CapÃtulo 15 Lilium (Parte I)
Os dias foram passando normalmente, continuei lendo os livros e estudando junto com Edmundo, Gabriel optou por ficar esse tempo isolado ainda receoso por ter que se submeter a mim, como Lucas adorava dizer: "Deixe lamber as feridas em paz"; o próprio Lucas estava estudando freneticamente para aprender todas suas habilidades angélicas o mais rápido possível, sempre se queixa achando ser um inútil por seus poderes não serem tão assustadores como dos outros. Sempre o lembrava que ele era um anjo e isso era mais especial que uma casca com Bella que às vezes nem vivia por causa das entidades entrando e saindo, Gabriel que era um falso profeta que nem tinha profetizado nada; por mais que meus olhos ficassem negros e tivesse ido aparentemente para outra dimensão ainda era uma simples vampira psíquica que quase perdeu o cargo de líder em um motim de uma pessoa. Ele sempre sorria e voltava a treinar com mais empenho.Uma semana e meia passou e nada de Lira, Brigith e Alameth era como se nossas vidas tivesse voltado ao normal, mas não normal mesmo. Algo me dizia que era aquela calmaria antes da tempestade sabe? Comecei a ficar tensa. Perguntava todos os dias para Bella se algum sinal ela haviam mandado, mas nada.- Como te disse ontem Rafa, parece que elas nos deixaram eu nem sinto mais a presença delas e a nossa conexção uns com os outros está cada vez mais fraca - Ela olhou para as pessoas passando por nos no intervalo da escola.- Eu também sinto, ás vezes penso que pode haver algum bloqueio que esta às impedindo - Esse pressentimento estava no me coração há alguns dias - Já conversei com Edmundo, mas ele disse que está tudo normal.- Bom ele te mais experiência que nós então se ele disse acho que podemos ficar tranquilos - Ela deu de ombros - Pode ser também que elas estavam brincando conosco ou desistiram porque somos inúteis, as possibilidades são infinitas.- São - Soltei um suspiro pensando na infinidade de motivos para o silencio de rádio. Olhei Fernanda passando discretamente pelo pátio e indo na direção do corredor para a biblioteca, embora mesmo depois do ocorrido ela ainda permanecia com os amigos e longe de nós na escola.- Bella já volto - Levantei olhando na direção do corredor.- Já disse, sem chances com a Barbie hetero - Revirou os olhos.Ignorei o comentário dela e fui a passos largos na mesma direção que a pouco Fernanda havia se dirigido. O corredor estava silencioso e não havia nenhum aluno o que era estranho, mesmo no intervalo os alunos ficavam sentados conversando pelos corredores, à porta da biblioteca estava encostada deixando apenas um fresta, toquei a maçaneta da porta azul e abri com delicadeza. A mesa da senhora que cuidava do lugar estava vazia e as mesas próximas às prateleiras também estavam vazias, parecia que não tinha ninguém na sala, encostei a porta e olhei atentamente nas prateleiras para tentar ver algo por entre os livros, por vim resolvi chamar por ela.- Fernanda você está ai? - Falei alto mesmo a sala estando silenciosa.- Estou em literatura estrangeira - Sua voz calma soou do fundo da sala.Me encaminhei para o fundo da sala que era relativamente grande passando pelas prateleiras de metal e seus inúmeros livros grossos e finos, vi ela encostada na parede com livro bem grosso nas mãos era Senhor dos Anéis a edição que tinha os três livros em um único volume, que se me permite dizer era bem grande, pesado e grosso.- Senhor dos Anéis? - Parei a certa distancia.- Eu gosto do quanto ele é detalhista sobre a terra média - Ela colocou o livro na prateleira.- Detalhista até demais - Olhei os livros na prateleira e seus inúmeros volumes enfileirados e com pouca poeira.- Às vezes sim, mas faz parte quando se está criando um mundo novo - Ela deu de ombros - Às vezes me parece familiar ou me parece real... Não sei explicar muito bem.- Acho que entendo sinto talvez as mesmas coisas quando leio Radiante da Alyson Noël.- Não tive a oportunidade de conhecer essa escritora ainda, há algum livro dela aqui? - Ela olhou para a prateleira.