“As palavras verdadeiras não são agradáveis e as agradáveis não são verdadeiras”
(Lao-Tsé)
Capitulo 13 - Rafaela
— Ah, que romântico, então foi por isso que você me bateu, Marinho? Pra pegar minha garota?
Era a voz de Daniel Vidal, fazendo meu coração falhar por alguns segundos, por prever a situação desagradável que viria a seguir. Ergui-me da cadeira imediatamente, ao que Fernanda me imitou e colocou as mãos sobre os meus ombros, como se estivesse pronta para me segurar se preciso, olhando aflita de mim para ele e de volta para mim. Ela estava entre nós dois, com a mesa da sorveteria também me impedindo de avançar. Encarei-o de cara fechada, ao que ele apenas sorriu com desdém:
— Bem que eu sabia que você só tava de olho nela. — falou razoavelmente alto, chamando atenção de alguns clientes ali, que ergueram a cabeça com curiosidade.
— Daniel, para de dar show. — respondi em voz baixa aparentando tranquilidade, embora meu corpo arrepiasse inteiro pela raiva. — Não to realmente afim de brigar com você hoje.
Ao perceber que eu estava razoavelmente calma, Fernanda tirou as mãos dos meus ombros e virou-se para Daniel, ficando à minha frente. Eu conseguia sentir suas ondas de medo quando olhava para ele, mesmo que tivesse plena consciência de que Daniel jamais ousaria lhe fazer qualquer mal em uma sorveteria cheia, além da minha presença significar alguma segurança. Afinal, ele estava sozinho e eu duvidava muito que ele tentaria me enfrentar sem retaguarda, como o covarde que era.
— Ela tem razão, Daniel, você vai mesmo querer fazer uma cena aqui? — ela argumentou, tentando parecer firme, mas falhando espetacularmente.
Segurei sua mão com firmeza e senti-a gelada entre meus dedos. Contornei a mesa e pus-me ao seu lado, tentando passar proteção, porém ainda completamente decidida a não cair nas provocações daquele idiota. Daniel continuou no mesmo lugar, com o sorriso se alargando gradativamente, como se fosse uma criança à medida que abrisse um brinquedo muito esperado na manhã de Natal:
— E você, hein Fernanda? — ele retomou, ignorando totalmente nossos pedidos para que parasse de criar caso. — Mal terminou comigo e já foi querer a sapinha? Ta vendo como eu tinha razão sobre você?
Olhei para Fernanda por alguns segundos, o suficiente para perceber a pouca cor do seu rosto desaparecer. Franzi a testa e pus-me na sua frente, começando a realmente me enfurecer. Não sabia exatamente ao que Daniel estava se referindo, mas eu estava começando a ficar realmente irritada com sua voz debochada:
— Vidal, some daqui, porr*. — falei baixo e dei um passo à frente, fazendo com que Fernanda passasse os braços em volta de mim, segurando-me com firmeza.
Daniel ficou sério por alguns segundos. Era óbvio que ver Fernanda tão bem comigo estava destruindo seu ego, afinal, ele achava que homossexu*l*idade se devia a algo errado provindo de experiências com homens, que faltava algo — provavelmente estava se perguntando o que faltava nele. O garoto trincou visivelmente os dentes e, após alguns segundos, tornou a assumir a mesma postura irônica:
— É, eu bem que notei, Marinho, você tava afim desde o começo. Mas olha só, cuidado, porque essa aí não vale nada, minha amiga. É vagabunda mesmo.
Ele arrastava as palavras, saboreando o efeito delas em nós. Fernanda ofegou fortemente, no que poderia indicar que estava nitidamente chocada com as palavras de Daniel, relembrando aquela noite tão intensamente quanto eu, embora eu presumisse que nossas sensações fossem distintas. Ela, medo, humilhação, dor. Eu, incredulidade, revolta, mas acima de qualquer coisa... Ódio.
