CapÃtulo 56
Milena~
- mais do que nunca - respirei fundo
- quer repassar algo? - me perguntou
- não, ta tudo no entendimento - falei
- ok, então vamos lá - saiu da cela e um policial me algemou e seguimos para o carro que nos levaria para o tribunal
Laura~
Passei a noite em claro, o dia amanheceu e eu já estava praticamente arrumada. Na varanda de nosso quarto eu contemplava a visão que nos foi dada. Pensava como eu queria minha vida naquela casa, como ela me fazia feliz.
- oi - escuto a voz sonolenta da Isa na porta da varanda
- oi - dei um riso
- acordou que horas?
- a verdade é que eu nem dormi - virei-me novamente para a paisagem
- imagino, eu estava muito cansada e apaguei
- eu sei
- já esta arrumada?
- sim, não quero perder tempo e falando nisso quero logo adiantar, então se arruma, não quero atrasos - levantei-me - vou fazer o café - saí do quarto
Segui para a cozinha e ouvia umas conversas estranhas e risadas, estranhei logicamente mas não parei de andar.
- Fa? - perguntei surpresa
- menina Laura - disse sorrindo e vindo me abraçar - bom dia - beijou meu rosto
- bom dia Fa - a abracei forte e depositei um beijo em seu rosto também - chegou que horas?
- agora cedinho - avisou
- é... nos deu uma baita surpresa - Rick entrou na cozinha segurando algumas sacolas
- surpresa boa - sorri - bom dia Elisandra - tinha que cumprimentar minha sogra
- Ótimo dia Laura - levava um xicara de café na boca com sua indiferença de sempre
- hoje minha menina sai daquele lugar - diz Fa sorrindo
- nossa... - completou Elisandra
- sim, nossa - Fa sorriu pra ela - e vejo que a senhorita esta muito abatida ta comendo direito? - vejo sua preocupação comigo
- estou sim Fa, mas é que as emoções dos últimos dias abatem um pouco... - rio fraco
- nada disso, sente-se - praticamente me sentou na cadeira - vamos comer.
- Fa, não podemos nos atrasar - avisei.
- e não iremos - sorriu
- você vai? - perguntou Elisandra fazendo cara de nojo
- claro, porque eu não iria? - fui imparcial
- é por quê? - Fa também perguntou na inocência e meu coração gelou
- por nada - sorriu sínica
- calma sweet angel, a Fa sabe que a mãe dela é preconceituosa - Rick sussurrou em meu ouvido, me deixando aliviada
Tomamos nosso café juntos, Isa, Ryan, Rick, Gloria, Fa e a Elisandra. Conversávamos alegre, Fa sempre radiante e nos passando energias boas. Quase perto das 10h00min saímos de casa, a audiência era as 10h35min da manhã.
No carro eu não aguentava de ansiedade, queria vê-la, saber como ela estava mostrar que não precisava temer por nada. Chegamos à frente do tribunal e tinha milhões de repórteres, Rick e Ryan me colocaram ao meio e impediam que eles chegassem perto de mim. Ao entrar me deparo com ela ao fim do corredor, ainda algemada, ela me abre um sorriso e eu o devolvo.
- minha menina - Fa fala emocionada
Milena~
Chegamos ao tribunal e ficamos em uma sala separada. Ross conversou algo com o advogado de Camila, essa que eu nem via a cara e nem queria ver. Minhas pernas tinham um tremelique estranho, minhas mãos suavam sem parar, por mais que as limpassem. Eu tinha medo de ficar presa e uma vida toda acontecer aqui fora.
As horas iam passando e nada da minha chegar, o pior desse caso é a espera. Não aguentava mais.
- então é isso, temos que entrar - avisou Ross. Já estava perto do horário marcado e a juíza não atrasava.
Seguimos em direção ao tribunal, foi quando vejo a minha mulher entrando na porta, abro o mais largo sorriso e ela também. Vejo Fa falar e sinto sua emoção. Seguimos para a porta de entrada do tribunal, eles vieram em nossa direção.
- minha menina - Fa me abraça e eu me aninho em seus braços - como você ta? Cadê aquela menina? Irei dar uma surra nela, ela não sabe com quem se met*u - falou brava.
- calma Fa a justiça há de ser feita - falei... Olhei para Laura - oi - abri um sorriso e vi os olhos atentos da minha mãe
- oi - ela respondeu
- filha hoje, vamos sair daqui juntas - avisou minha mãe me abraçando emocionada
- estamos todos com você - Gloria se manifestou e os outros concordaram
- quem são as testemunhas da Senhorita Milena Nascimento? - perguntou um homem fardado.
- somos nós - avisou Rick apontando pra ele e os demais
-Por favor, queiram me acompanhar - falou com sua voz grossa
Todos seguiram atrás dele, fiquei com minha mãe, Fa e o Ross. Esperamos alguns segundos e Ross recebe a notificação de que podemos entrar
- vamos? - Ross me chamou.
A porta se abriu, meus olhos rodeiam o lugar, as mãos de Fa e de minha mãe apertam as minhas, um policial tira as algemas. Sigo em silencio para minha cadeira
- Meritíssima - Ross a cumprimenta
Sento-me
JUIZA: DETERMINO AO DIRETOR DE SECRETÁRIA A LEITURA DA DENÚNCIA.
DIRETOR DE SECRETÁRIA: NO DIA 10 DE ABRIL DE 2017, POR VOLTA DAS 09H, A VÍTIMA FOI À CASA DA AGRESSORA TENTAR PEDIR COM QUE PARASSE COM OS ASSEDIOS, A AGRESSORA NÃO ATENTENDO O PEDIDO DA VITIMA, TENTOU ESTRUPA-LA USANDO SUA FORÇA, FORÇA ESSA QUE ELA TINHA POR SER UMA SITUAÇAO DE SUBMISSAO E A VITIMA NÃO TERIA FORÇAS MENTAIS DE REAGIR, A AGRESSORA NÃO TENDO SUCESSO NO ESTUPRO, AGREDIU FISICAMENTE E MORALMENTE A VITIMA. A PRINCIPAL E ÚNICA SUSPEITA DO CRIME DE ESTUPRO E VIOLENCIA É A RÉ MILENA DE BRITO NASCIMENTO QUE TERIA FEITO O CRIME POR MOTIVO DE VINGANÇA UMA VEZ QUE A VITIMA NÃO SEDIA AS SUAS INVESTIDAS NO LOCAL DE TRABALHO.
JUIZA: Qual o seu nome?
- Milena de Brito Nascimento
JUIZA: Qual sua idade?
- 21 anos
JUÍA: Você tem um advogado?
- sim, vossa excelência.
JUIZA: Qual o nome dele?
- Ross.
Após esse breve depoimento, o juiz fez a leitura de meu depoimento prestado ao delegado. Minhas mãos suavam de forças que eu não conseguia controla-las.
