Duas faces por ROBERSIM
CapÃtulo 38
-aquela mulher, não é uma curiosidade, e a mulher que eu amo. E se o senhor não parar de insistir nesse relacionamento que pra mim não faz mais sentido, irei embora da sua casa. Desculpe Marcos mais se não estou com Diana e porque ainda não consegui perdoa-la, mas ainda a amo muito.
Deixei a mesa de jantar sem ao menos despedir, voltei para o quarto pra chorar minha saudade.
Já passavam das 11 horas quando escuto baterem na porta do meu quarto, me assustei, pois minha mãe batia e me chamava, parecia preocupada.
-Jessica, Diana está aí em frente de casa e parece bebida, falou que só vai embora depois que falar com você.
Assustei-me, nos dias em que estávamos separadas só ouvia seu nome quando meu pai o mencionava, não imaginei que tivesse a coragem de ir ali , ainda mais bebida.
-acho melhor você descer, sei que não é uma boa hora pra conversarem... Ainda mais no estado que está, mas tente entender melhor o porque de tudo disso.
Minha mãe a principio sempre me alertará sobre Diana, de um tempo pra cá, insistia que eu deveria conversar com ela.
-minha filha da pra ver o quanto Diana te ama, e você a ela, não foi esse o futuro que escolhi pra você, mas Vejo o Quanto Esta sofrendo esses dias que estão separadas.
-eu realmente a amo mãe, mas ainda não consigo perdoa - lá.
-tudo bem, mas conversei com ela!
Desce a pedido de minha mãe, e pra ser sincera comigo mesmo , estava morrendo de saudades dela.
Quando a vi meu coração soltou em meu peito, e ao mesmo tempo um aperto enorme. Ela estava com os olhos vermelhos, havia emagrecido e nem de longe apresentava aquela altivez de outrora.
- o que está fazendo aqui Diana!- tentava parecer fria, mas minha vontade era abraça - lá, sentir seu cheiro.
-por favor, Jessica para com isso, volta pra mim. Sei que errei em te esconder minha irmã, mas não fiz isso por mal. Eu te amo tanto, me perdoa..
Ela estava completamente fora de si.
-Diana, não quero conversar com você... Pelo menos não agora, por favor, vá embora antes que meu pai chegue.
-não vou deixar você voltar com aquele puxa saco do Marcos, sei que você me ama, só está magoada.
- por favor, você precisa sair daqui-foi então que vi seu carro estacionado em frente a casa, e só naquele momento percebi que ela estava motorizada- você veio dirigindo nesse estado. Você está louca, poderia ter sofrido um acidente.
-não me importo o que aconteça comigo, perdi a mulher que amo.
-vou ligar pra Carol, pedir que venha te buscar.
- não precisa, estou bem, consigo dirigir.
Antes que ela termine de falar , já estava ligando pra minha assistente , que desde o dia em que a vi com Diana e Vanessa não havia mais falado.
-Jessica, boa noite !
-Boa noite Carol, preciso de um favor seu, Diana está aqui em casa, bebida . Ela veio dirigindo, por favor, teria como você pega-la?
-Jessica estou bem distante de onde seus pais moram, se não se importar vou pedir pra Vanessa ir pega-la.
Não gostei, mas não queria que Diana dirigisse.
-tudo bem!
- não era necessário ter ligado, posso muito bem me cuidar.
-você que não deveria ter vindo dirigindo, poderia ter acontecido um acidente com Você.
-precisava te ver, estou morrendo de saudade - minha vontade era abraça - lá, esquecer-se de tudo , mas enquanto lembrasse de tudo não conseguia perdoa – lá.
....
Aqueles dias sem Jessica estavam sendo um martírio pra mim. Akira desde o dia em que me enfrentou não foi mas a empresa , era por Carol que ficava a par de algumas coisas.
Meu pai marcou uma reunião em sua casa, imaginava sobre o que tratava, com certeza Akira já o tinha colocado a par sobre o que estava acontecendo.
Naquele dia ao sair do escritório, fui direto a sua casa. Ele me esperava na biblioteca, sua expressão não era das melhores. Minha mãe também se encontrava no local, estranhei pois geralmente não se metia nos negócios da família.
-quero saber que história e essa de está tendo um CASO com a filha do Akira, e como ela soube daquela marginal da Vanessa- mal entro na biblioteca, sou bombardeada, aquilo me encheu de ódio, ele não tinha o direito de falar naquele tom.
-pra começo de conversa, não estou tendo um caso com a Jessica, estou apaixonada por ela , em segundo lugar minha irmã não é uma marginal. Se o senhor não parar com isso, sumo de sua vida- aquela implicância já havia passado dos limites , por sua causa e pelo amor e respeito que tinha por ele ocultou a existência de Vanessa por anos, mas já bastava- minha irmã não é uma marginal - repito - se ela fosse uma delinquente não estaria estudando , prestes a entrar em uma faculdade , não estaria trabalhando, e Victoria não confiaria tanto nela a ponto de viajar e deixar sua loja sob responsabilidade dela.