Minha vontade era avançar em Daniel a despeito de onde nos encontrávamos e arrancar aquele seu sorriso irônico na base da pancada. A lembrança do que ele tinha provocado à garota às minhas costas me fez sentir o coração acelerado a ponto de sacudir minha caixa torácica. Era por ela que eu simplesmente queria me adiantar e quebrar a cara daquele garoto, mas foi igualmente por ela que me mantive fria: eu podia senti-la trêmula e nervosa atrás de mim.
— Vamos sair daqui. — murmurei, segurando-a pela mão e fazendo menção de sair do lugar. — Vem.
Ouvi uma resposta baixa de Fernanda, embora não tivesse ouvido bem, tinha certeza que era uma concordância. Contornei Daniel, fazendo questão de esbarrar com força em seu ombro, deixando muitas palavras não ditas naquele encontrão, sentindo toda a sorveteria em silêncio assistindo aquela cena. Aparentemente, não satisfeito, ele segurou-me pela manga da blusa com força, impedindo-me de continuar andando e disse em um tom baixo e igualmente irônico:
— Atenção, se você não cuidar, alguém pega a vadia de você que nem você pegou de mim.
Dei quase um rosnado de raiva e me soltei de Daniel, ganhando a rua poucos minutos depois, ainda segurando a mão de Fernanda com firmeza. Eu estava tão furiosa que sequer percebi a força que estava aplicando nesse gesto, até que ela resolveu se soltar:
— Devagar... Ai.
— Desculpa. — falei abruptamente. — É que estou nervosa, eu deveria ter quebrado a cara dele de novo, deixar ele todo arrebentado dessa vez, pra não conseguir nem sair de cas...
— Você não seria maluca de arrumar uma briga no meio de uma sorveteria cheia. — ela me interrompeu, levemente ansiosa.
— Você ouviu o que ele disse? — eu estanquei, apontando na direção onde eu sabia que estava a sorveteria, agora encoberta por algumas casas. — Você viu como ele se referiu a você, como se fosse alguma...
— Eu sei... — ela disse, com a voz cansada. — Mas você não percebe que ele só queria provocar? — Fernanda fez uma pausa, passando as mãos pelo rosto. — Ele foi horrível, eu sei, não sei como eu pude algum dia...
— Esquece, tá? — finalizei, sentindo a raiva borbulhar de novo no meu corpo ao relembrar a cara de ironia daquele garoto idiota. — Vamos embora, vou te levar em casa.
Segurei em seu braço com gentileza e fui puxando-a enquanto continuava a caminhar, carrancuda, tentando bloquear as lembranças do que eu havia acabado de presenciar. Fernanda deixou-se levar docilmente, embora permanecesse encolhida ao meu lado, como se tivesse murchado. Suspirei.
— Desculpa se fui grossa. — murmurei, passando o braço em volta de seu ombro, fazendo-a esticar a mão e deslizar pela minha barriga.
— Tudo bem, você tá nervosa... — ela respondeu num fio de voz.
Nós não trocamos mais nenhuma palavra até a pousada. Eu mantinha minha mente anestesiada, alheia a qualquer detalhe do que me acontecia ao redor. A única coisa que eu tinha uma vaga ciência era da mão de Fernanda firmemente segura ao tecido da minha blusa e seu perfume flutuando ao meu redor, como se fosse uma barreira protetora. Voltei à realidade quando chegamos à porta de sua casa:
— Rafaela... Desculpa pelo que aconteceu, e-eu não imaginei que o Daniel fosse aparecer ali e fazer aquela cena.
Encarei-a por alguns instantes, deslizando a ponta dos dedos pelo seu rosto. Seus olhos ainda estavam brilhantes, como se estivessem marejados e eu ainda conseguia senti-la frágil, como se toda a sua melhora durante aqueles dias tivesse simplesmente sumido.
— Não precisa pedir desculpas, está tudo bem, Fer... — respondi, tentando passar calma na minha voz. — Você não ia imaginar, assim como eu também não... — fiz uma pausa e desviei o olhar, momentaneamente frustrada. — Só me arrependo mesmo de não ter arrebentado ele...
