CapÃtulo 24 Lembranças
Voltei para o interior da casa pensando comigo que talvez as coisas agora sem a presença de todos poderia ser menos catastróficas, mas o que Lilith diria a garota sobre nós? Como ela reagiria se soubesse que menti mais cedo? Confesso que algumas vezes parecia que Silas tinha dito algo a ela; também achei suspeito como ela concordara rápido com a explicação ruim que dei.
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Chegando no meu quarto Lilith aproximou-se da janela observando os demais indo embora como ela havia ordenado, na presença dela havia um instabilidade carregada de arrogância. Realmente ela tinha um comportamento arrogante e instável se as coisas não saiam de acordo com sua vontade. Entrei no quarto deixando a porta aberta e permaneci próxima a ela como rota de fuga.
- Ela te contou? – Lilith ainda observava lá fora.
- Ela mentiu – Cruzei os braços recordando da conversa mais cedo – Mas Silas já tinha me alertado sobre.
- Ah – Ela me fitou com um sorriso de canto – Silas fala demais e acaba com minha diversão – Ela ajeitou o cabelo espalhando seu perfume pelo ar – Diga-me se sabe de tudo porque ainda permanece como o Rapaz?
- Eu não fiz nenhuma escolha ainda Lilith.
- Tenho que te contar que os beijos de Rafaela são incomparáveis, cheguei a acreditar que essa história de vocês duas era puro exagero – Ela passou os dedos sobre os lábios e caminhou sensual na minha direção – Eu pensei agora pouco se isso poderia ser reciproco na mesma intensidade – Eu dei alguns passos para trás conforme ela se aproximava até ser impedida pela porta – Diga-me Fernanda – Me prendeu com os braços sobre a porta – o que tem guardado nesse coraçãozinho? – colocou o dedo sobre meu peito – Será que ele pode me surpreender com na noite passada? – Acariciou meu rosto.
Ela se aproximou mais de meu rosto aspirando meu perfume, passou os lábios de leve sobre minha bochecha descendo até o pescoço até apoiar o ouvido no meu peito. Seu perfume era embriagante embora estive tensa e meu coração estivesse como batidas forte pela aproximação da bela mulher.
- Atrapalho? – Meus olhos encontraram os de Rafaela sérios cheios de reprovação para nós duas ali, no mesmo instante meu coração acelerou tanto que até eu pude ouvi-lo na minha caixa torácica.
- Por que demorou tanto? – Lilith se afastou lentamente com sorriso nos lábios.
- Me desculpe – Ela disse ríspida passando por nós para dentro do quarto.
- Não fique com ciúmes – Lilith caminhou até ela e abraçou pelas costas dizendo algo no ouvido dela que não consegui ouvir.
- Não – Rafaela se soltou imediatamente dos braços da ruiva – Seu acordo é comigo.
- Eu especifiquei dois beijos – A ruiva sentou-se na cama cruzando as pernas com muita elegância – E não cabe a você decidir por ela – Apontou para mim.
- Devo entender que está descumprindo nosso acordo? – Rafaela a desafiou.
- Abaixa essa bola garota – Lilith levanto subitamente e foi na direção da morena encarando-a com fogo nos olhos – Eu cumpri minha parte até o presente momento, não manche minha honra com suas insinuações, as coisas mudaram de interesse para mim desde de que Silas resolveu intervir - Ela se voltou para mim – Por tanto Fernanda é em você que tenho interesse e cabe somente a você aceitar ou não.
- Aceitar o que? – embora desconfiasse da resposta quis ter uma certeza.
- Quero um beijo seu – Ela caminhou mais uma vez em minha direção – Mas não qualquer beijo, quero que me beije como se estivesse beijando ela – Apontou para Rafaela atrás de si.
- Fernanda não precisa fazer isso – Rafaela parecia suplicar.
- Se continuar me interrompendo vou perde a paciência – Encarou a Morena – E acho que ninguém aqui quer que eu perca a paciência...
- Eu faço – Interrompi a Ruiva – Com uma condição.
- Não está em posição de colocar condições querida, mas diga qual é fiquei curiosa com essa ousadia.