- Não, mas eu tenho em casa caso queira conhecer um dia - Encostei na parede atrá de mim.- Nenhum sinal delas? - Fernanda me encarrou.- Ainda não - Soltei um suspiro.- Parece preocupada com isso - Ela olhou para o chão.- Mais ou menos, tenho uma sensação estranha de que algo grande está para acontecer e isso me deixa com medo - Confessei.- Grande? Você diz pior do que aconteceu na praça? - Ela questionou.- Talvez, é apenas um pressentimento - A encarrei - Eu não me lembro muito bem do que exatamente aconteceu naquele dia.- Entendo - Ela olhou para o chão e logo passou por mim saindo do corredor.- Ei - Segurei seu braço antes que ela pudesse sair dali - Você se lembra?- Não - Ela não olhou para mim.- Por que parece que algo aconteceu e você não quer me contar - Soltei o braço dela - Eu te machuquei? - Comecei a pensar no pior.- Não - Ela se virou e olhou nos meus olhos sincera - Acho que você nunca me machucaria.- Então me diga o que aconteceu - Insisti sabendo que ela sabia de algo como meu instinto dizia.- Nada... - Ela desviou o olhar, seus lábios se moveram, mas não saiu som algum, ela parecia juntar coragem para me contar algo - Teve um momento... Em que... Você estava fora de mim e Lira não conseguiu te trazer de volta ao normal... E... Pedi para ela te ajudar mas ela disse que só eu poderia fazer... Eu não entendi o que ela quis dizer com isso - Ela desviou o olhar mais uma vez - Foi isso.- Como assim só você pode me ajudar? - A olhei com mil teorias na cabeça.- Eu não sei, eu apenas toquei em você e disse o que me veio na cabeça e você voltou ao normal - Ela deu de ombros ainda sem olhar para mim.- O que você disse?- Eu disse... Disse que você não era mais assim e nunca mais ia... - Ela me encarrou - precisar ser assim.- E o que isso quer dizer? - Franzi a testa perguntando isso mais para mim do que para ela.- Eu não sei.- Fernanda... - Soltei um suspiro e antes que pudesse dizer qualquer coisa o sinal do fim do intervalo havia soado.- Tenho que ir - Ela me deu um sorriso simples e saiu na direção da porta.
******
Estava voltando para casa e conversando amenidades com Bella, quando Edmundo gritou ao longe com Lucas e Gabriel no seu encalço:- Rafaela! Espera - Olhei para trás diminuindo os passos.Ele se aproximou com os olhos cansados e aparentemente esperou os outros dois se aproximarem também.- Rafa eu não tinha percebido, mas tem algo estranho na escola? - Ele falou encarando-me.- Como assim?- Não sei explicar, hoje tentei me comunicar com Umabel dentro da escola, mas não consegui - Ele me olhou como se tivesse que perceber o obvio.- Encontrei isso perto da quadra - Gabriel estendeu vidro plástico branco com uma tampa vermelha - Tem um cheio estranho de ervas.- Quando Gabriel me mostrou isso às coisas fizeram sentido.- Ok, Ta me dizendo que tem um feitiço na escola? - Eu tentei constar o obvio.- Sim e não - Edmundo passou a mão sobre a alça da mochila - Tenho a impressão de as coisas estão diferentes.- Edmundo pelo amor de Deus seja mais claro - Suplicou Lucas impaciente.- Eu não posso dizer nada sem ter certeza - Falou serio - Bella consegue chamar qualquer uma delas? - Bella apenas balançou negativamente a cabeça - Vamos ter que invocar.- Ta doido? - Eu arregalei os olhos - E se aparece sei lá o capeta?- Se a gente fizer o ritual certo, nada além dela vai aparecer - Edmundo falou tranquilo.- Galera isso é meio sinistro até para a gente - Lucas falou em fio de voz.- Lucas, por favor, está passando vergonha - Gabriel deu um sorriso de lado - Medroso.- Eu não tenho medo - Estufou o peito.- Quem é o alquimista? - Edmundo indagou nos olhando.- Kaique - Respondeu Bella.- E onde ele está? - Na casa dele eu acho não me lembro dele na escola esses dias - Parei para pensar que realmente fazia um tempo que ele não dava as caras.- Creio que ele esteja corrompido - Edmundo cuspiu as palavras com desanimo na voz.- Impossível - Gabriel falou quase como um grito - Eu teria percebido.- Gabe eu acho que Edmundo pode estar certo - Abaixei a cabeça analisando tudo era inevitável - A carta disse que havia um traidor.