CapÃtulo 80
O motorista corria, costurando os carros na rodovia. Camila pediu que diminuíssem a velocidade, mas ouviu o grito do segurança da empresa mandando ficar calada, o que assustou Enzo, levando-o a chorar.
-- Manda esse pivete se calar ou jogo ele pela janela. – o homem gritou.
-- Não! – apertou o menino entre seus braços. – Calma meu amor, estou aqui. – beijou várias vezes a cabeça do menino enquanto lhe fazia carinho. Olhou para Vilma. – Por favor, ele é só uma criança.
-- Problema seu e dele se não calar a boca. – Camila estava assustada e pensou em Melissa. – “Por favor Mel, aparece para nos ajudar.” – pediu como prece.
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-- Mel, entramos em uma estrada de barro, está cheio de buracos e não sei se o sinal vai continuar. – avisou preocupada com o sinal.
-- Isadora, está falando enquanto dirige?
-- Melissa, está conectado ao som.
-- Recebemos a localização, ainda estamos no trânsito da rodovia.
-- Desliguei os faróis, estou me guiando por eles.
-- O que? – Melissa perguntou preocupada e Ulisses fez um sinal para ficar tranquila.
-- Ela está certa, sabe mesmo seguir uma boa pista. – Isadora ouviu e sorriu.
-- Viu Melissa Cristina? Tem gente que acredita em mim.
-- Eu também, meu amor. – confessou emocionada. – Só toma cuidado e espera a gente.
-- Mel, vou mandar de novo a localização, estou indo para o meio do mato, não sei se ainda terei o sinal.
-- Isadora, por favor, cuidado... – a ligação caiu. Melissa olhou para o tio. – Eles pegaram Camila e meu filho... – passou a mão pelo rosto. - E agora Isadora se met* no meio.
-- Essa loira é mais osso duro do que todos aqui. – Enrico brincou, mas Melissa permaneceu em silêncio, estava preocupada.
-- Ela é muito esperta, isso sim. – Ulisses completou pensativo.
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Isadora viu quando o carro parou diante de uma casa grande, parecia uma fazenda abandonada. Ela parou o carro por trás de algumas árvores e acendeu a luz do celular apontando para o chão, antes de descer. Viu que ainda tinha sinal e mandou nova localização para Melissa e depois ligou.
-- Mel, isso parece uma fazenda abandonada.
-- Você está longe deles, não é? – Isadora revirou os olhos.
-- Claro. – olhou ao redor e viu uma movimentação de longe. – Eles desceram e entraram na casa, mas consigo ver daqui uma movimentação de vários homens.
-- Quantos? – Ulisses interrompeu.
-- Não consigo ser precisa, mas uns quinze ou mais. – continuou por trás das árvores e viu quando uma luz apareceu. – Que loucura! – pensou alto.
-- O que foi? – Ulisses perguntou preocupado.
-- Eles acenderam o que parece um farol, no meio do mato. – Ulisses olhou para Drigo.
-- Eles estão esperando reforço.
-- Olha lá... – Enrico gritou e mostrou a luz aparecendo no céu.
-- Estamos perto. – Melissa gritou para Isadora.
-- Eu vou colocar o celular no silencioso, vou me aproximar.
-- Isadora, espera!
-- Melissa, não sei o que pretendem fazer com Enzo, não estou afim de esperar quieta.
-- Isadora...
-- Eu amo você e vou pegar Enzo de volta. – desligou e colocou o celular no bolso. – Pensa Isadora, o que vai fazer agora? – olhou para o grupo de homens e viu que dois conversavam mais afastado. Ela sorriu e pegou um pedaço de pau, aproximou-se e bateu com força na cabeça de um deles, quando o outro fez menção em reagir, chutou entre as pernas e depois bateu com força na cabeça dele. – Dois a menos. – olhou ao redor e viu uma corda, amarrou e puxou para fora do campo de visão. Revistou os dois e quando estava desistindo, achou uma arma. – Ótimo! – revirou os olhos. Voltou a olhar para casa e viu a porta aberta, precisava passar por lá sem que ninguém a visse. Pensou e sentiu o celular vibrar, olhou o visor. – Oi Mel...
-- Onde você está?
-- Próxima a casa, analisando a melhor forma de entrar.
-- Fica aí, estou chegando. – declarou baixinho, não demorou muito e Isadora os viu se aproximar. Ulisses olhou para os dois homens amarrados e bateu na mão da loirinha.
-- Maravilha!
-- Os dois podem ficar quietos? – Melissa perguntou irritada. – Você vem comigo. – puxou a loirinha para si.
-- Olha ali... – apontou. - Eu posso subir pela árvore.
-- Não viaja Isadora. – Enrico reclamou.
-- Ela está certa, pelo tamanho e peso pode subir com facilidade.
-- Ulisses...
-- Estou falando sério.
-- Vamos entrar e detonar. – Enrico sugeriu.
-- E ferimos Enzo, Camila e quem estiver por lá. – Isadora completou com ironia.
-- Qual o sentido de Isadora subir sozinha e ficarmos aqui?
-- Enquanto detonamos aqui embaixo e atraímos atenção de todos, ela procura lá por cima.
-- Eu vou junto. – Melissa interrompeu.
-- Mel, não sei se aquilo lhe aguenta.
-- Eu tenho altura, não sou tão pesada. – olhou para Ulisses. – Isadora sobe na frente e eu vou atrás, quando chegarmos lá faço um sinal e vocês começam a festa.
-- Senti firmeza. – fez sinal para os homens que apontaram as armas para cobri-las enquanto subiam. Isadora não teve dificuldades em chegar ao topo, o que surpreendeu Melissa.
-- Parece uma biblioteca... – olhou ao redor. Melissa entrou e se aproximou da porta, abrindo-a um pouco.
-- Um corredor em U e estamos no centro. – Isadora se aproximou por trás e olhou para os lados.
-- Direita e você esquerda, no meu coração. – beijou a mão da morena que alisou seu rosto.
-- Se cuide.
-- Por e para você. – beijaram-se. Os tiros começaram, além de barulho de explosões. – Ulisses é bom nisso. – Melissa revirou os olhos e pegou a arma, saiu pelo corredor. Isadora fez o mesmo no sentido contrário.
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-- Presente para o quase vovô Timóteo. – Bruna apareceu em uma adega acompanhada de Vilma e mais dois homens, um deles empurrava Camila que trazia Enzo nos braços.
-- Vejo que você cumpre o que fala. – disse sorrindo. – Ela de perto é ainda mais linda. – elogiou Camila após avaliar seu corpo de cima a baixo.
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-- Ela é linda! – Timóteo elogiou o corpo da veterinária.
-- Este é seu presente. – Bruna afirmou com sarcasmo e a empurrou na direção do homem mais velho.
-- Não me empurre! – disse entre dentes, segurando a raiva.
-- Olha que ela tem coragem. – tentou bater no rosto da morena, mas ela desviou e protegeu o menino. – Eu não sei o que Vanessa viu em você.
-- Vanessa? – perguntou surpresa.
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-- Papai, Isadora está demorando a ligar hoje. – Eliezer sorriu com a observação de Rute que o olhou curiosa. – O que foi?
-- Ela ligou hoje cedo, eu tinha acabado de acordar.
-- Por que tão cedo? – perguntou intrigada enquanto servia o prato do velho homem.
-- Queria me contar a grande ideia dela. – lembrou-se da conversa que teve com a neta.
-- Vô?
-- Oi querida.
-- Estou ligando para avisar que amanhã irei me casar.
-- Casar? Com quem? – assustou-se com a notícia.
-- Com quem vô? Melissa, claro. – Eliezer riu da neta.
-- E você avisa assim?
-- Queria que fizesse como?
-- Na companhia da noiva, no mínimo. – foi a vez de Isadora rir.
-- Ela não sabe.
-- Como ela não sabe?
-- Não sabendo.
-- Como é isso menina?
-- Vô, semana que vem, depois de...
-- Isadora! – a repreendeu.
-- O senhor sabe... – falou rápido. – Vamos aí e explicamos melhor.
-- Papai, eu não sei mais o que fazer com essa menina. – Rute disse após passar a mão no rosto.
-- Não faça nada, elas precisam recuperar o tempo perdida. – disse sorrindo.
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-- Mel... – Isadora falou pelo fone que Ulisses lhe deu.
-- Oi... – respondeu, também, pelo fone. Todos possuíam um fone para comunicação.
-- Não tem ninguém aqui.
-- Aqui também está limpo... – esticou-se e olhou para baixo, acompanhando a escada. – Isa, eu vou descer. – Isadora se aproximou por trás.
-- Amor, eu vou com você. – Melissa a olhou de forma avaliadora.
-- Cuidado! – desceram juntas. Quando chegaram ao andar de baixo, três homens se aproximaram com armas apontadas para morena que pensou em reagir, mas Isadora foi mais rápida e atirou no primeiro, Melissa o puxou antes de cair e usou como escudo, enquanto acertava os outros dois.
-- Podia deixar um para contar a história. – resmungou olhando para morena.
-- Acha mesmo que ele iria falar? – perguntou enquanto soltava o homem.
-- Acho. – estreitou os olhos verdes observando-a. – Eu faria cantar a bola.
-- Se eu não estivesse tão preocupada com meu filho e Camila, pagaria para ver algo assim.
-- Não me subestime Melissa Cristina. – desafiou.
-- Vocês querem deixar o namoro para depois? – Enrico perguntou irritado.
-- Não estamos namorando... – a loirinha rebateu.
-- Não enche Enrico. – a morena completou. Desceram e perceberam que não havia ninguém no térreo, as duas se olharam surpresas.
-- E agora? – Isadora perguntou sem saber para onde ir.
-- O que foi? – Ulisses interrompeu.
-- Não tem ninguém aqui. – Isadora respondeu ao policial.
-- Deve ter alguma passagem... – Melissa disse olhando ao redor. A loirinha observou a morena e viu quando ela empurrou uma parede. – Achei! – Isadora se aproximou para ajudá-la e ouviu vozes.
-- Mel, tem gente lá dentro.
-- Ulisses, na área por trás de uma cozinha tem uma parede falsa.
-- Interessante. – disse pensativo após cortar a garganta de um homem. Enrico assistiu à cena e teve vontade de vomitar com a frieza do policial.
Alguns homens apareceram e Melissa olhou para Isadora.
-- Amor, vai na frente e encontra meu filho. – Isadora segurou a mão da morena.
-- Se cuida?
-- Por e para você.
-- Promete cuidar do ombro?
-- Pode deixar. - respondeu com um sorriso de lado, empurrou a loirinha para dentro, fechou a parede e se colocou por trás de outra parede, protegendo-se das balas.
Isadora prosseguiu em alerta, foi em direção ao som de vozes.
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-- O que você está fazendo aqui? – perguntou surpresa para veterinária.
-- Vanessa, eles nos trouxeram aqui. – Camila se apressou em explicar.
-- Ela pensa que você vai ajudá-la. – Bruna falou sorrindo para delegada. – Ela realmente acredita que você está do lado deles. – beijou a delegada que não correspondeu.
-- Espera Bruna... – a segurou pelas mãos. – Não era para pegar Camila. – a veterinária olhou de uma para outra e deixou rolar uma lágrima. Enzo apertou forte os bracinhos ao redor do pescoço de Camila. Isadora ouviu a tudo e percebeu uma brecha no teto que era aberto entre um cômodo e outro. A loirinha se esticou e subiu quase se arrastando, ligou o celular e deixou filmando. - "Agora temos uma delegada envolvida, isso pode gerar problemas para todos nós." - pensou com pesar após perceber a presença do pai. - "Por que papai?" - estava realmente triste em vê-lo ali.
-- Não acredito que você ainda gosta desta vagabunda. – afirmou cruzando os braços. Timóteo assistia a toda conversa com uma expressão de nojo.
-- Combinamos uma coisa e você está fazendo outra. - olhou para veterinária. - Camila não deveria fazer parte.
-- Está com pena da sua amada? - Bruna demonstrava um misto de ciúmes e raiva de Vanessa que permanecia olhando para Camila. A veterinária viu sinceridade nos olhos da delegada.
-- Não Bruna, você sabe que a amo. - puxou a morena para um beijo. - Apenas imaginei que seguiríamos o plano.
-- Que plano Vanessa? - Camila perguntou com a voz embargada.
-- Acabar com Melissa Cristina e todo o rastro de sua existência. - Bruna se antecipou em responder.
-- Matar uma criança? Que mal ela lhe fez? - perguntou irritada, segurando o choro para não assustar Enzo.
-- O que me fez? - Bruna se aproximou. - Ele roubou tudo o que seria meu.
-- Seu?
"Ela é completamente louca... Surtada!" - Isadora pensou e estudou o local, precisava tirar Enzo e Camila dali.
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-- Essa é a mulher que dona Bruna quer matar. - um dos homens avisou. Melissa estava entre três homens que aos poucos fechavam o círculo entre ela.
-- Não quero machucar ninguém. - avisou com um olhar gélido e uma expressão quase sádica.
-- Sua puta, vamos lhe matar e arrancar sua cabeça fora. - um dos homens falou com um sorriso debochado.
-- Dona Bruna vai pagar bem.
-- Primeiro a cabeça de vocês... - olhou entre os três. - Só não sei o proveito que ela terá com uma boca cheia de dentes podres como a sua. - provocou o primeiro homem.
-- Sua... - foi para cima dela com um pedaço de pau, mas Melissa bloqueou o golpe com uma panela que encontrou no chão e chutou forte entre as pernas do homem que caiu de joelhos. Virou-se e golpeou o outro no rosto com o pé e bateu com força no rosto do outro com a panela, usando-a ainda para bater na cabeça do primeiro que caiu de joelho, fazendo-o desmaiar. Ela pegou o pau e bateu com força na cabeça do terceiro que ficou desorientado, fácil golpeá-lo no estômago, fazendo-o cair. O segundo pegou uma arma e para ela apontou, mas Enrico chegou a tempo de atirar e salvá-la.
-- Titio! - disse sorrindo.
