, er, foi minha amiga que fez a reserva, por isso está nesse nome. - Inventou a morena.
- Tudo bem senhorita, mas precisarei de seus documentos então.
- Aqui. - Disse a jovem entregando o passaporte e a identidade- Er, você poderia me informar o nome dessa nova funcionária?
- Claro, se chama Mariana Novaes.
Novamente o coração de Clara palpitou, teve certeza que realmente era a loira que iria lhe receber.
- Ela está ficando nessa pousada?
- Sim, ela está dormindo aqui. Assim, se a senhorita precisar de alguma informação, poderá contar com a orientação dela.
- Que-que ótimo, eu agradeço. Mas em qual quarto ela está?
- Ela está no 201, mas se a senhorita precisar de ajuda, basta informar aqui na recepção que nós a chamaremos.
- O-obrigada!
Clara não conseguia mais controlar as batidas de seu coração. Sua amada estava há poucos metros de distância dela e a vontade de encontrá-la se tornava ainda maior.
- Seu check-in já foi feito, a senhorita já pode se dirigir para o quarto. Pedirei a alguém para levar sua bagagem. Está aqui sua chave.
O funcionário entregou a chave nas mãos de Clara e reparou que a jovem estava tremendo.
- Está tudo bem, senhorita Pinheiro?
- Er... estou cansada, apenas preciso dormir. Muito obrigada.
- Imagina. Tenha uma ótima noite de descanso. - Falou o jovem.
Clara olhou para o chaveiro que indicava o número do quarto que iria ficar.
- "Ai meu Deus"
Seu coração quase parou ao constatar que ficaria no quarto ao lado de Mariana.
- "Preciso vê-la, tem que ser hoje, tem... tem que ser agora."
A jovem acompanhava o funcionário que levava sua bagagem e quanto mais adentrava o corredor da pousada, mais sentia suas pernas tremerem.
- Este é seu quarto, senhorita Pinheiro. Espero que tenha uma excelente estadia.
- Obrigada. - Disse a morena, olhando para o quarto de Mariana enquanto esperava o jovem abrir a porta.
O funcionário colocou a bagagem de Clara no canto do quarto e logo em seguida saiu para deixar a jovem descansar.
- Meu Deus, ela está aqui, bem aqui do meu lado. - Dizia a morena, andando de um lado para o outro. - O que eu faço? Bato na porta dela??
Clara caminhou até o canto da parede, onde se fazia a divisão entre os quartos. Lá, encostou seu rosto e ficou a imaginar como a loira estaria.
- Será que ela está dormindo? Já estamos no meio da madrugada.
A morena continuava encostada na parede, tentando pensar em uma forma para poder abordar Mariana.
- Mas, aquele rapaz da recepção disse que iria chamá-la. - A jovem se desencostou rapidamente da parede e falou afobada. - Ela só pode estar acordada, então!
Clara caminhou rapidamente até a porta e já com a mão na maçaneta falou para si mesma:
- Calma, calma!! Respira fundo, o amor da sua vida está bem aqui ao lado!
A jovem levou a mão ao coração, tentando diminuir sua frequência cardíaca.
- Nunca senti meu coração batendo tão rápido. Meu Deus, o que vou falar?
Clara tentava formar uma frase para iniciar a conversa com Mariana, porém nada lhe vinha à cabeça.
- Esquece, não vou conseguir elaborar minha fala, preciso seguir meu coração.
Assim, sem titubear, a morena abriu a porta de seu quarto e seguiu até a porta de Mariana.
- "É agora."
A morena bateu na porta de Mariana, com as mãos trêmulas, com o coração acelerado e sentindo um frio na barriga nunca antes sentido. Apenas alguns segundos foram necessários até que a porta se abrisse e de trás dela surgisse a linda Mariana falando despercebidamente:
- Ela já chegou?
Os olhares se cruzaram novamente. Ali, naquele rápido instante o mundo havia parado. Não existiam mais sons a sua volta, nem mesmo pessoas, medos, inseguranças. Clara apenas enxergava sua amada, que olhava para ela com um olhar de extrema surpresa.
Já não era possível descrever qual coração batia mais. Foi necessário se passar alguns segundos para a jovem conseguir pronunciar suas primeiras palavras.
- Mari... - O coração estava tão acelerado, que sua voz não saía segura. - Po-posso entrar?
Mariana permanecia imóvel, ainda tentando acreditar na visão que estava tendo.
- Mari, eu... eu preciso muito falar com você. - Clara não estava conseguindo controlar as emoções e era perceptível o quanto estava nervosa.