- E você vai confiar na carta que ele te entregou? - Apontou para Edmundo - Até onde eu sei você é o mago e sabe muitos feitiços e o vidro é claramente um feitiço - Gabriel se aproximou serrando os punhos e encarrando Edmundo - Você pode ser o traidor, Kaique é meu amigo colocaria minha mão no fogo por ele, já você eu nem sei quem é e de onde vem.- Espero que sua mão seja aprova de fogo - Edmundo disse simples e firme.- Chega Gabriel - Empurrei Gabriel para trás e fiquei na frente de Edmundo antes que os saísse na pancada - O que está acontecendo com você? - Questionei.- Esse cara acusando meu amigo - Cuspiu as palavras com raiva.- Se controla ou é melhor ir pra casa - Disse firme.- O que? - Ele me olhou indignado.- Foi o que você ouviu - Cruzei os braços diante dos olhares arregalados tanto de Bella quanto de Lucas - Não da pra resolver essa situação se você não consegue controlar seus impulsos, tente ser racional.- Ta me dando uma ordem?- Para ser bem sincera... Estou.Ele simplesmente se virou e saiu andando sem dizer uma só palavra.- Gabriel aonde você vai? - Lucas gritou e antes que ele pudesse ir atrás dele eu o detive.- Deixa, Ele precisa colocar as ideias no lugar; enquanto ele estiver assim vai apenas nos atrapalhar.- Desde quando você ficou assim Rafaela? Ele é nosso amigo e estava defendendo Kaique.- Lucas você também não - Revirei os olhos - Pense comigo quem é o único que não está ligado a nós? Quem não mostrou nenhuma melhoria? Quem não está mais tão presente? - Joguei todas as cartas na mesa.- Kaique - Ele disse desanimado.- Podemos confiar em quem está aqui apenas, ele nunca está - Olhei para Gabriel ao longe ainda caminhando a passos duros - Estamos sozinhos precisamos ficar juntos.- Ela está certa - Bella sentenciou.- Vamos fazer a invocação ou não? - Edmundo juntou as mãos.- Agora? - Olhei a rua vazia nem tinha me dado conta dos minutos que se passarm e não havia chegado a casa, minha mãe ia me matar.- Logico.- Preciso chegar em casa, minha mãe vai me matar.- A minha também - Bella suspirou.- Então vocês vão ter que fugir de casa na madrugada - Edmundo balançou a cabeça impaciente.- Mais uma vez tá doido? - Tem que ser essa noite.- Por que não pode ser amanhã? - Indagou Bella.- Amanhã pode ser tarde demais - Ele tentou persuadir.- Ok, Mas vai ser próximo a casa da Bella às 2 da manhã? - Dei por vencida.- Por mim tudo bem - Lucas encarrou esperando a resposta de Edmundo que apenas deu de ombros indicando um ok, já Bella apenas suspirou e assentiu - Então às duas da manhã. Fui para casa igual um relâmpago, e não me livrei de um pequeno sermão da minha mãe por ter demorando, toda aquela dramatização de mãe que você provavelmente já conhece.Era 01h37min da manhã e as janelas em casa eram de vidro, morava no segundo andar e dividia o quarto com minha irmã mais nova, o problema era que eu morava na droga do segundo andar, sair pela porta do quarto nem pensar faria muito barulho e meu pai poderia acorda. Eu já esperta levei a chave para o quarto e esperei no silencio minha mãe larga de dormi no sofá da sala vim da aquela olhada no quarto e ir dormi, e pra ajudar ela tinha ido tarde. Isso quer dizer fazia exatamente 20 minutos que ela tinha ido para o quarto, ela não estava em sono profundo e qualquer barulho poderia desperta-la. Olhei para o teto pensando em desistir e falar que peguei no sono ou qualquer outra desculpa, mas não poderia. Levantei calmamente e olhei minha irmã em sono calmo na cama dela do outro separa facilitar a vida, parei no meio do quarto pensando que a única saída era a janela, olhei pra fora e observei o corredor, poderia pular facilmente, mas e o barulho? Deus eu estava muito nervosa, e se acontece algo na rua? Meu Deus as hipóteses de como aquilo poderia dar muito errado começaram a surgi e eu tentei me controlar, mas estava difícil foi quando a luz do meu celular acendeu e me aproximei pegando o na mão. Olhei para o visor e tinha duas mensagens:" Estou na frente da sua casa"" Já