-- Meu pai iria me encher se algo lhe acontecesse.
-- Vem, estou preocupada com Isadora.
-- Ouvi e estou ótima! – respondeu baixinho.
-- O que você viu por aí?
-- Aqui é o ninho da cobra e Vanessa é uma delas.
-- Quem? – Ulisses estava no meio do tiroteio, parou para ouvir a conversa.
-- Vanessa Caládio, a delegada insuportável. – Enrico concluiu.
-- Essa mesma.
-- Que porr* é essa? – Ulisses gritou irritado. – Cristina, o que essa vaca está fazendo aqui? Agora não posso matar ninguém. – estava muito irritado. Todos se comunicavam pelo microfone que tinha um fone, mas Isadora falava pouco, com medo que escutassem e descobrissem ali.
-- Gente, eu preciso tirar Enzo e Camila daqui.
-- Isa, você está com celular?
-- Estou filmando tudo. – sussurrou.
-- Drigo, manda o rádio, pede ajuda ao capitão. – Ulisses ordenou irritado. – Oh vida injusta! – concluiu após atirar na cabeça de um dos homens que se aproximava da casa. – Na hora da limpeza geral, chega a vaca para atrapalhar. - Um homem se aproximou e bateu com força em Enrico, fazendo-o se desequilibrar. Melissa foi golpeada no abdômen e no ombro, sentiu uma dor forte e se ergueu irritada.
-- Eu odeio homem que bate em mulher. – o ergueu pela camisa e cabeceou. Depois deu uma joelhada entre suas pernas e por último, o fez cair com um soco.
-- Cara, adoro quando você se irrita assim. – Enrico avisou enquanto se levantava. Isadora ouviu o rosnado da morena e desejou que estivesse ao seu lado, ajudando-a.
-- Melissa, cuidado com o ombro. – pediu quase sussurrando.
-- Eu tenho, mas avisa a esses “fdps” para eles não mirarem no mesmo local. – esfregou o ombro com dor e quando se virou, só teve tempo de desviar de outro soco. – Seus porcos, ataquem os homens, mas preferem as mulheres, somos o sex* frágil e mais vulneráveis. – todos ouviram a reclamação da morena e se surpreenderam, seguraram os risos.
-- Cristina, quem inventou essa de sex* frágil não conhecia você e Isadora. – Ulisses declarou em tom divertido. Isadora riu e ouviu a morena resmungar algo indecifrável.
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-- Melissa Cristina é a única herdeira de uma grande fortuna. Descobriram que meu irmão é filho do velho, ou seja, ele agora é herdeiro. – sorriu. – Junte um com dois e você vai entender direitinho.
-- Deixe Enzo fora disso, Melissa pagará bem. – outra gargalhada.
-- Acha mesmo que a deixarei cantar vitória? – Camila olhou para Vanessa.
-- Vanessa, por favor... – Camila implorou quase chorando, mas Bruna a interrompeu.
-- Cale-se! – empurrou a veterinária e assustou Enzo que começou a chorar. – Faça-o calar a boca ou vou bater nele. – Camila apertou o menino entre seus braços e beijou sua cabeça.
-- Vamos resolver logo isso... – Timóteo interrompeu. - Lá fora está a maior guerrilha e não podemos perder tempo. – avisou após ouvir uma das explosões.
-- Ela está aí. – Vanessa avisou olhando para Bruna. – Não podemos perder mais tempo. – Bruna gritou para um dos homens.
-- O que está faltando para matar aquela vadia e sua cadela de estimação?
-- Dona Bruna, os homens estão tentando, mas ela é difícil. – Bruna bateu no rosto do homem e gritou.
-- Ou você vai lá e mata aquela cadela, ou eu mesma lhe mato. – o homem a olhou com os olhos arregalados.
-- Sim... Sim senhora.
-- Chega! – Timóteo gritou. – Vamos voltar ao nosso objetivo.
-- Concordo com Timóteo. Vamos perder a oportunidade de ganhar dinheiro com o resgate. – pegou a mão de Bruna e olhou para o segurança. – Segure-os aqui, enquanto saiu por trás com pessoal. – Isadora ouviu e avisou a Ulisses.
-- Ulisses, Vanessa vai sair por trás com o pessoal. Estão todos armados e pretendem cobrir a saída de Bruna com Camila e meu pai.
-- Enzo? – Melissa perguntou aflita, enquanto trocava tiros com mais um grupo de homens.
-- Está com Camila... – Isadora viu que Bruna fez sinal para um homem quando Vanessa deu as costas. Seria um plano de eliminar a delegada? Ou pior do que isso, Camila e Enzo? Pensou aflita e informou ao grupo. - Eu vou atrapalhar...
-- Não! – Melissa gritou para loirinha que chegou a se arrepiar com o tom preocupado da namorada. – Você não vai fazer nada. – exigiu.
-- Mel, eu não vou deixar levar Enzo. – Melissa relutou, mas a loirinha foi determinada. – Eu vou tirar o fone e não esquece que deixei meu celular filmando, quero que envie tudo para Francisco e acabamos com Vanessa e suas manobras de enganar a justiça.
-- ISADORA! – gritou.
-- Cris, vai lá que eu lhe cubro. – Enrico avisou e ela seguiu em direção a passagem secreta.
Isadora desceu da passagem em que se escondia e foi para trás da porta, precisava pensar rápido. Bruna se aproximou da porta, a loirinha viu um antigo “socador” de pilão e segurou firme.
“Pesado, bom para bater e difícil de equilibrar.” – pensou enquanto segurava. – “Talvez com a força e altura da Mel eu conseguisse equilibrar.” – riu com o pensamento. Aproximou-se da porta e abriu um pouco, sem que ninguém percebesse. Camila estava segurando Enzo, o menino chorava por causa do empurrão que Bruna havia dado na veterinária. – “Infelizmente, terei que usar uma arma e pedir a Deus que me ajude”.
-- Vilma, pegue este pirralho antes que eu o mate.
-- Precisamos dele para negociar. – Vanessa avisou a namorada.
-- Podemos negociar o corpo, não vejo problemas. – Vilma esticou os braços para pegar o menino, mas Camila não deixou.
-- Dona Camila, passe o menino. – Vilma pediu, Timóteo viu que a veterinária iria desviar novamente e a empurrou depois de tentar puxar o menino. Foi muito rápido: Camila desviou do homem e abraçou forte a criança, ela percebeu que o segurança tinha uma arma pendurada no cinto, e sem pensar muito, resolveu puxar e apontar para Vanessa, a única aparentemente armada. Bruna pegou outra arma e mirou em direção a Enzo, ela puxou o gatilho, mas Isadora pulou para dentro da sala, empurrou a veterinária, desviando-os da rota da bala e retribuiu o tiro. Camila caiu sem soltar o menino e ouviu o grito de Vanessa, só então percebeu que ela estava ao lado do corpo de Bruna. A delegada pegou a arma da namorada e apontou para loirinha que estava deitada com a mão na barriga.
-- Você matou a minha mulher... - Vanessa gritou e quando destravou a arma, sentiu algo transpassar seu ombro, causando-lhe dor e queimação, ela olhou para o lado e viu a última coisa antes de sentir mais uma bala lhe atingir. – Cri... – caiu desmaiada.
-- Mel, ela atingiu Isadora. – Camila gritou para morena que se jogou no chão e abraçou a loirinha, esqueceu-se de tudo ao redor, Timóteo se preparava para atingi-la quando Ulisses e Enrico chegaram ao mesmo tempo, ele não soube dizer de quem veio a bala que o atingiu.
-- Isa... – Melissa a pegou em seu colo e lhe beijou. – Amor... Fala comigo... – pediu chorando. Enrico viu a cena e pegou o telefone, chamou uma ambulância.
-- Ei, calma... – forçou o sorriso. – Estou bem... – segurou a mão da morena que acariciava seu rosto e beijou. – E nosso... Moreno? – esforçou-se para concluir.
-- Isa... Meu amor, aguenta firme, a ambulância está vindo. – olhos azuis se encontraram com os verdes. – Nosso moreno está bem. – as duas olharam para Camila que se aproximou com o menino.
-- Ele está bem, Isa. – Vilma fez menção em sair do ambiente, mas Ulisses apontou a arma para ela.
-- Se eu fosse você, ficaria bem quietinha aí. – Enrico chamou a sua atenção. – O meu amigo está louco para matar uma mulher hoje.
-- Odeio quando só mato macho. – explicou imitando uma voz infantilizada.
-- Mel... – apertou a mão da morena. – Manda... vídeo... pa... para Fran...cisco.
-- Calma Isa, não force, concentre suas forças. – Melissa pediu, sem se importar com as suas lágrimas. Isadora passou a mão pelo rosto angular e forçou o sorriso.
-- Não chore... morena... – Melissa beijou os dedos da loirinha.
-- Dona Cristina, achei o celular dela. – um dos homens que trabalhava para seu avô avisou.
-- Viu? Agora vamos mandar tudo para Francisco. – Enzo voltou a chorar e elas olharam para o menino. Camila leu a preocupação pairando pelos olhos azuis e tranquilizou.
-- Ele está bem, só o agito e barulho. – disse sorrindo, Melissa correspondeu ao sorriso, mas ao voltar a olhar para loirinha, percebeu os lindos olhos verdes fechados.
-- Isadora... Isadora... – chamou quase sacudindo-a. Ulisses se aproximou e sentiu o pulso da loirinha.
-- Que merd* de ambulância demorada! – olhou para os homens que entenderam e voltaram a chamar o socorro pelo rádio.
-- Isadora... – chorou com a loirinha no colo. – Por favor, não me deixa sozinha.
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-- Ei cara, eu lhe dou uma boa soma se você me deixar sair. – Joaquim falou baixinho para o homem que lhe vigiava. – Posso conseguir uma soma para você não precisar trabalhar mais.
-- Barba de bode, ninguém aqui quer você livre. Aqui não tem esse negócio de lei do convento livre. Aqui é pau, pau e queixo, queixo. – Joaquim olhou para o homem que agora estava rindo com as observações de Júnior.
-- Pelo menos não me deixe sozinho com ele. – José entrou a tempo de ouvir.
-- Vou deixa-lo com ele e mais dez homens. – olhou para o grande homem que o acompanhava. – Ulisses está vindo para cá... – viu os olhos de Joaquim crescerem assustados. – Acabou e agora ele vai querer brincar com o ratinho que foi capturado.
-- Como está o meu filho?
-- Meus netos estão bem, o mesmo já não posso falar dos seus comparsas.
-- E não vamos falar de você, tá ligado? Ulisses vai fazer pior que a tropa de celulite. – José revirou os olhos.
-- De olho nele. – apontou para Joaquim. - Podem deixar o Júnior conversando, vai ser bom esse contato amigo. – disse com ironia e o segurança sorriu.
-- Pode deixar, patrão.
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Francisco viu o número da loirinha chamar em seu celular e sorriu.
-- E como está a despedida de solteiro da noiva mais linda do Brasil? – Melissa ouviu a pergunta e não entendeu.
-- Como? – ele reconheceu a voz da morena.
-- Melissa?
-- Sou eu... Francisco, o que você perguntou antes?
-- Na... – engoliu em seco. Isadora lhe mataria se falasse dos seus planos. – Nada, eu só me enganei.
-- Francisco... – estava séria e usando um tom formal. – Aconteceu um acidente... – não sabia como falar. - Isadora foi baleada.
-- O que? – sorriu. – Você está brincando, não é? – sentiu pelo tom da morena que era verdade. – O que aconteceu? – perguntou preocupado e Melissa contou tudo ao jornalista que começou a chorar ao saber sobre a cirurgia da sua melhor amiga.
-- Ela insistiu que lhe enviasse as imagens de Vanessa e Bruna ameaçando Enzo e Camila, disse que saberia o que fazer.
-- Melissa, ela sempre soube que vocês poderiam se prejudicar, principalmente Ulisses. Falou diversas vezes que essa Vanessa não prestava e que você tinha razão por se preocupara com Camila. Eu sei o que fazer e vou acabar com essa garota.
-- Sempre pensou no bem-estar de todos. – declarou pensativa e se lembrou do início do telefonema. – Por que último dia de solteira?
-- Ela marcou o casamento de vocês para amanhã. – Melissa ouviu toda a explicação. Isadora havia pensado em tudo, menos na possibilidade de passar a noite internada em um hospital.
Melissa desligou pensativa, o rosto estava inchado e os olhos vermelhos de chorar, o amor da sua vida estava em um duelo pela vida. Havia perdido muito sangue, a bala entrou no seu abdômen, a morena não sabia a dimensão do ferimento, os médicos a levaram para cirurgia, estava lá dentro há mais de duas horas. Seu coração apertava mais a cada minuto. Sabia que seu filho estava bem e fora de perigo, mas não teve cabeça de acompanha-lo na avaliação médica. Pediu ao avô que assumisse tudo, jogou-se sobre a poltrona na sala de espera do hospital e aguardou notícias. Não viu quando sua mãe chegou e assumiu o controle de tudo.
-- Daniel foi falar pessoalmente com o senhor Eliezer. Ficamos com medo que soubesse alguma coisa pelo noticiário. – olhou para mãe e processou a informação. O vô Eliezer não se importaria em saber que Timóteo estava morto, mas poderia ter algum problema de saúde ao descobrir que sua única neta, também estava baleada e lutava pela vida.
-- Obrigada mãe. – Ester passou a mão pelo rosto da filha.
-- Quer que pegue um café? – ela forçou um sorriso e balançou a cabeça em negação. Camila se aproximou acompanhada de Enrico que estava segurando Enzo.
-- E como vocês estão? – perguntou a veterinária e se levantou para beijar o filho que dormia nos braços do tio.
-- Ele adormeceu. – explicou olhando para o menino. – Seu avô trouxe a mamadeira, ele tomou e apagou.
-- Está cansado com o dia. – Enrico explicou.
-- Ainda bem que vai esquecer tudo o que aconteceu. – Melissa desabafou e olhou para Camila. – Obrigada Cam. – aproximou-se e beijou a veterinária.