Foram necessários mais alguns segundos até que a loira conseguisse voltar a falar.
- O-o que você está fazendo aqui?
Agora era possível perceber que não era apenas a voz de Clara que saíra falhada, a loira também demonstrava sentir uma ebulição de emoções.
- Eu vim para você, Mari, por favor, me deixe entrar, preciso te falar muitas coisas.
-"Eu vim para você???" - Pensou a loira, completamente atordoada. - "Isso só pode ser brincadeira."
- Apenas me deixe falar.
Ainda perplexa, Mariana abriu passagem para que Clara entrasse. Ao passar por ela, a loira sentiu o perfume amadeirado que a morena usava e aquelas lembranças fizeram seu coração se agitar ainda mais. Já Clara sentiu uma corrente elétrica percorrer seu corpo ao triscar de leve no braço de Mariana.
A loira fechou a porta bem devagar enquanto tentava buscar ar para seus pulmões comprimidos pelas emoções. Em seguida virou-se para Clara, que estava com uma expressão ansiosa e falou:
- Não estou entendendo, Clara, o que você faz aqui?
- Eu te amo, Mari. Eu vim consertar as burradas que cometi. Eu... eu quero você de volta, estou muito arrep...
- Para vai Clara, você teve todas as chances do mundo para me falar isso e agora resolve vir até a Itália, esperando que tudo se resolva assim?
- Mari... - A morena estava muito nervosa para falar, e tremia bastante. - Me deixe explicar tudo o que aconteceu, por favor. Apenas me ouça.
A loira ficou parada, de braços cruzados, esperando que Clara falasse.
- Mari... - Clara caminhava em direção a loira enquanto iniciava sua fala e esta ficava visivelmente tensa a cada aproximação. - ... Eu sei o quanto errei com você, errei muitas vezes, te magoei e consegui estragar tudo entre a gente.
Agora a jovem já estava a poucos centímetros de distância de Mariana.
- Eu... eu quero te pedir perdão por tudo isso, Mari. Por favor, me perdoa.
Mariana tentava disfarçar, mas estava com os olhos cheios de água. Clara também estava com lágrimas nos olhos e, aproveitando-se da curta distância entre elas, pegou na mão de Mariana e falou:
- Eu amo você, Mari, mais do que qualquer outra coisa. Me deixe reparar tudo de errado que fiz. Eu preciso de você, você é o amor da minha vida.
A loira ficou hipnotizada por um rápido momento. Sentir novamente a mão de Clara segurando a sua lhe causava sensações fortes por todo o corpo. Era incrível como ela ainda tinha poder sobre suas emoções. Porém, depois de alguns segundos, Mariana se recordou de tudo que havia passado e se desvencilhou de Clara.
- Não pense que as coisas são simples assim. Não se conserta um erro do dia para a noite, quem dirá vários erros.
Mariana deu as costas para a advogada, caminhando em direção à janela. Porém, a morena lhe seguiu e quando a jovem voltou a se virar, Clara já estava bem próxima novamente.
- Mari, eu li sua carta.
- O que??
- Eu li, Mari, eu fui atrás de você, mas já era tarde. Fui até o aeroporto, tentei impedi-la de viajar, mas, não consegui chegar a tempo.
- Você não fez isso, Clara, não invente.
- Não estou inventado. - Disse a jovem desesperada. - Mari, eu estava no litoral e só consegui ler seu e-mail no domingo de manhã. Então eu subi a serra correndo e fui até seu apartamento. Lá, encontrei sua carta e fiquei ainda mais desesperada, então corri para o aeroporto, até cheguei a comprar uma passagem para conseguir entrar no salão de embarque, mas você já tinha embarcado.
Um silêncio profundo invadiu o quarto e a morena continuava parada em frente a loira esperando que ela esboçasse alguma reação.
- Isso não justifica nada, Clara, quantas vezes eu te procurei e você me tratou mal?? Quantas Clara?? Não me venha dizer que isso tudo foi apenas um problema de comunicação, pois eu fui na sua casa logo que cheguei da Itália e você me tratou como um nada!!
- Mari, eu... eu achei que você estava namorando aquela italiana.
- O que??? Que italiana??
- Eu vi você no shopping com ela, você estava fazendo carinho nela, então fiquei morrendo de ciúmes.
- Ahh Clara, me poupe, você já está inventando coisas.
