Duas faces por ROBERSIM
CapÃtulo 25
-Carol tem uma moça aqui te esperando.
-quem é?
-Katia, esta aqui com sua filha- sorri ao pensar em minha filha, mas ao perceber o perigo que implicava dela estar ali, desliguei e praticamente corri pra antessala de Diana.
-meu amor, não esperava você aqui- minha filha corre para meus braços, Katia sorria discretamente.
-tia Katia foi me buscar, ela vai no cinema com a gente.
-vou pegar minha bolsa pra irmos-devolvo ela pro chão, ia pegar minha bolsa o mais rápido possível e sair dali.
- Tia Vanessa- minha filha corre para os braços de Diana que a olhava surpresa.
-Oi mocinha- Diana fala depois de passar o susto- qual o seu nome?
-Valéria tia Vanessa!
-minha filha ela não é a Vanessa! – aproximo-me delas, Susana estava logo atrás olhando também sem entender, minha sorte era que Jessica não estava junto - ela é a Diana, sócia da empresa onde a mamãe trabalha- Kátia que ate momento só observava resolveu falar.
-Valeria me falou dessa nova tia!
-te falei Diana que você se parece muito com uma amiga minha, que conheço há anos?
-realmente falou você até as confundiu no primeiro dia.
-pois é, Valéria deve ter confundido também, não me espanto já que elas se viram uma única vez.
-mas é a tia Vanessa mãe!
- meu nome Diana, meu amor- minha filha a olha diretamente nos olhos, e sem mais explicação vira-se para mim falando:
-ela é muito parecida com tia Vanessa, mas os olhos são diferentes.
-me desculpe Diana! Onde está a Jessica?
-ficou em minha sala conversando com nosso advogado.
-e que vou precisar sair agora, queria avisa-la- Diana parecia compreender minha urgência, ela da uma última olhada em Katia antes de falar:
- pode ir, já está na sua hora mesmo. Segunda feira vai direto para a loja do centro, André estará te esperando- percebo que Valeria ainda olhava desconfiada para a irmã de Vanessa, ela deveria estar encabulada pois dificilmente reagiria assim, em outra ocasião ia teimar falando que era sua mais nova tia.
Sigo até minha mesa pra pegar minha bolsa, enquanto Kátia me esperava com Valeria, próxima a sala de Diana. Quando retorno Jessica estava junto às demais, sorte não esta presente na hora da confusão das semelhanças, poderia ficar desconfiada ou até mesmo achar que Diana e eu estávamos tendo algum relacionamento as escondidas.
-Jessica já estou de saída, deixei tudo organizado como me pediu.
-Obrigada Carol! Sua filha e linda, Diana me falou de quem se tratava essa princesinha- valeria sorri com o gracejo.
-qualquer coisa, estarei com o celular ligado 24 horas ligado a partir de segunda.
Quando saímos rumo ao carro, foi que consegui respirar mais aliviada.
...
Meu susto foi enorme ao ver aquela criança correndo em minha direção, chamando-me de tia Vanessa, na hora soube de quem se tratava, minha irmã havia descrito a criança por quem se encantará, não era à toa , valeria era mesmo muito linda.
Carol conseguiu contornar a situação, ainda bem que Jessica havia ficado em minha sala, conversando com o advogado. Mas por outro lado percebo o olhar nada amistoso da tal Katia, era a mesma moça que vi outro dia com Carol , a mesma que minha irmã falou ter visto com outra.
Quando Carol retornou pra junto da filha e namorada o constrangimento pela situação ocorrida minutos atrás, já havia se desfeito.
-segunda vez que te confundem... Não é Diana?
Olho para Suzana com a expressão não muito boa, parecia que ela fazia questão de falar certas coisas na presença de Jessica, e isso já estava passando dos limites.
-não entendi! – Jessica é quem fala.
-outro dia foi Carol quem confundiu Diana com uma amiga, agora sua filha! Essa mulher, a tal de Vanessa, deve ser bem parecida com você- ela me olhava com um sorriso nos lábios, minha vontade era de manda-la met*r-se com sua vida, mas com certeza Jessica e até mesmo Suzana iam estranhar minha reação.