-- Deve agradecer a Isadora, ela foi a verdadeira heroína da história. – passou a mão pelo rosto de Melissa. – Tem notícias dela?
-- Não. – baixou a cabeça, estava muito triste. Ester se aproximou e abraçou a filha.
-- Isadora é forte. – beijou a filha. - Ela é feita de aço.
-- Não existe ninguém com tanta resistência e força. – José interrompeu sorrindo e pegou a mão da neta. – Ela me ensinou a admira-la e respeita-la. – olhou dentro dos olhos azuis. – Vocês viverão muito e terão uma vida linda juntas. – Melissa forçou o sorriso. – Agora vamos nos organizar aqui. – olhou para o filho. – Meu motorista levará vocês para casa. – olhou para Camila. – E você, dormirá na casa de Ester hoje.
-- Senhor José...
-- Camila, o dia foi cansativo e cheio de surpresas desagradáveis, durma lá em casa hoje, até mesmo por causa de Enzo. – Ester pediu.
-- Cam, fica no meu quarto com ele. – falou com um fio de voz. Antes que Melissa continuasse, Emília chegou acompanhada de Ada.
-- Nós soubemos a pouco. – explicou-se nervosa com tudo.
-- Eu vi no noticiário e avisei a ela. – Ada disse em tom de preocupação.
-- Obrigada dona Ada. – Melissa agradeceu com uma expressão cansada. – Emília, por favor, fica com Camila esta noite.
-- Ela passou por momentos ruins, seria bom ter alguém ao seu lado. – Ester completou.
-- Gente, estou bem. – tranquilizou a todos.
-- Mesmo assim...
-- Emília é um pedido pessoal que lhe faço. – José resolveu interromper a neta, sabia que ela estava preocupada com Isadora e, também, com todo o estresse ao qual Camila foi submetida.
-- Tudo bem. – sorriu sem graça. – Eu fico com você Camila. – elas se olharam envergonhadas.
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-- Rute, você viu onde deixei minha sacolinha de remédios?
-- Papai, o senhor esqueceu na cozinha, deixe que pego.
-- Não precisa, eu vou até lá, está passando sua novela.
-- Pode ficar sentado, já me levantei e vou lá rapidinho. – ela saiu da sala e passou o plantão do jornal.
“Agentes da Interpol estouraram o esconderijo do trio de criminosos que sequestraram o filho da empresária Melissa Cristina de Alcântara Peixoto...” – Eliezer ajustou melhor os óculos e prestou atenção na notícia. Rute ouviu o som da televisão e voltou correndo para a sala. – “O trio de criminosos composto por Joaquim Vilar, Bruna Borges e Timóteo Melo cometeram vários crimes como o de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, sequestro do menor Enzo de Alcântara Peixoto, filho da empresária e herdeira do Grupo Alcântara Peixoto com Joaquim. Além do menor, também foi sequestrada a médica veterinária, Camila Sanders. O grupo estava sendo investigado há meses por agentes da Interpol que descobriram o esconderijo e resgataram Enzo Peixoto e a médica veterinária Camila Sanders. A jornalista Isadora Marcondes, atual noiva da empresária Melissa Cristina, participou do resgate e filmou boa parte da ação. Ela mostrou como a delegada Vanessa Caládio e Bruna Borges planejaram o sequestro e assassinato da empresária. Infelizmente a jornalista Isadora Marcondes foi baleada por Bruna Borges, ela foi levada ao Hospital Central e seu estado de saúde é muito grave...” – Eliezer olhou para a filha e se levantou apontando para o telefone, neste momento passou as imagens do momento que Isadora entra na sala e atira em Bruna e cai baleada. Repetiram estas cenas e várias outras diversas vezes.
-- Ligue para Melissa... – pediu para filha que tentou acalma-lo. Não conseguiram ouvir mais nada do que o jornalista falava.
-- Pai... – segurou o homem. – Pai, por favor, sente-se. – pegou a bolsinha. – Melhor tomar seu remédio.
-- Minha neta... minha Isadora....
-- Pai... – o homem se levantou e foi em direção ao telefone, mas colocou a mão no peito e olhou assustado para filha. Rute perguntou o que ele estava sentindo, Eliezer caiu desmaiado. – Pai... Papai... – correu para chamar ajuda, quando retornou, seguida de dois homens colocaram o velho homem sobre o sofá. – Vou chamar uma ambulância.
-- Dona Rute... – o colono chamou sua atenção. – Não vai adiantar mais. – avisou com tristeza após constatar que ele havia morrido.
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Melissa se afastou do grupo e preferiu se sentar sozinha, estava preocupada, o barulho de conversa a estava deixando mais apreensiva. Ela fechou os olhos por alguns minutos, ouviu a voz de Júnior falando, e agradeceu por não está perto do amigo. Gostava muito dele, mas, no momento, sua paciência havia passado longe. Permaneceu de olhos fechados e fez uma pequena prece para loirinha ficar bem, conseguiu relaxar um pouco, foi interrompida dos seus pensamentos com o choro de Júnior. Ela olhou em volta e correu em direção ao rapaz.
-- O que aconteceu? – perguntou sacudindo-o.
-- Morreu... – Melissa parou sem entender e olhou ao redor, sua mãe quem a puxou e chamou sua atenção.
-- Minha filha, seu vô Eliezer não resistiu a notícia... – abraçou forte a morena. – Ele morreu. – Melissa o amava, repreendeu-se por sentir um alívio por não ser Isadora. Antes que Ester continuasse, ouviram o médico se aproximar e chamar o nome da morena.
-- Melissa Cristina... - a morena se virou para observa-lo. – A cirurgia foi complicada. A bala atingiu o fígado, por sorte, sem danos a outro órgão. Conseguimos removê-la e tiramos um pedaço do fígado. A recuperação será difícil, vamos mantê-la sedada até que se recupere melhor... – forçou o sorriso. – A conheci bem quando você esteve internada e sei que não atenderá minhas orientações. – ela ouviu a tudo, e quando o médico sorriu e completou a frase, foi sua vez de sorrir.
-- Então ela está fora de perigo?
-- Todo pós-operatório é difícil, ainda mais na situação como a dela. Isadora é forte, vamos aguardar e vigiar sua evolução clínica.
-- Posso vê-la?
-- Sabia que iria pedir, mas lhe adianto: cinco minutos e nada mais.
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-- Como ela está? – Ester perguntou preocupada.
-- O médico vai deixa-la sedada até depois de amanhã. – passou a mão pelo rosto. – Ele quer que ela fique quieta.
-- Isadora e ficar quieta? – balançou a cabeça em negação. – Não combina, ainda mais quando você está por perto. – Melissa pensou por um momento. – Papai foi ao sítio para avisar ao vô Eliezer e até trazê-lo... – disse em tom de lamentação. – E veja que irônico, ele viu na televisão e não aguentou. Isadora era tudo para ele. – deixou uma lágrima rolar. – O que vou falar para ela quando acordar?
-- A verdade. – segurou a mão da filha. – Isadora vai lamentar, mas vocês irão superar tudo isso.
-- Eu queria que ele ficasse ao lado do túmulo da vovó...
-- Seu avô não vai permitir.
-- Ele será cremado. – Daniel interrompeu a conversa.
-- Papai... – levantou-se e deixou que o homem mais velho a abraçasse. – Obrigada...
-- Querida, você é minha filha, a pessoa que mais amo no mundo, não precisa agradecer.
-- Quem disse que ele será cremado? – Ester perguntou preocupada.
-- A filha dele, disse que sempre comentava sobre isso. – olhou para filha. – E que ideia é essa de deixa-lo ao lado do túmulo de mamãe? – Melissa respirou fundo.
-- Eles se amavam, o senhor sabe a história.
-- E acha que seu avô vai deixar?
-- Ele deve isso a Cristina.
-- Melhor deixar assim. – Ester interrompeu a conversa. – Eles se amavam e com certeza continuarão a história em outro plano. – Daniel apertou a mão da filha.
-- Não compre briga com papai, ele tem ajudado muito.
-- Não acho justo...
-- Cristina, muitas coisas não são justas, mas tempos que sobreviver.
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-- Meninas, acredito que queiram dormir todos juntos. – Emília olhou assustada para Camila que não percebeu sua expressão de pânico.
-- Por mim, tudo bem. – olhou para Enzo. – Foi boa essa ideia de colocar esse berço aqui.
-- Bem, espero que descansem, o dia hoje foi exaustivo.
-- Acho que o remédio está fazendo efeito agora. – bocejou.
-- Gertrudes disse que estava preparando um lanche, daqui a pouco ela aparece. – olhou para Emília. – Ei, pode ficar à vontade. Camila, por favor, arruma uma camisa para ela vestir. – Camila riu.
-- O tamanho da Mel vai ser um bom pijama para você. – Emília estava cada vez mais tensa.
-- Eu não sei... – disse gaguejando e Enrico sorriu.
-- Fica tranquila, você só vai fazer companhia para Camila e não se casar com ela. – Camila ouviu o final da conversa após retornar do closet e as duas se olharam, só então a veterinária percebeu o quanto a sua assistente estava apreensiva. – Meninas, boa noite e descansem. – Enrico se despediu deixando-as sozinhas.
-- Emília, eu quis que dormisse aqui para me fazer companhia, não quero ficar sozinha, mas se isso é um problema para você, posso pedir a Gertrudes para preparar um quarto...
-- Não Camila... – olhou para chefe. – Eu lhe faço companhia. – afirmou com um sorriso tímido.
-- Não sei se percebeu, mas só temos uma cama.
-- Ela é bem grande... – respondeu mais nervosa.
-- Melissa é bem grande, não sei se percebeu. – Camila entregou uma camisa para sua assistente vestir, enquanto ela foi ao banheiro, Gertrudes trouxe um lanche para as duas.
-- Doutora, eu fiz algo leve, mas se quiser outra coisa...
-- Não Gê. – sorriu. – Isso é o suficiente, obrigada.
-- Fico feliz que tenha tudo acabado bem para vocês dois.
-- Infelizmente a Isa está lá, em cirurgia.
-- Ela já saiu... – disse animada. – Correu tudo bem, com a graça de Deus. – elevou as mãos aos céus. – Só me preocupa quando acordar e descobrir sobre o avô. – Camila parou e a observou.
-- O que aconteceu com o senhor Eliezer? – Gertrudes explicou o que havia acontecido e a veterinária ficou preocupada. – Isso afetou a vida de todos, direta ou indiretamente. – Emília saiu do banheiro e Gertrudes a olhou.
-- Espero que descansem, mas antes, lanchem. – piscou de uma para outra e saiu. Emília estava vermelha.
-- Emília, era lanchar a comida. – Camila provocou e viu que a assistente ficou muito vermelha. – Coma, depois vamos dormir, prometo não lhe agarrar. – brincou e deixou a assistente, além de vermelha, sem voz.
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Os dias passaram arrastando, para tristeza de Melissa. Seus pais praticamente a forçava a comer. Além da tristeza pela morte de Eliezer, dividia-se entre hospital e seu filho.
Camila tirou a semana de licença, ainda estava traumatizada com tudo o que havia acontecido, e aceitou de bom grado o convite Ester em ficar uns dias em sua casa. Não queria ficar sozinha, sentia medo, desconfiava que a qualquer momento alguém poderia aparecer e leva-la para algum lugar.
Emília passava todos os dias na casa de Ester para visitar a chefe, chegou a encontrar Mariah por duas vezes e aquilo a incomodou. Camila percebeu o desconforto da assistente e achou “fofo”, como ela explicou depois para Melissa.
-- Eu tenho que ir agora. – beijou Camila e olhou para Emília. – Toma conta dela para mim. – piscou e saiu.
-- Ela pensa que é manda em mim?
-- Calma, ela só pediu um favor. – Camila provocou.
-- Eu não faço isso por favor ou obrigação. – respondeu irritada.
-- Está bem. – respondeu com um ar pensativo.
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-- Boa tarde Cristina. – o médico a cumprimentou quando ela entrou na sala de espera da UTI, aguardava o horário de visitas.
-- Boa tarde doutor Armando.
-- Pena que você não vai entrar como visitante hoje. – a morena parou e o encarou séria.
-- Como?
-- Isadora não está mais aí, ela foi transferida para o quarto andar.
-- Como assim? Que horas foi isso? Por que ninguém me avisou? – ele abriu os braços em rendição.
-- Não me olhe assim, aqui o paciente manda. – viu tristeza nos olhos azuis.
-- Ela não queria me ver?
-- Calma, ela só queria ficar apresentável para recebe-la. – ela pareceu não entender. – Vá lá, suba. – ordenou despertando-a dos seus pensamentos. Melissa esboçou um sorriso e saiu em direção ao elevador.
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-- Dona Isadora, a senhora não pode se levantar assim. – a técnica de enfermagem a ajudou.
-- Preciso arrumar meu cabelo... – olhou ao redor. – Não vejo minha noiva há dias e eu não tenho nem um batom. – reclamou.
-- Mas a senhora não precisa... – foi interrompida por uma morena que abriu a porta do quarto e entrou tropeçando nas próprias pernas.
-- Isadora... – correu em direção a loirinha que estava na cama e a olhou com um sorriso. – Meu amor... – não viu a jovem mulher que estava ao lado da cama da loirinha. – Saudades. – abraçou e beijou, o que despertou curiosidade e vergonha na técnica de enfermagem.
-- Mel... – queria vê-la, segurou o rosto da morena que chorava. – Está ainda mais bonita, enquanto eu...
-- Você é a mulher mais linda que conheço. É a mulher que amo e com quem quero passar cada minuto da minha vida. – a técnica de enfermagem tossiu sem graça, interrompendo-as.
-- Desculpe, mas ela não pode fazer muito esforço e deve manter repouso.
-- Ela manterá e ficará comportada. – respondeu olhando-a nos olhos.
-- Eu ficarei. – respondeu enfeitiçada com os olhos azuis.
-- Dona Isadora, a senhora me prometeu isso ainda a pouco e estava se levantando quando entrei. – Melissa a olhou e depois respondeu para jovem.
