CapÃtulo 61
Entre Lambidas e Mordidas -- Capítulo 61
Yasmin colocou os óculos escuros e ligou o motor.
-- Tem certeza que vai ficar tudo bem, Paula?
-- Não se preocupe, Yasmin -- Paula tranquilizou-a -- Já estou me sentindo uma mãe de mão cheia.
Débora não pôde deixar de notar que a expressão da cunhada estava nitidamente preocupada. Daniel não parava de chorar.
-- Você tem que concordar comigo, Yasmin, seu filho é um mimado chorão.
-- Eu sei, mas o que eu posso fazer? Ele já nasceu assim -- Yasmin colocou o cinto de segurança e olhou mais uma vez para Daniel -- Seja um bom menino com a dinda, Daniel. Mamãe te ama, viu? -- Em seguida, acenou para Paula e arrancou com o carro.
Paula ficou ali, parada, até que o carro saísse do condomínio.
-- É carinha, acho que precisamos ter uma conversa muito séria -- deitou o menino no colo. O bebê abriu a boca, deixando escapar um choramingo -- Está bem -- Paula voltou a colocá-lo em pé no colo e, no mesmo instante, ele ficou quieto -- Cheio de manias, hein garoto! Vai ficar com as bochechas grandes como o do Kiko.
Daniela abriu os olhos e ficou apavorada quando percebeu que estava sozinha. Tocou a campainha com insistência chamando a enfermeira e logo a moça apareceu.
-- Está com dor? -- a enfermeira perguntou com delicadeza -- Ainda é muito cedo para lhe dar a medicação, mas vou procurar o doutor Romeu.
-- Espera, eu não quero remédio -- não estava com dor, porém seu cérebro não funcionava adequadamente. Não possuía nenhuma memória do que havia acontecido -- O que aconteceu? Porque estou nessa cama de hospital? -- se mexeu, um pouco confusa.
-- Bom dia loira! -- Bianca apareceu na porta segurando um copo de café -- Estava com fome então fui até a lanchonete fazer um lanchinho. Está precisando de algo?
-- Se for de mim meu amor, já estou aqui -- Yasmin entrou no quarto acompanhada de Débora. Ela arqueou as sobrancelhas, fitando-a com um jeito brincalhão -- Estou vendo que você está bem melhor hoje -- cheia de ternura, beijou-a nos lábios, no rosto, nos cabelos.
Débora beijou-a carinhosamente na testa.
-- Graças a Deus que está bem, maninha -- a morena sentou-se na cadeira ao lado da cama e estendeu a mão para tocá-la no rosto -- Fiquei com tanto medo.
Daniela umedeceu os lábios e conseguiu balbuciar:
-- O que aconteceu?
Yasmin jogou os cabelos para trás e olhou-a nos olhos. A expressão dela era serena e sem pressa.
-- Você levou um tiro -- disse Yasmin, entendendo a necessidade dela de saber tudo o que havia acontecido -- Foi Anita quem atirou.
-- Anita? Ela estava lá? -- Daniela perguntou com a expressão intrigada -- Não a vimos quando chegamos no casarão.
-- Eu também não sabia que ela estava na casa. Provavelmente chegou logo depois de nós, enfim, Anita saiu de um dos quartos e atirou em você.
Yasmin tocou o rosto dela com carinho quando viu que estava receosa.
-- Você quer saber o que aconteceu com Pedro e Anita? -- perguntou Yasmin gentilmente.
Daniela balançou de leve a cabeça e se preparou para o pior.
-- Lamento lhe dizer Dani, mas Pedro e Anita morreram.
Daniela tinha milhões de perguntas a fazer, mas pela primeira vez em sua vida conseguiu se conter. Pedro morto, Anita morta. O horror daquilo levou lágrimas aos olhos dela, as quais escorreram pelo seu rosto. Yasmin pegou-lhe a mão e acariciou-a.
-- Apesar de tudo, Pedro era o seu irmão. Faria muito bem a você que o...
