Capitulo 25
Janaína estava em sua sala toda pensativa. Havia pedido para Alexia um tempo para pensar. Tudo ainda estava muito confuso, pois as coisas haviam acontecido tão de repente, que ela ainda precisava colocar muitas coisas no lugar.
Estava de alguma forma tentando definir o que sentia pela Justiceira, mas era algo diferente. Um sentimento novo que, de alguma forma, estava tomando conta dela. Fazendo-a nem pensar mais nas consequências de seus atos, pois ter algo com a Alexia poderia lhe trazer muitos problemas, ainda mais por que a Justiceira não era uma pessoa correta e tinha alguns problemas com a justiça.
—Janaína, posso entrar?— Rubens perguntou ao dar leves batidas na porta da sala da delegada.
Janaína se ajeitou um pouco na cadeira.
— Pode sim, Rubens.
Rubens abriu a porta da sala e entrou.
— Bom dia— Cumprimentou ao fechar a porta.
—Bom dia, Rubens, algum problema?— Janaína perguntou ao encarar Rubens.
— Talvez— Se aproximou da mesa.
Janaína ficou por alguns instantes analisando o homem que estava de pé em frente à mesa.
— Sente-se— Apontou para a cadeira que estava desocupada ao lado de Rubens— O que aconteceu?— Perguntou já preocupada.
—O Gael— Rubens falou ao se sentar— Ele está aprontando algo— Falou calmamente.
—Por que você acha isso?
Rubens se levantou da cadeira e Janaína o acompanhou com o olhar.
— Olhe isso!— Foi até a janela da sala.
Janaína ficou confusa naquele momento.
— O que está acontecendo, Rubens?— Perguntou alterando um pouco o seu tom de voz.
Rubens puxou um pouco para o lado a cortina da janela e se deparou com dois homens em uma moto. Estavam em um pequeno beco que ficava ao lado da delegacia.
—Dois dos capangas do Gael estão aqui!— Rubens avisou calmamente.
Janaína se levantou e foi até a janela.
— O que eles estão fazendo aqui?— Perguntou enquanto olhava para um homem alto e outro de estatura mediana que estavam distraídos olhando para uma mulher que passava na rua.
—Eles chegaram logo após a sua chegada— Rubens olhou para Janaína já notando o nervosismo dela— Eles estão te seguindo, Janaína!
Janaína olhou mais uma vez para os dois homens e acabou se lembrando de algo. Alexia estava em sua casa naquela manhã. Com certeza, os dois homens a viram saindo de lá.
—Só não sei a quanto tempo eles estão fazendo isso — Rubens comentou— Você já tinha os visto antes?— Inquiriu e Janaína se afastou da janela.
—Não, Rubens... Não sabia que eu estava sendo seguida— Janaína comentou com um tom sério.
Rubens fechou a cortina.
— Janaína, você está me escondendo algo?— Investigou, depois de notar aquele comportamento estranho de Janaína.
A delegada soltou sua respiração. A presença daqueles dois homens ali queria dizer que Gael já sabia de sua relação com Alexia. E agora? O que ela iria fazer? Será que Gael iria usar essa informação para acabar com a sua carreira? E Marcelo? Agora ele iria saber de tudo.
Janaína voltou a se sentar em sua cadeira. Rubens a acompanhou com o olhar.
— Você seria capaz de acabar com a sua carreira por causa de um sentimento novo que você está sentindo por uma pessoa que você mal conhece, Rubens?— Indagou enquanto encarava o olhar curioso de Rubens.
—O que você fez, Janaína?— Rubens ignorou a pergunta da delegada.
—Me responda, Rubens?— Janaína indagou impaciente, enquanto passava as mãos em sua face.
Rubens se sentou e olhou para Janaína.
— Não sei— Disse sincero— Acabar com minha carreira por causa de algo que parece ser instável? Acho que não faria isso. No entanto, não estou e nunca vivi uma situação dessas. Não sei o que é o amor, Janaína, nunca o senti por ninguém. Então o desconheço, não sei se ele aparece de repente ou demora a aparecer— Dá uma pausa, enquanto observava Janaína ouvindo atentamente tudo o que ele dizia— Não sei se esse algo novo que você se refere se trata de amor, então prefiro não dar a minha opinião... Pois não sei se podemos ou não amar alguém que a gente acabou de conhecer. Eu confio em você, sei que você está no caminho certo. Te conheço há anos e isso me dá plena certeza que você não está fazendo nada de errado, mesmo parecendo estar— Rubens disse calmo e se levantou de sua cadeira— Preciso ir trabalhar, pois precisamos saber mais desses homens que estão aí fora.
—Obrigada, Rubens!— Isso foi a única coisa que Janaína conseguiu dizer.
Rubens deu um leve sorriso e saiu da sala de Janaína.
CONTINUA...
Fim do capítulo
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