Meu pai estava assustado, não somente pelo modo que o desafiava, coisa que nunca fiz, como pelo que acabei de falar , ele olha pra minha mãe que até o momento se mantinha calada.
-ela está falando a verdade. Vanessa trabalha a anos com Victoria e ela confia muito nela! Victoria sempre me fala que a melhor coisa que fiz por ela, foi ter pedido para que Vanessa trabalhasse em sua loja.
-minha irmã só não teve as oportunidades que eu tive pai. Já pensou na possibilidade de que o senhor poderia ter adotado ela é não eu, garanto pro senhor que teria tido o mesmo destino que ela , pois somos muito parecidas e não ficaria muito tempo naquele orfanato.
Meu pai nada falava, mas notava que estava admirado por tudo que soubera.
Minha irmã estuda , trabalha, paga suas contas , sim , pagas suas contas porque não quis mas nada meu, desde que começou a trabalhar, ela paga um aluguel de um apartamento que não sabe ser dela já.
-como assim?
- há anos comprei o apartamento que ela mora, mas sabia que ela não aceitaria, então comprei e deixei-a acreditar que é alugado, quando ela quitar o valor da compra irei passar pra ela.
-me desculpe minha filha, sempre me culpei por não ter sido mais razoável e não ter procurado saber mais de sua família biológica, quando a adotei. Se tivesse feito isso , vocês teriam sido criadas juntas, apesar de não falar nada, sempre me culpei.
Pela primeira vez vi lágrimas escorrerem por seu rosto, ele estava sendo sincero.
-o senhor não tem culpa pai, mas quero que as pessoas conheçam a Vanessa, amo vocês, mas ela é minha irmã, meu sangue e a amo também. E quanto a Jessica, ela descobriu faz alguns dias , não sei mas o que faço pai , sou louca por ela , a amo demais.
-está gostando mesmo dela minha filha, nunca te vi assim por ninguém.
- estou sim mãe, não sei, mas o que fazer pra que me perdoe.
-se ela te amar de verdade minha filha, vai te perdoar, só de um tempo a ela.
-faz dias que não a vejo e isso está me matando.
-calma minha filha , quando o Akira me falou, pensei ser mais uma de suas aventuras , mas agora posso ver o quanto você a ama. E quanto a sua irmã, vou rever minhas atitudes. Ainda tinha em mente aquela jovem que conheci há anos atrás.
-ela está mudada pai , amadureceu com o tempo, esta até namorando- pela primeira vez desde que cheguei via meu pai sorrir- inclusive o senhor conhece a pessoa, e a Carol assistente de Jessica.
- realmente vocês duas tem os mesmos Gostos!
Volto pra casa mais tranquila apesar de tudo que estava acontecendo, novamente ao entrar em meu apartamento meu coração entristece, outra vez ao lembrar-me dos momentos ali, vivido com Jessica. Tomo banho e volto pra sala, ligo o som em uma música que só me fazia lembrar-se do meu amor, me sirvo de uma dose de uísque.
Agora estava ali , na sua frente. Minha vontade de vê-la se fez mais forte, da feito que bebia.
-você é irresponsável- ela me brigava, estávamos esperando por Vanessa. Vi em seu olhar o quanto esse encontro mexia com ela. Sei que minha irmã errou, mas queria muito que ela perdoasse sua atitude.
- eu te amo Jessica, sei que errei mas não vou desistir de você.
-não consigo esquecer que mentiu pra mim! Sua irmã chegou- vejo o carro de Carol parar enfrente a casa , ela desce do veículo e caminha até onde estávamos- Obrigada por ter vindo – agradece Jessica sem nenhuma emoção. Ela olhava pra Vanessa que parecia tímida com sua avaliação.
-agradeço por ligar. Vamos Diana, você não tem noção do perigo que correu em dirigir assim, depois a irresponsável sou eu!
- ah Van já recebi sermões demais por hoje do meu amor aqui!- aponto pra Jessica- já brigou comigo- apesar de chateada vejo um meio sorriso naquele olhar que tanto amo.
-vamos embora, ainda preciso buscar a Carol e sua filha. Não vou poder levar o carro dela, preciso deixa-lo aqui , amanha Diana busca.
- não precisa, amanhã peço pra seguem entrega-lo.
-Obrigada! Vamos Diana você dormirá em casa hoje.
-eu não, não vou segurar vela ,você vai namorar com a Carol !
- Valéria estará conosco, vamos que já estou atrasada, mais uma vez , Obrigada Jessica.
...
P/ VANESSA
Estranhei a ligação de Carol , tínhamos marcado de nos encontrar na hora de sua saída do trabalho. Naquela manhã ela insistiu pra que ficasse com seu carro e a pegasse na hora de sua saída.
Quando me falou sobre o estado de Diana, suspirei. Desde o dia em que dormiu em meu apartamento, o dia em que conversamos sobre seu sofrimento por Jessica, ela até que me escutará e deu um tempo para que Jessica refletisse sobre o que aconteceu. Mas pelo que acabo de ver, esse tempo já havia terminado.