-- Eu já perdoei o Pedro -- disse Daniela, olhando para a parede branca.
Bianca olhou para ela, admirada.
-- Você o perdoou?
-- Sim, perdoei o Pedro e também a Anita -- falou Daniela com convicção -- Acabei de passar por uma experiência maravilhosa, o sentimento que tive não pode ser expresso na linguagem humana. Algum motivo houve para que isto ocorresse comigo -- as lágrimas continuavam escorrendo -- Perdoar é tomar a decisão de começar uma vida nova. A vida sempre segue adiante, ela não para. Apartir de agora vou concentrar minha atenção nas coisas boas da vida. "Não vou mais permitir que o passado estrague o meu futuro".
-- Ah, meu amor! -- Yasmin abraçou-o com força -- Estou tão orgulhosa de você!
Débora ouvia atentamente, tomando cuidado para que a expressão de seu rosto não mostrasse o quanto estava indignada.
-- Pois eu nunca os perdoarei -- disse com o coração cheio de raiva e ressentimento -- Eles mataram o nosso pai e, mesmo que indiretamente, a nossa mãe. Sem contar os inúmeros agricultores que morreram defendendo suas propriedades -- com um sorriso amargo, Débora ergueu-se e caminhou pelo quarto -- Pedro matou o próprio irmão, como consegue perdoá-lo?
-- Débora...
-- Não Yasmin, como ela consegue perdoar aqueles assassinos?
Débora se virou e saiu do quarto, mas voltou logo em seguida...
-- Vou caminhar um pouco, não se preocupem comigo. Depois pego um taxi e vou embora.
Yasmin concordou balançando a cabeça afirmativamente.
Daniela suspirou profundamente. Sentia-se cansada e triste.
-- Que pena! Débora tem um espinho cravado no peito que a torna incapaz de perdoar.
-- Nem eu perdoaria -- afirmou Bianca -- Somos humanos e desejamos que a outra pessoa pague pelo que ela fez.
-- Eu entendo a Débora -- Daniela sussurrou -- Porém, suas inseguranças e a incapacidade para superar o passado transformaram a vida dela em um drama onde ela sempre é a vítima.
Nas semanas seguintes Yasmin fez o possível para estar todos os dias com Daniela, incentivando e ajudando-a em sua recuperação.
Daniela pouco a pouco foi melhorando. Ainda acordava com pesadelos em que revivia a morte do pai, mas a presença de Yasmin ao seu lado a acalmava e logo tudo se ajeitava.
Naquele dia Yasmin subiu a escada do hospital com uma estranha sensação, mistura de excitamento e ansiedade, que a deixava nervosa. Depois de um mês no hospital, Daniela finalmente iria para casa.
Caminhou automaticamente pelos corredores do hospital, que já lhe era tão familiar quanto sua própria casa.
Daniela já estava esperando por ela, quando entrou no quarto, e virou-se para observá-la, caminhando em sua direção.
-- Como você consegue ficar ainda mais linda? -- Daniela esperou Yasmin colocar a bolsa na cadeira ao lado da cama e inclinou-se para beijá-la.
-- É para você, meu amor -- Yasmin respondeu sorrindo -- Estou com tanta saudade de dormir agarradinha.
-- Tenho saudade até do seu pé gelado, amor.
-- E eu da sua perna em cima de mim -- Yasmin deu uma gargalhada --Trouxe suas roupas.
Uma batida na porta fez com que elas parassem de conversar. O médico veio conversar com ela antes de mandá-la para casa.
-- Sua recuperação foi surpreendente. Mas não esqueça que nos deu muito trabalho para a deixar em forma novamente. Portanto, não faça nenhuma bobagem que possa comprometer sua recuperação.
-- Prometo fazer tudo que o doutor mandar -- concordou -- Mas, tem certeza que não está me dando alta para poder morrer em casa?