-- Ficarei de olho nela, não se preocupe. – Isadora sorriu da forma que Melissa amava e protegia.
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Depois que soube da morte do avô, Isadora teve momentos de altos e baixos em sua recuperação, em uma das vezes chegou a sangrar, o que a levou por mais dois dias de internação na UTI. O médico prolongou sua estadia por mais alguns dias no hospital, muito a contragosto da loirinha que reclamava sem parar e queria alta hospitalar.
-- Doutor, eu tenho certeza que posso lhe surpreender. – afirmou com segurança e irritada com a falta de compreensão do médico.
-- Isadora, sua cirurgia foi delicada, retiramos um pedaço do seu fígado. – tentou explicar mais uma vez. – Falar de casamento agora...
-- Por favor, melhor não falar o nome casamento, Melissa pode ouvir. – o homem riu. – O que foi?
-- Isadora, ela não sabe que vai casar? – perguntou sorrindo.
-- Sabe... – pensou um pouco. – Não sabe... – deu de ombros. – Ela sabe que vai casar, mas não sabe quando. – o médico deu uma gargalhada e Isadora o acompanhou. – Isso é um sim?
-- Dela não sei, mas o meu é não.
-- Doutor, eu prometo...
-- Não adianta, Melissa Cristina me falou que você seria persuasiva e já me vacinou quanto todos os seus argumentos. – a loirinha bufou, mas disfarçou quando Melissa entrou com um sorriso imenso e dois copos gigantes de milk-shake.
-- Alguém lembrou de mim. – o médico brincou e Isadora bufou mais uma vez, ele a olhou intrigado. – O que foi?
-- Não posso beber milk-shake? – Melissa tomou um pouco do líquido pelo canudo e olhou de um para outro, sabia que Isadora havia aprontado.
-- O que ela lhe pediu? – ele olhou para loirinha e sorriu, Isadora ficou tensa.
-- Alta hospitalar antes do tempo. – Melissa estreitou os olhos.
-- Eu saio cinco minutos e você apronta. – olhou para o médico. – Não caia na lábia dela.
-- Não mesmo. – piscou para Isadora. – O milk-shake pode, alta hospitalar, não. – ele saiu e Isadora pegou o copo irritada, enquanto Melissa dava um sorriso de lado.
-- Não comece Melissa Cristina.
-- Eu? Estou quieta. – sorriu. Isadora achou melhor encerrar o assunto, por enquanto.
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-- Eu não acredito que vivi para ser testemunha disso: Isadora Marcondes deitada em uma cama e comportada.
-- Não provoca Francisco, ela discutiu com o médico, desta forma só vai piorar mais a situação. – o jornalista riu para morena.
-- Tenho uma surpresa. – declarou sorrindo e Isadora se ajeitou na cama com um brilho diferente no olhar.
-- O que? – estava curiosa.
-- Tchan... – abriu a porta e deixou a amiga entrar, anunciando-a. – Stacey Huet. – apontou para apresentadora que entrou segurando vários balões que completavam o nome Isadora.
-- Stace! – gritou sorrindo.
-- Querida, eu não vim antes porque Francisco me informou que estava com restrições de visita.
-- Sim, eu perdi um pedaço do meu fígado.
-- Ficamos muito preocupados... – segurou a mão da loirinha. – Todos da emissora mandaram mensagens e pediram para lhe segurar.
-- Isso vai ser bem difícil. – Melissa retrucou em inglês. Stace olhou para morena e sorriu.
-- Você deve ser a famosa Melissa. – a morena sorriu.
-- Eu famosa? – olhou para loirinha. – Stacey Huet, uma das maiores apresentadoras aqui, na minha frente e visitando a minha namorada. – Isadora fechou o cenho.
-- Melissa... – chamou a atenção da morena.
-- Ahã.
-- Somos noivas. – repreendeu em inglês, o que fez todos sorrirem.
-- Nunca esqueceria isso. – beijou a loirinha.
-- Lindo casal! – admirou as duas mulheres juntas. Melissa ficou envergonhada.
-- Amor, vou deixa-la com seus amigos, terei que resolver algumas coisas e retorno depois.
-- Vai amor, você está direto comigo e deixou suas coisas de lado.
-- E deixaria muito mais. – voltou a beija-la. – Se cuida?
-- Por e para você. – respondeu com um sorriso que enrugava seu nariz, Melissa se derreteu.
-- Sempre. – beijaram-se e ela saiu. Francisco acompanhou e quando a porta fechou ele gritou.
-- Uhu! Vamos ao plano. – Isadora olhou para Stace.
-- Mas você aqui, isso estava fora do que imaginei.
-- Não gostou?
-- Pelo contrário, estou até mais animada.
-- Isa, conversei com seu médico e ele proibiu viagens longas, até mesmo de helicóptero.
-- Ele explicou que ainda tem risco de sangramento. – Stace declarou preocupada.
-- Eu sei. – disse desanimada.
-- Mas seu melhor amigo para sempre... – piscou e Stace riu com a cumplicidade dos dois. – Convenceu de que seria aqui perto e você ficaria quieta até a hora do “sim”.
-- Depois disso não tinha como Francisco assegurar nada. – Isadora ficou vermelha e os dois se olharam surpresos.
-- Está envergonhada? – perguntou surpreso.
-- Não. – baixou a cabeça e falou em português. – Estou com muito tesão e Melissa está um anjo. Foge de todas as minhas provocações. – Francisco não sabia o que falar na frente de Stace que olhou curiosa de um para outro, a loirinha percebeu e disfarçou. – Estou falando que Melissa só quer beijos castos.
-- Natural minha querida, ela quer lhe preservar.
-- Stace eu não sei como falar isso em inglês, então vou aconselhar no meu idioma e Isadora traduz se souber.
-- Atiça a morena, depois abre as pernas e manda ela ch*par. Que mal tem em um oral só na passividade? Se fosse pinto, ao menos teria esforço, mas xereca? Por favor né, poupe-me! – Isadora olhou para o amigo.
-- Falou isso porque sabe que não vou traduzir tudo para a mulher do nosso chefe. – sorriu com simpatia para Stace e traduziu. – Ele quer que eu converse com Melissa e explique as minhas “necessidades”. – fez aspas ao concluir a frase. A apresentadora deu uma gargalhada.
-- Imagino. – Isadora ficou ainda mais vermelha. Os três conversaram sobre a festa de casamento e Stace afirmou que faria questão de organizar tudo, seria um presente para a loirinha. Francisco ficou com ciúmes, no entanto, depois que Isadora o convidou como padrinho e Stace como madrinha, ele aceitou na boa e ficou feliz.
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Camila estava com a porta aberta e viu quando Melissa entrou, ela se levantou e foi até a sala da morena, bateu a porta e quando viu os olhos azuis, fitou fixamente, o que fez a empresária achar estranho.
-- Algum problema? – a veterinária se aproximou e sorriu.
-- Eu queria tirar uma dúvida.
-- Qual?
-- Eu queria testar a força que esses olhos azuis exerciam sobre mim. – Melissa deu de ombros.
-- Nunca tive força de nada. – desconversou e Camila sorriu.
-- Não tive essa oportunidade de resistência, você caiu no primeiro olhar que Isadora lançou. – Melissa ficou desconfortável. – Não estressa, já medi o grau de efeito dos olhos azuis e acredite, não me fizeram aquele frio na barriga. – sorriu e Melissa respirou aliviada.
-- Camila... – ela cruzou os braços e esperou Melissa concluir. – Não sei o que falar sobre o que aconteceu comigo e Isadora, mas... – passou a mão pelo rosto. – Foi só aquela vez, uma situação ímpar, expliquei naquela época e... – ela se aproximou e sacudiu o corpo da morena.
-- Não estressa, estou falando sério, foi... Isso tudo é passado e para mim, hoje, você é a Cristina, minha chefe.
-- Ei, sou sua amiga e mãe do seu filho. – Camila ficou pensativa. – Não?
-- Vamos por partes?
-- Sou do ramo de carnes, mas isso não me faz açougueira. – Camila deu de ombros.
-- A questão que somos amigas e vamos considerar isso, certo?
-- Vai querer mesmo que acredite nesta relação com Mariah? – ela deu de ombros.
-- Quer mesmo se met*r nisso?
-- Como sua amiga? Claro. Cam, nós acabamos, mas continuamos amigas e não quero que se machuque. – passou a mão pelo cabelo. – Mariah não é o tipo de pessoa...
-- Eu não estou afim dela. – afirmou interrompendo-a.
-- Oi? Mas estão juntas?
-- Na verdade, Mariah abriu meus olhos e coração para novas possibilidades e ampliou os horizontes.
-- Desenvolva... – pediu com as mãos.
-- Vamos Cristina... – falou o nome da morena olhando-a nos olhos e balançou as sobrancelhas, o que a fez rir. – Você é uma excelente observadora. Pode concluir o que se passa nessa cabeça.
-- Emília? – sussurrou e Camila abriu os olhos surpresa. – É Emília. – concluiu e pulou.
-- Quer falar baixo? – a repreendeu.
-- Não imaginou que eu acertaria.
-- Eu sei que você olha muito além do que nossos olhos alcançam. – ela sorriu. – Ela é muito tímida e nunca assumiria alguma coisa com receio de perder o emprego.
-- Assim como você fez comigo e não perdeu.
-- Você é a dona da empresa.
-- Tenho mais força para demiti-la.
-- Faz sentido.
-- Então?
-- Ela não daria chances.
-- Por Deus Camila, para de complicar a vida e se joga. Esquece a Mariah, despacha no mar que pode ser macumba.
-- Ela é linda.
-- É linda, mas não rola com mulher assim... – não sabia como falar.
-- Assim?
-- Muito dona de si, vendendo-se como a oitava maravilha do mundo moderno. – Camila deu uma gargalhada. – Só seja mais comedida porque Emília além de tímida e certinha, é bem devagar.
-- Não acredito que estou mantendo um momento melhores amigas com a minha ex. – Melissa revirou os olhos.
-- Com essa vou trabalhar árduo para não traumatizar. – sentou-se em sua mesa e colocou os óculos. – Estou cheia de serviço, minha ajuda anda dividida entre dois amores. – falou com ironia e Camila estirou a língua.
-- Vou para minha sala.
-- Manda aquela médica pastar.
-- Eu acabei com ela faz três dias. – Melissa a olhou e sorriu.
-- Ela voltou?
-- Não.
-- Então foi em água corrente, não tem perigo, mas por via das dúvidas, evita o mar pelos próximos dias. – Camila fez careta e saiu.
-- Quero carona para ir ao hospital hoje.
-- Como assim?
-- Você vai ao hospital? – ela balançou a cabeça em afirmação. – Vou com você, quero conversar com Isadora. – avisou e saiu.
-- Por que isso me met* medo? – perguntou para si mesma.
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-- Não quero nada agitado, uma coisa simples.
-- Coisa simples? Isso não combina com você.
-- Francisco, meu avô faleceu faz poucos dias. – disse com pesar.
-- Pensa nisso? Seu avô seria o primeiro a incentivar essa festa.
-- Eu sei, mas não é fácil, estamos muito tristes e só o fato de me casar com a Mel, isso já vale por qualquer festa.
-- Então você prefere algo simples?
-- Desculpa Stace, prefiro assim. Vovô sempre foi o maior incentivador da nossa relação. – completou com a voz embargada.
-- Entendemos. – olhou para Francisco. – Faremos algo mais apropriado para a ocasião, sei que seu pai também faleceu há poucos dias.
-- Meu pai era o senhor Eliezer Marcondes. – respondeu com mágoa.
-- Agora eu que não entendi.
-- Stace, o pai da Isa não apoiava o relacionamento entre as duas, ele chegou a espanca-la quando descobriu. – Francisco respondeu e Stace percebeu o desconforto da loirinha.
-- Agora vamos falar de casamento? Será mesmo na fazenda?
-- O médico não vai permitir. – Ester entrou e ouviu a conversa, estava acompanhada do sogro, José.
-- Casamento? – perguntou em português.
-- O que vocês estão falando sobre casamento? – o velho perguntou e Francisco explicou tudo a Ester e José que abriu um sorriso.
-- Façam na minha casa. – respondeu sorrindo. – Eu queria conversar sobre isso com você e Cristina.
-- Nosso casamento? – Isadora perguntou, Francisco falou baixinho para Stace que precisavam sair e deixá-los sozinhos por alguns minutos.
-- Eu quero oferecer minha casa para vocês.
-- E o senhor?
-- Minha filha, agora que tudo foi resolvido, quero ficar em minha fazenda e aproveitar o que me resta de vida no estilo que gosto.
-- Mas o senhor tem um filho.
-- Que prefere ficar no apartamento dele.
-- Isadora, a casa dele é perto da nossa, e até maior. Vocês terão todo conforto e segurança que precisam para iniciar uma vida.
-- Pode mudar o que quiser, esta casa será passada para o nome de Melissa Cristina, tão logo vocês aceitem. – Isadora pensou.
-- Converse com ela, o que decidir será feito. – respondeu ponderando, sabia que Melissa iria consulta-la antes de tomar alguma decisão.
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-- Vamos? – Melissa chamou Camila após colocar a cabeça para dentro da sala. Emília olhou de uma para outra com dúvidas e Camila entendeu.
-- Vamos. – respondeu se levantando. – Emília, sairei mais cedo hoje para visitar Isadora, qualquer coisa só ligar para meu celular. – a jovem apenas consentiu com a cabeça. Quando saíram da empresa, Melissa olhou para a amiga e comentou.
-- Ela ficou com ciúmes.
-- Eu sei.
-- Camila, este seria o momento de você falar: nada Mel, foi impressão. – imitou a voz da veterinária.
-- Não enche Cristina.
-- Será assim agora? – Camila sorriu.
-- Será.
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-- Por favor, Melissa não pode sonhar.
-- Pode deixar senhorita. – Francisco sorriu e olhou para a esposa do dono da emissora. – Stace, vou deixa-la no hotel.
-- Agradeço, Francisco.