JUIZA: Antes de começarmos quero deixar ciente de que a senhorita Milena Nascimento tem o direito de permanecer calada, sabendo também que esse é único momento em que poderá falar e se defender - passou alguns papeis que estavam em suas mãos - Peço que entre a primeira testemunha de acusação - Uma moça entrou
O oficial de justiça vai até a testemunha e a conduz a cadeira que fica ao lado da juíza solicitando que a mesma faça o seguinte juramento:
LEVANTE A MÃO ESQUERDA - ordenou - JURA DIZER A VERDADE, SOMENTE A VERDADE, NADA MAIS QUE A VERDADE?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: Eu juro! - falou
JUIZA: Qual o seu nome?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: Wendy Adam
JUIZA: A senhora é amiga ou inimiga da ré?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: Não sou amiga da ré e nem inimiga
JUIZA: passo a voz para o advogado de acusação
AC: De onde a senhora conhece a ré?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: eu não conheço bem, porem já lhe vi uma vez
AC: onde?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: estávamos em um Pub algum tempo atrás, a Camila ainda fazia faculdade, então ela apareceu de um nada e se apresentou como namorada da Camila
AC: vocês não acharam, estranho ou algo do tipo?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: de inicio sim, porem a Camila dizia que tinha uma namorada e nós nunca tínhamos conhecido ela
AC: e o que a senhorita Milena fez na presença de vocês?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: ela conversou com a gente e mostrava estar muito feliz, abraçava a Camila como se fossem um casal feliz
AC: e aparentavam um casal feliz?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: sim, um casal que qualquer um invejava
AC: sem mais perguntas
Voltou e se sentou em seu lugar, Camila estava ao seu lado e mesmo assim eu nem ousava a olha-la.
JUIZA: dou a palavra ao Advogado de defesa
DF: Senhorita Wendy - ele chegava perto da moça - a senhora conhece a senhorita Camila desde quando?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: desde a faculdade
DF: isso faz o que? - olhou pra cima pensando - uns 5 a 6 anos?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: basicamente isso
DF: A senhorita disse que a minha cliente apareceu de um nada naquele pub e se apresentou como namorada da senhorita Camila, correto?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: sim
DF: também disse que a senhorita Camila vivia dizendo que namorava uma garota, mas que ninguém conhecia correto?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 1: sim
DF: por um acaso a senhorita sabe dizer o nome dessa garota?
AC: Protesto! - levantou de sua cadeira falando
JUIZA: Protesto aceito
DF: sem mais perguntas meritíssima.
JUIZA: OS jurados tem alguma pergunta que queiram fazer?
Os mesmos responderam que não
JUIZA: Peço que entre a segunda testemunha de acusação - Uma segunda moça entrou
O oficial de justiça vai até a testemunha e a conduz a cadeira que fica ao lado da juíza solicitando que a mesma faça o seguinte juramento:
LEVANTE A MÃO ESQUERDA - ordenou - JURA DIZER A VERDADE, SOMENTE A VERDADE, NADA MAIS QUE A VERDADE?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: Eu juro! - falou
JUIZA: Qual o seu nome?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: Megan Duncan
JUIZA: A senhora é amiga ou inimiga da ré?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: Nenhum dos dois
JUIZA: passo a voz para o advogado de acusação
AC: De onde a senhora conhece a ré?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: não conheço, só de vista mesmo
AC: vista como?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: Vi ela duas vezes com a Camila
AC: duas?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: sim
AC: quais foram essas duas vezes?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: uma vez foi a muito tempo atrás, estávamos na faculdade e decidimos sair para um pub, lá essa Milena apareceu
AC: de um nada?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: Quase isso, eu tinha visto ela quando entrei no pub. Eu sempre olho envolta, as pessoas que estão ao meu redor, lembro de acha-la gata e não tirei os olhos dela durante a noite
AC: e a apresentação dela na mesa?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: ela ia passando quando a Camila a chamou, juro que fiquei feliz por um curto período de tempo, ate Camila nos apresentar como namorada dela
AC: Camila parecia feliz?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: sim
AC: ela aparentava perigo ou tinha algo a esconder?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: eu senti que ela ficou desconcertada quando foi feito a apresentação de namorada, mas depois ela relaxou, achei ate que elas estavam mantendo segredo
AC: porque você achou isso?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: pelo jeito desprovido que ela foi pega, na revelação
AC: qual foi a segunda vez?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: na frente de um prédio, eu estava no sinal parada quando vi a Camila discutindo com a Milena, a senhorita Milena estava muito nervosa
AC: nervosa como?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: Gritando alto com a Camila, apontando o dedo em seu rosto, lembro que ela segurou no braço da Camila, acredito que com certa força e depois entrou em um carro e saiu.
AC: a senhora não foi socorrer sua amiga?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: Fui sim, ela me disse que a Milena tinha traído ela com um loira aguada - riu - palavras dela - o advogado riu cinicamente - e que ela tinha terminado mas a Milena não aceitava, a Camila ficou mal por algum tempo e depois tudo voltou ao normal, soube ate que ela voltaram depois
"eca, era tudo o que eu pensava"
AC: Obrigado! Sem mais perguntas. - voltou ao seu lugar
JUIZA: dou a palavra ao Advogado de defesa
DF: Senhorita Megan, como era o nome da namorada que a senhorita Camila vivia dizendo ter?
AC: Protesto!
JUIZA: Protesto aceito!
DF: o que a senhorita pensou quando Camila apresentou a minha cliente como namorada?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: que a Milena era muita coisa para a Camila - todos no tribunal riu
JUIZA: ORDEM NO MEU TRIBUNAL
DF: Senhorita Megan a senhorita Milena passou a noite com vocês no pub?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: Não! Ela saiu logo depois e se sentou onde estava, eu ate a vi beijando uma outra garota la
DF: a Camila chegou a ver?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: sim, comentamos e ela disse que estávamos vendo demais
DF: na segunda vez que a viu, logo depois da discursão a Camila chorou?
AC: Protesto!
JUIZA: Protesto aceito
DF: Vamos assim dizer, qual foi o estado que a senhora encontrou a Camila logo em seguida ao episodio?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: ela estava normal, fazendo uma ligação ate ouvir minha voz, perguntei como estava e ela disse bem, falei que vi a discursão e ela começou a chorar
DF: depois quando a senhorita soube que ela voltou o suposto namoro com a Milena, quem falou?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 2: ela mesma, pois nos reunimos sempre que dá, pra relembrar a galera da faculdade
DF: Obrigado! Sem mais perguntas meritíssima.
JUIZA: OS jurados tem alguma pergunta que queiram fazer? - os mesmos disseram não - Peço que entre a terceira testemunha de acusação - Um homem entrou e logo reconheci de cara.
o oficial de justiça vai até a testemunha e a conduz a cadeira que fica ao lado da juíza solicitando que a mesma faça o seguinte juramento:
LEVANTE A MÃO ESQUERDA - ordenou - JURA DIZER A VERDADE, SOMENTE A VERDADE, NADA MAIS QUE A VERDADE?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: Eu juro! - falou
JUIZA: Qual o seu nome?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: Bryan Hunt
JUIZA: A senhor é amigo ou inimigo da ré?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: Nenhum dos dois
JUIZA: passo a voz para o advogado de acusação
ADV, AC: senhor Bryan, devo presumir que o senhor já conheça a Milena, Certo?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: sim senhor
AC: de onde?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: fui em uma festa uma vez com a galera e levei a Camila, la ela encontrou com a Milena
AC: ela os apresentou?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: sim, como sua namorada
AC: e como ela estava?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: a Camila?
