Duas faces por ROBERSIM
CapÃtulo 19
Quando Jessica pediu que fosse ao centro, fiquei triste, e se Vanessa fosse aquela noite novamente a empresa, não estaria ali! Apesar de ter prometido que não comentaria nada com Diana, passei a manhã tentando encontrar uma desculpa pra esta a sós com ela , mas pra minha decepção estava muito ocupada.
A tarde já tinha desistido, fui para o centro encontrar com André.
-Boa tarde Carol, Diana falou que viria hoje!
-pode me esperar em minha sala, os documentos estão guardados. Fique a vontade!
-Obrigada André!
Ele me deixa em sua sala e sai, sento- me em uma cadeira próximo a sua mesa mexendo em meu celular , conversava com Katia pelo watsapp que me perguntava se poderíamos nos encontrar a noite , antes de responder ouço a porta se abrir, achei ser André retornando.
-voltou rápido!-me viro olhando a mulher a minha frente.
-Diana... – meu coração dispara ao olha-la nos olhos – Vanessa!
Estava ainda sem acreditar, como era possível ela esta ali, como ela sabia de minha estada na loja àquela tarde. Só tinha uma resposta... Diana! Com havia armado aquilo pra nós encontrarmos. Mas se ela armou algo, era porque sabia que nos falamos.
-como você sabia que estaria aqui?- queria somente ter certeza de minhas suspeitas. Ela ficou vermelha com a pergunta é mais linda do que lembrava-Diana! Ontem me falou que não comentasse nada com ela!
-me desculpe e que venho met*ndo os pés pelas mãos com minha irmã, tentei fugir mas ela me conhece como ninguém! Hoje foi em meu apartamento e conversamos.
-então inventou essa desculpa de ter que pegar uns documentos aqui- ela apenas sorrir “essas duas devem aprontar muito” penso.
-ah então já chegou! – o gerente entra em sua sala observando a cena, trazia algumas pastas na mão- estão aqui os documentos que Diana deixou. Deusa gêmea fique a vontade pra conversar.
Fique espantada com o tratamento de André com Vanessa, será que pensava ser Diana!
- Vanessa terei que ajudar lá em baixo que o movimento está intenso, não precisam ter pressa- fala com malícia na voz, foi então que percebi ter a chamado pelo nome e não por Diana.
-então ele sabe de vocês!- falei quando fiquei a sós com ela, que acena com a cabeça confirmando minha constatação.
-faz pouco tempo que sabe, Diana confia bastante nele, e eu na opinião dela. Sei que não falaria nada se não mantivesse segredo.
Ela se vestia de modo social, com certeza pra poder passar pela irmã sem que desconfiassem. Reparando bem agora, ela estava bem diferente da menina que conheci seu amadurecimento só reforçou sua beleza. Apesar de ser idêntica à irmã, Vanessa mantinha um brilho no olhar diferente do de Diana, isso com certeza era outro diferencial das duas.
-vamos sentar, temos muita coisa a conversar!- ela estava ansiosa, nervosa, conseguia perceber em seus trejeitos.
-vamos sim, estou muito curiosa pra saber como conseguiu encontrar essa irmã, e ainda por cima gêmea! Já que sempre falou não ter família.
Sentamos uma de frente pra outra, em todos aqueles anos não tinha esperança de reencontrar Vanessa, mas agora que a reencontrei não tinha ideia que mexeria tanto comigo. Enquanto narrava os acontecimentos dos últimos 15 anos a observava, lembrava-se daqueles dias em que a paixão nos consumia.
A cada passagem de sua vida percebi o quanto ela havia sofrido e se superado, principalmente na morte de Dudu e no reencontro com Diana que fez de tudo pra ter a irmã em sua vida. Aqueles dias sem saber que eram irmãs, já admirava a sócia de Jessica, agora então, minha admiração crescerá.
-agora é sua vez, como Valeria surgiu em sua vida?
...
P/ VANESSA
A olhava encantada, Carol fala de sua filha com tanto amor que senti inveja da garota que estava a seu lado, que por sinal não a merecia! Conta-me de seu envolvimento com Fábio, pai de Valeria. Percebi que ela tinha um carinho grande por ele, mas que era somente aquilo e mas nada.
Quando começa a falar do passado, mas precisamente da época em que nos separamos, fiquei com uma saudade da garota que conheci, mas também fiquei feliz por ela ter reencontrado o pai e ter convivido com uma pessoa boa, segundo ela. Fala-me da dificuldade que teve e que durante muito tempo, ficava se culpando de não ter dado notícias.
-...E foi assim que voltei para São Paulo e comecei a trabalhar com sua irmã, quando a vi tomei um susto tão grande, era como te ver , só que mais madura.
-Diana me falou que você não acreditava não ser eu.
-foi difícil me convence, ainda mais que Jessica falou que era lésbica, era muita conscidencia!
- a Diana sempre achou que nossas vidas tiveram muitas consciências, ela também se interessou por uma garota na mesma idade que a minha, acho que esse sentimento que nos uni é algo meio surreal.
