CapÃtulo 22
- Não acredito, você... Que desperdício.
-Ei olha como fala com a Marcele!
-Calma Vitor.
-Calma nada Marcele olha como esse troglodita te trata.
-Você cale a sua boca, ou levo vocês todos para a delegacia por desacato a autoridade!
Eu tentava impedir que Vitor fosse preso, e aleguei que o policial era meu irmão para espanto de todos.
-Maurício acho melhor você ir com ele, e resolver as coisas eu vou com as meninas para o hospital.
-Tudo bem, por favor cuide do Oliver, qualquer coisa me liga.
-Quanta viadagem.
Tive que segurar Vitor para não avançar em meu irmão, enquanto o mesmo resmungava palavras preconceituosas, era uma pena pois não havia mudado nem um pouco.
John estava ansioso para irmos embora, estávamos fazendo o que muito não fazíamos, um churrasco em casa.
Enquanto abria uma latinha ouvimos um estrondo forte no portão, que por sinal é de ferro. Ao atender John foi empurrado e por pouco não caiu em cima da churrasqueira, homens armados invadiram a casa e atrás deles estavam Caio e meu irmão.
-Que porr* e essa que estão fazendo!
-Se eu fosse você eu calava a boca!
Gritou Caio o amandrontando com um de seus homens do lado. Maurício veio até onde estava e deu um tapa forte, que fez a latinha em minha mão voar longe.
- Acha mesmo que pode me enganar, sua vadia!
Ele me chaqualhava igual a uma boneca e eu não entendia o porquê de tanta fúria.
- Eu não sei do que está falando.
Ele me soltou e eu quase me desequilibrei.
-Houve um tumulto na praia, pelo que sei foram de pessoas do local, e entre eles estavam aquela ralé que você considera sua família.
-E o que eu tenho haver com isso, nem se quer estava lá.
Maurício acendeu um cigarro e voltou a me fitar, soltando a fumaça em meus olhos.
-A filha do Gonçalo foi atingida.
-Ah a Nina, como assim ?
-Tulho venha cá!
O seu capanga se aproximou e Maurício fez sinal e o homem alto entendeu, ele pegou uma barra de ferro e se aproximou do carro do John que logo tentou impedir, porém foi em vão, os homens o seguravam.
Os estilhaços dos faróis quebrados se espalharam para todos os lados, em meio aos gritos do John.
Maurício fez sinal para parar, e voltou sua atenção para mim.
-Eu quero que você me entregue a Nina, o mais rápido possível. Soube que o Gonçalo deixou a prisão.
Eu estava perplexa e soando frio, nunca vi meu irmão agir assim, o ódio havia consumido o último restinho de bom senso de seu ser.
-Se ela está no hospital será impossível, o pai dela vai está lá e com certeza toda a mídia, pelo que sei não é você que quer que seja sem descrição ?
Eu nunca tinha pensado tão rápido e daquela maneira, no fundo o Maurício nunca esteve tão perto do Gonçalo.
-Você acha que eu sou idiota! Tá na cara que não aprendeu nada comigo.
Ele deu as costas e pareceu pensar.
-Se gosta tanto daquela família vá visita-los no hospital, e cheque como está tudo por lá. E nem adianta fugir pois estarei do outro lado da rua, com o seu namoradinho.
Olhei para John e ele estava aterrorizado e com muita raiva.
-Tudo bem eu vou.
-Ótimo, vamos temos muitas coisas para fazer.
Ele é Caio se retiraram e mais atrás seus homens, John se levantou furioso e o rogando de morte até o fim da vida do meu irmão.
- Não faça isso John, a vingança não leva ninguém a nada.
- Ah Bebel não vem com isso, você viu como ele invadiu a minha casa, e o meu carro com os faróis quebrados!
Ao chegar no hospital os jornalistas estavam em cima de nós, todos queriam saber como estava a Nina, ao entrar na sala de visitas encontrei Safira e Gonçalo, ele estava transtornado e a culpando pelo acidente da filha.
-Você Safira não presta para nada, como me deixa a Nina sair a noite para esses eventos!
- Eu estava trabalhando Gonçalo, e muito mais agora pois não quero depender do seu dinheiro!
-Trabalhando sei conta outra, deveria está me traindo, agora vem com esse papo de mãe trabalhadora.
-Pare de gritar aqui e um hospital se não me respeita pelo menos respeite as outras pessoas.
-A Safira tem razão!
Me aproximei e a acalentei em meus ombros, enquanto o marido me olhava de cima a baixo.
-Quem é você?
- Eu sou Marcele, fui eu que acolhi a sua filha na minha casa, e estou aqui por ela.