— Ei, não fala assim — ela segurou meu rosto, puxando-me para encará-la. —, não ia ser muito legal presenciar isso, né?
— Eu sei... — concordei, sentindo um incômodo no estômago que ainda não conseguia identificar a origem. — Desculpa, acho que pra você deve ter sido bem mais tenso isso tudo. Eu sei que sou esquentada, prometo tentar melhorar.
Fernanda forçou um sorriso. Acariciou meu rosto por alguns segundos, em seguida ficando na ponta dos pés, colando os lábios nos meus. Relaxei assim que senti seu toque, puxando-a para mais perto, mantendo nossos lábios juntos, porém sem aprofundar um beijo. Sem me soltar e rindo por entre meus lábios, Fernanda murmurou:
— Ta tudo bem, Rafa. Já falei, estamos juntas nisso.
Minha sensação de tranquilidade sumiu com a mesma rapidez que veio. Parecia que em um ímpeto minha mente deu-se conta do que estava me incomodando, lá no fundo, e eu não conseguia entender o que era. Soltei-me de Fernanda, alarmada e com os olhos arregalados, ao que ela me encarou, assustada:
— O que foi?
— Não está tudo bem. — respondi, com a voz rouca. — Você não percebeu?
— O quê? — Fernanda parecia agora preocupada de verdade.
— O Mathieu...
Com Daniel sabendo e com toda aquela cena da sorveteria, a probabilidade da novidade chegar aos ouvidos do meu amigo, da maneira errada, era enorme. Daniel Vidal bem sabia que Fernanda havia estado com meu amigo na festa no BB e havia acabado de encontrá-la em minha companhia, me beijando. Eu bem conhecia como as notícias corriam, ainda mais em uma cidade pequena como Santa Quitéria — para Daniel inventar um boato, que não era necessariamente boato, não custava nada. Fernanda levou uma das mãos a boca, finalmente se dando conta da gravidade da situação, enquanto eu tentava ignorar o meu estômago, que agora afundava quase dolorosamente:
— E agora?
— Preciso falar com ele. — declarei com urgência. —Agora.
— Mas você mesmo disse que o Mat não podia saber disso assim, de supetão. — ela disse, parecendo apreensiva.
— Mas agora a situação mudou, Fer. — argumentei. — É melhor ele saber por mim, da maneira certa, do que por fofoca.
— Tem razão... — ela concordou, puxando-me para mais perto, com as mãos seguras nas minhas. — Quer que eu vá com você?
— Não... — sacudi a cabeça, em seguida segurando seu rosto com as duas mãos. — Precisa ser eu. Você fica bem?
Fernanda acenou com a cabeça, parecendo à beira das lágrimas agora. Era visível que se sentia culpada por ser a causa de uma possível briga entre eu e Mathieu. Aproximei meus lábios dos seus e dei um selinho demorado.
— Me desculpa por isso... — ela choramingou.
— Não precisa pedir desculpa. — eu respondi forçando um sorriso, ignorando o peso no meu estômago por pensar no que eu tinha que fazer. — Se não for muito tarde, eu volto depois que resolver tudo, tá bom?
— Ta bem. Mas me dá seu celular, deixa eu salvar meu número, quero notícias de qualquer maneira, mesmo que você não tenha como voltar. — ela pediu em voz baixa, enquanto eu lhe entregava o aparelho.
Assim que seu número estava salvo em meu celular, dei-lhe um rápido beijo enquanto ela murmurava por entre meus lábios:
— Boa sorte.
Com a boca seca e parecendo incapaz de formar frases, apenas acenei com a cabeça e saí correndo para o carro.
⸎
— Você aqui? — Mathieu franziu a testa, embora sorrisse. — Que foi, algo aconteceu?
Eu podia entender que meu amigo estivesse estranhando que eu aparecesse tão tarde, em um dia de semana. Afinal, já era um pouco mais de onze da noite — eu não tinha ideia de como o tempo tinha passado rápido — e eu estava ali parada, com a feição lívida, desconcertada sobre como começar a conversa. Eu nunca aparecia tão tarde sem avisar, a menos que fosse uma emergência. E era.
