Trigésimo Primeiro CapÃtulo
Você já reparou em como tempo passa rápido quando só coisas boas estão acontecendo, foi assim que senti esses noves meses passarem.
A primeira coisa foi Pedro, que sumira de nossas vidas, fiquei sabendo que até dá empresa havia pedido demissão, so viu Tatiana aquela vez no hospital e nunca mais apareceu ,nem para registrar a menina. As fofocas que corriam e que ele se mudara para o interior, Silvana achava que ele poderia aprontar ainda, mas eu tinha plena certeza que não podendo mais envenenar nosso relacionamento, rapidinho deixou de querer ser o pai do ano. Pois bem, nossa filha não sentiria falta desse traste.
Tatiana crescia a olhos vistos, saudável e linda, o que me enchia de orgulho, estava me preparando para adota-la formalmente.
Minha empresa finalmente saiu do papel, agora eu e Silvana éramos donas de uma microempresa de consultoria pra TI. E com tantos projetos, tivemos que alugar um escritório, pequeno é verdade, mas bem localizado no centro e contratamos até mais uma pessoa para nos ajudar, prestávamos inclusive serviços para nossa antiga empresa.
Lavínia tinha feito quinze anos, fizemos uma festa modesta, mas a nossa menina se divertiu muito , dançou a valsa com o pai e o Eduardo também. Tudo bem, admito que o menino era gente boa e o mais importante estava visivelmente apaixonado por ela.
Alexia e Camila também estava noivas, minha amiga estava um pouco surtada com isso, mas logo a acalmei, sabia que aquelas duas tinham tudo para darem certo.
E meu casamento vocês querem saber?
Seria amanhã finalmente e tudo saiu como planejado, iriamos casar no civil e depois uma cerimônia simples em um sitio fora da cidade. Silvana estava estressada e me acusava de ficar calma demais, mas eu estava enlouquecendo por dentro, mas do que adiantaria duas noivas neuróticas.
Para relaxarmos, Alexia havia sugerido uma despedida de solteira, o que fiquei um pouco receosa, afinal Tatiana só tinha 9 meses, mas meu sogro fez questão de ficar com as netas, Lavínia até queria ir, mas o lugar que Alexia reservara, não entrava de menor.
Portanto deixamos uma Lala emburrada e com a promessa de fazer algo apenas nós, uma Tatiana alegre porque iria ficar livre das mães babonas e eu, que estava com o coração partido ao deixar minhas meninas, quanto a minha sogra ainda me odiava, mas estava conformada com o casamento e tinha adoração por Tatiana.
Fomos para o lugar que Alexia nos convidou, dizendo que era surpresa, mas deveria adivinhar, minha amiga não dá ponto sem nó. Só sei que fomos parar em uma casa de shows, como posso dizer, de mulheres que gostam de tirar a roupa.
Minha noiva ficou furiosa e queria ir embora, mas não deixei. Não queria fazer desfeita para minha amiga. Só sei que quando entramos , tinha muitas amigas e foi bem divertido, mesmo minha gata selvagem ter grudado em mim e não deixado nenhuma garota chegar perto. Ela e Camila estavam muito nervosas com a escolha de Alexia, pois além de ter strip mulheres, havia alguns gogo boys também, e minha amiga podia até está curtindo um aranha como ela mesma dizia, mas seus olhos se enchiam também com outras coisas. Ela estava vermelha de tanto tapas que levou de Camila, mas no final ,entre os vivos e feridos, todas saíram felizes.
Como o casamento seria no dia seguinte, eu e Silvana ficaríamos separadas, coisa que não concordava, mas minha noiva queria fazer suspense com o vestido e como estaria arrumada para mim. Portanto buscamos as meninas e depois as levei em casa, havia mesmo trocado a moto por um carro, eu era uma moça de família agora. Coloquei Tatiana para dormir, era minha parte favorita, depois beijei Lavínia que já estava bem, minha menina nunca foi de guardar rancor e fui me despedir da minha noiva na porta, a beijei e brinquei:
- só espero que esse negócio de separação não seja uma desculpa para você fugir.
Ela me enlaça pelo pescoço e me beija demoradamente, nossa línguas digladiavam-se arduamente, fazendo meu sex* molhar. A encosto na porta pelo lado de fora, estava a noite e não tinha olhos vizinhos espiando, ou melhor foi o que pensei...
Depois de beijo, diz rouca no meu ouvido:
- jamais faria isso amor, estou presa a você para o resto e além da vida.