AC: sim!
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: alterada
AC: mas me diga como foi a apresentação da Milena
DF: protesto!
JUIZA: protesto aceito
AC: Bryan me diga como a Camila estava diante a Milena?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: radiante, apesar de alterada. Ela me apresentou como sua namorada, ela ate chamou a Milena de amor e disse que falou de mim pra ela
AC: e como Milena reagiu?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: normal, se apresentou e foi super amigável
AC: você bebeu naquela noite?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: sim
AC: muito?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: acredito que o aceitável
AC: sem mais - voltou pra seu lugar
JUIZA: passo a palavra para o advogado de defesa
DF: senhor Bryan - parou em sua frente com as mãos nos bolsos - quando a sua amiga apresentou minha cliente como namorada, como ela reagiu?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: ela gaguejou no inicio, mas depois ficou tranquila
DF: minha cliente aparentava estar namorando?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: não, ela tinha cara de solteira, mas como eu disse a Camila estava alterada
DF: alterada como?
AC: protesto!
JUIZA: protesto negado
DF: alterada como? - insistiu
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: bêbada, muito alegre
DF: você levou ela pra casa depois?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: não, ate tentei. Porem ela insistia em ir com a namorada. A Milena parecia não querer ficar a sós com ela, mas no fim levou ela pra casa
DF: entendo. - colocou as mãos no bolso e rodava pelo tribunal - me esclareça uma coisa, Camila dizia que tinha namorada?
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: sim senhor
DF: como era o nome?
AC: Protesto!
JUIZA: protesto negado
DF: qual era o nome? - encarou
TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO 3: Milena!
DF: obrigado e sem mais - voltou para seu lugar
JUIZA: OS jurados tem alguma pergunta que queiram fazer? - os mesmos disseram não - agora iremos ouvir as testemunhas de defesa, que entre a primeira testemunha
Gloria entrou no tribunal e o oficial de justiça fez o mesmo procedimento
DF: tudo bem?
Gloria: Sim
DF: Senhorita Gloria, você é amiga da Milena a quantos anos?
Gloria: há mais ou menos uns 7 à 8 anos
DF: amizade mesmo?
Gloria: sim
DF: ela lhe confidencia tudo?
G: sim
DF: alguma vez nesses anos de amizade a Milena lhe confidenciou que mantinha um relacionamento com a senhorita Camila?
G: não!
DF: o que a Milena dizia sobre a Camila:
G: que a Camila tirava ela do serio, não ouvia o que ela falava, não obedecia suas ordens na empresa, essas coisas.
DF: mas alguma vez ela já cogitou um relacionamento com a mesma?
G: nunca, ela não gosta da Camila
DF: e como a Camila reagia a isso?
AC: protesto
JUIZA: Negado
DF: como? - encarava a Gloria
G: com agressão, tudo dela era na base da agressão verbal, ninguém a suportava e o fato da Milena não a quere, a deixava irritada e acabava descontando nos demais da empresa
DF: como a senhorita Camila lhe tratava?
G: mal, muito mal. E isso deixava a Milena irritada, porque ela é educada com todos na empresa, não só comigo que sou sua amiga, mas ela trata todos como um igual!
DF: você acha verdadeiramente que a Milena teria algo com a Camila?
G: não senhor!
DF: isso é tudo! Obrigado - sorrio para a Gloria
JUIZA: dou a palavra ao advogado de acusação
AC: senhorita Gloria, a senhora diz que a Camila não obedecia o que a Milena mandava na empresa, correto?
G: sim
AC: porque a Camila deveria obedece-la se a minha cliente também é uma das donas da empresa?
G: desde que eu entrei la, a Milena é a dona e a fundadora da empresa, o sócio da Milena é o senhor Fernando, pai da Camila, e a Camila entrou la como uma trabalhadora qualquer e não como uma das donas, ate porque a Milena é sócia majoritária
AC: entendo, mas me diga. Você tem essa amizade toda com a Milena, de 8 anos, não é?
G: sim
AC: disse também que ela lhe confidenciava tudo, estou certo? - eu via o cinismo em sua palavras
G: sim senhor!
AC: então me diga porque a Milena sumiu em uma das tardes no horário de trabalho e não disse onde estava e nem pra onde iria, nem ao menos deu o trabalho de lhe atender!?
DF: protesto!
JUIZA: negado!
AC: por favor? - sua feição era de cinismo
G: além de ser amiga dela, sou secretaria. Ela não me conta exatamente tudo, ainda mais quando é da empresa. Ela saiu sim sem avisar, como ela faz e como qualquer outro patrão faz e o fato de não conseguir falar com ela, era porque seu celular estava descarregado
AC: a senhorita sabe onde ela estava?
G: não senhor
AC: então vejo que não é tão amiga da senhorita Milena!
DF: protesto!
JUIZA: aceito!
AC: sem mais delongas meritíssima - se sentou
JUIZA: OS jurados tem alguma pergunta que queiram fazer? - os mesmos disseram não - que entre a segunda testemunha.
Vejo o Ryan entrar com um feição preocupada, ele odeia tudo o que ta acontecendo e eu não o culpo. Estava sendo difícil pra mim também toda aquela situação, minha cabeça rodava, eu via as pessoas ali na frene mas não a escutava, minha vida virou de ponta cabeça e não sei como, talvez fosse depois daquele mojito que tomei em plena terça-feira que fez a minha vida desandar, ou aquela comida apimentada que comi na quinta-feira de uma semana qualquer que fizesse o mundo girar em prol de me ver sofrer. Ross terminou de fazer as perguntas ao Ryan e foi a vez do advogado de acusação, o cara era bom e eu não podia negar.
DF: Protesto! - ouvi o Ross gritar e voltei a mim
JUIZA: Aceito!
AC: Me diga senhor Ryan, como era o trabalho da senhorita Camila na empresa?
Ry: Ela é muito inteligente, seu trabalho era impecável
AC: ela trouxe algum cliente para a empresa?
RY: sim, vários.
AC: como era ela no trabalho?
RY: ela exercia o trabalho bem, como ninguém e isso não poderíamos negar, porem ela era arrogante, não falava bom dia. As pessoas na empresa a detestava e a temia, era o caso das suas estagiarias que eram trocadas pelo menos umas duas vezes ou três ao mês.
AC: talvez as estagiarias não fosse tão competente para um cargo de peso, não acha?
RY: não, elas eram competente. Camila não dava colher de chá. As vezes a Milena interferia nas ignorâncias dela com os funcionários. Fora que ela tinha uns preconceitos besta com as pessoas que digamos "diferentes" - fez aspas com a mão.
AC: eu acredito que não, ate porque minha cliente é assumida homossexu*l*, porque ela teria medo?
RY: não sei explicar senhor
AC: é tudo - saiu com um risinho no rosto
JUIZA: que entre o próximo
Eu já não sabia de mais nada do que acontecia, queria que terminasse logo, porem demorava de passar, rastejava...
Isa entrou, o Ross ate que foi bom com ela nas perguntas, pois me favoreceram e muito, mas o advogado de defesa era melhor, ele vinha com tudo, mas Ross não deixava barato.
AC: a senhorita Milena é uma pegadora nata?