- Só eu e você – Disse firme.
- Dai não tem graça – Protestou como criança.
- Mas é justo, eu não vi seu beijo com Rafaela – Argumentei bancado a esperta para cima da demônia.
- Uhmm – Ela pensou por alguns instantes - Nada feito – Ela sentou-se novamente na cama com graça – Detalhe técnico você não estar lá.
- Tudo bem – Foi Rafaela quem concordou em permanecer mesmo estampado em sua cara o desconforto pela situação – Eu fico olhando – Disse em tom sarcástico.
- Maravilha – Lilith deu um palminha feliz – Agora – Indicou com um leve apalpada sobre o colchão – Vem aqui.
Senti receio por alguns instantes observei a ruiva convidativa, bela e perfeita caminhei a passos lentos para sentar ao lado dela. Rafaela cruzou os braços e estava nitidamente incomodada com a situação. Sentei ao lado dela sem saber o que fazer.
- Lembre-se tenho que acreditar que sou ela – Indicou Rafaela que se mostrou mais incomodada.
Concordei com a cabeça, absorvi todo o ar em volta para tomar coragem em concluir minha parte do acordo. Repeti mentalmente as palavras que Silas havia me dito mais cedo que tudo seria revelado pela ruiva. Embora me apegasse a esse pensamento um turbilhão de outras inseguranças e duvidas me cercavam, como seria beijar Rafaela? Eu já pensara sobre isso de forma passageira, mas o que iria convencer a ruiva no caso? Que verdades poderia estar ali naqueles lábios rubros e convidativos? O que mudaria?
Eu queria a resposta para todas as perguntas e antes de fechar meus olhos rapidamente desviei o olhar indo de encontro com a figura de Rafaela. Ela estava parada ainda com os braços cruzados, a expressão fechado impaciente tentando desviar o olhar e ao mesmo tempo se torturando na curiosidade de olhar. Foram poucos segundos que nossos olhares se cruzaram e no fundo daquele castanho escuro encontrei um brilho conhecido que acalmou meu coração enfim fechei os olhos e segui para o fadigo destino daquela noite.
O cheiro da ruiva ficou intenso e sua aproximação como uma nuvem negra chegara próximo do meu rosto, os lábios se encontraram tímidos.
“– Weldblemel – Uma voz rouca de senhora soou pelas arvores até o ouvido da Ninfa – Weldblemel – O sussurro aumento e a bela ninfa levantou-se das raízes da arvores atenta ao som que chamava por ela.
- Mãe? – Questionou a ninfa olhando para a natureza do bosque a sua volta até uma brisa macia tocar-lhe o rosto e agitar os cabelos com um carinho maternal – Mãe fale comigo – a Ninfa fechou os olhos – Tenho tantas dúvidas; sei que acabarei quebrando as regras tenho tentado lutar e fugir... nadar contra uma correnteza que me arrasta para longe de tudo que sou e conheço – Uma lagrima escorreu dos olhos da bela criatura, que desabou sobre a relva do bosque – Mãe me ajude – A lagrima escorreu do rosto da loira até cair sobre o chão e um vento soprou mais forte por ela.
- Criança por que choras? – Uma senhora surgiu com pele remetente a uma casca de salgueiro, cabelos longos e brancos com fios de agua caindo de uma cachoeira, vestida com a relva dos bosques em forma de um longo vestido.
- Mãe Gaia – A ninfa não dignou-se a olhar para senhora – Eu não compreendo o que se passa em meu coração.
- O que não compreende? – A senhora atentou-se em pegar um figo maduro pendurado no galho de uma arvore e sentou-se sobre uma raiz sobressalente.
- Esse buraco dentro de mim, essa dor que não provem de nenhuma ferida, essa sensação de busca sem proposito e como tudo isso desapareceu quando eu não fugi dos Arcanjos como todos os outros o fizeram – A ninfa levantou–se mas manteve os olhos baixos sem encarar a Deusa degustando o figo – Estou disposta a renunciar a tudo que meu deu, tudo que sou para ficar próxima de um deles - Qual deles? – Perguntou a senhora com curiosidade.
- Khadriel – Ela disse em um fio de voz.