- porque veio aqui, e ainda por cima, nesse estado?
-queria vê-la van, não aguento mais ficar distante dela.
Seus olhos estavam vermelhos, deveria ter chorado muito.
-isso vai passar minha irmã, percebi que ela está mais flexível. Ela te ama e vai te desculpar.
-conversei hoje com papai, ele quer que marque um jantar pra você.
Desvio minha atenção pra ela, que estava ainda olhando para o nada.
-como assim jantar?!
-conversei com ele hoje e falei tudo que estava guardado aqui- aponta para o peito - ele soube de Jessica através do Akira e veio me tirar satisfação, não aguentei quando ele começou a falar de você... -ela me narra sua conversa com o senhor Hidelgardo, fiquei feliz em saber que minha presença, não seria mas um empecilho na vida de Diana, não falava nada mas as vezes me incomodava aquela situação- quero marcar um jantar , quero você é a Carol juntas a meu lado.
Antes de seguir para casa, busco Carol na casa de seu ex que preferiu ir direto para lá pegar Valéria, para que fosse buscar Diana na casa de Jessica.
Assim que me ver A pequena corre e se joga em meus braços, quando ver Diana fica olhando pra minha irmã com uma interrogação no olhar.
-essa é minha irmã Diana, meu amor. Você já a viu antes.
-Tia , ela é igual a você!
Diana foi o tempo todo calada até meu apartamento, Valéria tagarelava o tempo todo sem tirar seus olhinhos de Diana.
Já em casa coloco Diana pra tomar um banho, a bebida já estava perdendo efeito, mas se via o quanto minha irmã estava abalada como rompimento de seu relacionamento.
- amor, como foi lá com Jessica? Senti na sua voz que ela estava preocupada com Diana.
-tomara que essa ida até lá, faça com que reveja sua visão sobre tudo e perdoe Diana , me sinto mal com esse rompimento...
-você não tem culpa nenhuma, sua irmã mesmo falou isso!
- não sei Carol, talvez meu aparecimento na vida de Diana tenha lhe causado vários problemas. Ainda bem que pelo menos o senhor Hidelgardo entendeu o lado da filha- narro pra ela , o que Diana me passou- ele quer se aproximar , Diana me contou que ele se culpa por não ter sabido mais cedo de minha existência.
-bom pelo menos isso está resolvido. Agora só falta sua irmã se entender com a Jessica.
Quando fui chamar Diana pra jantar, essa estava dormindo ainda com a toalha enrolada no corpo. Tirei a toalha e a cobri com a coberta, não ia chama - lá , talvez quando acordasse repensasse o que fizera e agisse com mais cautela.
Naquela noite Valéria dormiu conosco. Era a primeira vez que isso acontecia e a pequena estava eufórica.
Quando as duas dormiram fiquei olhando aquela cena. A criança estava no meio abraçada a mãe, mas sua mãozinha agarrava minha mão. Seria tão bom se a tivesse conhecido antes, iria cria - lá com Carol, como a uma filha .
Minha noite foi agitada, não consegui conciliar o sono, sempre que fechava os olhos vinha em minha cabeça a imagem de Diana , chorando , desesperada. Desisti de tentar dormir. Levanto cedo, queria preparar nosso café e saber como Diana estava. Ao chegar à sala encontro minha irmã olhando pela janela, o dia nascendo, estava concentrada, olhava pro nada.
-como você está?
-sinceramente, não sei te informar- fala sem virar - se, percebo está chorando, e mais uma vez se formou uma dor , uma agonia em meu peito- não sei o que fazer Van, estou completamente sem chão.
Aproximo-me a abraçando pelo ombro.
-isso tudo vai se resolver minha irmã, ela te ama , só está magoada, mas vai perceber que você não agiu por maldade. Vem, vamos fazer algo pra você comer , não comeu nada o tem , deve está com fome!
-não estou com fome, preciso ir a minha casa antes de ir para o escritório.
-Jessica falou que vai mandar entregar seu carro.
-vou chamar um táxi, depois conversamos pra marcar o jantar na casa dos meus pais.
-tem certeza Diana!
-nunca estive tão certa na vida, quero que as pessoas que amo, que são minha família, se entendam . Que você faz parte da família, como sempre quis.
Despedimo-nos, mas uma agonia, uma sensação de perda não deixava meu peito. Achei ser por tudo aquilo que estava acontecendo.
Quando saímos pra deixar Valéria no colégio, resolvo perguntar para o porteiro se Diana havia conseguido chamar um táxi.
-ela chamar sim Vanessa, mas não o pegou- olhei para o senhor sem entender- teve um homem, o mesmo que parou ela outro dia , a levou para seu carro. Sabe o que estranhei e que ela parecia assustada em acompanhar os homens que estavam a seu lado.
Naquele momento senti meu coração parar.
-Carol, o Lauro pegou a Diana!
Fim do capítulo
Boa tarde meninas!
capitulo concluido, espero que gostem.
bjss
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]