-já ouvi falar muito sobre histórias de gêmeos que tem uma ligação bastante forte, mas nunca vivenciei tal fato.
-se me falassem quando fugi do orfanato, que tinha alguém com a minha cara zanzando pelas ruas de São Paulo, jamais acreditaria!
-fico feliz por vocês, sua irmã pelo que me contou, se importa muito com você.
-e verdade! – era tão bom Conversar Com Alguém Que Entendia Seu Passado não precisava me vestir de forte como fazia com as outras pessoas, somente Diana me conhecia a fundo e mesmo assim, não conseguia expor a ela tudo que se passará comigo.
-e o seu namoro, e sério? – essa era uma pergunta que me fazia desde que as vi juntas.
-Katia e eu estamos juntas a mais de um ano, ela é uma excelente garota- ouvi aquilo me oprimiu o peito, a garota não a merecia, não sabia se acaso falasse o que vi, Carol acreditaria em mim como noutros tempos. Preferi não interferir, precisava ganhar primeiro sua total confiança, antes de decidir qualquer coisa!
-fico feliz por vocês. Você não quer dar uma voltar, sei lá... Tomar um suco!-as horas estavam passando e eu ainda não estava pronta pra deixa-la ir- desculpa nem perguntei se ainda teria que voltar ao trabalho.
-Jessica me dispensou agora a tarde, achou que talvez ficasse tarde pra voltar para o escritório-seu olhar era doce, aquele olhar que me oferecia sempre que voltava das ruas e muitas das vezes sem nada a lhe oferecer-vamos sair, daqui a pouco os funcionários se perguntam o que faço trancada na sala de André, com a dona da empresa, não vai pegar bem para Diana.
Ri com vontade, era assim que me sentia a cada vez que me confundiam com minha irmã, o medo de deixa-la em maus lençóis era grande.
-vamos sim, só vou procurar por André e avisar, com certeza já deve ter ligado pra sua Deusa- reviro os olhos e Carol rir- e eu que fui intitulada de Deusa gêmea- caímos na gargalhada, há muito tempo não me sentia completa, como estava me sentindo agora.
Fomos a uma sorveteria, conversamos muito sobre nossas vidas, ao mesmo tempo em que matávamos a saudade do passado, descobríamos novas facetas, a mudança nos gostos, novos gestos que me encantavam. Descobrir naquele momento que nascia um sentimento diferente, um sentimento mais maduro. Queria muito conhecer mais, daquela mulher que por anos esteve em minhas lembranças.
...
Ainda bem que Jessica não desconfiou nada, não precisava necessariamente Carol ir ao centro, tínhamos motoboy que poderia muito bem buscar os documentos que inventei que precisava, mas na verdade tinha uma copia dos mesmos em minha gaveta.
Esperava que Vanessa se entendesse com a assistente de Jessica, pela manhã cheguei ao seu apartamento pronta pra repreendê-la pelo que fizera, ainda bem que Suzana em certos assunto era displicente , senão tinha percebido que das várias vezes que ficamos não possuía uma cicatriz, tudo bem que a de Vanessa era pequena, mas uma eu, perceberia de imediato.
-Diana você quer acrescentar alguma cláusula no contrato? – estava tão distraída que não havia escutado quase nada do que Daniel, nosso advogado, havia falado. Jessica me olhava com uma sobrancelha arqueada, com certeza estranhando minha distração.
-não Daniel, e você Jessica quer acrescentar?
- pra mim esta ótima! Daniel pode mandar redigir e autenticar o contrato, vou enviar para o Marcos, pra que fale com os rapazes.
-porque não pode mandar direto pra eles, porque tem que passar primeiro por seu NOIVO- frisei a palavra noivo, toda vez que o nome desse sujeito era pronunciado uma raiva subia por meu corpo, eu sabia que esse sentimento era mais ciúmes que outra coisa, não gostava de pensar que aquele sujeito a teve algum dia.
-por que o Marcos irá traduzir o documento, simplesmente por isso!
-e porque você não faz isso?- ela sabia que estava com ciúmes, seu sorriso denunciava o fato.
-porque Marcos irá explicar detalhadamente todas as cláusulas.
Daniel olhava aquela enquete; sua visão passava de Jessica pra mim e vice versa.
-E você mesma sugeriu que alguém fosse até eles.
-eu sugeri que André fizesse isso!-não queria que ela tivesse nenhum contato com aquele sujeito, não pelo menos por hora, eu sabia que em duas semanas estaria no Brasil e que teriam que conversar, só de pensar na possibilidade meu ciúme me dominava.
-porque não fazemos o seguinte, enviamos o documento para o Marcos e André viaja pra acompanhar toda a trans*ção- pela primeira vez Daniel dar sua opinião, apesar de meu ciúmes preferi concordar com ele.
-concordo, o melhor é o André viajar levando os documentos, não precisa você falar com “MARCOS”.