- Meu coração se alegra que tenha finalmente encontrado o que é dado a outras criaturas apenas uma ilusão distorcida desse proposito – A senhora estava serena – Embora estejam separadas por uma infinidade de impossibilidades ainda sim se encontraram.
- Mãe eu não entendo.
- Weldblemel ela é sua Alma gêmea mas não qualquer alma gêmea porque são criaturas diferentes, porém provem da mesma energia de existência dividida em seres complementares de si mesmo; onde um é a falha o outro é a fortaleza, juntas vocês fazem a ponte para uma energia pura e rara.
- Não somos únicas? – Finalmente a ninfa olhou nos olhos da senhora.
- Não, mas são uma recorrência bem forte... Não precisa mais fugir dos seus sentimentos, o que vai acontecer irá acontecer de qualquer forma, não existe nada nesse universo que possa impedir – A senhora levantou e caminhou na direção da Ninfa e acolheu o rosto da mesma em suas mãos com carinho – Minha filha favorita eu dei a ti o poder sobre tudo que está na natureza, te dei a chave para os bosques e florestas, te dei parte do que sou, parte do que criei e agora eu te aconselho que há mais pura das felicidades entre vocês, mas também o maior dos sofrimentos pois sem saber da existência uma da outra existia uma agonia e agora se houver uma perda será como rasgar a si mesmo.... Eu te criei na Terra onde existe estabilidade e certeza; ela foi criado no ar onde se opõem: instabilidade e duvida.
Um choque percorreu meu corpo muitos fleches de outras vidas passando pela minha cabeça, um absurdo de informações somadas diante dos meus olhos. Senti uma inercia quando me deparei comigo mesmo olhando para Rafaela que apenas sorria gentilmente sobre uma macieira. A brisa soprava agitando os galhos, os fios escuros do cabelo dela; o sol quente como um abraço caloroso aquecia minha pele. Nossos olhos se encontraram serenos e cúmplices da verdade sobre nós e caminhei cada passo mais firme até seu encontro. Parei diante dela olhando cada mínimo detalhe do seu rosto, minha mão buscou pela dela automaticamente entrelaçando os nossos dedos carinhosamente. Enquanto a outra percorreu o rosto dela até escorrer lentamente até a nuca dela e meus olhos se concentrarem em seus lábios diante de mim.
Lentamente eu a puxei para nos encontrar; fechando lentamente meus olhos até tocarem a superfície macia e quente explodindo dentro do meu peito com um calor percorre veloz por toda a extensão do meu corpo. Abri meus lábios para explorar e a sensação de completo tomava conta e cada segundo mais eu me perdia nos movimentos aprofundando aquele beijo cheio de carinho e saudade.
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Meu peito latej*v* de angustia pelos momentos que teria que presenciar, embora tivesse preparada para olha-la fazer isso com Lucas a impressão que eu tinha naquele momento que isso era teoria. Na pratica eu sentiria exatamente a mesmo coisa e talvez pior a cada dia pois ali não passava de um acordo sem a menor importância, se ela estivesse apaixonada pelo meu amigo isso me torturaria diversas vezes e será que eu estava disposta a passar por isso? Bella tinha me dito que era uma relação falha pelas circunstâncias, seria arrogância pensar dessa forma ou mesmo egoísmo? E os sentimentos deles, eu sabia o que a noite anterior e o decorrer do dia tinha despertado dentro de mim e quanto ela? O que pensaria de tudo se soubesse a verdade?
Eu olhei a preparação dela diante de Lilith, tomando o ar em seus pulmões e provavelmente coragem. Diante do alerta da ruiva ela concordou fazendo minha atenção de dividir entre a curiosidade e o impotência de ficar parada ali apenas observando. Era uma tortura interna que me devorava por inteiro por fim a curiosidade foi maior. Quando os lábios de ambas se tocaram timidamente uma fúria tomou meu peito e só conseguia pensar em como eu queria bater no rosto perfeito de Lilith, minha respiração se tornou mais frenética, serrei os punhos o mais forte que pude para não interromper. Uma das mãos de Fernanda puxou Lilith para mais próximo fazendo o beijo ficar mais intenso, dei um passo na direção delas com a fúria explodindo dentro e mim, respirei fundo desviando o olhar pra a janela olhando fixamente a luz no poste recuando o mesmo passo. Os segundos ali tinham um peso muito grande parecia a eternidade em um único momento de agonia pra mim. Até que Fernanda finalmente se afastou ofegante encarando a ruiva.