- Não estou! Logo que você retornou da Itália eu decidi te procurar, estava disposta a contar tudo para meus pais e te pedir perdão, queria você de volta. Então eu fui até sua casa, peguei a chave que ficava debaixo da porta e encontrei um bilhete pedindo para te encontrar no shopping. Estava escrito "Chiara". Então a idiota aqui achou que fosse apenas uma brincadeira com meu nome, achei que você me queria de volta. Fui correndo até o shopping e lá te vi com aquela italiana. Então deduzi que você estava namorando, que já havia me esquecido.
Mariana ficou novamente em silêncio, se lembrando de quando escrevera aquele bilhete para Chiara. Não estava acreditando que todo o sofrimento que sentira nesses últimos meses fora decorrente dessa interpretação equivocada de Clara, sentiu raiva por isso.
- Mari, eu fui uma idiota, eu sei. - Disse de cabeça baixa e chorando. - Por favor, me perdoa?
- Me perdoa??? Simplesmente, me perdoa?? - Falou a loira indignada. - Clara, você não tem noção de como eu sofri nesse tempo, me senti rejeitada, como se meu amor fosse pouco para você. Agora você vem aqui e acha que será perdoada e que tudo ficará bem novamente? Simples assim? Como se eu fosse um robozinho e só bastasse apertar o botão do "perdoado"???
- Não Mari, eu sei que não é simples assim. - Falava a jovem ainda chorando. - Eu vim aqui para te mostrar que posso reparar o mal que te fiz. Eu te amo, Mari, você é o melhor que existe em mim, em minha vida.
A loira balançava a cabeça em negativa, procurando mostrar o quanto tudo aquilo era inacreditável.
- E o pior de tudo é saber que você terminou uma linda história apenas por especulação, não confiou em mim!! Chega, Clara, guarde suas palavras, você deveria ter me procurado quando tudo aconteceu. Por que não me falou a verdade quando fui ao seu apartamento?? Será que você não via o meu amor por você?? Fui lá tentar resgatar nosso namoro e você me tratou como uma desconhecida.
Clara não conseguia conter as lágrimas e a dor por ouvir aquelas palavras de Mariana, sabia o quanto tinha errado com a loira por causa de seu orgulho.
- Eu sei, me perdoa. - Pediu a jovem mais uma vez, enxugando as lágrimas.
Clara voltou a olhar para Mariana, andou mais dois passos em direção a ela e, após respirar fundo, voltou a dizer:
- Você é tudo para mim. Eu sei que posso reparar o mal que te fiz. Eu não vou desistir Mari, vim até a Itália para te dizer isso.
- Você não confiou em mim, Clara, tanto tempo juntas e você mostrou que na verdade nem me conhecia.
- Não diga isso, Mari, eu... eu te conheço sim. Mas, fiquei cega de ciúmes.
- Não me conhece, pois se conhecesse saberia o quanto eu te amo.
- O quanto me ama? - Perguntou Clara, agora praticamente grudada à loira.
- O quanto t-te amava, você não me conhece mais - Falou a loira, agora tensa com aquela proximidade.
- Não te conheço?? Como sei então que você está sentindo falta disto...
Com muita agilidade, Clara puxou Mariana para si e encostou seus lábios aos dela. Por mais que não quisesse mostrar sua vulnerabilidade, a loira não conseguiu impedir o beijo e com o coração acelerado, correspondeu ao toque daquela boca que tanto sentia saudade.
O beijo se iniciara cheio de paixão, de saudade, de desejo. Conforme os segundos se passavam, seus corpos se grudavam ainda mais. Clara segurava a nuca de Mariana com uma mão e com a outra envolvia sua cintura. Já Mariana tentou deixar suas mãos paradas no começo, porém, alguns segundos foram suficientes para fazer a loira abraçar e envolver as costas de Clara.
As línguas se tocavam e os lábios se encaixavam perfeitamente. Era possível dizer que os corações das jovens batiam na mesma frequência. As bocas não queriam se desgrudar e Clara abraçava a loira e a beijava ainda mais forte, como se não quisesse sair daquele momento nunca mais. Tudo parecia perfeito, até que num momento de lucidez a loira empurrou Clara para longe dela.
- Para, chega Clara, não serei fraca dessa vez. Não vou acreditar na sua mudança só por que você se deslocou do Brasil até aqui. Que garantias eu terei de que você não se arrependerá depois? E como acreditar que você não dará uma nova crise em relação ao fato de se assumir para sua família?
- Eu me assumi, Mari. - Disse a morena, ainda balançada por ter acabado de beijar seu grande amor. - Eu... eu contei tudo para os meus pais.