DF: protesto
JUIZA: Protesto aceito
AC: a senhorita Milena conquista muitos corações?
DF: protesto
JUIZA: Protesto aceito
AC: Senhorita Isabela, alguma vez a senhorita presenciou a senhorita Milena nervosa, ou sei lá, percebeu que algo não estava bem?
Isa: isso o tempo todo - sorriu de lábios
AC: a senhorita entendeu a minha pergunta - foi persistente
Isa: na verdade nunca, porem... - ela me pareceu pensar - de uns tempos pra cá ela ficava estranha quando recebia algumas mensagens, ate tentei sondar pra ver o que era. Mas era sempre a Laura enviando algo, ou dizendo que iria demorar pra chegar da turnê.
AC: isso nunca lhe pareceu estranho?
Isa: não! A vida pessoal dela e da Laura não me interessa muito - foi grossa
**********
AC: senhor Rick
Rick: sim
AC: como a sua amiga tratava a minha cliente?
Rick: normal, como ela trata a todos, com maior educação e respeito possível.
AC: o senhor pode me afirma se a Milena usava a minha cliente para terminar os relacionamentos que ela julgava não ser mais capaz de prosseguir?
Rixk: não sei dar essa informação ao senhor
AC: ok!
*********
JUIZA: que entre a próxima testemunha
Laura entrou no tribunal meu coração gelou, olhei pra Fa que logo entendeu o recado e chamou minha mãe pra dar uma saidinha. Depois de cochichar algo em seu ouvido elas saíram.
DF: senhorita Laura como a senhorita conheceu a minha cliente?
Lau: eu conheci Milena em um evento
DF: qual evento?
Lau: ela estava no projeto de um shopping de uma amiga minha, a Diana.
DF: e como foi conhece-la?
AC: Protesto
JUIZA: Protesto negado
DF: Laura?
Lau: foi maravilhoso, eu a vi chegar com aquele belo sorriso no rosto, esses olhos castanhos claros, não sei se acreditam em amor a primeira vista, mas o que aconteceu naquele dia foi isso, simplesmente me encantei por essa mulher, eu me senti leve, senti que era eu mesma, achei que já tinha dado sorriso verdadeiro na vida, mas me enganei pois o primeiro sorriso verdadeiro que eu dei foi por causa dessa mulher ai. - sorriu pra mim.
DF: vocês tem pouco tempo juntas?
Lau: sim
DF: nesse pouco tempo em que estão juntas, a Milena alguma vez foi agressiva com você? Lhe coagiu a algo, gritou exigindo algo ou forçou algo de você?
Lau: Não senhor... - parou pra pensar - na verdade... - sorrio - eu quem sempre grito com ela quando quero algo, quando estou com ciúmes ou quando não gostei de alguma coisa. Ela é sempre calma, não me trata mal, faz as coisas no meu tempo, sabe esperar, não me xinga, nunca a vi falar mal de alguém e nem tratar ninguém rude, ela sempre é meiga e doce, apesar desse jeito largo e grosseiro dela - sorrio pra mim e eu devolvi o sorriso - ate quando esta com ciúmes, ela guarda o sentimento pra si, não estoura como é de costume fazer as outras pessoas, ela simplesmente se isola das pessoas, e fica calada no canto dela ate eu perguntar e ela falar. Fica irritada é claro, pois é normal quando a gente ama alguém, mas nunca levantou a mão pra mim, nunca me agrediu nem fisicamente e nem verbalmente
DF: você descreveria a minha cliente com dupla personalidade?
Lau: não senhor, ela é a mesma pessoa comigo e com os amigos, onde eu vou com ela as pessoas falam bem dela, todos a amam.
DF: vocês já tiveram problemas com a senhorita Camila?
Lau: sim senhor!
DF: qual tipo?
AC: Protesto!
JUIZA: Negado!
DF: Senhorita Laura... - pede que Laura continue
Lau: ela fica dando em cima da Milena, não sabe ter limites algum, ela se joga literalmente em cima da minha namorada, ela não se põe em seu lugar.
DF: você já viu a senhorita Milena dar "brecha" para Camila
Lau: não senhor, ela ate fica irritada quando Camila se intromete em sua vida, ou nas nossas vidas
DF: senhorita Laura, é verdade que você já cogitou se separar da minha cliente por causa da senhorita Camila?
AC: Protesto!
JUIZA: Negado!
DF: Por favor.. - encara Laura
Lau: sim senhor, ela marca muito em cima da Milena, não lhe dar espaço. Nos estávamos passando por um momento delicado na relação, eu tenho uma agenda muito agitada - sorrir - mas estávamos conciliando isso muito bem, ela me entende como pessoa e como artista, então era de fácil compreensão de sua parte. Porém, tinha a Camila que ficava a maior parte do tempo dando em cima dela, sabendo ela que a Milena tinha um compromisso comigo, mas isso não a intimidou.
DF: você flagrou a Camila dando em cima de sua namorada?
Lau: sim senhor, eu tinha ido embora pois tinha um avião pra pegar, porem a viagem foi cancelada e eu voltei para o escritório da Milena, e la peguei ela no "flagra". A Camila estava dando em cima dela, querendo beija-la, porem ela não dava papo
DF: vocês brigaram?
Lau: sim, não suportei ver ela dando em cima do que era meu - "essa é minha garota" pensei comigo sorrindo - sai correndo, Milena veio atrás de mim e nós conversamos, eu acredito em minha noiva - sorrio
DF: uma ultima pergunta, a senhora acha que a Milena seria capaz de tentar agredir alguém fisicamente e moralmente?
Lau: pelo que eu conheço de minha noiva ela não mata nem um rato!
DF: isso é tudo! - senta-se ao meu lado.
Agora a Laura iria sofrer um pouco, eu sei disso! O advogado de Camila é daqueles sem coração e se escrúpulos, sai pisando nos outros e machucando sem nem ao menos se importar. Minha menina iria sofrer, não mais que eu. Pois só de ver ela passando pelo que estávamos passando ali, meu coração doía, queria tira-la desse meio o mais rápido possivel.
JUIZA: passo a palavra para o advogado de acusação
AC: senhorita Laura, a senhorita alega que conhece muito bem sua noiva, estou certo?
Lau: sim senhor!
AC: tão bem que nem a senhora sabia do que se passa por dentro de sua cabeça...
DF: Protesto, meritíssima. Isso é denegrir a imagem de minha cliente
JUIZA: Protesto aceito!
AC: quando a senhora flagrou a minha cliente com sua noiva, quem estava pelada?
Lau: minha noiva - vi seus olhos encherem de lagrimas
AC: então esta claro pra mim que a senhorita Milena não é essa inocente que aparenta ser, ela anda enganando a todos, inclusive você - aponta pra Laura
DF: Meritíssima, o advogado de defesa esta julgando sem precedentes a minha cliente
JUIZA: advogado, por favor, se contenha
AC: suponho também que a senhorita não saiba que sua noiva recebia presentes enviados de minha cliente?!