saiu?"Era o Lucas não ia ter jeito, olhei a Janela e me aproximei olhei o escuro do corredor que dava para escada de acesso ao portão lá embaixo. Tomei coragem e coloquei o celular no bolso da calça, girei a chave para destrancar a janela com o máximo de cautela, mas incrível com o silencio absoluto faz qualquer barulho parecer uma sinfonia no ultimo volume. Pronto parte fácil era girar a chave destrancar a Janela, parte de difícil abrir sem o rolamento da janela parecer um trovão e acorda a casa, lentamente eu fui empurrando o vidro para o lado, até que consegui. Ufa, agora parte muito difícil pular sem me machucar, sem fazer barulho. Consegui subir na abertura da janela sem fazer barulho, mas agora descer bem devagar sem pular pra evitar o barulho do choque ao chão. Sentei na janela e tentei alcançar o chão com a perna direita me esticando ao máximo, sem esquecer-se de apoiar meu corpo sobre os braços; toquei com a ponta dos pés o chão e fui deslizando o corpo e direção ao chão mais ralando minhas costas na parede.Olhei dentro do quarto para minha cama com os travesseiros sob o edredom dando uma forma para enganar caso minha mãe desse as caras durante a noite. Abaixei sobre o piso frio na penumbra da noite, a próxima janela era a do quarto dos meus pais eu precisava seguir naquele corredor para chegar à escada, segui engatinhando como uma criança, pequenas pedrinha incomodavam meus joelhos sobre o piso, as fissuras dos desenhos em alto relevo do piso com toda a certeza já haviam deixado meus joelhos com marcas e provavelmente vermelho.Desci a escada olhando para Lucas impaciente no meio da rua olhando minha descida silenciosa e cautelosa. Cada passo adiante era como uma mina terrestre em potencial, um erro e tudo estaria realmente ferrado. Pensei que era uma ideia péssima diversas vezes, valia mesmo o risco? Tantas duvidam em potencial.Quando finalmente tranquei o portão soltei um longo suspiro; a primeira parte era difícil e estava completa, mas ainda teria que voltar e isso talvez fosse mais fácil; mais fácil que pedir permissão era pedir desculpas. Agarrei-me a essa frase para justificar essa irresponsabilidade.- Por que demoro tanto - Lucas indagou com sorriso de canto.- Cala boca - Dei um soco leve em seu braço revirando os olhos.*******Encontramos com Bella na esquina de sua casa e Edmundo estava junto com ela esperando por nos sob um poste de luz que falhou, assim que nos encontramos e nos entre olhamos.- Vamos ter que entrar nesse mato - Edmundo puxou nervoso a alça da mochila sobre os ombros.- Nesse mato? - Apontei para o matagal.A casa de Bella ficava ali no início de um matagal extenso aonde ao longe se ia uma pequena fazendo com algumas cabeças de gado; lembro-me de quando crianças meu pai contar varias historias de execução de bandidos naquele lugar, isso me causa a arrepios. O mato em si não era alto, não tinha cercas, as arvores media eram relativamente longe uma da outras, era realmente aqueles campos abertos perto de residências e bairros. Talvez fosse da prefeitura ainda sem projeto pra a urbanização daquele espaço abandonado e tomado por arvores e pasto.- Para chamar a Brigith é bem claro que tem que ser em um bosque - Bella explicou o que me fez pensar quanto tempo Edmundo estava ali com ela conversando.- Ta, Mas aquele pasto ali não tem nada a ver com um bosque vamos combinar.- Sim, porém é tudo que temos - Lucas afirmou.- Rafa ainda acha que estamos em um filme maluco americano - Bella falou sarcástica Citando o que Alameth já havia mencionado tantas vezes.- Bem que eu queria que fosse um filme - Constatei ironica para provoca-la.