Mariana sentiu uma forte vibração em seu coração ao escutar aquela revelação. Porém, ainda assim estava muito magoada com a jovem e não conseguia perdoa-la por tudo o que sofrera.
- Que bom para você então, Clara.
- Mari, por favor, eu fiz isso por nós, por que te amo e quero ficar com você! Me escuta Mari...
A morena caminhou novamente até a loira e segurou delicadamente em seu rosto.
- Eu senti que você ainda me ama, senti pelo seu beijo. Nos dê uma nova chance Mari, vou te fazer feliz, vou compensar todo o mal que lhe causei, volta para mim.
- Não, agora é tarde, Clara. - Disse a loira, se desvencilhando mais uma vez dos toques de Clara. - Já estou seguindo minha vida, você estragou a relação linda que nós tínhamos, não dá para ser reparado. Acabou Clara.
- Nãoo, não acabou Mari, você não está me dizendo isso com o coração, você me ama e eu amo você.
- Já escolhi a opção de te esquecer. E hoje minha vida é na Itália!
- Não faz isso, Mari, me deixa pelo menos te mostrar que eu mudei.
- Não, não dá, Clara. Você não percebe?? Estou morando na Itália e você no Brasil, não voltarei para lá, por que estou construindo uma vida maravilhosa aqui. A vida que sempre quis. Não arriscarei todas essas coisas que conquistei aqui para depois você cometer outra mancada comigo.
- Não cometerei outro erro desse, Mari. - Mais uma vez Clara se aproximou de Mariana e penetrou profundamente seu olhar naqueles olhos verdes - Eu sei que demorei muito para perceber as coisas, mas agora está tudo claro para mim. Eu quero você e se o seu sonho é morar na Itália eu me mudo para cá, largo tudo no Brasil para ficar com você.
A loira ficou quieta, ainda sem acreditar no que estava ouvindo e, aproveitando-se da situação de fragilidade de Mariana, Clara pegou novamente sua mão e pediu:
- Volta para mim? Volta, meu amor, preciso de você comigo, volta para mim.
Embora Mariana estivesse abalada com aquele pedido a jovem falou:
- Já disse que as coisas não funcionam assim. Já estou construindo minha vida aqui, sem você.
- Você está se envolvendo com aquela italiana? - Perguntou, de cabeça baixa e com um nó na garganta.
- Ainda não, mas, penso em me envolver.
Ouvir aquilo foi pior do que apunhalar uma faca no peito de Clara.
- Você não vai conseguiu se envolver com ela sentindo algo por mim. Eu te conheço, Mari.
- Nós já ficamos, Clara, nada me impedirá de ficar com ela novamente.
Mariana sabia que Clara tinha razão, mas quis falar aquilo para que a morena percebesse que ela não é a mesma pessoa de antes. Já Clara sentiu seu rosto ficar vermelho de ciúmes, seu coração batia ainda mais rápido, porém agora estava sentido vontade de esganar a italiana. No entanto, não poderia estragar tudo novamente, prometera para si mesma que não iria deixar seu orgulho falar mais alto, seria humilde e tentaria de todas as formas mostrar para Mariana o quanto estava mudada e decidida a lutar por elas.
- Eu entendo. - Disse Clara, depois de um tempo em silêncio. - Não poderia exigir nada de você Mari, fiz besteira e você estava no seu direito de tocar sua vida.
- E ainda estou nesse direito. - Disse Mariana, num tom de voz irreconhecível para Clara. - Nada do que você falar me fará mudar de plano. Acho que agora terminamos nossa conversa Clara, espero que você aproveite sua estadia na pousada.
- Mari, não faz isso, essa não é você.
- A vida nos muda, Clara, acho que você deixou de saber quem sou eu há muito tempo.
- Não deixei. Eu tenho certeza!
- Não importa. - Disse a loira caminhando até a porta. - Pode ir Clara, terminamos nossa conversa. Aproveite a Itália, ela também te fará bem.
Clara demorou para conseguir controlar a dor aguda que sentia no coração, mas olhou para a loira que estava parada em pé ao lado da porta e falou:
- Não acabou. Vou lutar por você, Mari, eu não vim aqui para desistir assim, eu vim para te trazer de volta para mim.
Dito isto, a jovem saiu do quarto de Mariana, e escutou a porta se fechar com menos de um segundo. Desolada, Clara entrou em seu quarto com a certeza de que aqueles dias na Itália não iriam ser nada fáceis para ela. Porém, a jovem não iria abaixar a cabeça, aquela reação de Mariana fora mais do que esperada por ela, dessa forma, mesmo com o coração doendo, Clara não deixou que o desânimo ou o medo do fracasso a afetasse ao ponto de fazê-la desistir e aceitar a perda.