Lilith apenas passou a mão pelos fios ruivos e sorriu para a garota dando um tapinha leve na coxa da mesma enquanto levantava arrumando a roupa.
- É bem difícil me surpreender imagina ainda mais ser surpreendida duas vezes em menos de 24 horas – Ela me olhou com um sorriso irônico – Coitado do garoto não tem chance alguma contra você, espero que esteja preparada para não Machuca-lo muito – Ela olhava para mim mas eu senti que as palavras era para Fernanda – Rafaela não fique enciumada pois meu coração é todo seu – Ela aproximou-se tomando meu braço e puxando para fora do quarto.
- Que coração? – Questionei com ironia.
- Não seja insolente – Ela deu um leve tapa no meu ombro e descemos a escada até a sala onde ela apanhou o casaco e colocou – Está na minha hora, espero que tenha sido tão bom para você como foi para mim.
- Foi ótimo – Ironizei mais uma vez.
- Rafaela acho que percebe as coisas de forma muito negativa – Ela se virou indo na direção da porta e eu a segui para abrir o portão – Diga-me como o rapaz se sentiria se visse como ela me beijou sabendo que é assim que ela gostaria com você?
Parei refletindo sobre a situação e mentalmente agradeci que das probabilidades que eu havia pensando essa não estava entre elas e me parecia muito melhor.
- Então tenha mais respeito por mim, é muito fácil separar vocês sem movimentar uma palha – Ela parou diante do portão – Fique grata pela minha bondade que para como você grande nessas 24 horas.
Ela puxou o trinco antes que pudesse dizer alguma coisa e saiu rápido, quando coloquei minha cabeça para fora do portão buscando por ela nada havia na rua além do barulho dos carros, cachorros latindo e a vida urbana.
Fechei o portão pensando que definitivamente isso já era normal naquela existência desde do surgimento de Alameth. Voltei para dentro da casa e percebi que Fernanda estava descendo a escada silenciosamente. Ela parou no meio da escada quando me viu entrando e eu parei próximo a porta, ninguém ousou se mexer, ficamos nos olhando sem saber o que dizer uma para outra até que ela colocou fim no silencio.
- Por que você mentiu pra mim? – Ela segurou firme no corrimão de metal e vidro.
- Você também mentiu para mim – Encarei.
- Eu não menti sobre nada, te perguntei sobre nós.
- Você me sondou e omitiu que sabia de tudo.
- Eu não sabia de nada, tinha um pressentimento – Ela se defendeu de minhas acusações – Khadriel ultimamente você tem me afastado e tomado todas as decisões sem ao menos me perguntar como eu me sinto – Ela desceu mais alguns degraus.
- Fernanda você está bem? – Ela continuou vindo na minha direção mas parecia diferente de antes, Estava mais séria e até o jeito de andar mudara.
- Eu me lembro de tudo Rafaela minha cabeça parece que vai explodir, sinto que tem muitas vozes na minha cabeça e elas estão zangadas com você – Ela parou próximo de mim – Por que você não se lembra?
- Eu me lembro de algumas coisas, lembro de algumas vidas mas não lembro de nada no início – Eu forcei minha memória inutilmente – Desculpe Fernanda queria muito me lembrar como você agora – Eu sorri para ela.
- Acho que você não gostaria dessa confusão na sua cabeça – Aponto para têmpora - é como se eu fosse elas mas elas não fazem parte de mim.... Faz algum sentido para você?
- Um pouco – institivamente eu peguei a mão dela para transmitir minha compreensão.
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Olhei para mão dela segurando a minha e rapidamente me recordei da visão, fitei o rosto dela confuso para mim, provavelmente eu deveria estar parecendo uma louca dizendo algumas coisas, só que não tinha bem um controle do que ia falando ou fazendo. Realmente havia uma confusão dentro de mim e a única coisa unanime que me fazia focar era a presença de Rafaela diante de mim.