-- Dani! Que brincadeira de mal gosto -- Yasmin deu um tapinha no ombro dela e alargou o sorriso.
-- Durante uma semana não faça qualquer tipo de esforço. Depois disso, já poderá retornar às atividades, como trabalhar, dirigir, ter relações sexuais e realizar exercícios leves, como caminhadas. Exercícios mais intensos, como jogar futebol, andar de bicicleta, nadar, fazer musculação ou outros exercícios de academia, só poderão ser retomados, após a minha avaliação. Entendido? -- ele sorriu satisfeito.
-- Entendido para todos os itens, menos o item sex*, esse vai ser impossível seguir. A minha esposa é muito fogosa e...
-- DANIELA! -- Yasmin tapou a boca dela com a mão -- Obrigada por tudo, Dr. Romeu.
-- A melhor maneira de me agradecer é seguir meus conselhos -- Doutor Romeu olhou sério para Daniela -- Ouviu bem, dona Pauly?
-- Pode ter certeza que seguirei -- Daniela também agradeceu e antes de sair do hospital fez questão de desejar feliz Natal e agradecer pessoalmente a todos que tinham trabalhado tanto para que ela ficasse bem.
Chegou o Natal, ansiosamente esperado por todos. Paula e Débora se levantaram cedo e passaram o dia preparando os pratos para a ceia.
Débora ligou o forno e esperou que Paula lhe entregasse a travessa.
-- Esse prato parece uma obra de arte, Paula.
-- Preparei um arroz natalino, com frutas secas refogadas na manteiga e castanhas. A Yasmin vai trazer um peru de Natal recheado com farofa de bacon e abacaxi.
-- Eu preparei uma torta mousse de chocolate com ganache de laranja. Salada de maionese com passas e maçã e salada de folhas, peras grelhadas, gorgonzola e nozes. Tudo delicioso!
-- Sei não. Foi você mesma quem fez? -- Paula sorriu com ar de desafio
-- Lógico. Você está duvidando da minha capacidade? -- ela perguntou, sorrindo de forma sexy e divertida.
-- Não! -- Paula piscou os olhos. O vermelho nas suas bochechas ficou mais intenso -- Não estou duvidando, estou apenas surpresa.
Débora passou os braços ao redor do pescoço de Paula, aproximando-se dela, pressionando seus lábios contra os da loira.
-- Ainda posso ser bem mais surpreendente -- Débora continuava sorrindo, aproximou-se, até ficarem praticamente coladas -- Quer pagar pra ver?
-- Mas...
Paula foi interrompida pela campainha. Débora afastou-se e olhou para ela.
-- Devem ser os nossos convidados -- a campainha tocou novamente -- Vou atender antes que derrubem a porta.
Paula piscou os olhos, segurou a vontade de gritar com quem tivera a má ideia de aparecer naquele momento tão importuno.
Débora abriu a porta sorrindo.
-- Matias, meu querido. Que bom te ver novamente -- Débora beijou o rapaz no rosto, depois fez o mesmo com Vinícius -- Entrem e fiquem a vontade.
-- Obrigado, Débora.Também é muito agradável vê-la novamente -- Matias dirigiu um olhar curioso à ela e sentou-se no sofá -- A Dani e a Yasmin? -- ele perguntou, olhando para o relógio.
-- Já devem estar chegando.
-- Boa noite, amigos. Que tal um drinque enquanto esperamos pelos outros? -- sugeriu Paula.
-- Claro, tomaremos champanhe -- disse Matias, batendo nas costas de Vinícius -- Vamos, meu amor. Vamos tomar um drinque.
Vinícius balançou a cabeça e acompanhou Matias até o bar.
-- A Dani e a Yasmin chegaram -- disse Débora, caminhando em direção a porta.
-- Virou vidente amiga? -- perguntou Vinícius, cruzando as pernas com elegância.
Débora deu-lhe um largo sorriso e olhou na direção da porta.