- Isso foi só o começo. Vou te reconquistar, Mari, vou reconquistar sua confiança.
A jovem se sentou na cama, ainda tremendo muito e levou a mão aos lábios, fechou os olhos e se recordou do beijo que dera há pouco tempo em Mariana, suspirou fundo ao sentir uma onda de arrepios percorrer sua barriga e seu coração.
- Que beijo, que saudade, meu Deus que saudade.
Depois de se recordar daquele beijo a jovem não conseguiu mais segurar as lágrimas, desabou a chorar na cama por ter sua amada tão perto, mas ao mesmo tempo tão distante. Não sabia ainda o que iria fazer, nem mesmo como iria controlar suas emoções por ter a presença de Mariana bem ao lado de seu quarto. Seu choro se tornava ainda mais forte ao se lembrar das palavras duras da jovem.
- Aquela não era a Mariana, não era, tenho certeza que tudo foi dito daquela forma por causa do nervosismo do momento. Minha Mari não é assim, não é rude, muito menos cruel. Ela não ficará com a italiana, não ficará!!
Clara falava por entre as lágrimas na tentativa de desabafar, mas ao mesmo tempo tentava compreender a reação da loira. Lembrou das vezes que também havia sido cruel com Mariana, mesmo sabendo de seu amor por ela.
- Foi isso mesmo, ela disse aquelas coisas por estar com raiva de tudo o que eu fiz, mas sei que o coração dela ainda me quer. Aquele beijo disse tudo. Meu Deus, eu preciso ficar novamente naqueles braços, eu preciso da Mari, ela abala minhas estruturas só com um olhar.
A jovem ficara agora mentalizando seu reencontro, rever a loira fora tão marcante para ela que poderia descrever com exatidão cada detalhe da roupa da jovem.
- Como ela estava linda, meu Deus, minha loirinha é muito linda.
Clara chorara bastante, mas finalmente conseguira se restabelecer.
- Não posso me render assim, preciso ter paciência. A Manu e os meninos me alertaram, as coisas não serão tão fáceis assim. O que importa agora é continuar, sei que ainda há esperanças. Só preciso de tempo.
A jovem respirou fundo, limpou as lágrimas dos olhos e pegou o celular, escreveu uma mensagem para Manuela, avisando que chegara bem e que logo mandaria notícias mais detalhadas. Em seguida, tomou um banho, trocou de roupa e se deitou na cama, com a certeza de que não iria conseguir dormir sabendo que Mariana estava no outro quarto, certamente, também pensando nela.
- Calma Clara, espere suas palavras fazerem efeito, não conseguimos raciocinar direito no calor das emoções, fica calma.
Clara se remexia na cama com o coração inquieto e com a mente cheia de pensamentos...
- Preciso bolar uma estratégia para agir amanhã, não darei brecha para que a Mari fique com aquela italiana. Não mesmo!!
Toda vez que Clara pensava nessa possibilidade, sentia vontade de correr até a italiana e falar um monte para ela. No entanto, depois que a crise de ciúmes passava, ela conseguia raciocinar melhor e percebia que esse seria o caminho mais curto para Mariana ter ainda mais raiva dela.
- Não posso me alterar, preciso manter a classe, o equilíbrio.
Depois de muito pensar, a jovem tentava agora achar uma forma eficaz de esvaziar a mente. Porém, não conseguia parar de pensar em Mariana. Era demais para ela ter que ficar quieta em seu quarto sabendo da presença tão próxima da loira.
- Não dá, preciso fazer mais uma coisa hoje.
Assim, seguindo seu impulso momentâneo, a jovem levantou-se da cama, saiu de seu quarto e, sem pensar duas vezes, voltou a bater na porta da loira....
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Assim que Clara saiu de seu quarto, Mariana fechou imediatamente a porta e sem controle, encostou-se nela e começou a deslizar até o chão, onde ficou sentada chorando. Aquela visita tinha sido mais que uma surpresa para ela. Em nenhum momento de sua existência, imaginaria que Clara iria aparecer na Itália, no meio da madrugada para tentar reatar o namoro. Aquilo fora demais para a jovem.