— Preciso falar com você. — falei, adentrando na sala.
A casa de Mathieu era muito parecida com a minha: eu praticamente não sentia a mudança. Nossas mães eram amigas, portanto, eu sempre havia sido tratada como em casa quando ia lá. Felizmente para o momento, não havia ninguém na sala, a não ser Picanha, o cachorro de Mathieu. Era um pastor alemão gigante, porém manso e carinhoso, que tinha regalias como um membro da família. Quando deu por minha presença, Picanha ergueu-se do tapete de onde estava deitado e pulou em mim:
— E aí, Picanha? — cumprimentei, tentando evitar as mordidas no meu rosto quando o cão se colocou de pé nas patas traseiras.
— Um dia ele ainda te derruba. — comentou Mathieu rindo, puxando o cachorro pela coleira. — Pra lá, Picanha, anda.
Andamos lado a lado até o quarto de Mat, entrando no aposento anormalmente arrumado — meu amigo não era muito organizado — e sentei na poltrona que normalmente se destinava a mim quando jogávamos vídeo game juntos, enquanto ele se jogou na cama, parecendo relaxado. Estiquei os músculos as pernas e pensei em Fernanda, o quão aflita devia estar ao tentar imaginar o que ia acontecer ali.
— Você não tinha dito que ia rolar uns filmes hoje? — ele quebrou o silêncio, parecendo finalmente suspeitar de que havia algo errado.
— É, mas aí... — e parei de falar.
Afinal, o que eu ia dizer? É, foi só uma invenção pra te despistar por eu estar indo na pousada ver a Fernanda...
— Rafaela, o que tá pegando? — meu amigo quis saber, sentando-se na cama e me encarando com certa apreensão.
É. O momento havia chegado. Eu sabia disso, não havia mais nada que pudesse adiar, nenhuma conversa inútil que eu podia usar para ganhar tempo. E fazer isso, nem seria justo. Debrucei-me um pouco, apoiando os cotovelos nas pernas e olhei para Mathieu, que agora franzia a testa. Tomei fôlego e falei de uma vez só:
— Preciso te contar uma coisa.
⸎
Em tantos anos de amizade, eu nunca esperei que fosse ter algum momento ao lado de Mathieu que eu não soubesse o que dizer. Ele não olhava para mim: havia ouvido em silêncio tudo o que eu havia contado e baixado a cabeça na direção do chão, enquanto respirava fundo algumas vezes. Ele parecia calmo, apenas com alguma dificuldade para digerir o que eu acabara de contar. Aguardei em silêncio, enquanto ele parecia pensar em alguma coisa para dizer.
— Por essa eu realmente não esperava... — ele disse, finalmente, com a voz rouca, parecendo um pouco abalado.
— Eu sei que tá parecendo que sou a maior idiota do mundo, Mat. — comecei, receosa de tentar uma aproximação além da que estávamos tendo, a distância do sofá para a cama. — Mas não foi assim como você tá pensando, eu não fui em cima pra te sacanear, foi uma coisa que... Aconteceu, entende? Eu já gostava dela desde antes, eu só... Não consegui evitar. Entende?
— Não muito. — ele respondeu, no mesmo tom abatido. — Há quanto tempo isso acontece? Quer dizer...
— Tem uns dias, foi... Naquele dia da festa do BB, que... — Mathieu ergueu a cabeça em um semblante chocado, que eu me apressei em acrescentar. — Mas eu já meio que gostava da Fernanda quando... Enfim, você percebeu como eu ficava estranha quando você falava.
— Sim, mas... Bom, nunca pensei que fosse isso. Agora faz muito sentido.
O silêncio voltou a se instalar no quarto. Mathieu não estava mais com nenhuma das expressões de antes, ele parecia — não havia outra palavra para definir — compenet*ado. Pensativo. Parecia estar digerindo tudo aquilo que ele havia escutado, como se analisasse de cabo a rab* tudo o que eu havia dito. Olhou para mim por alguns instantes, em seguida respirando fundo antes de falar, com a voz muito mais calma do que eu esperava:
— Rafinha, eu não to odiando você... De verdade, claro que não estou o mais feliz do mundo, mas eu não to com raiva. Só que... Sei lá, eu agora queria ficar um pouco sozinho.