- Anime-se com essa aventura - Edmundo brincou.Edmundo tomou a frente caminhando enquanto todos nós os seguíamos, a noite estava até que agradável e a rua silenciosa sem nenhum sinal de movimentos, além dos quatro idiotas indo na direção de uma Matagal, que olhasse de longe provavelmente pensaria besteira; duas meninas e dois meninos já dá até pra pensar.Ligamos a lanterna de nossos celulares para ajudar na caminhada naquela escuridão que já começa a se mostrar, havia muito entulho de madeira, tijolos, vigas de cimentos mesclado com o mato e plantas. A cada passo adiante o medo crescente de pisar em algum vidro quebrado ou até mesmo algum animal e incerto peçonhento me deixava nervosa e apreensiva, olhei por varias vezes para trás vendo a luz dos postes ficar distante, me questionei até onde era necessário ir para fazer o tal ritual.- Gente esse mato coça - Bella passou as mãos pelos braços com desespero - A gente já não está longe o suficiente da rua?O mato realmente estava alto onde estávamos ele passava as pontas em nossas cinturas.- Não quer que um carro de policia passe e veja quatro adolescentes no meio de matagal fazendo um ritual satânico né? - Edmundo falou impaciente ainda andando mato adentro - Precisamos ficar longe do alcance de lanternas vindas da rua.Continuamos a segui-lo calados pensando que melhor um bicho nos picar do que a policia nos encontrar. Afinal como ia explicar que estava fazendo nada demais às duas da manhã no meio do mato, como eu explicar que fugi de casa na calada da noite pra chamar um demônio e pergunta: Eae por que você sumiu? Tudo era muito insano se parece para pensar só por um minuto.Esbarrei em Lucas quando percebi que todos pararam.- O que? - Sussurrei para Lucas.- Edmundo tudo bem? - Lucas falou.- Aqui está bom - Ele olhou para trás e tirou a mochila das costas e lá dentro tirou um pedaço papelão dobrado e entregou a Lucas que abriu imediatamente - Usa pra amassar a esse mato e volta, precisamos improvisar uma clareira.Rapidamente Lucas começou a fazer seu trabalha a nossa volta, enquanto Edmundo apenas tirou da mochila uma daquelas facas pequenas de caça e cortou pela metade o mato sobre sim e jogou longe, Bella observava curiosa assim como eu.- Pronto - Lucas recolheu o Papelão e dobrou novamente olhando para Edmundo agachado tirando um vidro transparente da mochila - O que é isso?- Isso é vinho - Ele deu de ombros ainda mexendo na mochila - Bella segura o vinho.Bella se abaixou apanhado a garrafa transparente com liquido escuro, enquanto ele ainda tirou uma caixa pequena e um embrulho de papel, levantando e entregando a caixa pra mim.- Agora é o seguinte - Ele se colocou diante de nós segurando o embrulho de papel nas duas mãos diante de sua barriga - Vou fazer um circulo com esse pó que está na minha mão, ele é tipo de feitiço de segurança caso sei lá apareça outra coisa, essa caixa é nossa saída de emergência - Apontou para a caixa em minhas mãos - Caso algo saia do controle abre a caixa e saiam correndo todos vocês - Falo seria - Essa caixa é como se fosse nosso botão vermelho então, por favor, só abre em ultima estancia.- Eu entendi - Olhei seria pra ele.- O que tem na caixa? - Lucas indagou curioso olhando para o artefato em minhas mãos.- Nem queira saber, Bella você infelizmente é a casca dela então vou ter que colocar o pó em volta de você - Ele falou meio inseguro, talvez por temer o pior e caso gente tenha que correr seja corre dela não de algo propriamente dito; ela apenas assentiu e caminhou para o que poderíamos chamar de centro da clareira improvisada.- Só para ficar de registro se algo der muito errado não me matem só me levem para um exorcista, ok? - Ela quis fazer graças para aliviar a tensão que começa a se instalar.Não era mais uma ideia ou situação hipotética, tínhamos fugido de casa na madruga para chamar um demônio no meio do matagal próximo a nossa casa, isso era muito surreal ou literalmente irresponsável pra não dizer absurdo.Edmundo fez um circulo em volta de Bella com o pó e se aproximou de mim e Lucas que estávamos lado a lado observando os dois;- Bella você já sabe né - Edmundo se colocou do nosso lado.- Sim, Eu vou jogar o Vinho em volta de mim, beber um gole e chamar por ela em latim como me disse.Nos entre olhamos dando ok para ela iniciar, a principio achei bem light a tal invocação, mas dada as circunstancias ainda era meio estranho porem simples.Bella Jogou o vinho em volta e logo bebeu um gole fechou os olhos e pareceu meditar as tais palavras em latim, apenas a sussurrou eu não pude identificar o que foi dito, ela ficou ali parada nós olhando e nada.