Mariana chorava muito, não apenas por ter falado todas aquelas coisas para Clara, mas também por se ver confusa em relação a tudo. Aquela visita mexera com todo seu interior, não era apenas uma mera questão de afetividade. Se já não bastava o fato de ainda estar se adaptando a nova vida na Itália, agora se via diante de uma situação pela qual lutara tanto para conseguir, porém, agora julgara ser tarde demais.
O coração da jovem permanecia batendo rápido, suas mãos tremiam e já não tinha mais forças nas pernas. Parecia que seu mundo estava se virando de cabeça para baixo.
- Por que tem que ser assim, Deus?? Por que?? Esse relacionamento tinha tudo para dar certo, mas agora tudo mudou, por que o Senhor deixou que isso acontecesse?? Por que fez a Clara aparecer agora??
Mariana falava com Deus como se a culpa por tudo estar acontecendo daquela forma fosse d'Ele.
- Isso não é justo!! Eu lutei por aquela mulher, me rebaixei, me humilhei e justo agora que já havia decidido tocar minha vida ela aparece assim, do nada??? Nãooo, isso está errado, não sou nenhum brinquedinho, no qual ela pode se dar ao luxo de pegar somente quando quer, definitivamente as coisas não são assim.
Mariana estava com muita raiva, pois além de tudo, percebera o quanto Clara ainda mexia com ela, sabia que o sentimento por ela ainda estava mais vivo do que imaginava e no momento não queria sentir aquilo. Queria ser forte o bastante para acreditar nas próprias palavras que dissera para a jovem advogada, no entanto, sabia que quase tudo havia sido dito da boca para fora. Estava com raiva, raiva por ter sofrido por um mero orgulho de Clara.
Depois que desabafou todas as magoas que sentia da morena e de si mesma, a jovem voltou a se levantar. Caminhou até a cama e começou a refazer mentalmente toda a conversa que tivera com ela. Lembrou-se de cada detalhe dito, de cada gesto e evidentemente de cada expressão de Clara.
- Por que ela tem que ser tão linda?? Por que ela consegue mexer tanto assim comigo?? Por que ela não me procurou antes?? Que raiva, que raivaaa...
Mariana continuava com raiva de si mesma, pois vira como ainda estava refém daquele sentimento.
- Aii, não quero pensar, não quero pensar mais nada.
A jovem se deitou e cobriu a cabeça com o travesseiro, como se aquele gesto fosse capaz de apartar seus pensamentos, porém, ela continuava pensando em Clara.
- Como vou conseguir ficar nessa pousada sabendo que ela está aqui?? Como??
Mariana jogara o travesseiro longe e agora se cobrira dos pés à cabeça com o edredom.
- Não vou pensar mais nada, nada!
Infelizmente os pensamentos não são tão obedientes assim, e a jovem refazia agora, mesmo contra sua vontade, algumas falas de Clara para ela:
- "Eu sei que demorei muito para perceber as coisas, mas agora está tudo claro para mim. Eu quero você e se o seu sonho é morar na Itália eu me mudo para cá, largo tudo no Brasil para ficar com você."
- Se mudar para Itália?? Ela não sabe o que está falando, deve estar se precipitando, ou então tentado achar uma forma de me convencer a voltar para ela. Isso é um absurdo! Ninguém larga as coisas assim por causa de um relacionamento.
Mariana falava as coisas mais para tentar se convencer de que Clara não merecia seu perdão. Porém quando os pensamentos se voltaram para o momento do beijo, todas as suas armaduras foram ao chão.
A loira sentia a boca da morena e mesmo em pensamentos, parecia que o beijo estava acontecendo novamente. Tinha saudades daquela boca, tinha saudades de beijar Clara, pois o beijo se completava a um sentimento maior que fazia tudo ficar perfeito. Aquele beijo sim fazia a loira perder completamente a razão.
Depois de se permitir relembrar daquele momento, a jovem voltou à sua dureza de antes e falou:
- Não posso permitir que isso aconteça de novo. Não acontecerá!
Mal terminara a jovem de pronunciar a frase e ela escutou algumas batidas na porta. Caminhou lentamente até ela, com medo de abri-la e se deparar novamente com Clara.
- "Não é possível, não pode ser ela, não depois de tudo o que falei."
A loira tentou relutar, porém depois de alguns segundos, mesmo receosa, acabou abrindo a porta do quarto. Antes que conseguisse falar qualquer coisa, Clara a empurrou para a parede ao lado e lhe tomou a boca com uma urgência fora do normal. Mariana tentara impedir no começo, porém, mais uma vez acabou se rendendo a mágica incomum que aquele beijo lhe acarretava.