A beijei na testa e disse séria:
- eu te amo Silvana, nunca se esqueça disso.
- que isso - ela segura meu rosto e acarinha - parece que está se despedindo, não vai fugir né?!
- nunca vida - não sei porque, mas senti a necessidade de falar tudo o que estava sentindo - você me deu algo que nem sabia que queria, uma família, amo a vida que estamos construindo juntas, estou completa ao seu lado.
Ela tinha lágrimas rasas, me beijou novamente e diz emocionada:
- amanhã seremos apenas uma Flower, seremos eternas.
- seremos sim.
Nos beijamos novamente, começo a subir minhas mãos por dentro da sua camisa e toco os seus seios, ela gem* baixinho saindo do beijo, mordo seu lóbulo e digo cheia de tesão:
- tem certeza que não me quer dormindo aqui, posso te dar um ótimo presente de casamento.
Ela se afasta do meu toque e diz sem fôlego:
- deixa para a lua de mel amor, tenho uma surpresa para você.
Me empurra em direção ao portão e diz safada:
- guarda esse tesão todo viu, quero muito usá-lo amanhã.
- pode deixar minha gata selvagem.
Ela me leva até o carro e me beija uma última vez quando estou dentro, diz alegre:
- te amo, até logo futura esposa.
- até logo futura esposa.
Começo sair devagarinho e ainda a avisto pelo retrovisor, estou sorrindo feito uma boba ainda que estivesse estranhamente com o pressentimento que estava sendo observada. Chego a olhar para os lados, mas só vejo a escuridão. Vou para casa de Alexia com a certeza que amanhã serei esposa de Silvana, se eu soubesse o que aconteceria em poucas horas, teria insistido para ter uma última vez a mulher da minha vida em meu braços.
Na manhã seguinte estava uma pilha de nervos, Alexia me ajudou a me arrumar, iria casar com um smoking feminino azul marinho, e tentou me acalmar, mas sem sucesso. E mais uma vez perguntou se não queria que ela me acompanhasse, mas disse que não precisava, iria mais cedo para ver se tudo estava bem. E Alexia ainda tinha que esperar Camila, que estava em um grande caso e tinha algumas reuniões naquele sábado. Liguei para Silvana que me garantiu que tudo estava indo bem do seu lado, então parti.
O lugar como disse era fora da cidade, um lugar lindo, lembro que quando eu e Silvana colocamos os olhos, soubemos imediatamente que seria perfeito. Era bem arborizado, e o espaço que iriamos nos casar , era um salão amplo e bem bonito, tinha uma grande janela que era bem iluminada ao entardecer do sol, que seria a hora do casamento. Ficaria fantástico, o sol se pondo iluminando de laranja todos os convidados e a nós.
O único problema era a serra e teríamos que subir , tínhamos que ter o maior cuidado na estrada, outro motivo que queria ter levado minha família, as curvas era sinuosas e perigosas, uma desatenção e poderia cair no despenhadeiro que ladeava toda a subida.
Tratei de tirar esses pensamento negros e voltei a minha atenção a estrada, no radio tocava Paramore, The Only Exception, a letra lembrava um pouco a minha estória, não acreditava no tal do amor, até encontrar Silvana, ela era minha única exceção.
Foi quando pegava mais uma curva que vi um carro atrás do meu, ele dava farol alto mesmo estando de dia, diminui e dei passagem. Mas ele continuou grudado na minha traseira, meus instintos acordaram, algo estava muito errado.
Acelerei e fiz a próxima curva perigosamente, o carro seguiu no mesmo ritmo e de repente bateu no meu para-choque. A batida fez meu carro ficar desgovernado, mas consegui segurar a direção. Estava com o coração disparado, tentei diminuir a velocidade, mas o carro agora acelerou e bateu novamente, dessa vez a pancada foi tão forte que bati a cabeça no volante.
E sem me dar trégua o carro que agora identifiquei com um Pajero bateu novamente, meu pálio não tinha nenhuma chance contra aquele carro. Teria que tentar sair do seu alcance, acelerei pois sabia que mais á frente tinha um mirante, minha única chance seria tentar dar a volta por ele e descer a toda velocidade fugindo do pajero. Mas subestimei a pessoa que estava no outro carro, assim que me aproximei do mirante e comecei a torcer o volante, a Pajero acelerou tudo o que tinha direito e bateu na lateral do meu carro, amassando a porta do passageiro. Parei perigosamente encostada no guardearei, o motor do meu pálio morreu.