- mas eu vou ter que falar com ele, afinal ele é meu namorado.
Ela gostava de me provocar, seu sorriso era de deboche, cínico.
-então ficamos resolvidos – Daniel falava – André viajará para o Japão.
-vou conversar com ele ainda hoje, quero resolver isso o mais breve possível.
-da minha parte está tudo resolvido, já que vocês estão de acordo com o contrato que formulei!
-Daniel agradeço pela agilidade desse contrato, sei que você não trabalha somente conosco.
-não foi nada Jessica, a empresa de vocês e a única que pouco tenho problemas , quando Diana me ligou já me colocou a par de tudo que queria.
Daniel se despede nos deixando a sós, permanecemos caladas por algum tempo, era como se algo que fosse dito, as duas explodiram.
-não há necessidade de André fazer essa viagem, posso muito bem ir e resolver isso.
Ela falava seria, a garota era teimosa, não se deixava vencer.
-o André vai e ponto final!-falei calmamente.
-isso tudo e porque vou encontrar com Marcos?-aquele nome mexia com meus nervos, respiro fundo- por mais que não viaje em poucas semanas ele estará no Brasil.
-você não vai!-falo mais asperamente que queria – já não basta ter que atura-lo aqui na empresa quando chegar!
-o que foi Diana, com ciúmes do Marcos?- seu sorriso debochado era a prova que estava a me provocar- Não me diga que só porque fizemos amor, achas mesmo que podes mandar em mim. Já não bastam as mulheres que correm atrás de você?
Se ela queria desafio, estava no caminho certo, seu olhar me desafiava, ao invés de ficar com raiva aquilo me excitava.
Quando dei por mim estava a sua frente, ela ainda sentada em sua cadeira me olhava com a cabeça erguida.
-já te falei que sempre consigo o que quero!-seguro seus braços trazendo seu corpo para junto ao meu, apesar dos olhos desafiadores percebo também desejos neles- te quero longe desse cara, você é minha entendeu ?
Pra provar que aquilo era de fato, minha mão descansa em seu bumbum, trazendo ela pra, mas próxima de mim.
-sei que você me quer, o tanto quanto te quero-falava bem próximo a seu ouvido fazendo.
-Não vou negar que você me atrai, assim como mulheres devem sentir desejo por você mas não sou igual a elas que quando quer sex*, as procura- ela solta um gemid*. Enquanto falava minha língua brincava em seu pescoço fazendo com que ficasse arrepiada.
-não quero ninguém, só você!-
-até quando?
-não sei Jessica, mas te quero muito, o que sinto por você e diferente do que senti por outras- me afasto falando olhando em seus olhos- vem comigo pra minha casa hoje!
...
P/ CAROL
Fiquei pasma com a história que Vanessa havia me contado, parecia coisa do destino. Enquanto caminhávamos para um restaurante próximo a loja, que fui pegar os documentos para Diana.
Aquela mulher nem de longe lembrava a garota que conheci, a única coisa que não mudou foi seu olhar, continuava o mesmo olhar doce que me fitavam outrora. Agradecia mentalmente por Diana ter aparecido em sua vida, senão não sei o que teria acontecido a ela depois que Dudu morreu. Enquanto falava senti a falta que aquele rapaz fazia em sua vida, eram como irmão.
-posso te pedir uma coisa?- ela me olhava receosa.
-claro que pode se tiver ao meu alcance com certeza farei.
-queria conhecer a valeria, se você permitir.
Seu olhar era lindo, era como uma criança pedindo um doce. Achava minha filha muito parecida com ela, em toda minha gravidez meus pensamentos buscavam a garota que havia conhecido no passado.
-claro que você pode conhecê-la, ela vai adorar- ela sorrir- vamos marcar pra comer uma pizza, ela é como você adora massa.
Passamos o jantar todo nos conhecendo, ela me conta coisas que passou depois da morte de Dudu e o reencontro com Diana, não queria conversar sobre Katia com ela, era como se minha namorada não fizesse parte daquela história, mas por insistência de Vanessa acabei falando sobre nosso relacionamento, sem muitos detalhes.
Nosso jantar estava no fim , não queria ter que me afastar dela , mas precisava estar com minha filha que ficará com a babá.
-preciso ir, tenho que dispensar a babá de valeria.
Seu sorriso ficou triste, com certeza sentia também aquele afastamento.
- tudo bem, deixa só pagar nossa conta.
Abro a bolsa pra pegar meu cartão quando ela me detém.
-eu convidei você, eu pago! – eu já ia protesta, quando vejo a mulher que vinha em nossa Direção.
-Nossas vocês aqui!
Suzana nos olhava de maneira ao mesmo tempo, debochada e confusa.
Fim do capítulo
boa noite meninas!
meninas devido ao problema no site, cabei sem querer apagando toda a historia, mas graças a Cristiane que mantem o backup das historias, conseguiu recuperar ate o capitulo 16.
Bom agora a pouco postei os tres capitulos que faltavam , incluindo o de hoje.
bjss
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