Eu sentia que estava a ponto de chorar. Eu amava Mathieu de todo o coração e vê-lo chateado me partia em pedacinhos, especialmente porque eu era a causadora daquela dor, mesmo que tivesse sido sem querer.
— Me fala o que tá pensando, Mat. — implorei. — Eu entendo que talvez você esteja querendo me dar uma porr*da, eu fiquei com a garota que você gostava, mas eu não... Eu juro que não quis... — uma lágrima teimosa caiu de um dos meus olhos, fazendo meu amigo sacudir a cabeça.
— Não, Rafinha... Eu acho que consigo entender... Se apaixonar pela Fernanda é meio inevitável. — ele deu um sorriso triste antes de continuar. — É só que... Eu preciso ficar sozinho mesmo. Eu preciso absorver toda essa história.
— Tudo bem. — concordei, a contragosto. — A gente se fala, né?
— Fala, amanhã dou minhas caras pra gente finalizar essa conversa. — ele respondeu, sem me olhar diretamente. — Eu te levo na porta.
— Não precisa, eu vou sozinha. — falei. — Tchau, Mat.
Se Mathieu queria ficar sozinho, eu ia respeitar seu desejo.
— Tchau. — e eu ouvi sua voz baixa à medida que andava pelo corredor.
Ganhei a rua alguns minutos depois, logo entrando no carro. Por mais que Mathieu tivesse dito que estava tudo bem e que tudo indicasse que ele iria reagir da melhor forma possível, eu não conseguia não me preocupar. Sabia que por princípio, amigos de verdade nunca investiam na pessoa cujo outro estava apaixonado: como Santa Quitéria era uma cidade pequena, eu já havia presenciado brigas horríveis por razões parecidas. Porém, tentava me consolar de que não havia sido apenas por palhaçada: era um sentimento genuíno, que a cada dia se tornava mais forte.
Virei a esquina, acelerando gradualmente, fazendo o motor do carro roncar pela força que apliquei no acelerador. Já estava bastante tarde para que eu fosse até a pousada, então tomei rumo de casa, ainda incomodada. Eu esperava muitas atitudes de Mathieu: que gritasse, que me xingasse, que me expulsasse de lá. Mas não aquilo. Apesar de seu gênio tranquilo, eu não esperava que Mathieu reagisse tão bem. E mesmo que eu tivesse motivos para ficar no mínimo um pouco mais calma, havia alguma coisa me dizendo que os problemas estavam apenas começando.
O que eu faria se por acaso ele não fosse capaz de lidar com aquilo? E se ele falasse que não poderia estar por perto se eu estivesse com Fernanda? Deixar Mathieu era completamente fora de questão: ele era meu irmão. Ele havia estado comigo desde que tínhamos 6 e 4 anos, desde quando ele ainda usava ch*peta e eu dormia com meu cobertor de estimação. Eu estava apaixonada sim, mas até que ponto eu sacrificaria uma relação que era parte de mim? Eu seria capaz de escolher? Eu seria capaz de abrir mão de alguém? A perspectiva disto acontecer fez meu estômago embrulhar.
Em resposta a isso, acelerei mais o carro.
Fim do capítulo
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mtereza
Em: 01/07/2023
Agora complicou e Fernanda precisa contar para Rafa os motivos reais que a fizeram sair da sua cidade está claro que isso pode também colocar a relação delas em risco.
Marianna P
Em: 03/07/2023
Autora da história
Acho que a Fer ainda não se sente segura pra colocar isso pra fora, mas você tem razão, a relação delas pode ficar em risco se isso não for esclarecido. Obrigada pelo seu comentário, beijinhos :3
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Marta Andrade dos Santos
Em: 01/07/2023
Complicado em Rafa.
Marianna P
Em: 03/07/2023
Autora da história
Bastante
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