- Só isso - Lucas olhou para Edmundo.- No caso da Brigith sim - Ele deu de ombros - Bella você ta sentindo algo?- Estou normal - Ela olhou pra nós ainda normal com sempre.- O que faremos? - Cruzei os braços. - Eu não sei - Edmundo passou mão pelo queixo analisando a situação e talvez pensando.- Espera - Lucas chamou nossa atenção - Brigith não é a senhora do fogo triplo bla bla, cadê o fogo?- Não dizia nada disso no Grimorio.- Nem na Wikipédia - Chamou nossa atenção Bella.- Eu tenho um isqueiro na mochila - Edmundo já apanhando a do chão e buscando algo dentro dela - Aqui - Entregou para Bella.- O que vou fazer com isso? - Bella olhou o isqueiro comum branco.- Bebe o vinho de novo e fala as palavras mais com isqueiro ligado - Lucas disse nos olhando.- Estamos improvisando um ritual de invocação? - Bella olhou indgnada.- Tudo aqui é improvisado, faz logo você procurou um ritual na Wikipédia fazer isso não vai piorar as coisas - Eu disse em tom mais leve para tentar acalma-la, ela parecia nervosa com algo.- Odeio vocês - Ela virou o vinho e acende o isqueiro fechou os olhos e murmurou algo.- Tudo bem? - Embora não tivesse uma nuvem no céu, nada de brisa ou vento, por um segundo houve como um silencio absoluto no mundo e Bella estava lá com os olhos fechados, mas a pequena chama apagou e um calafrio subiu minha espinha, uma poderosa atmosfera pesada se instalou sobre nos ali, eu não tinha como te dizer mais era com algo sombrio e negro estava nos envolvendo e não fazia ideia do que poderia ser. Pensei comigo sentindo a Adrenalina se instalar e medo crescer dentro de mim, que algo tinha sim dado muito errado naquela historia de invocar Brigith, segurei com mais firmeza a caixa em minhas mãos. Lucas serrou os punhos junto com Edmundo prontos para um ataque direto se necessário Bella estava lá na mesma posição de olhos fechados, mas garrafa se desprendeu da mão dela e caiu no chão assim como o isqueiro, logo seguidos pelos braços e cabeça. Como sempre ela estava com seus lindos e longos cabelos castanhos soltos e agora com a cabeça abaixada em uma espécie de transe seu cabelo parecia uma cortina negra ocultando algo - Bella? - Insisti. - Ela entrou em transe - Edmundo constatou - Mas tenho algo errado, essa presença não é da Brigith, já vi essa energia mas não pode ser possível.- O que - Olhei para ele com olhos arregalados - não pode ser possivel?- Essa energia - Ele soltou um longo suspiro, mas em desprender o olho de Bella ainda imóvel - Pode ser um dos sete - Ele olhava apreensivo e fixo para Bella como se algo realmente tivesse dado muito errado aquilo ali pudesse nos atacar a qualquer instante.- Sete o que? - Lucas virou o corpo para indaga-lo confuso.Eu sabia exatamente sobre o que ele estava falando, naquela mesma semana tinha conclui-o minha leituras sobre a demonologia e a tal hierarquia do inferno, intensamente eu torcia para ele estar terrivelmente errado, não ia saber líder com um ser de tamanho poder, então só metalizei que deveria ser o mais fraco para aquela situação.Bella foi a chão e Lucas prontamente ia correr em sua direção, mas eu o impedi segurando seu braço, ele olhou para mim confuso e novamente para o corpo sobre chão imóvel e nada ameaçador.- É uma armadilha, não vá - Edmundo falou quase com um sussurro e com movimentos leves colocou a mão dentro da mochila.Brutamente o corpo dela sentou em posição de índio dento do circulo e a cabeça ainda continuou baixa envolta pelos cachos castanhos escuros. Lucas rapidamente deu um pulo para trás assustado com o movimento rápido que o corpo havia feito em segundos, tudo muito fora do normal. Ainda pairava aquele clima se correr o bicho pega se fica o bicho come. Tentei buscar alguma saída para situação, mas sem sucesso restava apenas esperar e rezar para o menos pior.Diante de tudo de bizarro que poderia acontecer foi à mudança repentinamente física quem me assustou, pois o corpo em nossa frente não era mais de Bella; em um piscar de olhos ou até mais rápido que isso uma moça de longos cabelos Ruivos como fogo estava ali diante de nós, embora estivesse escuro e a pouca luminosidade dos celulares podia te jurar que aquela moça tinha uma pele branca como leite, chegava a ser tenebroso pensar nessa descrição, porque embora pessoas albinas tivessem a pele bem branca ainda sim era algo perfeitamente cabível, mas aquela pele e aquela cor não tinha nada de cabível, nada que chegasse a ser comparado com albinismo pra ser sincera nada de normal.