-- Ôh de casa! – Melissa gritou ao entrar no quarto. – Como a minha linda rainha passou o dia? – Isadora abriu os braços para recebe-la e não percebeu a presença de Camila que entrou logo depois.
-- Com saudades da minha maravilhosa morena. – beijaram-se.
-- Isso é bom. – passou a mão pelo rosto da loirinha. – Veja quem veio lhe visitar. – mostrou Camila.
-- Camila! – sorriu. A veterinária se aproximou correspondendo ao sorriso e esticou a mão para receber a de Isadora.
-- Estava devendo essa visita. – apertou a mão. – Vim antes, mas você tinha ido para UTI, não quero incomodar. – Isadora segurou sua mão.
-- Não é incomodo. – afirmou avaliando-a. – Eu queria conversar com você naquela tarde, estava na frente do edifício quando vi você, Enzo e aqueles dois.
-- Sério? – olhou para Melissa. – Cristina não me falou nada. Isadora olhou para as visitas e para a noiva.
-- Podem me deixar sozinha com Camila. – pediu em inglês, Stace ainda estava no quarto.
-- Nós vamos embora e voltamos amanhã. – Francisco comunicou com um sorriso e beijou a testa da loirinha. Stace apertou sua mão se despedindo e saíram acompanhados de Melissa.
-- Senta aqui Camila. – pediu apontando para uma cadeira próxima a cama.
-- Isadora, confesso que você me deixou curiosa. – confessou sorrindo.
-- Não fique, a conversa não é fácil para mim. – respirou e continuou. – Eu fui horrível com você, quanto sua relação com a Mel.
-- Isadora, por favor, deixa isso para lá.
-- Não. – olhou com pesar e Camila viu a sinceridade nos olhos verdes. – Eu fui muito sacana, atrapalhei sua relação...
-- Isadora, ela não me amava. – segurou as mãos da loirinha se levantando. – Melissa sempre amou você. Ela forçou, posso jurar que percebi o quanto ela se forçou a isso. – deu de ombros. – Somos amigas e sempre seremos. Existe respeito e confiança entre nós duas, a mistura ideal para uma boa amizade. – Isadora estava com os olhos cheios d´água. – E quero lhe pedir o mesmo.
-- Para ser minha amiga? – Camila olhou para o chão e tomou coragem para fazer o pedido. – Também... Isadora, quero lhe pedir para assumir o Enzo como filho. – a loirinha ficou de boca aberta. – Quando se jogou na frente da arma, na frente daquela louca, eu não tinha mais dúvida: você é a mãe dele. Sempre foi, mas não tinha visto, o ciúme havia lhe tirado a clareza.
-- Camila...
-- Isadora, não tem como alguém se met*r... – pegou as mãos da loirinha. – Ficar no meio de vocês. Não entende? A relação de vocês é única, só tem espaço para vocês e Enzo faz parte disso, assim como os outros filhos que vocês terão.
-- Eu queria, mas a Mel entrou na justiça, ela quer...
-- Não Isa, ela quer e sempre quis você. – forçou um sorriso. – Conversei com Mariana, ela é a advogada que está vendo isso e parou com tudo até você entregar seus documentos.
-- Não sei o que falar... Não sei o que Mel vai achar.
-- Ela vai aceitar. – baixou a cabeça, mas Isadora passou a mão acariciando seu rosto e voltou a olha-la. – Não quero que imagine nada errado, pode parecer que quero me livrar de Enzo, e não é verdade, eu amo muito aquele pequeno. – Isadora a puxou para um abraço.
-- Eu sei e fico muito mal por lhe causar mais essa dor. – Camila se afastou e segurou seu rosto.
-- Isadora, você salvou minha vida, só tenho a lhe agradecer e ser grata para sempre. Enzo vai ter as duas melhores mães do mundo. – sorriu. – Loucas o suficiente para ir até as últimas consequências para salva-lo. – as duas se abraçaram, selaram um acordo de silêncio e pacto de que a veterinária permaneceria próxima a Enzo, como sua madrinha. Camila chamou Melissa que entrou olhando de uma para outra desconfiada, enquanto elas se olhavam entre sorrisos.
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Dias depois...
-- Nem acredito que você vai voltar para casa. – Ulisses abraçou a irmã animado, enquanto Helena estava ao seu lado e Júnior empurrava a cadeira.
-- Eu também meu irmão. – olhou para a avó e segurou as mãos dos dois. – A partir de hoje eu tenho um novo objetivo na minha vida. – disse com o olhar fixo. – Não sou mais a agente Aqueu da Interpol... – os dois foram para frente da morena e a encararam. – Não permitirei mais injustiças, enquanto eu tiver forças, farei a justiça dos homens valer e quando ela falhar, farei as minhas próprias leis.
-- Minha filha... – Helena quis impedi-la, mas Haidê estava determinada.
-- Vó, eu vou matar um por um dos que estavam envolvidos na morte da minha família. – olhou para Ulisses. – Está comigo?
-- Sempre. – apertou a mão da irmã em apoio e selaram o pacto de vingança.
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-- Melissa? Onde ela está? Está bonita? – Isadora estava nervosa.
-- Calma loirinha... – Francisco pediu sorrindo.
-- Isadora, se continuar inquieta o maquiador não termina a parte dele. – Stace fez a observação e sorriu.
-- Além do mais, o médico só deixou este casamento acontecer porque você prometeu se comportar e confessou para Melissa. – foi a vez de Francisco acalma-la.
-- Irei me comportar, mas Melissa não deu sinal de vida. – olhou o amigo. – E se ela resolve ir embora? – perguntou em português e Francisco traduziu para toda a equipe entender.
-- Isso é impossível. – Stace completou.
-- Até porque a casa é dela.
-- A casa é das duas. – Ester completou quando entrou no quarto. – Está tudo bem? – perguntou olhando os lindos olhos verdes pelo espelho.
-- Melissa está bem? – Ester riu.
-- Uma pilha, bem nervosa, mas acredito que vai sobreviver.
-- Viu Francisco?
-- Viu Isadora? – a imitou. – Criatura, fica quieta e deixa ele terminar a maquiagem e o cabelo.
-- Estamos quase na hora.
-- Ester, ela tem certeza que quer isso? – a futura sogra se aproximou sorrindo e segurou as mãos dela.
-- Acredito que sabe desde que nasceu. – todo mundo sorriu, mas Isadora permaneceu nervosa.
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A cerimônia seria nos jardins da casa que José havia passado para a neta. Apenas amigos e familiares das duas mulheres estavam presentes. Daniel andava de um lado a outro, estava nervoso, enquanto José aguardava a neta.
-- Enrico, ela não está demorando muito?
-- Só vai descer quando Isadora estiver pronta. – Daniel olhou para cima e bebeu mais um pouco do uísque.
-- Como vai ser isso? Cristina desce e alguém chama Isadora? – Enrico riu com o nervosismo do irmão.
-- Não. Todo o cerimonial se comunica por rádios.
-- E aquela cantora? – José perguntou ao filho.
-- Tem cantora aí? – Daniel perguntou surpreso.
-- Tem sim. – sorriu. – Uma amiga de Isadora lá dos Estados Unidos. A própria Stace fez o convite e bancou as passagens.
-- Quem diria, minha única filha casando com produção americana e não é com a gringa.
-- E Camila já chegou?
-- Está lá fora com os nossos amigos.
-- Enrico, eu vi aquele fotógrafo... – tentou lembrar o nome do rapaz.
-- Fred. O nome dele é Fred, papai.
-- Sim, isso mesmo. – passou a mão pelo rosto. – Acha conveniente a presença dele? – Daniel olhou de um para outro.
-- O que tem ele?
-- Ele foi contra a relação de Cristina e Isadora, sempre foi amigo de Camila.
-- Ele que não venha com papinho hoje, coloco para fora a cascudo. – Daniel resmungou e olhou para cima. – Eu vou subir.
-- Daniel, vamos esperar aqui, melhor ficar quieto. – minutos depois Melissa surgiu no topo da escada, com um vestido branco, Channel, decote princesa, cinturado e uma fenda na perna. Um discreto véu e segurava um buquê com flores do campo. Os três homens abriram a boca e foi Enrico que gritou.
-- UAUUUUUUU! – a morena sorriu e desceu os degraus com a elegância digna de uma rainha. Ester vinha atrás, enquanto duas mulheres do cerimonial ajudavam com o véu.
-- Vamos ao casamento? – piscou para os três homens que a aguardava.
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-- Isadora, a sua rainha encantada já desceu. – Francisco avisou. A loirinha olhou em volta e se levantou.
-- Estou pronta. – respondeu, mas o maquiador voltou a retocar a maquiagem da loirinha que deixou por último o véu. Stace se afastou e olhou para a amiga que usava um vestido de renda e costas nuas, buquê e no cabelo uma trança em cada lado que se uniam atrás e uma tiara que foi usada por sua avó.
-- Linda!
-- Isa, você está linda... – Francisco estava admirado com a amiga. – Eu queria entrar com você. – fez bico.
-- Fran, você é meu padrinho.
-- Não duvido que o Júnior erre o caminho do altar. – reclamou.
-- Por falar nele... – olhou ao redor. – Onde ele está?
-- Foi ao banheiro mais uma vez. – Isadora revirou os olhos.
-- Ele não erra o caminho, ou eu acerto o olho dele. – bufou.
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A música começou e todos se levantaram, um palco improvisado girou e uma orquestra deu os primeiros acordes, e, de repente, surgiu uma linda morena cantando a música preferida de Melissa.
“I just swearq/ That I'll aways be there/ I give anything/ And everything/ And I will always care/ Through weakness and strength/ Happiness and sorrow/ For better, for worse/ I will love you/ With every beat of my heart”.
Melissa entrou e ficou com a boca aberta ao ver Shania Twain cantando em seu casamento.
-- Pai... – disse admirada.
-- Essa loirinha é mesmo poderosa. – confessou baixinho, a morena riu, mas queria olhar para sua cantora preferida e tietar um pouco. Chegaram ao altar improvisado, onde um juiz aguardava. Ela se posicionou. Não demorou, a loirinha entrou sorrindo e procurando os lindos olhos azuis que ao vê-la, não lembrou mais de nada.
-- Puta que pariu! A Mel tá linda. – Junior estava admirado com a morena. Isadora apertou o braço do amigo e disse sorrindo.
-- Comporte-se! Ela tem dona. – falou entre os dentes. Os olhos verdes transmitiam toda sua felicidade que sentia para os olhos azuis que brilhavam lhe aguardando.
“From this moment life has begun/ From this moment you are the one/ Right beside you is where I belong/ From this moment on... From this moment, I have been blessed/ I live only, for your happiness/ And for your/ love, I give my last breath/ From this moment on/ I give my hand to you with all my heart/ I can't wait to live my life with you I can't wait to start/ You and I will never be apart/ My dreams came true because of you”...
A música prosseguiu e parou quando as duas se encontraram no altar. Júnior abraçou Melissa que o olhou irritada e ele se afastou, ela logo abriu o sorriso para loirinha que falou baixinho.
-- Minha rainha encantada.
-- Minha mulher... – respondeu emocionada.
-- Gostou da surpresa? – a morena se aproximou e beijou seu rosto. – Respondi? – sorriu.
O juiz prosseguiu com a cerimônia, falou de como se conheceram e tudo o que enfrentaram para chegar ali. A loirinha havia contratado uma tradutora para que os amigos americanos entendessem o que estava sendo dito. Depois do “sim” o juiz informou que estavam casadas e que poderiam se beijar. Melissa segurou o rosto da loirinha e deu um beijo casto. Isadora se afastou, a olhou dentro dos olhos azuis e sorriu, voltou a puxá-la e lhe deu um beijo mais ousado. Ulisses, Haidê, Drigo, Mariana, Helena, Camila e mais alguns amigos gritaram aplaudindo ou assobiando, as duas olharam para eles e sorriram. Emília estava vermelha e Camila achou fofo.
-- Adoro quando você fica vermelha assim. – disse baixinho no ouvido da assistente. Helena que estava sentada atrás, aproximou-se de Emília e falou baixinho, apenas ela ouviu.
-- Não tenha medo, declare-se! Ela também quer. – Emília se assustou e olhou para trás, encarando a velha bruxa. Camila viu quando ela se virou e perguntou.
-- Algum problema?
-- Não. – respondeu assustada.
Depois que todos assinaram o livro de registros, a festa correu solta.
-- Feliz? – Melissa envolveu a loirinha em seus braços.
-- Nem consigo explicar o quanto. – olhou para cima. – Eu lhe amo tanto. – completou fitando-a nos olhos.
-- Eu lhe amo muito mais. – beijaram-se. – Isa, não aguento mais fotos.
-- Deixe de reclamar.
-- Estou com fome. – reclamou.
-- Eu vou lhe dar comida na boca.
-- Ah, eu quero isso. – ela riu do jeito da esposa.
-- Está bem, esposa.
-- Eu gostei desse som. – mordeu o pescoço da loirinha e se beijaram. Isadora serviu a morena e comeram juntas. Melissa ainda tinha medo de que a loirinha fizesse algum esforço físico. – Amor, sente-se na cadeira.
-- Não posso mais ficar no seu colo?
-- Pode sim, mas não é confortável. – Isadora a olhou séria.
-- Não vou admitir só beijinhos na nossa primeira noite de casadas.
-- Isa... – olhou ao redor. – Amor, não é o melhor momento e local para falarmos sobre isso. – ela se aproximou bem do ouvido da morena.
-- Então comece a pensar em várias formas de se colocar para que eu possa ch*pa-la e não abro mão de retribuir o tratamento. – Melissa abriu os olhos azuis em surpresa.
-- Essa é a nova versão Isadora Marcondes?
-- Essa é a Isadora Marcondes de Alcântara Peixoto. – abraçou a morena e beijou.
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-- Meninas, vou pedir algo. – Enrico falou de uma para outra.
-- Manda titio, hoje você está poderoso.
-- Pode tudo meu novo tio. – o moreno deu uma gargalhada e se abraçou as duas.
-- Acredito que não tenham percebido, mas Haidê está muito triste...