Lua: não senhor
AC: a senhorita também não tem conhecimento de um almoço que a senhorita Milena foi, sem avisar, quero deixar isso claro, na casa de minha cliente - vi a Laura me olhar com raiva - também tem o fato dela trocar mensagens com minha cliente, enquanto sua noiva viajava, como ela mesmo disse, a trabalho. Caronas que minha cliente pegou com a senhorita Milena que eram negadas, mas de tanto insistior minha cliente cedia, a demissão da Camila sem justa causa, tendo a sonhorita Milena alegando ter sido por falta de obediência no trabalho, sendo que aqui nesse tribunal diante do júri, amigos/funcionários da Milena confirmando o quanto eficiente e capaz era a minha cliente em seu trabalho, grandes contas abertas com grandes clientes trazendo boa remuneração a empresa, a senhorita Milena a demitiu por uma simples "falta de obediência"? - encarou Laura que estava com os olhos cheios de lagrimas. - então não snhorita Laura... - chegou perto - a senhorita não conhece sua noiva! - virou as costas pra ela, ficou de ante do júri - obrigada - agradeceu no maior cinismo - sem mais perguntas meritíssima - sentou-se em sua cadeira
Pra mim estava claro, eu perdi essa guerra, seria presa e a Camila sairia vitoriosa. Não viveria com a Laura, não teríamos nossa casa, nossos cachorros e nossos filhos, nossa historia acabou ali. Ver seu rosto banhado de lagrimas enquanto deixava o tribunal foi humilhante pra mim perante ela, a única pessoa que eu mais temia ser machucada nessa historia seria ela, eu estou desolada, a amo tanto, quero arrancar essa dor de dentro dela. Nada do que foi dito ali era verdade, eu nunca fiz nada com Camila, eu nunca quis Camila, sempre acreditei em seu melhor e isso me trouxe ate aqui, não queria acreditar que ela era aquilo que odos falavam, eu achava que ela era doente, e que doença maluca. Custava acreditar que a Camila estava fazendo aquilo comigo mesmo, mas enfim agora eu teria que ver minha nova realidade, depois dessa o júri não será a meu favor, Camila enfim conseguiu me tirar tudo que eu amava
LAURA
JUIZA: agora é o momento da acusação falar - olhou algo no papel - senhorita Camila irá depor tendo acusação e defesa fazendo perguntas, logo em seguida é a vez da defesa com o mesmo procedimento - avisou bastante seria - acusação, queira começar
La caminhava Camila até a cadeira da testemunha o oficial de justiça a conduz a cadeira que fica ao lado da juíza solicitando o juramento:
LEVANTE A MÃO ESQUERDA - ordenou - JURA DIZER A VERDADE, SOMENTE A VERDADE, NADA MAIS QUE A VERDADE?
Camila: Sim! - depois da resposta o seu advogado chega perto
AC: a quano tempo conhece a Milena?
C: em torno de 6 à 7 anos, quando meu pai virou sócio dela
AC: nessa época você tinha quantos anos?
C: 18 anos por ai
AC: vejo que a Milena fundou a empresa ainda nova
C: sim, ela sempre teve esse espirito de empreendimento
AC: você é apaixonada por ela desde os 18 anos?
C: sim - abriu um sorriso - foi amor a primeira vista
AC: seu pai sabia desse seu amor pela Milena?
C: não senhor, eu não era assumida na época
AC: você se assumiu quando?
C: dois anos depois, quando a Milena apoareceu com uma namorada e o apresentou, eu vi que ele não se importou, ai achei uma oportunidade para me assumir
AC: como seu pai reagiu?
Tava me dando nojo aquelas perguntas, Ross sussurra em meu ouvido
Ross: ele ta tentando fazer a Camila de vitima, querendo mostrar ao júri que ela é boa moça e que a doente é você - eu balanço a cabeça concordando, saquei isso no primeiro depoimento, ele era muito bom.
AC: então me diga Camila, quando a Milena começou a dar em cima de você?
DF: protesto
JUIZA: negado!
C: era natal, estava tendo uma festa na empresa e todos estavam reunidos. Ela bebeu, como qualquer outra pessoa normal, depois sumiu, fiquei intrigada confesso com aquele seu sumiço, então fui atrás. A peguei no flagra com uma de minhas assistentes, a Vanessa, ela tentou se explicar, mas eu falei que não precisava aquela era a vida pessoal dela e naquele dia estvamos trabalhando e que não sei o porque dela se explicar... - que garota louca, era tudo ao contrario, EU QUEM PEGUEI ELA COM A VANESSA, que ordinária - desde então ela vinha me assediando, mandava presente pra minha sala..
- como é que é? Você é louca? - pergunto áspera e em um tom alto
AC: juiza...
JUIZA: senhor Ross, por favor, contenha sua cliente
Rozz: Milena, pelo amor de deus, não vamos estragar tudo que construímos ate agora - fiquei mais calma, o advogado dela me olhava com olhr de desdém, otario.
AC: continue...
C: ela começou a passar a ir mais vezes em minha sala naquele ano, coisa que eu estava adorando, porque ela é um colírio para os olhos - rir
AC: vocês brigavam?
C: sim, e muito. Mas era briga de amor, ela me reclamava porque eu não dava bola, ai ela fazia tudo aquilo pra chamar minha atenção - dou um riso sarcástico, essa garota é louca
AC: no dia de sua demissão, como foi?
C: eu tinha uma nova coleção de um cliente meu, nos estávamos escolhendo modelos para a nova camapnha, havia uma seleção para fazer parte de grupo seleto de modelos de elite para uma marca tão importante. Aprovei os que me agradaram, tanto fisicamente quanto no estilo de pousar
AC: o que aconteceu?
C: teve modelos que eu não aprovei, ate porque tínhamos um limite de vagas. Minutos depois de eu ter escolhido os modelos a Milena entra na minha sala, coisa que ela não fazia com frequência, exigindo ver quem foram os modelos contratados, questionei é claro, mas ela veio com aquela historia de: a empres em é minha e eu to mandando
AC: ela tem esse costume de humilhar os funcionários assim?
C: não, somente a mim
AC: e o que aconteceu depois que ela viu os modelos contratados?
C: ela exigiu que um tal de Gil fosse contratado, eu disse que não, porem ela foi direta e disse que a empresa era dela e ela queria que eu o contratasse. Me avisou que a partir daquele dia queria que todos os modelos contratados passe antes por por ela, pra ver o quadro de contratação que eu estava fazendo
AC: como se sentiu?
C: profissionalmente muito humilhada, eu poderia ter meus defeitos, porem eu sabia fazer meu trabalho como ninguém
AC: e o que gerou sua demissão?
C: entrei em contato com o dono da marca, que se diga de passagem é muito meu amigo, lhe mostrei todos os modelos que tínhamos a disposição, inclusive esse Gil e o mesmo não quis contrata-lo, o que fez a Milena ficar muito irritada, entrou na minha sala toda dona de si, disse que eu estava demitida e ainda por cima ofendeu um de nosso melhores clientes.
AC: depois disso ela voltou a lhe procurar?
C: sim,
- você é louca - falei
Ross: Milena - me repreendeu
AC: assim não dá meritíssima - reclama o advogado de acusação
JUIZA: Ross - o advertiu e ele ascenou com a cabeça
Ross: não fale mais nada - foi áspero, porem eu estava sendo injustiçada, como me calar diante aquilo?
AC: continue...