Clara apertava a loira contra a parede e invadia sua boca com a língua, suas mãos percorriam o caminho entre o pescoço e a cintura da jovem. O beijo era forte, sedento, de tirar o fôlego de qualquer um que visse a cena. Mariana não tinha forças para empurrar a morena, pois estava completamente domada por aquele desejo.
O beijo se tornou ainda mais forte quando a loira também invadiu a boca de Clara com sua língua. As mãos começavam a se ousar e a cada segundo que se passava ficava ainda mais difícil para a loira se desvencilhar daquele beijo. A razão da jovem queria sair dali, mas o coração estava entregue à saudade que sentia daquele toque e daquele corpo. Clara aproveitou-se do momento de entrega da jovem para beijar seu pescoço, beijava-o e ch*pava-o com muita saudade e desejo e em meio a esses gestos a morena também falava:
- Eu amo você, amo muito...
Sua boca voltara agora para os lábios da loira, que respirava cada vez mais rápido, mostrando seu descontrole diante da situação. Tudo estava ficando mais intenso e Clara sabia que não iria conseguir segurar por muito tempo o seu desejo em ter Mariana toda para si. Assim, com muito custo, a morena se afastou da loira e rapidamente falou:
- Não vim apenas por uma noite de amor. Vou te mostrar que te quero para minha vida.
A morena levou a mão ao rosto de Mariana e falou olhando em seus olhos:
- Agora eu sei que você ainda me quer, vou reconquistar sua confiança, Mari. Eu amo você!
Sem mencionar mais uma palavra e deixando Mariana completamente imóvel, Clara lançou seu lindo sorriso para ela e se retirou do quarto, sentindo que havia feito a coisa certa e acima de tudo com o coração cheio de esperanças em ter a loira novamente para ela.
Fim do capítulo
Olá minhas queridas leitoras. Voltei com mais um capítulo, espero que gostem. Obrigada por todos os comentários e pelo empenho em deixar essa história nos Top Tens, você são fofas demais.
Um beijo carinhoso para cada uma!
Comentar este capítulo:
lucy
Em: 11/01/2016
karaaaaaaaaacas !! sou fã da Clara deixou a rubita (loira) sem ar sem chão kkkk parou a tempo
senão....ia deixar sem roupas kkkkk furacão Clara
com certeza vai ser muito legal ver Mari tentando se convencer que tudo acabou...só que não !
viiiiiiixe quando a Chiara souber da vinda da Clara....será que vai desistir da Mari ? humm
ela é uma boa pessoa, e acredito que ao perceber o Amor da loira pela brasileira, não vai ser
motivo da separação delas...
bjs amando o conto
nota dez ! nota mil !
Resposta do autor em 24/02/2016:
Kkkkkkk, furacão Clara em ação...
Clarinha sabe como mexer com os sentidos da loirinha. Com certeza foi difícil para ela parar, rs, mas foi necessário.
Enquanto isso, a Chiara encontrava-se toda esperançosa com a aproximação da Mari, mas agora com a chegada do grande amor da loira vai ser difícil competir, hein... embora a italiana tenha uma autoconfiança impressionante.
Obrigada, querida...
Beijos
Laryssa Stark
Em: 17/09/2015
Oie Gi que perfeição de capítulo! Essa história é sensacional, nunca fica repetitva, e sempre surpreende. Sim, me surpreendi com a postura da Clara, que gostoso aquele último beijo roubado. Essas duas arrancam suspiros, kkkkkkkk. Saudades das cenas de amor entre elas, ansiosa demais, que venha o capítulo 46! Bjuuusss
Resposta do autor:
Ei Laryssa,
Ah, que gentil... muito obrigada, meu bem, me deixa muito feliz!
Em breve voltarei com o capítulo 46.
Beijos
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gleice
Em: 17/09/2015
Haaaa já estava com saudades delas juntas....capítulo MARAVILHOSOOO...com certeza essa história está na lista das mais mais!!!! Simplesmente AMO.
quando teremos mais??? Rsrs
Resposta do autor:
Ei Gleice, tudo bem?
Que bom que gostou do capítulo. Ah, muito obrigada, minha querida!
Em breve teremos mais, não demorarei. ;)
Beijinhos
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Ana_Clara
Em: 16/09/2015
Lindas! Quanto trabalho a Clarinha vai ter, mas no final valerá muito a pena. A Mari precisa ser meio durona com a Clara, assim vai ser mais gostoso quando as duas se acertarem.
Resposta do autor:
Ei Ana...