- Fudeu - Foi tudo que Lucas disse aterrorizado olhando para figura ali silenciosa, apenas nos assustando com sua presença.- Fudeu muito - Foi Edmundo quem finalizou com olhos arregalados imóvel diante da situação - A gente está muito ferrado - Ele balançou a cabeça em negativa com mão ainda dentro da mochila.Os longos fios ruivos deram espaço para um rosto fino e jovial, olhos castanho claro bem intenso tentando nos seduzir apenas em um único contato visual, era impossível não olhar para eles te chamando, te convidado a chegar próximo a tocar aquele rosto. Um sorriso largo se formou nos lábios rubros e bem desenhados, dentes perfeitos e brancos. Como uma pintura perfeita ela estava ali sorrindo nos atraindo sem dizer uma só palavra. Balancei a cabeça algumas vezes para tentar alinhar os pensamentos para tentar me livrar daquela miragem perfeita diante de mim, era como um sonho embora piscar não me fizesse acorda.Lucas caiu de joelhos no chão admirando sem hesitar, era visível sua total submissão aquela criatura, Edmundo ainda imóvel sem tirar os olhos da criatura apenas analisando.Ela soltou um longo suspiro e levantou calmamente, então eu pude percebe que ela estava nua, completamente nua. O corpo bem alinhado com curvas perfeitas, seios médios, abdome reto, coxas torneadas e pernas longas e finas, tudo numa sincronia de perfeição absoluta, não podia ser real tal pessoa, não poderia existir perfeita criatura nessa terra. Uma tela pintada com todos os detalhes esbanjando delicadeza, chegava a ser uma afronta pensar em tocar aquele ser. Explicando melhor era tão real e ao mesmo tempo tão fantasioso que toca-la seria um crime, toca-la seria uma imperfeição. Tal criatura estava longe do toque humano com certeza. Ela balançou a cabeça em negativa e fez que não com o dedo longo no ar e um longo vestido vermelho de seda cobriu seu corpo desnudo.- Mais adequado - Sua voz era calma e hipnotizante com um canto lírico de sereia - Homens sempre a mercê de um par de seios - Ela olhou com reprovação para Lucas estático submisso à tamanha beleza.- Não é Brigith - Edmundo falou lentamente.Ela olhou rápido para ele com desagrado visível.- Acha mesmo que eu me pareço com aquela coisa? - Ela arqueou a sobrancelhas concluindo o obvio embora sua voz transmitisse o grande desagrado pela comparação - Edmundo, pobre Edmundo - Ela olhou fixamente para ele - Quem é você perto deles? - Apontou para mim e Lucas - Tão frágil, tão inútil.- Posso não ser ninguém, mas não cai de joelhos - Ele deu um sorriso de canto vitorioso sobre Lucas ali ainda daquele jeito.- Ele tenta provar seu valor - Ela me encarrou sarcástica com quem zomba de uma formiga.- Vocês dois chega, Olha moça trás a minha amiga de volta - Cansada daquele papo, embora assustada, hipnotizada e perdida restava o bom senso lá dentro gritando para assumir a rédea da situação.- Amiga? - Ela olhou ironicamente em volta de si mesmo - Que amiga? Você - Apontou para Edmundo - vê alguma amiga aqui?
Continua
Fim do capítulo
Perdoe minha ausência.
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Faby_AngeL
Em: 16/03/2018
Vc esta tentando me matar de anciedade e curiosidade ??
Pq quase conseguiu, eu já estava louca querendo saber a continuação
Por favor,não me tortura assim de novo <3
Estava com saudade
como vc esta?
espero que bem
Bjs.
Resposta do autor:
Desculpe.
Estou de volta, estou bem e vc?
bj
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