C: ela apareceu na minha casa para almoçar de surpresa, inventava assunto com meu pai, me encontrou em uma balada e me ofereceu carona, trocava mensagens comigo.
AC: sem mais mariíssima - voltou a seu lugar
JUIZA: advogado de defesa, sua vez
DF: senhorita Camila, a senhora alguma vez beijou a minha cliente?
C; sim
DF: quando exatamente foi isso?
AC: protesto
JUIZA: negado
DF: por favor
C: tem um tempo
DF: foi por agora?
C: não senhor
DF: você disse aqui, diante de todos que a Milena lhe procurava, ela sempre lhe procurava, mas eu me pergunto para fazer o que exatamente?
C: oras, só pra me ver - da um riso
DF: a senhora não acha que é muito ego da sua parte?
AC: meritíssima, a defesa esta pondo palavras onde não existe
JUIZA: se contenha Ross
DF: senhorita Camila, a senhora foi pega em flagrante com a senhorita minha cliente, por sua noiva em seu escritório, me explica uma coisa, como a senhora entrou la?
C: com meu cartão
DF: mas a senhora não foi demitida?
C: a Milena não tinha bloqueado minha entrada
DF: me pergunto o porque dela não ter feito isso antes. Mas acredito eu por ela não achar que a senhora fosse uma ameaça
C: mas eu não sou
DF: ate a senhora tentar ter algo com ela, sendo que ela é comprometida com a Laura e você...
- MAS O QUE? - ouvir o grito de minha mãe, um sensação muito estranha tomou cota de mim. Olhei pra trás e vi o quão estava vermelha de raiva - MINHA FILHA NÃO É SAPATÃO - gritou
JUIZA: contenha-se em meu tribunal - bateu o martelo a juiza.
- o que esse advogado acabou de falar é tudo mentira, minha filha não tem um relacionamento com essa dai - apontou pra Laura
- mãe - tento chama-la atenção
- sem essa de mãe Milena, não lhe criei pra virar essa coisa ai - me olhava com desprezo - isso não é coisa de Deus
- MÃE - falo alto
- E NÃO GRITE COMIGO, EU SOU SUA MÃE E NÃO SEUS PARICEIROS - veio em minha direção, certamente iria me bater
JUIZA: ORDEM EM MEU TRIBUNAL - ajuíza já estava estressada - ALGUEM UEIRA TIRAR ESSA SENHORA DESSE TRIBUNAL
Um segurança veio pega-la, pedi educadamente que ela saísse, vi a tristeza nos olhos de minha mãe, ela estava magoada com a noticia, não era surpresa, mas também ela não acreditava
- ela vai ficar bem - Ross sussurra em meu ouvido
JUIZA: por favor, voltemos de onde paramos - estava com cara de poucos amigos
DF: como eu estava dizendo - Ross foi em sua direção - a senhorita insistiu em algo que não é cabível, temos testemunhas que confirmam que a senhora dava em cima mesmo a Milena dizendo que não queria, e pode-se acrescentar a um crime de assedio sexu*l*..
AC: PROTESTO - levantou gritando - o advogado de defesa esta acusando minha cliente sem provas concretas - batia o dedo na mesa, seu rosto era de puro ódio
JUIZA: Doutor Ross, por favor, contenha-se
DF: sim senhora, porem temos testemunhas desses assédios - sorrio - voltando.. - virou-se para Camila - a senhorita nega que deu em cima de minha cliente?
C: Não!
DF: a senhorita nega, que invadiu o seu escritório e a pegou desprevenida? Que espalhava para seus amigos que namorava ela, mesmo sem namora-la? Que dentro da empresa a desrespeitava e que sua demissão foi de justa causa? Que a senhorita, sente inveja da Laura e chegaram ate discutir? Que manda mensagens E - FALOU ALTO - presentes para minha cliente?
C: Não! - seus olhos vermelhos de raiva
DF: e a senhora nega, que foi a casa da minha cliente no dia 10 de abril de 2017, por volta das 9H da manhã e a exigiu que terminasse com a Laura? E minha cliente dito não, você tentou impedi-la de ir e acabaram tendo um confronto corporal, sendo que minha cliente não a agrediu e sim, se defendeu de você? Que você não tendo outra saída correu para delegacia e fez uma denuncia de agressão contra minha cliente, só porque seus desejos "sexuais" não foram atendidos? - Ross tinha chegado longe.
AC: Eu protesto!- mais uma vez se levantou - o Drº Ross esta criando uma situação que não aconteceu, ele simplesmente pressupõe que isso aconteceu, sendo que os fatos não comprovam que de fato isso aconteceu e sim como minha cliente falou!
DF: você sabe do que estou falando! - olhava pra Camila e para o seu advogado
JUIZA: vocês dois, acalmem-se, se não eu irei encerrar essa sessão! - disse firme. Os dois nada disse de imediato, ficaram se fuzilando com os olhos. Ross suspirou fundo e disse
DF: sem mais, meritíssima! - voltou a se sentar ao meu lado
JUIZA: OS jurados tem alguma pergunta que queiram fazer? - um senhor de aparentemente 70 anos levantou a mão - pois não, senhor Jimmy Downey - todos o olha
Jimmy: Queremos saber a resposta da pergunta que o advogado de defesa fez? - levantou-se
JUIZA: Por favor Senhorita Camila...
Camila olhou para lado e para o outro, seu medo estampado na cara - Não, eu não nego que fui na casa da Milena naquela manhã, eu fui lá para pedir que parasse com o assedio, eu não suportava mais - começou a chorar - eu confesso que a amo, eu sinto vergonha por ama-la, mas eu tinha que tomar uma atitude - era lindo o show que ela estava dando na frente dos juízes - ela não aceitou muito bem e me jogou longe, eu me machuquei, ela me agrediu tanto fisicamente, quanto verbalmente. - virou em minha direção - eu te amo, mas eu me amo mais, quero muito ter minha vida de volta, eu deixo você seguir sua vida com a Laura, mas só me deixe em paz - aquela Camila ali na frente eu nunca tinha visto
JUIZA: Isso responde? - olhou para o jurado
- sim senhora! - sentou-se novamente
Assim se encerrou o depoimento de Camila. A juíza lia algo nos papeis, Ross sussurra em meu ouvido dizendo que eu entraria para depor. A juíza chama meu nome, meu coração gela. Cada passos que dou em direção aquela cadeira, mais tinha certeza de que sairia direito pra prisão, Camila tinha um caso, um caso forte e a seu favor. Eu não tinha chances, fui besta e me ferrei
JUIZA: Diga seu nome...
- Milena de Brito Nascimento
LEVANTE A MÃO ESQUERDA...
Eu já estava em estado de inercia, fazia tudo no automático, aquela frase foi a mais repetitiva do dia. Jurei sem nem ao menos prestar a devida atenção
JUIZA: Advogado de acusação pode começar - deu a vez para o advogado da Camila
AC: senhorita Milena Nascimento, a senhorita sabe o porque de estar aqui? Estou certo?
- sim senhor
AC: creio eu que a senhora sabe a gravidade do tema abordado aqui?
- sim senhor
AC: e mesmo diante de todas essas pessoas aqui presente a senhorita nega tudo o que minha cliente lhe acusou?