Gosta de um jogo duro hein, rsrs
Vamos ver como a Mari irá se comportar diante da presença da Clara..
Beijinhos, obrigada!
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Mag Mary
Em: 16/09/2015
Já começou a ferver rsrsrsr
Agora sim consigo ver a Clara como uma mulher e não como uma garotinha perdida. Foi atrás da felicidade e vai lutar por ela.
Acho que a Mari ainda vai demorar um pouquinho pra conseguir superar toda a magoa, mas quando a amor tudo fica bem.
Bjus
Resposta do autor:
Ei Mag,
Começou, rsrs... A Clara compreendeu o que quer para sua vida e isso a torna uma pessoa decidida e forte. Agora é esperar para ver se a Mari aceitará essa "nova Clara".
Um beijo, obrigada!
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Srta Petrova
Em: 16/09/2015
Mari sua bandida,tadinha de Chiara!!!!
O amor vencerá disso posso ter certeza.
Tudo bem que Clara pisou na bola, mas a tempo para tudo!
Olha....como gostei do que a bandida da Clara fez no final, hein? Deixou Mari sem eira nem beira, sambou na cara do orgulho, kkkkkkkkkkk.
Querida autora perdoe minha brincadeiras, mas quero que saiba que cada dia que passa amo mais ainda essa "história" bjssssssss
OBS: não suma com "My DEAR" Chiararsrsrs.....
Gi, sou sua fã!!!!!!!
Resposta do autor:
Olá, minha querida Siflima
Kkkkkk, ri muito do seu comentário!
Mari é bandida, mas a Clarinha tb deu uma de bandida ao entrar no quarto da Mari de supetão, não foi? rs.. Que bom que gostou.
Ah, imagina, adorei seu comentário. Pode deixar, não sumirei, rsrs
Muito obrigada por esse carinho!
Um beijo!
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Mano3232
Em: 16/09/2015
Oi Gi, mais um capitulo lindo... e a Clarinha como não amar né, sempre intensa com seus sentimentos.
Estou ansiosa para outros cap
Parabéns mais uma vez,abraço
Resposta do autor:
Ei Mano3232,
Obrigada, meu bem, que bom que gostou.
Sim, a Clara é intensa com seus sentimentos, especialmente nessa fase.
Logo volto com mais.
Um beijo, obrigada!
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Mille
Em: 16/09/2015
Uauuuuuuuuuuuuuuuu
Não vim apenas por uma noite de amor. Vou te mostrar que te quero para minha vida. A frase da Clara foi show abalou ainda as estruturas da Mari.
Gi como sempre magnifica ah fico até sem palavras, excelente esse capitulo.
A coragem que faltou na Clara quando tinha tudo veio tudo e irá precisar de muito romantismo e confiança para poder ter a lourinha de volta.
A torcida esta grande, estamos juntas nessa.
Bjus
Resposta do autor:
Ei Mille,
Que bom que gostou... Clarinha tá decidida, quer a Mari para a vida, não por um momento apenas.
Ah, obrigada meu bem, de coração!
Pois é, a Clara recebeu uma injeção de ânimo e de coragem... agora está colocando em prática.
Beijos, até breve!
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Sophia L
Em: 16/09/2015
Minha malvada favorita, que capítulo perfeito. Amei a atitude que a Clara tomou, deixou a Mari sem ar, isso com certeza, rs. Essa história é muito perfeita, amando tudo. Parabéns, aguardando mais e mais.
Resposta do autor:
Ei Sophia,
rsrs, o título de malvada pegou mesmo não é? rs
Ah, que bom que gostou. Te agradeço pelo carinho e pelos elogios.
Um beijo, logo volto com mais. ;)
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paty souza
Em: 16/09/2015
Oi malvada! todo mundo desisperado!! Kkkkk....As leitoras loucas de plantão "como eu" quase paria um menino também! Ta vendo, o que faz com agente?? Fui dormir a base de muito vinho e cigarros!! Kkkkk... mas sobrevivi e estou aki atrasada!! Segunda temporada: "reconquistando à Mary!" Vai ser engraçado ver o desespero da clara! A mary vai fazer um doce lindo!!! Anciosa igual!! Kkkkkk....
Resposta do autor:
Ei Paty,
Malvada? rsrs... olha, acho que um pouquinho de malvadeza não faz mal a ninguém, rsrs
Brincadeira, só gosto de fazer um suspense. Olha, controle aí esses vícios que logo voltarei com mais, rsrs
Obrigada pelo comentário, dei mta risada aqui, rs
Beijos
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