Foi então que eu vi o motorista, meu sangue gelou nas veias e pela primeira vez soube que não sairia com vida daquela estrada. Me encarando com um sorriso maníaco nos lábios estava Pedro, ele mais uma vez deu ré, tentei pelo menos sair do carro, mas quando toquei no trinco da porta, mais uma vez senti a pancada no meu carro e depois apenas o vazio, ele havia me atirado penhasco abaixo.
MOMENTO ANTES DA MORTE
Pedro saiu do carro e observou o pálio rolar despenhadeiro abaixo ,a cada batida ele se amassava mais até parar com um alto estalido em uma árvore. Não tinha como ninguém sobreviver aquilo, sorriu abertamente e quase cantarolou quando voltou para o carro que tinha alugado há um mês atrás. Deu marcha ré e cantou pneu subindo o restante da serra.
Estava eufórico, finalmente teria sua família de volta, sua mulher e sua filha. Se aquela outra menina quisesse morar com o pai, até preferiria, a detestava mesmo.
Para ele sua família era apenas Silvana e a bebê.
Agora com aquela sapatão fora do caminho, nada mais o deteria, Silvana era dele, sempre fora. Desde a primeira vez que a viu na recepção da empresa, linda e gostosa, logo descobriu tudo sobre ela, planejou como conquista-la, passo a passo. A única coisa ruim, era que ela tinha uma filha, demorara séculos até poder trepar com ela, já que a meninas atrapalhava.
Então tudo mudara, ela esfriara com ele e depois veio com aquele papo de terminar, quando descobrira sobre a Flor, não conseguiu acreditar, como ela poderia ter o dispensado por outra mulher, como ela pode humilha-lo assim. Então a gravidez foi uma grata surpresa, não que quisesse ser pai, mas se era o preço a pagar para ter Silvana de volta, estava bom. Afinal mulher era ela mesmo, ela que cuidaria da criança.
Mas de novo aquela sapata dos infernos atravessara seu caminho, roubando sua família novamente. E quando ficara sabendo do casamento, simplesmente ficou louco de raiva, jamais deixaria Silvana cair em desgraça se casando com outra mulher e sua filha ser criada no meio de tanta devassidão. Então mais um plano se formou, saiu do radar, as deixaria achando que estavam seguras, espalhou boatos que tinha mudado, mas todo esse tempo apenas esperava o momento certo, durante noves meses foi a sombra delas, muitas vezes as pegou juntas, não queria mas as vezes ficava excitado. Logo se repreendia e culpava a sapata por isso também, perguntando aqui e ali, descobriu que Flor iria ir só para o local do casamento, alugou a Pajero sabendo que o pálio não teria chance contra a força do 4X4, era do questão de criar o momento e finalmente ele chegara.
Como homem tinha que defender suas mulheres, e matar Flor foi apenas questão de justiça, sua justiça.
Seus pensamentos estavam tão surtados que ele acelerava imprudentemente, e sem prestar a devida atenção a estrada fez uma curva muito aberta, não teve tempo nem de gritar quando o caminhão que vinha do lado contrário o pegou em cheio, morreu instantaneamente.
Fim do capítulo
olá,
Não quero sofrer só... joguei o capitulo e fui...
obs: Não odeie a autora... ;)
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Endless
Em: 19/06/2018
Kkkkkkkkkk!! Tá com medinho é? Mandou a bomba, agora aguenta! Mas que merda foi essa?!O escroto era pior do que eu pensava: um doente psicopata! E agora? Não mata a gente de curiosidade não! Eu acredito em milagres, visse? Num se esconde não! Capítulo tenso, mas muito bom. Boa sorte e até o próximo!
Resposta do autor:
Ola,
Ahan ... to sim :(
Sim psicopata total!
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SalesN
Em: 19/06/2018
Han? Como assim larga as coisas assim e vai embora?
Tudo bem que a morte do Pedro eu amei poderia ter sido mais dolorosa....
Volte antes do final de semana por favor não tenho psicológico para esperar o final de semana....
Resposta do autor:
:(
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Socorro de Souza
Em: 19/06/2018
Autora volta aqui...
vc só pode tá de brincadeira né..
sem graça isso viu ...
não quero mais comentar
triste ...
#cacaaautora
Resposta do autor:
:(
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jessicabarbosa
Em: 18/06/2018
Estou desesperada aqui...
Diz q é mentira?
Resposta do autor:
:(
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