- sim senhor - minhas respostas eram imparcial
AC: a senhora afirma que deu carona a minha cliente mesmo ela dizendo não, que foi almoçar sem avisar em sua casa, que a demitiu sem justa causa enquanto ela estava somente fazendo seu trabalho dentro da empresa como qualquer outro funcionário, que machucou minha cliente quando ela apareceu em sua casa?
- não senhor, o que realmente de fato aconteceu é que sua cliente foi a minha casa e me coagiu a terminar meu relacionamento com minha noiva, acabamos discutindo como sempre fazíamos, ela veio pra cima de mim e eu a empurrei, estava atrasada para o voo. Ofereci sim a carona para Camila, mas porque ela tinha bebido demais e eu iria para o mesmo lado de sua casa, sempre acreditei em seu bom coração - olhei em sua direção - mesmo meus amigos e minha noiva a odiando e dizendo pra eu me afastar. Fui almoçar na casa do SENHOR FERNANDO meu sócio, tínhamos assuntos da empresa pra tratar, infelizmente a Camila estava em casa, mas não fui para visita-la. Enquanto a demissão, fiz o certo.
AC: sem mais meritíssima - voltou ao seu lugar
JUIZA: passo a vez para o advogado de defesa
DF: Milena, me conte de fato o que aconteceu entre você e a Camila desde o inicio
- conheci a Camila através do senhor Fernando, seu pai, pelo qual virou meu sócio, ela era nova assim como eu na época. Sempre foi bonita, porem nunca me atraiu, e isso a deixava irritada, pois tentava a todo custo ficar perto de mim. Eu era jovem, não pensava em namora não queria nada serio e queria muito curtir minha vida, muitas mulheres entrou na minha vida, assim como saiu. Camila tinha ciúmes delas e a colocava pra correr... - contei desde o inicio dos fatos, de como tudo ocorreu. Via olhos atentos dos jurados em minha pessoa, a seriedade da juíza, a Laura tentando me passar força e Ross fazendo seu trabalho. - cheguei a conversar com o senhor Fernando, fui a procura de sua ajuda para ajudar a sua filha. Fiz bastantes pesquisas, conversei com amigos psicólogos meu e todos nos chegamos a um resultado...
DF: que foi? - pergunta interessado
- que a Camila sofre da síndrome da erotomania, também conhecida como síndrome de Clérambault
AC: protesto - levantou-se de sua cadeira completamente nervoso - a acusação da ré é sem cabimento, fora que não tem prova comprovada
- senhora juíza, só estou explicando a conclusão que tive perante a situação da Camila a minha pessoa, não inventei isso agora, conversei serio com seu pai e falei que ela precisava de ajuda, isso é serio, tem que ser tratado. Não tenho provas que ela sofra da doença, mas qualquer especialista que fazer os exames, vai ter a prova.
JUIZA: o que significa essa síndrome?
AC: meritíssima - fala incrédulo
JUIZA: se contenha senhor - o olha com desprezo - continue
- e um transtorno psicológico no qual uma pessoa acredita ser amada por outra que tem uma posição social elevada ou que, de alguma maneira, parece inatingível.
DF: Como é possível que as pessoas que têm erotomania não percebam que tudo isso não passa de um equívoco? Como elas são capazes de ver que o outro demonstra interesse nelas quando na verdade não há nada?
- A resposta é simples: elas acreditam que é real porque são vitimas de uma interpretação errada da sua própria realidade, fruto de um delírio. Tem uma frase de Xavier Villaurrutia que diz assim "Mais do que pelo prazer e pelo delírio, amo você pela angústia e pela dúvida". Se conseguirmos nos colocar na pele de uma pessoa que possa sofrer desse transtorno, talvez entenderemos um pouco melhor. Quantas vezes já não gostamos de alguém e acabamos interpretando erroneamente alguns dos sinais? Talvez um sorriso ou uma palavra agradável tenham sido percebidos como uma correspondência aos nossos sentimentos. Entretanto, rapidamente percebemos se estamos entendendo corretamente ou não.
DF: sim, mas o que acontece com a pessoa que porta da síndrome?
- Acontece algo parecido, só que elas acreditam em uma história de amor que na verdade nunca começou. Além disso, sua ideia delirante gira em torno de uma relação de amor romântica idealizada e, em alguns casos, a pessoa se refere a essa relação como uma união espiritual com seu suposto par, que não deixa de ser uma vítima. Assim, a erotomania vai sendo construída pouco a pouco com base em gestos que supostamente o outro demonstra, mesmo que não seja o que realmente acontece. Um olhar, um aceno ou um sorriso que são interpretados como símbolos de amor secreto por parte da pessoa que sofre desse transtorno.
Um dos jurados pergunta - qual a consequência dessa síndrome?
- Apesar da rejeição ou da negação que a suposta pessoa amada possa manifestar, a pessoa com erotomania não percebe porque está completamente convencida de que esse amor é real. Assim, no seu mundo delirante, ela vai criar qualquer tipo de motivo que seja capaz de justificar essa rejeição, como, por exemplo, que o outro não está consciente do seu profundo sentimento ou que é tímido e tem dificuldades de expressar na frente de outras pessoas. Como vemos, esse tipo de delírio pode ser muito grave e, às vezes, persistente, motivo pelo qual precisa de tratamento psicológico e em alguns casos psiquiátrico. A erotomania, em casos extremos, pode inclusive construir falsas realidades como relações sexuais que não existiram, gestações psicológicas ou comportamentos obsessivos de controle da outra pessoa. Que é o caso da Camila, eu nunca correspondi as investidas dela, nem se quer dei esperança, ela simplesmente tirou suas próprias conclusões de pequenos gestos de educação que fazia pra ela, coisa que foi sumindo com o tempo por causa de ciúmes que não eram cabíveis.
DF: isso tudo você chegou a conversar com o senhor Fernando?
- sim, falei que achava que ela sofria dessa síndrome, que era pra ele tomar providencia, que amava minha mulher e que não queria perde-la por causa de um capricho da Camila.
DF: referente as mensagens?
= a Camila me mandava mensagens, algumas bem intimidadoras
DF: cadê essas mensagens?
- eu apaguei, já tinha problemas demais, pra criar mais um com a Laura. Se a Laura soubesse iria criar uma tempestade em copo d'agua, eu simplesmente ignorava as investidas delas.
DF: e os presentes?
- ela me mandava presentes, como lingerie, cartinhas de amor. Mas eu preferia ignorar, pensava eu que ela casaria das investidas, mas vejo que foi longe demais
DF: sem mais perguntas meritíssima - Ross volta pra sua cadeira
JUIZA: algum dos jurados tem alguma pergunta?
- a senhora se acha inocente? - uma das juradas peguntou
- eu não acho, tenho certeza. Se fosse pra ter algo com a Camila eu não precisaria pega-la a força
- sem mais - voltou a se sentar
A juíza me liberou, voltei para meu lugar. Minhas pernas insistiam em não parar de tremer, minhas mãos suavam em agonia. Sinto uma mão tocar a minha esquerda, suas mãos macias, seus dedos entrelaçaram com os meus, sinto meu coração se normalizar, minha perna aos poucos para de se mexer e simplesmente sinto uma paz. A juíza falava algo que eu não ouvia, meus sentidos estavam voltados aquele toque suave, em manter minha mente fria e intacta de tudo que tava acontecendo. Se eu fosse presa minha vida acabava, e se eu fosse liberada minha vida acabava, minha mãe iria me matar, se a essa altura não estivesse morta.