-- Eu hein. Não é nada disso. Vocês não estão ouvindo os gritos desesperados do Danielzinho? -- Débora abriu a porta e deu um passo para trás enquanto Daniela caminhava para dentro, seguida de perto por Yasmin e Bianca.
-- A dinda está com tanta saudade de você Daniel, que ficou o tempo todo espiando no olho mágico -- Daniela deu um beijo na irmã e colocou o menino em seu colo -- Ele disse que também está com saudade, então aproveite.
-- Que coisa mais feia, Dani -- Yasmin olhava para Daniela, ao mesmo tempo divertida e indignada com os modos dela -- Desculpa Débora, pode colocar ele no carrinho.
-- De jeito algum. Estou mesmo com muita saudade desse chorão.
Daniela olhou ao redor, como se estivesse procurando alguém e ficou contente ao ver que Matias estava sentado com Vinícius no bar.
-- Como está, meu irmão? -- Daniela abraçou Matias com carinho e sentou em um banco ao seu lado -- Olá Vinícius, Paula.
-- Estou bem -- ele respondeu -- Por incrível que pareça nada do que aconteceu me surpreendeu -- uma pausa, depois um breve suspiro -- Agora somos apenas nós dois, Dani -- ele sorriu, baixou a cabeça em direção à dela e beijou-a na testa -- Os membros do bem, da família Vargas, sobreviveram. Isso é o que importa.
-- Foi bom você ter tocado nesse assunto. Eu e a Yasmin conversamos e decidimos incluir o Vargas no nome dos gêmeos. Em breve eles serão Pauly Vargas.
-- Que maravilha, Dani! -- Matias vibrou -- Estou muito contente, principalmente porque é uma maneira de dar continuidade ao sobrenome da nossa família.
Débora atirou o pano que tinha na mão sobre a toalha branca da mesa e saiu para o quarto.
Daniela balançou a cabeça de um lado para o outro.
-- Vou lá conversar com ela.
Matias assentiu, depois se virou e foi até Yasmin.
-- Que bela visão! -- exclamou assim que se aproximou -- Yasmin, meu amor, você está cada vez mais bonita -- ele a enlaçou pela cintura e sorriu.
-- Bondade sua -- Yasmin disse com um sorriso maroto.
-- A Débora odeia os Vargas -- comentou, Matias -- E infelizmente nós fizemos por merecer esse ódio.
-- Não se preocupe, Matias. A Dani vai acalmá-la.
Bianca entrou na sala com um pote de sorvete na mão.
-- Você começa a perceber que está ficando velha, quando vai na geladeira pegar o pote de sorvete e se decepciona por realmente encontrar sorvete!
Daniela entrou no quarto e fechou a porta atrás de si. Ficou parada, por um instante, depois se aproximou da cama, uma mão no bolso e a outra na cabeça.
-- Débora...
-- Não adianta Dani, você não vai conseguir mudar o que sinto -- levantou a mão, num gesto de impaciência, e esbravejou -- Eu odeio os Vargas.
Daniela riu suavemente e sentou na cama.
-- Eu sei que odeia e entendo perfeitamente. Porém Débi, você odeia o Luiz Carlos Vargas, a Anita Vargas e o Pedro Vargas. Não odeia o Matias, o Luiz Filho e eles também são Vargas.
-- Não interessa -- resmungou virando o rosto -- Você esqueceu o que eles fizeram a nossa família?
-- Eu também sentia muito ódio deles, Débi.
-- Eu sei Dani, nós juramos vingança. Lembra? O que te fez mudar de ideia tão radicalmente?
-- Eu não estou pregando, nem querendo fazer com que acredite no que vou lhe contar, pelo contrário, contei apenas para a Yasmin e agora para você.
-- O que aconteceu? -- a voz de Débora elevou-se, irritada.
-- Tenho certeza absoluta que conheci o céu -- ela ergueu o rosto e fechou os olhos por um instante, respirando profundamente -- É uma coisa muito difícil de descrever. Nem imaginava que isso pudesse acontecer, até porque até aquele momento eu era totalmente cética.