-- Sim, nós percebemos isso faz um bom tempo. – Isadora respondeu interrompendo-o.
-- Então, quero pedir para vocês jogarem o buquê na direção dela e o outro escolham entre Mariana e Camila.
-- Se depender de Emília, Camila ficará na seca por um longo tempo. – Melissa concluiu.
-- Amor, nós daremos uma mãozinha nessa história. – Melissa estreitou os olhos.
-- Hoje eu só darei mãozinha para nós duas. – respondeu com ironia.
-- Espera Cris... – aproximou-se. – Joga um buquê para Haidê e o outro vocês decidem entre Camila e Mariana.
-- Amor, conhecendo Ulisses como nós conhecemos, Mariana vai precisar muito mais.
-- Ela precisará de todo o campo de buquês... disse rindo e Isadora a olhou com uma das sobrancelhas erguidas. Ela ficou séria e falou para Enrico. - Fechou tio. – brincou com o moreno. Isadora chamou as mulheres e fez sinal para Melissa jogar em direção a Haidê, enquanto ela jogava para Mariana.
Haidê se assustou quando viu o buquê caindo em seu colo, ela olhou para Melissa que piscou e depois olhou para Helena que estava sorrindo.
-- O que foi vó?
-- Nada. – permaneceu rindo.
-- Isso foi coisa de Melissa Cristina ou da senhora?
-- Do destino. – pegou a mão da neta. – Ela está tão próxima.
-- Quem vó? – revirou os olhos.
-- A sua linda loirinha. – piscou e saiu. – Vou me servir mais.
Isadora jogou o buquê para Mariana, mas Ulisses entendeu a intenção da loirinha e pulou entre as mulheres e desviou para Camila. A veterinária riu e jogou para Emília.
-- Você precisa mais que eu. – a assistente ficou vermelha e não sabia o que dizer. Ada que estava sentada próxima a elas se colocou entre as duas.
-- Emília, beije-a logo antes que apareça outra médica destrambelhada. – Emília arregalou os olhos sem palavras, Melissa passou e brincou.
-- Vai beijar garota, não perde oportunidade, deixa para ficar vermelha depois do cansaço. – saiu e deixou as duas sozinhas. Camila estava um pouco alta, sorriu e resolveu tomar a iniciativa, beijou a assistente.
-- Agora quebrei o gelo, quer quebrar mais alguma coisa? – Emília estava envergonhada.
-- Vamos dançar. – puxou Camila para o salão.
Ulisses estava se servindo de mais comida quando José chegou ao seu lado.
-- Eu soube que Haidê deixou a Interpol.
-- Ela vai abrir um escritório de advocacia. – José ajeitou os óculos e olhou para o moreno.
-- Devo muito a vocês, principalmente depois de ter eliminado meus problemas. Quando matou aquele ratinho indesejável, trouxe qualidade de vida para minha família.
-- Ainda não condenamos Vanessa. – respondeu irritado. – A vaca até o momento, está livre.
-- Mês que vem é o julgamento dela.
-- Haidê está como assistente. – olhou em direção a irmã. – Ela está bem empolgada em condena-la.
-- Como anda a situação da vingança?
-- Vamos atrás de quem fez isso com nossa família. – José estava pensativo.
-- Quero ajuda-los, mas enquanto isso não acontece, vou ajudar no escritório de Haidê.
-- Ela não vai aceitar.
-- E eu não vou abrir mão. – bateu com a bengala no chão, sorrindo e colocou a mão no ombro do moreno. – Devo muito a vocês e fico muito feliz em saber o tipo de amigos que minha neta tem.
-- Obrigado senhor José. – apertaram as mãos.
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Quatro anos depois...
Estavam todos reunidos na fazenda, era o tão esperado dia para Camila. Seu coração batia acelerado, ser o centro das atenções não era muito sua praia, Melissa a olhou e sorriu.
-- Você está linda!
-- Mel, eu não sei se consigo sair daqui, atravessar entre os convidados e ainda falar um “sim”.
-- Respira fundo e mentaliza a noite que terá logo mais. – avisou com um piscar de olhos.
-- Para você é fácil, as duas só pensam em sex*. – disse sorrindo.
-- Claro que não. – respondeu sorrindo. – Penso na boca de Isadora, nos carinhos, nos olhos verdes, no corpo... – brincou.
-- Alguém falou meu nome aí? – perguntou depois de colocar a cabeça loira para dentro do quarto.
-- Você não deveria entrar aqui... – Melissa repreendeu. – Está do lado de Emília.
-- Eu sou coluna do meio... – abraçou-se a esposa. – O chamado café com leite. – brincou. – E ainda estou grávida. – mostrou a barriga.
-- E está linda. – Camila falou enquanto admirava a pequena barriga que começava a aparecer.
-- Viu? A noiva não se opõe a minha presença.
-- E nem eu, meu amor. – beijou os lábios da loirinha e passou a mão por sua barriga. – Minhas duas meninas.
-- E se for homem? – perguntou olhando-a nos olhos.
-- Eu sei que desta vez teremos uma filha.
-- Seria muito bom... – Camila brincou. – Amo meus dois afilhados, mas agora o poder feminino deve prevalecer.
-- Sabe que sonhei que seria uma menina? – Isadora perguntou enquanto acariciava a barriga. - O que vier, será muito amado. –
-- O que lhe faz ter certeza que será uma menina? – Camila perguntou a morena.
-- A dona Helena falou para ela. – Melissa sorriu e beijou a barriga da loirinha.
-- Uma mãe sabe dessas coisas. – olhou dentro dos olhos de Isadora.
-- Agora você pode aproveitar a barriga dela. – Camila brincou.
-- Ela me obrigou a ficar grávida para sentir a minha barriga crescendo porque não teve essa oportunidade com Enzo. – Melissa explicou sorrindo. – E agora, quando vou me aproveitar da barriga dela, precisamos negociar.
-- Negociar? – Camila estava curiosa.
-- Claro, ela quer conversar com minha barriga, mas depois de atender aos meus desejos. – Camila conseguiu relaxar ouvindo as aventuras das amigas.
-- Ei gente, a festa é aqui? – Haidê interrompeu as amigas, as três se aproximaram para abraça-la.
-- Saudades dessa minha irmã da vida. – Melissa declarou abraçando-a forte.
-- Eu também. – olhou para Isadora e se abaixou para beijar a sua barriga. – Oi amor, a madrinha chegou. – olhou para Camila e reclamou. – E você não ouse roubar mais um afilhado. – a veterinária riu.
-- Não tenho culpa se eles se apaixonam por mim, além de você morar em outra cidade. – Haidê rosnou e elas se abraçaram.
-- Duas horas, no máximo, de São Paulo. – antes que Camila respondesse, Enzo entrou seguido de Victor, seu irmão caçula.
-- Mãe, vovó tá chamando. – disse olhando para Isadora, depois olhou para Melissa. – Mamãe, vó Lena disse que a noiva vai fugir.
-- Mas não pode! – Camila voltou a ficar nervosa e Melissa sorriu, foi Isadora que repreendeu o filho.
-- Enzo, você vai matar sua madrinha do coração. – o menino olhou para ela e piscou, saiu correndo puxando o irmão. – Onde vai o caminhão, vai a caçamba.
-- Lá se vai o clone de Cristina...
-- Seguido do clone de Isadora. – Camila conclui.
-- Eles são unidos, isso me alegra e acalma meu coração. – Melissa confessou.
-- Vocês ficarão por aí ou preferem montar o time completo de vôlei? – Haidê perguntou para Melissa, mas Isadora respondeu.
-- Que eu tenha ou ela só esses, mas não cogito a possibilidade de adoção.
-- Sério?
-- Somos filhas única, queremos uma família grande.
-- Temos condições, por que não? – Melissa falou.
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Uma morena vestida com calça de couro escura, botas cano longo, camisa preta e casaco, também de couro até a altura do joelho. Ela olhava a cidade, observava a noite cair e os mistérios escondidos por trás dela. Sentiu seu celular vibrar e leu a mensagem que esperava.
“O nome verdadeiro é Herson Zaconni.” – ela leu e voltou a colocá-lo no bolso do casaco. Passou a mão na arma que estava no coldre por baixo do casaco, retirou e conferiu as balas. Aquela seria por seu irmão mais novo, Telêmaco. Subiu em sua moto e foi até a casa do homem indicado na mensagem. Era uma casa cheia de seguranças e câmeras, mas a ex-agente da Interpol não teve trabalho algum em passar sem ser percebida. Entrou no sistema, congelou a imagem das câmeras e passou como uma sombra, sem que ninguém a visse. Subiu pelo pergolado de madeira que abrigava uma imensa trepadeira, chegou a sacada de um dos quartos e viu um bebê adormecido, por um momento hesitou em seu plano de vingança, mas logo veio a imagem do seu próprio filho a cabeça e ela saiu do quarto procurando pelo seu alvo. Não demorou a encontra-lo sentado em uma imensa sala assistindo a final do jogo de futebol.
-- Como entrou aqui? – perguntou surpreso após colocar a cerveja sobre a bancada.
-- Pela porta. – respondeu com uma voz rouca. O homem tentou se levantar, mas foi impedido ao ver a arma apontada em sua direção. – Nem pense em gritar. – ameaçou no mesmo tom.
-- Quem é você e o que quer?
-- Sou a mulher que vai lhe mandar para o inferno. – o homem a olhou com uma expressão de terror.
-- O que lhe fiz? – abriu as mãos em defesa. - Calma, podemos conversar.
-- O tempo de conversar já passou. – apontou a arma. – Diga ao diabo que Haidê Aqueu mandou lembranças. – atirou entre os olhos do homem. Ela o olhou com desprezo e lhe chutou. – O tártaro que faça bom proveito. – ouviu gritos e se aproximou da janela, antes de sair uma foto lhe chamou atenção, ela voltou e quebrou o porta retrato, levando a foto. Saltou pela janela sem se preocupar com dois seguranças que se aproximaram: o primeiro ela apenas golpeou e ele caiu desacordado, o segundo ela puxou uma faca e jogou, atingindo-o na mão que fez menção em puxar a arma, depois se aproximou e deu uma cabeçada, deixando-o desmaiado. Pegou a faca, limpou na roupa do homem e voltou a enfi*-la em sua bota, pulou o muro sem preocupação, e saiu com sua moto. Havia se tornado uma mulher fria e vingativa. Quase todos envolvidos na morte da sua família estavam mortos, mas faltavam os principais mandantes e aquela foto roubada denunciava muito o que precisava descobrir.
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-- Gente, Haidê está demorando muito.
-- Calma Mariana, ela tinha alguns processos para reavaliar. – Ulisses informou.
-- Quando sai do escritório ela já havia saído.
-- Mas voltou depois, eu liguei e ela mesma atendeu. – Melissa confirmou o álibi da amiga, mesmo sabendo ser mentiroso. Houve uma troca rápida de olhares entre ela e Ulisses. Ela se levantou e foi até a janela, o policial a seguiu.
-- Não quis falar na frente da Mari e principalmente Isadora, ela está grávida...
-- Aconteceu alguma coisa com Haidê?
-- Não. Ela está bem, superando minhas expectativas. – deu de ombros e bebeu o vinho. – Quero falar de Vanessa.
-- Ela se matou semana passada.
-- A versão oficial.
-- Ulisses, Haidê ou você...
-- Não... – sorriu. – Eu queria muito, mas conheço meus limites.
-- Então...
-- Ela foi morta por vingança. O que fiquei sabendo por rádio corredor que foi um policial que ela prejudicou muito, o cara parece que se vingou, mas, como tem muito político na mão, o caso foi abafado.
-- Ela provou o próprio veneno. – concluiu pensativa, mas Isadora interrompeu a conversa.
-- Amor, estou com desejo de comer queijo de coalho com peixe. – todos olharam surpresos para loirinha que sorriu. – Estou grávida, esqueceram?
-- O peixe eu consigo com facilidade, mas a esta hora, onde consigo queijo de coalho? – Helena olhou para as duas mulheres e sorriu.
-- No mercado aqui da esquina. Vou pedir para entregar.
-- E eles entregam aqui? – perguntou curiosa.
-- Dona Helena consegue convencer pinguim a ch*par gelo. – Ulisses brincou e viu a irmã entrar.
-- Boa noite a todos! Desculpem, fiquei entretida no escritório.
-- Dê, eu sai e você não estava.
-- Voltei para pegar uns processos que precisava ler para amanhã.
-- E onde estão? – todos olharam para Haidê e depois para Mariana que ainda não sabia da vingança da amiga e sócia.
-- Deixei no carro, depois pego. – olhou de Isadora para Melissa, mudou o assunto. – Veja essa barriga... – apontou para loirinha. – Até parece o personagem da cobra que engoliu o...
-- Nem comece você também. – a interrompeu e todos sorriram. Depois de um tempo, Ulisses passou pela irmã e ela lhe entregou a foto.
-- Nós sempre desconfiamos dele. – disse baixinho.
-- Agora preciso saber quem são estes dois.
-- Antony e Jaques Di Monti, pai e filho. – Haidê olhou para o irmão e falou entre os dentes.
-- Eu os quero.
-- E quanto ao outro?
-- Primeiro pai e filho, depois o canalha, quero o entender a motivação para tudo isso. – Melissa olhou para a amiga, eram cúmplices e precisavam contar a verdade para Mariana. – Precisamos falar a verdade para Mari.
-- Ela não tem estrutura para aguentar tudo isso.
-- Ou você tem medo de envolve-la?
-- Vá em frente e lhe explique que você é a própria personificação de Nêmesis. E diga como tem feito justiça quando a justiça dos homens falha.
-- Ela é minha amiga e sócia, não posso envolve-la sem lhe oferecer a opção de pular fora.
-- Por que ela se envolveria? – olhou serio para a irmã. – Você não vai se envolver com Jacques Di Monti. – sabia como a irmã pensava.
-- Eu li sobre ele, um playboy inconsequente.