Teria uma conversa seria com meu pai, aquilo já estava insustentável, queria poder falar sobre Vanessa, principalmente agora que estava apaixonada por Jessica.
- como a Carol falou, existem muitas pessoas parecidas nesse mundo, não é primeira vez nem serei a ultima que serei confundida- falo um pouco mais séria, essa parece ter se tocado que estava sendo inconveniente outra vez, que volta a sentar-se em sua cadeira sem mais nada insinuar.
-o advogado quer falar com você.
-estou indo falar com ele. Janta comigo hoje?- falo baixo pra que somente ela escute. Seu sorriso ao ouvir minha proposta era grande, mas mesmo assim recusou.
-você sabe que não dá amor, basta ontem que dormir em sua casa, meu pai vai desconfiar com tantas saídas.
-tudo bem, mas me promete que dormirá em casa amanhã e passará o domingo comigo- a necessidade de tê-la perto de mim, era maior que minha razão, entendia que era difícil pra ela inventar tantas desculpa para o pai, ainda mais que ainda estava comprometida com tal Marcos, mas queria tê-la ao meu lado.
-vou fazer o possível pra ficarmos juntas no Domingo, agora amanhã, não sei se consigo driblar meu pai. Vou conversar com a dona Edna pra ver se ela me ajuda- apesar do desapontamento de não estar com ela no sábado à noite, entendia seu lado.
-tudo bem, amanhã se por um acaso não conseguir dormir em casa, vou aproveitar e chamar o André pra irmos numa balada- lembrei que estava devendo a meu amigo uma saída, juntamente com Vanessa.
-Não gostei nem um pouco disso!-achava fofo seu olhar de ciúmes, ela não conseguia disfarçar-quero saber onde vocês iram.
-só irei se acaso você não poder ir no sábado pra minha casa!
Seu olhar ciumento e desconfiado era apaixonante, se pudesse escolher com certeza a queria comigo no sábado à noite.
-vou conversar com minha mãe, arrumar uma desculpa pra ficar com você. Mas se acaso não consegui, vê o que a senhorita vai aprontar com o André!
-não vou fazer nada amor, só quero dançar, faz tempo que não saio-o olhar de Suzana estava voltado em nossa direção- e melhor encerramos essa conversa, antes que os fofoqueiros de plantão comecem a falar de você.
Ela entendeu o sentido de minha frase, sem mais falar sai em direção a sua sala.
Assim que entro em minha sala ligo pra Vanessa, aquela hora já tinha largado o serviço, não só ela como Suzana também. Antes de ligar pra minha irmã ligo na mesa de minha secretaria avisando que ela podia ir pra casa.
Vanessa atende na terceira vez que ligo, deveria estar no ônibus, essa era outra questão que tinha que resolver, várias vezes ela me falou não querer que desse um carro pra ela, pois achava luxo, mas pra mim era necessidade. Em nosso aniversário que seria dali a um mês e dez dias daria um a ela, que ela queira ou não!
- Oi Diana, vi só agora sua ligação! Estava no ponto esperando o ônibus e você sabe, o seguro morreu de velho, prefiro deixar meu celular no silencioso.
Ri do jeito dela falar, ela sabia melhor que ninguém, os perigos que apresentavam as ruas de São Paulo, ainda mais aquele horário.
-aconteceu alguma coisa? Pela insistência em falar deve ter sido sério.
-nem te conto o que aconteceu?
Narro a ela o que havia se passado a pouco no escritório. O olhar da filha de Carol ao perceber que não era sua tia Vanessa e a cara de desconfiança da tal Katia, com certeza deve ter ficado com um pé atrás ao imaginar como seria a tia Vanessa que Valéria havia comentado.
-até imagino tua cara com a situação - ria a valer do ocorrido.
-convidei a Jessica pra passar o final de semana comigo- ela fica em silêncio - mas talvez não vá por causa do Akira. Queria te convidar pra irmos a boate com o André, se acaso ela não consiga inventar uma desculpa pro pai.