Mesmo magoada, zangada e confusa era fato que eu queria abraça-la, queria toca-la, queria finalmente e definitivamente beija-la. Aquele simples gesto dela tocar minha mão quebrou meu controle sobre qualquer impulso que eu pudesse segurar. Acaricie o rosto dela com carinho sentindo a suavidade de sua pele e o calor aconchegante. Tentei me segurar, porem era gradativo e magnético mais e mais eu me aproximasse até sentir a respiração quente se chocar contra meu rosto, minha respiração se tornou mais intensa, meu coração disparou, rapidamente eu acolhi o rosto dela em minhas mãos para finalmente acabar com aquele espaço e beija-la. Os olhos dela se fecharam com quem se rende na inerte aguardando o fim daquele espaço, quando eu cheguei a centímetros de conclui-lo.
- Por favor não faça isso – Eu parei e recuei ainda com o rosto dela em minhas mãos.
Ela colocou suas mãos sobre a minha com carinho abriu lentamente os olhos e me fitou com ternura, tombou a cabeça soltando um longo suspiro.
- Não posso fazer isso com um dos meus melhores amigos – Ela tirou minha mãos com delicadeza do rosto dela diante da minha cara de frustração e as soltou – Sei que compreende - Rafaela se virou puxando a mochila do sofá pra ir embora naquele momento.
Minha falta de controle foi tão grande que em um movimento rápido eu a puxei pelo braço e coloquei contra a parede.
- Você está falando sério? – Eu cuspi as palavras com raiva.
- Fernanda ficou maluca? – Ela indignou-se.
- O que eu sou para você Rafaela? – Ela arregalou os olhos surpresa com minha pergunta.
- A namorada do meu amigo? – Ela disse confusa.
- Apenas isso?
- Não – Ela desviou o olhar.
- Foi tranquilo para você ficar parada em pé ali olhando meu beijo com Lilith? – Eu estava totalmente fora de controle.
- Não.
- Sentiu Ciúmes ou inveja? – Era como uma fogo que queimava sem fim dentro de mim, eu queria saber, queria quebrar aquilo que ela estava fazendo para me afastar.
- Senti – Ela parecia incomodada mas permaneceu parada sem me encarar.
- O que sentiu?
- Inveja e Ciúmes – Ela me enarrou firme em sua resposta.
- Por que? – Persisti.
- Inveja dela poder te tocar, Ciúmes que mesmo em pouco tempo ela colocou as mãos imunda em algo que é meu – Ela falou um pouco mais alto.
Instabilidade foi que ouvi algo dentro de mim dizer chegando na conclusão que finalmente ela estava saindo dos muros que criava a muito tempo, agora eu poderia tirar coisas sinceras dela se soubesse o que falar e aonde cutucar.
- Se sabe que pertencemos uma a outra porque diabos está colocando obstáculos entre nós? – Pergunta chave.
- Eu não me lembro de tudo como você, mas me lembro de ter que te deixar sozinha, da minha arrogância, de te perde por egoísmo – Ela fechou os olhos revivendo a dor da memória - Fernanda eu quero muito ficar com você mas eu já decidi que não vai ser agora.
- Eu vou perguntar uma única vez – Respirei fundo – Tem certeza? –Ela excitou por um momento.
- Tenho – Eu me afastei sem olha-la me dando por vencida.
Depois que ela saiu dali quase que correndo eu fechei a porta e apaguei todas as luzes subindo para meu quarto, frustrada e magoada pelos acontecimentos. Diversas mensagens chegaram e não respondi nenhuma, apenas sentei diante da escrivaninha do meu quarto e refleti sobre tudo que acontecia, sobre minhas memorias, sobre o Clã.
Como criança eu achei que chegaria algum lugar com Rafaela e ela se abriria deixando cair todas as amarras que ela mesmo tinha colocado em si ou não?
Continua...
Fim do capítulo
Desculpa gente, tive um probleminha tecnico com meu notebook.
Ainda bem que já solucionei.
bjs
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