Safira estava tensa, enquanto tentava acalma-la.
Gonçalo logo percebeu a minha diferença, diferente de outras trangenero eu não era uma boneca cem porcento, infelizmente não podia esconder minhas mãos e meu trejeito.
- Quem diria Safira, uma travestir quanta decadência.
-Gonçalo...
-Calma Safira, assim você vai acabar passando mal. E o senhor se está preocupado tanto com a sua filha, porque não vai atrás do médico.
- Eu não preciso de uma bixona para mandar em mim.
Ele tossiu um pouco e se afastou, Oliver havia me contado que Gonçalo havia sido tocado pela Aids, isso sim séria um grande fim, apesar dos coquetéis muitos não sobrevivem.
O médico se aproximou e queria falar com os pais, eu me afastei um pouco para dá privacidade.
-Fizemos uma ressonância magnética e não constatou fratura alguma na cabeça, a Nina está bem já foi medicada e está no quarto.
- Eu posso vê-la doutor ?
- Sim pode.
Safira antes de sair olhou para mim e eu sorri, mas nosso gesto não foi bem visto por Gonçalo.
Ao entrar no quarto ver minha filha assim me doeu muito, me aproximei dela e segurei em sua mão, aos poucos ela foi acordando.
-Que cheiro... E esse?
-Cheiro de hospital filha.
Ela olhou-me e depois olhou ao redor do quarto, perguntou pelos amigos e bom eu não sabia, mas menti dizendo que estavam bem, mas Gonçalo estava certa fui negligente.
-Nina quando você sair daqui, nos vamos para a casa de angra.
-Por que ?
-Vai ser bom para a sua recuperação, eu ligo para a faculdade depois.
-Quantos dias...vamos passar ?
Suspirei e ela me perguntou de novo quantos dias.
-Quantos forem necessários, vai ser bom para a sua saúde.
Ela logo afastou a mão e olhou para o lado.
- Não é com... a minha... saúde... Que está preocupada... quer me afastar... dos meus... amigos.
-Nina aqui não é o lugar nem a hora de termos essa conversa, você vai e pronto, está me ouvindo.
Ela não fez questão de volta a me olhar, então a deixei sozinha. Ao sair Gonçalo havia ido embora, relatou não está se sentindo bem e depois voltava, foi o que a enfermeira me disse. Na sala de visitas encontrei Marcele com Anita e Lívia, e Vitor ao me aproximar as notícias eram boas, parece que a Silvana a cozinheira da casa salvou a Nina durante a briga, e que levou pontos na barriga, e o Oliver estava bem apesar de costelas quebradas e escoriações pelo corpo. Eu me senti tão culpada que me me informei para saber aonde era o quarto da Silvana, uma enfermeira me levou até o quarto, ao entrar levei um susto ao ver Rayssa e Silvana se beijando, ao me ver as duas ficaram sem graça.
-Tia Safira!
Rayssa se afastou de Silvana e se sentou na poltrona ao lado.
-Eu só vim aqui para te agradecer Silvana por ter defendido a minha filha.
-A Nina e muito especial pra mim, não deixaria que nada de ruim acontecesse com ela.
Eu percebi o clima e deixei as duas sozinhas novamente.
-Teria feito isso por mim também?
-Oh meu amor está com ciúmes?
Silvana riu de mim e voltei a me aproximar.
- Não se atreva a rir de mim, mas é chato saber que a Nina chegou primeiro na sua vida.
Fiz um leve afago em seu rosto.
-Tanto você como a Nina são importantes e nada mudará isso.
Eu estava cansado de ficar na delegacia, o irmão da Marcele não era nem um pouco gentil. Deixei a delegacia depois de uma hora de perguntas, o Carlos havia sido detido e responderia por agressão.
Eu corri até chegar no hospital, ao chegar encontrei Marcele e o pessoal, eles haviam me dito o que aconteceu com o Oliver, eu precisava vê-lo, me falaram que o quarto dele era no segundo andar, eu peguei o elevador e estava demorando muito, ao sair entro no corredor longo cheio de portas, ao fundo eu encontro um quarteto bem alegórico.
Ao me aproximar percebo ser o quarto de Oliver, faço mansão em entrar até que uma voz grossa me faz recuar.
-Querido a não ser que seja médico não poderá entrar no quarto.
Eu encarei o homem de cabelos longos e magro.
-E quem é você para me impedir de ver meu namorado!
Ele se levantou e o trio mais atrás.
-Então e você o primata que o Oliver contou.
Mais essa agora o que você disse, Ursinho.
Fim do capítulo
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