JUIZA: vamos para a conclusão do caso. Advogado de acusação pode começar.
AC: obrigada meritíssima - foi em direção aos jurados - caros jurados, claramente vimos que minha cliente era encurralada no trabalho, não podia fazer o que estava sendo paga para fazer, profissionalmente totalmente humilhada. Vimos que a senhorita Milena recebeu presentes da minha cliente por livre espontânea vontade e a mesma não disse para sua namorada ou noiva - olhou em minha direção - dos presentes recebidos, assim omitindo sua dupla personalidade para a mesma
DF: protesto
JUIZA: acusação, contenha-se
AC: vimos que a senhorita Milena usava minha cliente para terminar relacionamentos que ela não tinha capacidade de termina-los, sendo cômodo a informação de já ter uma namorada e não querer entrar em outro relacionamento. A apresentação como namorada para os amigos de minha cliente, sumiços no meio do expediente, viagens de ultima hora, segredos entre os amigos e namorada, a insistência em dar carona a minha cliente para se aproveitar as desculpas que dava para ver minha cliente, tal como o almoço na casa do seu pai. E por fim a agressão quando minha cliente foi pedir para que ela parasse com os assédios, a deixasse em paz. Coisa que a Milena não aceitou bem e a agrediu. Minha cliente relatou que a acha com dupla personalidade, que ela nunca diz ser o que é. Quando a sós ela mostrava que amava a minha cliente e em frente aos amigos, a humilhava - eu nem acreditava nas baboseiras que saia da boca daquele merd* - minha cliente não nega que nada do que a Milena disse que ela fez, a minha cliente é sim doente, mas não tem a síndrome de... - deu uma pausa e olhou em minha direção com cara de boche - como é mesmo o nome? - levantou uma sobrancelha e fixou seus olhos aos meus
JUIZA: síndrome de Clérambault
AC: isso... síndrome de Clérambault - deu um risinho. Foi a sua mesa pegou uma pasta, ao abrir distribuiu pelos jurados e por ultimo deu um para o Ross - minha cliente foi diagnosticada - me encarava - com especialista competentes e que entendem bem do assunto, que estudaram pra chegar a um resultado final de que ela sofre da síndrome de Estocolmo - virou para o jurados - ai esta claramente escrito que Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. Ai diz também que a paciente Camila Menezes Lessa sofre da síndrome de Estocolmo, o diagnóstico para esse tipo de quadro é feito com a análise dos sinais e o acompanhamento médico e psicológico da vítima. Tal distúrbio pode ser detectado em uma conversa com o paciente para se entender o verdadeiro sentimento do acometido. E que minha cliente irá passar por um árduo tratamento para a se livrar dessa doença, causada pela senhorita Milena Nascimento. - virou-se para a juíza - com isso juíza chego ao ponto de que minha cliente esta doente por causa da senhorita Milena, minha cliente confudiu sim os sentimentos quanto a senhorita Milena, ela simplesmente amou a pessoa errada, uma pessoa que a coagia, a ameaçava e saia ilesa dessa situação. Quando ela me procurou e me disse o que se passava, simplesmente resolvi fazer esse exame, mais por desencargo de consciência e pra minha supresa o resultado foi esse. Que foi comprovado por especialista, não pressupus nada, não pesquisei por internet, ai esta carimbado por médicos de responsabilidade, que entende só assunto. Minha cliente esta sim doente, mas é por causa dela - aponta pra mim
Ross - meritíssima, o advogado de acusação esta passando dos limites
Quando a juíza ia falar algo - sem mais meritíssima - o merdinha volta a sua cadeira
JUIZA: a vez do advogado de defesa
DF: minha cliente não assediava a Camila, e sim era ao contrario.... - Ross ate que fez uma defesa razoável ao meu favor, mas depois da ultima cartada do advogado de acusação, eu não tinha nem 0,1% de chances de ganhar esse processo, tudo foi por agua abaixo. - então sim, a Camila que a verdadeira culpada por tudo isso que esta acontecendo. Ela inventou um amor, inventou um namoro, ela se iludiu sozinha, e quando realmente chegou junto de minha cliente, ela veio perceber que a Milena não a amava, que não sentia o mesmo. A ficha caiu, a realidade bateu e ela não se conformou. Minha cliente é inocente, quem é a vitima é Milena e não Camila, que só a quer por um capricho
AC: juíza, assim não da - levantou alterado - difamando minha cliente
DF: sua cliente se difama só
E lá os dois começaram a discutir, a juíza pediu silencio e os dois se calaram e por conta disso ela deu recesso de 5 horas. Ela deixou a sala com a cara nada boa. Sai hunto com o Ross, não queria ver a Camila nem por mais 1 segundo. Entramos em uma sala de espera. Um oficial veio chamar o Ross, pois a juíza queria vê-lo. " boa sorte" soltei. Segundos depois a Laura entra na sala
- amor - me abraça forte, sinto seu cheiro, o cheiro do amor, que me acalma que me protege e me faz ser forte pra enfrentar o que for - vamos sair dessa - beija meus lábios, minhas lagrimas desce.
- eu te amo - beijo seus lábios, que me fazia casa, voltei a abraça-la
- eu te amo, vida - seu abraço era tudo que eu queria.
- MAS QUE MERDA É ESSA AQUI? - minha mãe apareceu na sala - EU NÃO ACREDITO NISSO, NESSA POUCA VERGONHA.
Fim do capítulo
BOA NOITE MENINAS
QUERO PEDIR DESCULPAS PELA DEMORA, PELA ESCRITA TAMBEM.
SE ESTIVER ALGO DE ERRADO PEÇO QUE ME PERDOEM TAMBEM, NAO SEI MUITO BEM DE TRIBUNAL. E ME ESFORCEI BASTANTE PARA FAZER ESSE CAPITULO, ENTÃO ME DESCULPE KKKKK SE VOCE FOR JUIZA OU ADVOGADA, EU NAO SEI MUITO BEM COMO FUNCIONA, SÓ SEI EM FILMES.
QUERO DIZER TAMBEM QUE JA ESTAMOS CHEANDO AO FIM DESSE LIVRO E QUE LOGO MAIS POSTAREI O NOVO. MAS ANTES DISSO QUERIA PEDIR A VOCES PARA LER A NOVA HISTORIA QUE EU ESTOU AJUDANDO A CONSTRUIR. A HISTORIA É BACANA, VOCES IRAM GOSTAR.
“PROMESSAS IMPOSSIVEIS”
QUERO SABER O QUE ESTAO ACHANDO DA HISTORIA, SEI QUE MUITAS ESTAO RETADAS. MAS VOCES VAO GOSTAR DO FIM, QUE ESTA BASTANTE PROXIMO. E MIL PERDOES PELA DEMORA, SEI QUE VOCES SAO PACIENTES, MAS TODA PACIENCIA TEM LIMITES KKKKKKKK
BEIJÃO E AMO VOCES!
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