-- Inconsequente? – puxou a irmã até o escritório e pegou uma pasta de dentro da gaveta. – Leia, aí tem tudo sobre essa família e pode acreditar: eu tenho certeza que ele, seu playboy, matou o pai da sua meia irmã. Na ocasião ele só tinha quatorze anos.
-- Ele tem uma meia irmã? – perguntou folheando o dossiê.
-- Está limpa, nem a incluí no dossiê, não achei nada de relevante, além da foto. – mostrou a loirinha para a irmã que sentiu um frio na barriga e seus pelos arrepiaram. Haidê ficou surpresa com sua reação diante da foto de uma jovem loira, olhos verdes e pele bronzeada. – Ela... – pretendia fazer perguntar ao irmão o que ela fazia, mas Mariana interrompeu a conversa.
-- Ei irmãos Aqueu, estamos aqui, será que merecemos o dom da companhia de vocês? – Mariana perguntou e Haidê a olhou decidida.
-- Mari, precisamos conversar com você.
-- Melhor chamar Cristina e Isadora. – Ulisses completou preocupado.
Haidê explicou tudo para a sócia, que não conseguiu assimilar as informações como deveria, não houve tempo, Isadora entrou em trabalho de parto e todos correram para a maternidade.
-- Não era para duas semanas? – Ulisses perguntou enquanto dirigia.
-- Não existe data exata, funciona como “data provável”. – Haidê explicou. Melissa estava atrás segurando a mão da loirinha que respirava rápido.
-- Crianças então vem ao mundo como estatística?
-- Dirige Ulisses, por favor, não dê uma de Júnior agora. – Melissa gritou. – Aí... – a loirinha apertou forte a mão da morena.
-- O que foi? Nasceu?
-- Não. – ela gritou. – Mel só está com frescura... – respondeu apressada.
-- Calma amor, isso doeu.
-- Calma? Isso dói! Aí! – apertou as mãos da morena. Chegaram a maternidade, Ulisses desceu e pegou uma cadeira de rodas. Melissa saiu empurrando, chegaram a recepção e a funcionária olhou de uma para outra.
-- O que aconteceu?
-- Ela está em trabalho de parto.
-- Tem certeza? – Isadora se irritou.
-- Não. Ela não tem certeza, porque instalaram uma piscina no meu útero e agora a água vazou. – disse irritada até o médico aparecer.
-- Você é a futura mamãe? – perguntou com simpatia.
-- Não. É aquele homem que me trouxe. – o médico olhou para Melissa que lhe explicou.
-- Ela está com contrações, menos de dez minutos cada... – olhou para loirinha. – A bolsa estourou e ficamos nervosas. – o médico a examinou.
-- Está coroando...
-- Mel...
-- Oi amor?
-- Que porr* é essa? Vamos ter alguém da nobreza? – o médico riu.
-- Ela é sempre assim?
-- Acredite, consegue ser pior quando quer. – o médico colocou uma medicação no soro e foi rápido. Melissa a segurava enquanto ela gritava e fazia força, minutos depois, uma menininha apareceu e gritou em bom som, seu choro anunciou sua chegada a quem esperava na área externa.
-- Será que já é... – Haidê nem completou Melissa apareceu na porta.
-- Sou mãe de uma menina... – voltou correndo e todos riram com a notícia.
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-- Mãe, Bela só faz chorar?
-- Ela ainda é pequenina, meu amor. – Isadora explicou ao filho mais velho. – Lembra-se quando Dudu era pequeno?
-- Não lembro, só sei que agora ele não me dá sossego. – revirou os olhos como Melissa. – Crianças. – saiu resmungando e cruzou com a mãe morena que entrava no quarto.
-- O que ele tem? – Isadora ainda estava rindo.
-- Igual a você em tudo. – ela beijou os lábios da loirinha e olhou para filha.
-- Essa mocinha está bem: só mama e dorme. – declarou sorrindo e Isadora completou.
-- Igual ao Enzo. – fez uma careta para morena e se beijaram. – E Victor?
-- Dormiu. – levantou-se. – Vou colocar Enzo para dormir ou ele passa a noite na televisão.
-- Não demora. – beijaram-se.
-- Nunca. – Isadora se levantou e colocou a filha para deitar no berço, não demorou e Melissa reapareceu. – Olha o silêncio... – fez gestos como se imitasse um maestro e Isadora sorriu. A loirinha se aproximou e a convidou para um banho. – Adoro banho com loirinha.
-- E eu adoro banho com uma morena. – beijaram-se. – Eu lhe amo Mel... Meu potinho de mel.
-- E eu amo muito mais.
-- Mais que requeijão? – a morena parou e pensou.
-- Pode ser loirinha com requeijão? – Isadora sorriu e pulou nos braços da morena que a segurou e esperou que ela cruzasse as pernas por trás. – Mas agora vai ser loirinha pura. – piscou e a jogou sobre a cama. Passou a mão entre as pernas de Isadora. – Como está molhadinha.
-- Sabe que sempre fico quando estou perto de você. – amaram-se por horas e esqueceram o banho, caíram exaustas -- Eu lhe amo Isadora.
-- Meu amor por você é para sempre. – declarou olhando-a nos olhos.
-- Para sempre. – beijaram-se e dormiram abraçadas, com as pernas menores por cima das maiores.
Amanhecia quando Isabela acordou chorando. Isadora se levantou, ao seu lado Melissa. A loirinha foi até o quarto da filha para ela mamar, enquanto a morena foi até a cozinha preparar café. Subiu as escadas com duas canecas, quando ela passou pelo quarto dos filhos sorriu, ainda estavam dormindo e isso a fez pensar em voltar a se deitar e descansar um pouco mais. Era sábado e merecia ficar um pouco mais na cama.
-- Amor, eu trouxe um café. – entregou para Isadora que sorriu.
-- Ela não quis muito a comida, foi só a troca da fralda. – sussurrou para morena que estava admirando a filha.
-- Ela é linda, não é?
-- Puxou a mãe. – piscou e Melissa a abraçou por trás e beijou seu pescoço.
-- Concordo em tudo. – falou baixinho. – Vamos para o quarto? – voltaram para o quarto e dormiram por mais duas horas. Acordaram com o choro de Isabela. Isadora foi até ela, desta vez ela estava com fome. A menina mamou, encarando com a mãe loira que a observava apertar seu dedo com a mãozinha. Ela sorriu quando viu o trio aparecer na porta: primeiro Victor, depois Enzo e por último Melissa, os três sorrindo.
-- Mãe, a gente veio... – olhou para cima e perguntou baixinho para Melissa. – A gente veio o que mãe?
-- Desejar bom dia a nossa rainha e a pequena Bela. – respondeu no mesmo tom.
-- “Deseja bom dia a nossa... – Melissa repetiu. – Rainha e a pequena Bela”. – ele sorriu orgulhoso para loirinha que esticou a outra mão chamando-os.
-- Mamãe ama vocês. – declarou sorrindo e beijou cada um. Os meninos se deitaram na pequena cama que havia no quarto, enquanto Melissa sentou em um puff. Isadora observou os três. – Se não tivesse sido tão covarde, poderíamos ter vivido isso a mais tempo. – pensou alto. Melissa a olhou e respondeu ajoelhando-se a sua frente.
-- Aprendi que para tudo tem um tempo. Existe tempo para gente se conhecer, viver aquele flerte sem vergonha... – piscou. – Tempo para os ciúmes e para a descoberta. Passamos por todos estes tempos, apostamos e fomos vitoriosas, mas houve o tempo da separação e do medo, e até mesmo do orgulho... – sorriu. – Mas chegou o tempo da reconciliação e agora de viver esse amor. – beijou a mão da loirinha.
-- Às vezes eu acho que só vim ao mundo para lhe amar. – confessou com os olhos cheios d´água.
-- Acha? Eu tenho certeza. – respondeu orgulhosa. – Isadora, eu sou a pessoa mais feliz do mundo, construímos a nossa família com o amor que só nos fortaleceu. – os meninos se levantaram brincando e Melissa chamou os dois para perto. – Estes três pestinhas e você são a minha vida. – declarou enquanto os meninos se abraçavam a ela. Isadora sorriu e deixou as lágrimas de felicidade rolarem pelo seu rosto.
-- Mãe, bora fazer aquilo com todo mundo junto. – Enzo pediu.
-- Selfie, meu amor. – Melissa se levantou e pegou o celular da loirinha que estava sobre a prateleira.
-- Todos juntos ao redor de mamãe. – Melissa pediu.
-- Mãe, quelo fica no ati. – Victor apontou o colo da loirinha.
-- Não serve o meu? – Melissa perguntou e o menino pensou, depois balançou a cabeça. Ester vivia repetindo que ele lembrava muito o jeito de Melissa na mesma idade. Não gostava muito de falar, só queria sair com o avô para ficar perto dos bichos. Ele sentou-se no colo da morena, Enzo abraçado ao seu pescoço e ao lado, Isadora com Isabela nos braços. – Todo mundo junto falando “amo você”. – Isadora riu e não conseguiu falar a tempo da foto. As duas se olharam e os azuis expressou todo o sentimento daquele momento.
-- Amo vocês. – Isadora disse olhando para todos e depois beijou o topo da cabeça da filha.
Fim.
https://www.youtube.com/watch?v=a-Lp2uC_1lg
Fim do capítulo
Boa noite!
Sei que estão querendo me esganar, mas sumi por um excelente motivo: fui sequestrada neste feriadão...kkkkk... Sequestro do bem. Até pensei em postar ontem, só que peguei no sono e só hoje, espero que gostem e mesmo sendo último capítulo, comentem. Como havia falado, vou tirar Coincidências, porque coloquei um pedaço dela nesta história, agora reescrevi uma boa parte. Só vou publicar quando estiver adiantada ou concluida, assim não atraso tanto. O tempo está corrido, e quando chego em casa, geralmente cansada, tento me dedicar aos filhotes e esposa. Beijos no coração, comentem o final e ouçam a música do casamento. O link está no final. Bom final de semana.
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edjane04
Em: 14/01/2024
Olá autora!
Que história magnética!! Comecei a ler anteontem, saudosa com as fanfics do Fator X (quem lembra dele?), e termino hoje encantada com essa história. Os enredos são muito bem construídos, a leitura é muito fluída e não dá vontade de largar pra absolutamente nada!!
Confesso que senti uma "barriga" quando teve a chegada de Camila, fiquei apreensiva com o final da história e feliz com o desenrolar final.
Não sei se vc verá meu comentário hoje em 2024, mas espero encontrar mais histórias suas
Feliz 2024
Cyda
Em: 12/07/2020
Oi, Rafa!! To com saudades de sua escrita, por isso revisitei Uma pequena aposta. Caraca, como gosto dessa historia!! Me apaixonei novamente pela Isa/barda, sofri com ela, pulei algumas partes, te xinguei à bessa ðŸ¤Â... de novo🤗. E no final, emocionada, relembrei o porque de você ser 1 de minhas autoras favoritas... é, eu andei te traindo, conheci outra pessoa e agora fico dividida entre dois amores que, igualmente, me fazem viajar com as lembranças da Barda e da Princesa Guerreira. Aí, vim me desculpar pelos arroubos que tive à epoca da primeira leitura, quando vc relançou a historia, tava pilhada, indignada e ávida pelo final feliz. Obrigada, minha autora! Um grande bj e espero que vc esteja bem com os seus, que estejam sobrevivendo bem à essa epoca louca que estamos vivendo. Muita luz, muito amor e muita paz pra vc e para os seus queridos (humanos ou não 🥰).
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Vanderly
Em: 21/01/2020
Olá, tudo bem?
Encontrei esta estória por causa de Coincidências, pois quando li algumas partes fiquei confusa,no entanto entendi tratar-se de uma continuação da outra, com outros personagens principais, então resolvi procurar,e foi assim que cheguei até aqui.
Houve momentos confesso; que tive vontade de comer teu fígado Rafa, pois eu torcia pelo par Isadora e Melissa Cristina no entanto as duas nunca se entendiam e foi um emaranhado de desencontros bem dolorosos para as duas. Bem, cheguei a pensar que você era uma escritora sádica. Em fim, na realidade a vida não é perfeita e amor entre mulheres é meio complicado mesmo. Ou bichinhas inseguras, ciumentas,impulsivas, impetuosas e com um senso de humor flexível, eu que o diga das relações que já tive. Só com muita paciência e amor para fazer dá certo.
Ei, não fique triste; as críticas construtivas ou não fazem parte da vida, o quê importa são as boas lições que tiramos dela.
Anjo,a escrita fala muito de seu autor e eu espero sinceramente que você seja a parte melhor nesta inspiração.
Por comentar apenas esse último capítulo, minhas palavras serão um pouco longa, espero não cansa-la.
Como algumas comentaristas aí, fiquei com muita raiva das personagens principais e também de alguns coadjuvantes; até cogitei a idéia de desistir da leitura. Ainda bem que não né?
No final das contas só queria dizer, quê tua estória merece nota mil. Você é muito boa. Favoritei coincidências e estou aguardando a continuidade.
Felicidades para você e família.
Beijos!
Resposta do autor:
OLá,
Desculpa, só vi seu comentário agora. Obrigada por tudo e principalmente, não desistir da leitura. Amo disseminar a discórdia e essas duas mereciam um pouco disso, assim como Lívia e Haidê. Beijos e muito obrigada.
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Cibele
Em: 08/12/2019
Eu Amei a história ela é muito boa mesmo , algumas vezes dava vontade de enganar a Isadora pelo ciúmes excessivo dela pq teve muitas oportunidades sei lá que dava para elas se acertarem só pq isa não colaborava né , bom também foi muito torturante ouvir Melissa Cristina dizer que amava Camila , sério isso me deixou com muita raiva kkk porque na minha cabeça Melissa e de Isadora e vice versa , e só isa pode abrir o potinho de mel , pra mim elas sao almas gêmeas e elas são o verdadeiro amor uma da outra , então pra mim não gostei quando Camila entrou na vida da Mel , ah e para não esquecer eu adorei a idéia da reconciliação no elevador foi sensacional , foi legal e um pouco engraçado pela atuação de Isa kkkk fiquei feliz , ah e o momento que Isa salva o Enzo foi lindo fiquei até emocionada pelo o que ela fez pq ali naquele momento ela demonstrou que aceitava ele foi LINDO , e o casamento foi INCRÍVEL foi maravilhoso , foi lindo ...