-vamos sim, mas vou convidar a Carol... Tem algum problema?
-lógico que não, mas amanhã conversamos melhor, chego umas dez horas pra tomarmos café-como era sábado sempre acordávamos mais tarde, Victoria reversava nos sábados com ela e nesse era o de Vanessa a folgar.
-combinado, te espero amanhã!
...
Preciso encontrar uma desculpa pra dormir na casa de Diana, não gostei nem um pouco daquela ideia dela ir pra balada com André, ainda mas agora que sabia ele ser gay e com certeza empurraria mulheres para amiga.
Penso no que aconteceu a pouco, essa amiga de Carol a tal Vanessa, devia ser bem Parecida com Diana, pra sua filha as confundirem, apesar de Carol falar que a criança a tinha visto uma única vez. E Katia! Parecia bem desconfiada, apesar de bonita a garota não passava confiança, de cara percebi os olhares que deu a Suzana, enquanto sua namorada tinha saído pra pegar sua bolsa.
Naquela noite ao chegar a casa minha decepção foi grande, queria tanto encontrar Diana, mas o que meu pai falou assim que entro me deixou sem chão.
-minha filha, convidei alguns amigos pra jantarem conosco amanhã, estavam me cobrando que desde o dia que chegou do Japão, ainda não lhe viram.
Minha vontade era dizer que já tinha compromisso.
- tá bom pai!- Foi à única coisa que consegui dizer.
-vamos jantar, estávamos só te esperando- minha mãe chama me observando.
-não estou com fome, tô tão cansada que só quero dormir.
-come um pouquinho minha filha, não faz bem dormir sem se alimentar.
-se ficar com fome depois desço pra comer algo.
Estava mexendo em meu notebook, na verdade vendo algumas fotos de Diana em seu Facebook, quando minha mãe entra em meu quarto, já estava preparada pra dormir.
-o que aconteceu minha filha, brigou com a Diana, ela te fez alguma coisa?-ela parecia realmente preocupada.
-não mãe, pelo contrário! Diana está querendo que vá dormir pra lá amanhã e passar o domingo com ela- minha parecia espantada.
-minha filha essa moça deve estar mesmo apaixonada por você, nunca a vi levando nada a sério. Relacionamento nenhum!
-eu também mãe, estou completamente apaixonada por ela - baixo minha visão com lágrimas nos olhos, minha mãe me abraça pelo ombro - ela quer assumir um relacionamento comigo, só não fui em frente ainda por causa do Marcos, ainda bem que ela compreendeu que tenho que conversar com ele primeiro.
-vai ficar uma situação bem chata, já que Marcos irá trabalhar com vocês.
-nem me fale mãe, já pensei tanto nisso que fiquei com dor na cabeça.
-só me fale uma coisa, você tem certeza que quer mesmo assumir esse relacionamento, você sabe que seu pai irá contra essa decisão, seu pai não é um homem preconceituoso , prova disso que gosta muito da Diana , sempre a tratou bem. Ele só é um homem antiquado e em se tratando de sua única filha, vai ser muito difícil pra ele aceitar.
-eu sei disso mãe, Diana também já conversou comigo sobre isso. Mas mãe, não pretendo esconder minha felicidade, se papai me ama de verdade , uma hora terá que aceitar ou pelo menos ser menos intolerante em relação a mim.
-se realmente quiser encontrar-se com Diana amanhã, posso te ajudar.
-como mãe, papai marcou esse tal jantar com os amigos e não irá tolerar que falte.
-os jantares de seu pai nunca vão até tarde da noite, você só terá que encontrar com Diana mais tarde, sem que ele saiba. Espere ele se recolher e saia pra encontra-la, no domingo posso dar a desculpa que saiu cedo pra encontrar-se com algumas amigas, e não quis acorda-lo.
-Obrigada mãe, não sei o que seria de mim, sem a senhora dona Edna!
-só quero sua felicidade meu amor.
