Capitulo 31
Ao sair da delegacia, Janaína olhou para os lados e em seguida atravessou a rua, indo em direção ao seu carro. O seu dia não estava sendo dos melhores, ela havia brigado com Alexia e isso havia a deixado com um pouco de mau humor.
—Por que ela está inventando mentiras a respeito do Marcelo? – Janaína destravou a porta de seu carro e entrou. Precisava ir para a sua casa para relaxar um pouco. Talvez Rubens estivesse certo com relação a ela estar sendo seguida por capangas do Gael. No entanto, não seria naquele dia que ela passaria a ter medo de bandido.
Antes de começar a dirigir, ela ligou o som do carro e uma música tranquila passou a tomar conta do ambiente. Melodia perfeita para acalmar Janaína.
Enquanto dirigia para a sua casa, Janaína a todo momento olhava pelo retrovisor do carro para se certificar de que não estava sendo seguida. Ela só iria dar uma passada em casa e depois iria para o galpão. Precisava conversar com Alexia, não queria ficar brigada com a Justiceira.
Alexia havia se tornado muito importante em sua vida, mas não podia acreditar que Marcelo era um mau caráter. O delegado sempre esteve ao seu lado nos piores momentos... Mesmo não amando Marcelo, todos os momentos que havia passado com ele tinham sido maravilhosos... O seu ex-noivo a respeitava na maior parte das vezes. Só pecava na cama quando tentava fazer coisas que não agradavam muito Janaína.
Ao chegar em casa, Janaína estava tão distraída com tantos pensamentos em mente, que nem notou a janela de seu quarto aberta.
Naquele momento, não se tratava de Alexia e sim dos capangas de Gael que tinham a missão de sequestrar Janaína.
Janaína se aproximou da porta de entrada e levou o molho de chaves até a fechadura. A porta foi aberta e o ambiente estava escuro. Não se podia ver nada e isso levou Janaína colocar a mão sobre o interruptor. Quando tudo se tornou claro. Janaína se deparou com Nina e dois capangas de Gael apontando três armas na direção da delegada que tentou pegar a sua arma, mas antes que pudesse emitir qualquer reação sentiu a sua coxa esquerda arder.
—Sua louca, Gael pediu para levarmos ela inteira— Uma dos capangas de Gael ficou preocupado.
—E ela vai inteira, só que sangrando— Nina se aproximou de Janaína que agora estava caída no chão – Quero ver alguém te proteger agora! – Olhar de Nina carregava muito ódio.
—Você pode fazer o que quiser comigo, mas ela nunca será sua, pois ela me ama— Janaína falou ao encarar Nina que agora se apresentava ainda mais nervosa.
—Ela não vai ser minha, mas também não será sua— Nina apontou a arma novamente em direção a Janaína.
—Se acalme tá... Precisamos dela, pois sem ela não podemos pegar a Alexia e nem o Alfredo— O homem colocou a sua mão sobre a arma de Nina.
—Está bem— Nina saiu pela porta, mas antes deu um sorrisinho cínico para Janaína que estava no chão preocupada. Com ela naquele estado não poderia fazer nada para proteger Alexia. Sua perna estava doendo muito, mas ela já era acostumada com aquele tipo de dor, entretanto aquele ferimento precisava ser tratado.
—Vamos, me ajude aqui... Com ela nesse estado teremos ainda mais trabalho— O homem pegou um saco que estava em seu bolso e colocou na cabeça de Janaína que agora só conseguia ver a escuridão.
—Certo! – O outro homem foi ajuda-lo. Em poucos minutos, eles levaram Alexia para o carro que foi estacionado na frente da casa da delegada.
—Vamos logo, já estou sem paciência – Nina que estava na direção do automóvel falou.
—Você faz besteira e ainda quer que a gente ainda tenha pressa? — Um dos homens reclamou.
Rubens que de longe observava tudo pegou o seu celular e discou o número de Alfredo.
—O que você fez, Janaína? — Falou enquanto esperava Alfredo atender o seu celular.
—Rubens, grande amigo! – Alfredo atendeu o celular todo contente, mas aos poucos essa felicidade foi se acabando.
—A Janaína foi sequestrada... Os capangas do Gael e uma mulher invadiram a casa dela... Vou precisar da ajuda de vocês, pois acho que hoje termos que invadir a favela do Gael – Rubens falou tudo de uma vez e Alfredo, que do outro lado estava sendo observado por Alexia e Raquel, acabou ficando sem reação.
—Alfredo, aconteceu alguma coisa? – Alexia indagou ao notar o homem mais velho com uma feição diferente.
—A minha filha foi sequestrada – Alfredo tirou o celular de perto de sua orelha e Alexia sentiu que o mundo ao seu redor havia se desmoronado. Não... isso não podia ter acontecido, pensou a mulher.
—Isso é tudo culpa sua! – Alexia olhou para Alfredo furiosa.
—Como assim culpa minha, Alexia? – Alfredo encarou a Justiceira.
—Você não contou a verdade para ela e ela ficou desprotegida— Alexia andou até o homem mais velho.
—Parem vocês dois agora... Precisamos ficar unidos agora, não esperávamos por isso – Raquel entrou no meio da discussão.
—Alfredo? – Rubens chamou do outro lado da linha.
—Sim – Alfredo coloca o celular no viva voz – Você acha que eles vão a levar para a favela mesmo? – Indagou.
—Sim tenho certeza disso... Eles querem você, Alfredo— Rubens avisou.
—Se for para salvar a minha filha, eles me terão— Alfredo falou – Venha para o galpão... Você sabe o endereço não é mesmo?
—Sei sim, logo, logo chego aí— Rubens falou e assim enceraram a ligação.
Alexia estava andando de um lado para o outro na sala. Estava preocupada com Janaína, sabia que Gael era muito cruel com os seus inimigos.
—Preciso ir salvar a Janaína – Alexia ia passando pela porta, mas Raquel a impediu.
—Não iremos deixar você ir sozinha Alexia – Raquel falou olhando nos olhos da Justiceira que agora se apresentavam molhados.
—Eu não posso deixá-la nas mãos daquele crápula, Raquel – Alexia já estava quase chorando.
—Alexia, ela é minha filha, não irei deixa-la nas mãos do Gael – Alfredo se levantou de sua cadeira – Vamos precisamos pegar nossas armas e juntar os nossos homens.
Saíram da sala de Alfredo, e lá se depararam com Lola e Nina que logo se juntaram a eles e começaram a se preparar para invadir a favela de Gael.
Não demorou muito para Rubens aparecer e contar a todos que ele era filho de um grande amigo de Alfredo e que há pouco tempo Alfredo o procurou para poder cuidar da integridade física de Janaína, no entanto, a delegada era muito teimosa.
CONTINUA...
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]