Eu simplesmente amei a história
Já li várias vezes até pq eu adorei de vdd
Resposta do autor:
Obrigada Cibele! Eu coloquei Camila para atrapalhar mesmo e tornar as coisas mais dificieis e a reaconciliação de fato acontecer, para nunca mais se desfazer.
Espero que esteja acompanhando Coincidências. Obrigada e beijos
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Fab
Em: 18/08/2018
Oi autora!
Não imagina como estava com saudades de tua escrita.
Caramba! Quantos acontecimentos. Quantas mudanças comparando com a primeira versão. Me causando um turbilhão de sentimentos. Chorei litros, em muitos momentos. Tive vontade de esganar Isa e consequentemente uma certa autora em muitos momentos. E de repente me vejo no final da estória torcendo por uma possível bigamia... (cara de espanto) rsrs. Ler Mel dizer a Camila que a amava foi meio torturante. Poxa, só Isa poderia abrir aquele pote! Mas Camila conseguiu pelo menos soltar um pouquinho da pressão que ele tinha na tampa. Camila, que mulher doce, meu Deus. Agora está me devendo uma estória de Camila e o amor tímido dela, viu dona autora?!
Mas enfim, Mel é de Isa e Isa é de Mel e ponto! E seus filhotes.
Eu estava a um tempo sem acessar o site, e quando fiquei sabendo que havia concluído vim correndo. Hoje vejo que não teria estrutura emocional para acompanhar essa estória em tempo real. rs. Sofreria muito, pô! Quando cheguei no capítulo 40 tive que ler o 80, para depois, com o coração mais calmo e acalentado, voltar ao 41 e dar sequência.. (culpada!) rs
Agora vou correr para te alcançar em tempo real em Coincidências. E por favor, não apronte!
Um beijo, autora!
Resposta do autor:
Oi Fab,
Eu até pensei em colocar mais de Camila nesta nova história, mas ela é tão certinha e cheia de ética que não vi como encaixa-la em algo que gira em torno de uma vingança. Fico lhe devendo.
Bjs
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Anamel
Em: 30/05/2018
Fique tão na bad quando melissa disse amar Camila achei que elas não teriam mas chance mas tudo mudou e amei isso fiquei tão triste por que vó Eliezer morreu e achei linfo o final da história apesar dessa morte elas cheia de filhos muito amorzinho parabéns autora ???
Resposta do autor:
Obrigada Anamel! Espero que esteja acompanhando a continuação em Coincidências.
Bjs
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Dani_Lucena
Em: 21/05/2018
Tera um segunda temporada? Espero que sim aguardando ahshahshahs
Resposta do autor:
Coincidências que já está na reta final. Bjs
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Vallery Pimenta
Em: 11/05/2018
Adorei! Linda estória! Só não curti a Camila abrir mão da maternidade do Enzo, poderia acrescentar Isadora sem tirar ela, ela foi incrível desde o começo. Parabéns pela estoria linda! Vai ter estória de Haide? Espero que sim.
Resposta do autor:
Sim e quase no final a história de Haidê e Lívia. Bjs
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preguicella
Em: 06/05/2018
A revolta com a entrada da Camila, é pq ela se meteu no meio do relacionamento das minhas protagonistas queridas, por conta dela elas passaram mais tempo separadas.
Querer mais da Camila depois que ela saiu da vida da potinho de mel, é pq sou boazinha e não guardei rancor! hahaha
Ah, esqueci de comentar antes, mas concordo com o que a Baiana falou lá na página do conto, tb não curti a desistência da Camila como mãe do Enzo, a Isa vacilou feio nessa parte, tudo bem que depois ela voltou atrás, e até podia ficar como mãe dele tb, mas a Camila devia ter o título de mãe tb! ;)
Por hora é isso... hahaha
Bjãooo
Resposta do autor:
Menina, acha que Isa iria concordar com Enzo chamando Camila de mãe? Ela teria um troço...kkkkkk.... Ciúmes a milésima potência. A guerra estaria declarada e não restaria mais nada de Melissa... Obrigada por comentar. Bjs
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LeticiaFed
Em: 06/05/2018
Oi de novo!
Ué, desculpas por desabafo? Estamos aqui para apoiar, incentivar, criticar (com educação, para dizer o mínimo...) e ouvir as autoras. Fale a vontade! Imagino como deve ter sido difícil enfrentar a enxurrada de resmungos (da qual eu participei, confesso rsrsrs) mas que ficou estranho aquele comportamento loko do capeta da Isa, ficou. Só que nada, NADA justifica o tipo de ataques que depois soube que te mandaram. Falta maturidade e educação às vezes. Vocês autoras estao aqui, de graça, despendendo tempo que poderiam estar fazendo qq outra coisa, para nos alegrar e distrair com suas histórias. E todas leitoras estamos aqui para nos divertir. Então muito respeito para com vocês. Da uma preguiça danada, mas tento quase sempre deixar um comentário de retorno nas histórias que acompanho. Em especial para autoras carentes...hahaha :) Enfim, vai um agradecimento extra à sua esposa, obrigaaada! Tira agora um tempo para descanso e volta com Coincidências, Haidê e a sua loirinha da qual esqueci o nome. Beijo!
Resposta do autor:
Com certeza, minha esposa deu um "chamado" para que eu fique mais longe do computador quando estiver em casa, e só publique quando já estiver quase toda concluida para não sofrer de falta de inspiração com as pessoas que aparecem para atacar, na época fiquei muito chateada e sem vontade de escrever. Mas já passou e agora é bola para frente e aguardar os comentários de Coincidências.
Beijos e obrigada, mais uma vez.
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LeticiaFed
Em: 06/05/2018
Querida autora!
Quando vi sendo postada novamente essa história comemorei. Depois veio a fase mágoa e revolta com as modificações e aquele ser extraterreno do mal que abduziu Isadora, mudando por completo de personalidade. Mas nunca abandonando o conto nem perdendo as esperanças. Mesmo com a aparição de Camila...desculpa mas não precisava...hahahaha Sorry, team Isa forever!. Fiquei um tanto perdidona com os personagens “novos” aparecendo, e ja pensava em reler Coincidências para me situar melhor. Mas vi que vc tirou do ar e vai postar reescrito, o que acaba sendo melhor, especialmente pelos ganchos que ja deixou. Adorei o último capítulo, bastante de Isa e Mel e muito fofo o passar do tempo com a família crescendo.
Voce escreve muito bem, aguardando ansiosa o retorno de Coincidências. Curta um bom descanso com a família e volte com energia redobrada. Prometo comentar bastante no proximo romance ;) Beijo!
Resposta do autor:
Oi Letícia, tudo bem?
Olha, eu realmente pensei em deixar incompleta esta nova versão, e por insistência da minha esposa que terminei. Mérito dela. Fiquei chateada, principalmente quando enviaram ameaças pelo e-mail, foi esquisito, sem falar surreal. Nada haver misturar ficção com vida real. Mas.... Fomos até o fim, mesmo que muitas ameaçaram abandonar a leitura, enquanto outras sumiram, mérito para quem foi até o fim. As leitoras devem acreditar nos comentários que fazem e ajudam a quem escreve, se querem Isa, óbvio que ela será a dona do coração da morena. Farei modificações em Coincidências e confesso que estou até com medo de mexer neste vespeiro... Ando desmotivada e com a cabeça fervilhando, acumulada de serviço e cansada, quando escrevo é para relaxar e me divertir, mas nem todos pensam como você em acessar o site e se divertir, também.
Desculpa o desabafo, estava afastada até dos comentários, hoje que estou respondendo. Beijos e muito obrigada, o sucesso, como sempre falo, depende muito da ajuda de vocês pelos comentários.
Bom restinho de domingo.
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Rafaela L
Em: 05/05/2018
Que final fodástico!!!
Muito lindo todo desenrolar desse final!
Pena que o vô Eliezer se foi.
Isadora surpreendeu a bessa,na perseguição!
Como a Camila tbm,ao doar seu lugar na guarda do Enzo.
PARABÉNS Rafa! foi muito emocionante de acompanhar.Ansiosa por
as aventuras da Haidê com a loira.
Resposta do autor:
Oi Rafa, obrigada. Fico feliz que tenha gostado. O vô Eliezer estava velhinho, sofrido, não aguentou ouvir aquilo na TV. Isso sou como uma crítica as redes sociais e jornais. Eles publicam as notícias sem se importar com a família da vitima, infelizmente isso acontece muito e foi baseado em ocorrências reais.
Assim que escrever as brigas de Haidê com seus inmigos invisíveis e reais, eu publico a história.
Beijos
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patty-321
Em: 05/05/2018
Foi lindooo um final maravilhoso para essas almas gemeas. Se perderam, se reencontraram, sofreram, viveram intensamente. Construíram uma familia linda. Vou sempre reler, gosto demais do início, como demoraram a se entregarem. Parabéns. Obrigada por compartilhar. Aguardar coincidências. Bjs
Resposta do autor:
Essas, realmente, passaram por altos e baixos, foram do céu ao inferno, mereciam este final. Eu sempre falei isso, só disseminei um pouco de discórdia no meio do caminho e algumas quase me bateram. kkkkkkkkk ...... Beijos e até mais.
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SaraSouza
Em: 04/05/2018
Que show de capitulo.. Wowwwwww
Só fiquei triste pelo Vo Eliezer ..:((((
Adorei a Camila com a Emilia..
final lindo por meu casal.... até choreiiiiii
Bom, foi tudo maravilhoso autora vc escreve lindamente...nota mil pra vc bjs
Resposta do autor:
Obrigada Sara, feliz por ter gostado. Espero vê-la em Coincidências. Beijos
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Socorro de Souza
Em: 04/05/2018
Espetacular!!!!!
Que final lindo!!!
Parabéns autora .. volte logo !!!
Resposta do autor:
Obrigada Socorro, beijos e até Coincidências.
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Milales
Em: 04/05/2018
Eu li a primeira versão dessa história e gostei qd li. Mas esse "remeke" ficou muito melhor. Parabéns por ser uma escritora foda, nos presentear com ótimas histórias. Tenho certeza que "Coincidências" virá tão boa quanto antes. Fico aqui ansiosa na espera.
Bj.
Resposta do autor:
Obrigada Milales. Conto com seus comentários e sua ajuda em escrevê-la. Beijos
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Mille
Em: 04/05/2018
Ufa terminei o super capítulo
Amei tudo só lamento a morte do vovô Eliezer.
Camila e Emília juntas merecidos depois de ter uma namorada complicada com drogas e uma Vanessa ela merecia uma boa pessoa como a Emília.
Haide já está contudo e teremos altas aventuras com Coincidência.
Bjus e até o próximo capítulo
Sucesso e já ansiosa por sua volta.
Resposta do autor:
Ahhh, o vô Eliezer fez bonito, coitado já estava velhinho. Camila foi uma guerreira assim como Isa e merecia alguém especial como a Mel, em uma versão mais lenta, já que Emília é muito tímida. Haidê está com seus demônios atormentando-a, uma luta interna por não ter conseguido salvar a família, principalmente o filho. Ela é uma guerreira e vem com tudo. Aguarde.
Beijos
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Baiana
Em: 04/05/2018
Que final top! Todos os bandidos na terra dos pés juntos, se bem que, adoraria ver todos eles sofrendo atrás das grades, mas...
Camila e Emília? No início eu achava que sim, depois a médica apareceu em cena e pensei que ela seria o par da Camila, mas não é que a assistente arrematou o coração da ex mãe de Enzo! Falando nisso. ..Não gostei dela ter sido rebaixada de posto (tudo bem que foi por livre e espontânea vontade) mas não vejo nada de mal ele ter três mães!
E essa grande família? Coisa mais fofa!
Resposta do autor:
Estão sofrendo, acredite, a morte não é um final, pelo contrário, apenas um recomeço. Camila é correta em tudo, e viu que poderia ocupar o coração do menino sendo apenas a madrinha, ele já tinha duas mães, só que uma estava temporáriamente maluca para saber sobre isso.
Beijos e até mais.
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Tekaxaviers
Em: 04/05/2018
História linda, bem escrita em todos os momentos vividos pelas personagens, amei.
Agora é aguardar coincidências ser repostada!
Resposta do autor:
Oi Tekaxaviers, tudo bem? Obrigada e aguardo você em Coincidências. Beijos
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Fabiola Ramos
Em: 04/05/2018
Adorei essa história desde de o começo, mas confesso que em alguns momentos fiquei bastante irritada com as atitudes de nossas queridas Mel e Isa.
Em fim elas fizeram justiça contra a Bruna, Joaquim e Timóteo, espero que eles estejam ardendo no tártaro.
Eu adoro as personagens Xena e Gabrielle tanto nas histórias clássicas quanto nas de mundos alternativos, e estou esperando ansiosamente para você postar Coincidências para nos emocionantes com o romance entre Haidê e Lívia.
Resposta do autor:
Oi Xena, tudo bem? Espero que "um desses momentos" não tenha sido um a das meninas que tentou abandonar a leitura...kkkkk..... Ah, com certeza Hades está colocando os três para dançar miudinho. Tenho muita vontade de escrever uma clássica, mas acho que não tenho o talento criativo para tanto. Até Coincidências. Beijos
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preguicella
Em: 04/05/2018
Apesar da revolta com algumas mudanças, como a entrada de Camila na história, adorei tudo! Só fiquei #chateada pq vô Eliezer morreu! Ah, queria mais um pouco mais de Emília e Camila também! haha
E que venha Coincidências, tô doida pra saber o que acontece com Haydê e Lívia e, feliz em saber que pelo visto, Mel e Isa vão aparecer na história!
Bjão e até a volta!
Resposta do autor:
Como e revolta com a entrada de Camila e depois pede mais de Camila? Desenvolva...
Obrigada e até Coincidências. Bjs
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