Quando minha mãe se retira pego o celular, pra falar sobre o plano de minha mãe com Diana, mas ao invés de contar resolvo fazer-lhe uma surpresa, ia somente saber qual boate estaria com André.
-Oi amor, já está em casa?
-estou sim meu anjo, cheguei agora a pouco passei na casa de meus pais já que não vou vê-los no domingo-faz uma pausa antes de prosseguir- você vem, não vem?!
-desculpa amor mais só irei no domingo, meu pai inventou um jantar com alguns amigos amanhã- ela suspira- você irá pra boate com André, qual boate iram?- pergunto sem demonstrar muito interesse, chegaria de surpresa.
-vou sim meu anjo, falei pra ele que estava esperando uma decisão suas - sua voz estava triste , como se lamentando que não pudéssemos nos encontrar no sabor seguinte.
-mas no domingo ficaremos juntas, vou deixar nosso itinerário por sua conta.
-por mim passaria o dia todo agarradinha com você, faria algo pra comermos aqui mesmo. Não quero dividir você com ninguém no domingo- meu coração se encheu de alegria ao perceber que não era somente eu, que tinha aqueles sentimentos. Cada vez me apaixonava mais por ela!
-então tá decidido, ficaremos o dia juntas, só nos duas!
Conversamos mais um pouco, na hora da despedida o que ouvi me surpreendeu, não por achar que estivesse não sentisse mesmo, mas por ouvir de sua boca tão cedo aquela declaração.
-te amo Jess, você é parte de mim que pensei que não existisse.
-eu também te amo, e você é parte de mim que sempre quis encontrar.
Naquela noite dormi tranquila, era como se finalmente estivesse me encontrado.
...
Depois que desliguei fiquei horas acordada pensando em Jessica, fora meus pais e Vanessa era a primeira mulher com quem fiquei que me declarava, era tão forte aquele sentimento que não consegui guardar só pra mim.
No dia seguinte fiquei com minha irmã até depois das 14h00min horas, queria passar no salão fazer meu cabelo é unhas. Ela me fala que Carol também iria conosco, que havia falado com André pra que passasse em sua casa e de lá pegar Carol, pois Katia estaria com seu carro.
Por volta das 11: 00 sai de casa, o local era bar e boate, na parte da frente Onde se concentrava o bar já tinha bastante gente, pois muitos ali vinham direto do trabalho pra curtir a noite. Assim que entro vejo Vanessa em uma causa Jeans justa bem parecida a que eu estava, uma blusa colada no corpo como gostava de usar, nisso éramos diferente eu adorava usar blusa solta, de preferência de alça fina como estava agora.
-Oi galera, o movimento tá intenso- me sento assim que cumprimento Carol e André. Ela estava muito bonita em um vestido justo que chega a metade de suas coxas, suas pernas grossas e bumbum arrebitado realçava o modelo.
Ficamos ali por meia hora, ainda antes de Vanessa decidir que deveríamos entrar na boate pra dançar.
-vão vocês duas, vou ficar aqui mais um pouco com o André-queria que as duas se sentisse a vontade, sem que estivéssemos por perto.
-mas eu quero dançar também!-ele reclama.
-mas nos iremos, só quero ficar mais um pouco aqui.
-porque não entramos juntos-falava aborrecido depois que as duas entram
-porque quero que as duas se soltem mais sem estarmos por perto, não vê como estavam travadas. Daqui a 16 minutos entramos.
-tá bom!
Estava bebendo whisky e André cerveja, ficamos conversando sobre banalidade, mal dava pra escutar devido ao barulho do som e das pessoas conversando alto nas mesas ao lado.
-Meu Deus, A casa caiu!
André estava pálido, parecia que ia desmaiar, só não entendi porque havia falado aquilo.
- Oi amor, pelo jeito tá comportada- devo ter ficado mais pálida que André, ao ver Jessica bem ao meu lado.
Fim do capítulo
b0a noite meninas!
kais uma vez , me desculpem o atrasaso dapostagem.
bjss
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