-- Como assim? Conheceu o céu?
-- Eu tive o que chamam de: Experiência de Quase-Morte. Você não faz ideia mana, é algo incrível, eu me senti mais leve, sem dor. Senti muita paz. Também me vi levantando do meu corpo. Acho que estava partindo mesmo. Foi coisa de segundos. Mas pareceu que o tempo ficou parado.
Incrédula, Débora escutava em silêncio.
-- Jamais esquecerei cada detalhe do que ocorreu, a experiência está viva em minha mente como um filme que assisti há poucos minutos.
Daniela ficou parada, olhando-a, sorrindo com seu rosto delicado e os olhos azuis, brilhantes. Bastou apenas um olhar para que Débora entendesse que ela aguardava um incentivo para continuar.
-- O que mais você vivenciou?
-- Eu me encontrei com papai.
Débora se surpreendeu, arregalou os olhos castanhos e enrubesceu.
-- Papai? -- hesitou ela, enquanto esperava, receosa pela resposta.
-- Sim -- Daniela sorriu com doçura -- Ele falou de perdão. Lembra da oração que ele nos ensinou? Estamos nos condenando, mana. "Pai nosso, que estais no céu"; e entre os pedidos que formam esta oração, o último fala do perdão: "Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos os que nos tem ofendido". Percebeu o que estamos fazendo? -- Daniela parou para tomar fôlego e depois continuou -- Tive uma morte momentânea, hoje vejo a vida por uma outra ótica. Meus valores mudaram e aprecio as coisas mais simples: Um passeio pelo parque, um beijo nos gêmeos, na Yasmin, em cada um de vocês. Tudo, tudo mudou. Passei a olhar a vida com outros olhos, pensando mais nos outros.
Débora reconheceu imediatamente a sinceridade daquelas palavras, mas como é difícil perdoar! Como é difícil aceitar que o erro de alguém que te feriu de forma não intencional precisa de perdão.
-- Perdoar não é fácil, Dani -- com os cotovelos nos joelhos, Débora passou a mão nos cabelos -- Mas...
Daniela ficou na expectativa, até que a irmã finalmente olhou para cima e a encarou.
-- Concordo que necessito urgentemente fazer uma reforma íntima, ser menos crítica, analisar o que tenho feito da vida até esse momento e o que poderá ser feito de forma diferente.
Daniela não se moveu, não disse nada, apenas ficou olhando, observando como ela lentamente passou o braço em sua cintura e aproximou-a do seu corpo.
-- Prometo que vou tentar, mana. Se o nosso pai perdoou, eu também posso perdoar.
Foi uma ceia de Natal muito tranquila. Todos estavam muito felizes, o que refletia no brilho dos olhos, nos sorrisos. A música tocava suave, a conversa divertida.
Após a ceia abriram juntos os presentes. Cada um abriu seus pacotes, exclamando palavras de surpresa e agradecimento. Daniela ganhou de Yasmin, uma camiseta branca Star Wars e, Daniela deu a ela uma pulseira família com dois bonequinhos.
Paula deu para Débora um livro sobre a cultura indiana e Débora fez o coração de Paula disparar quando retirou uma pequena caixinha de dentro da bolsa.
-- Olha Paula, eu sei que no início fui intransigente e egoísta. Pensava apenas nos meus problemas e te fiz sofrer.
-- Débora...
-- Não, não. Deixe-me falar -- pediu a morena -- Eu sei que não fui legal contigo. Porém, teu amor, teu carinho e companheirismo, fez-me a cada dia, mais te admirar. Cada vez que olho para você me pergunto se sou merecedora de tudo isso. Eu passei por momentos terríveis e Deus me mandou o anjo mais lindo, de olhar puro e sincero, a tua presença sempre me acalmou e o seu abraço me aconchegou -- com uma expressão solene, ela abriu a caixinha, revelando um magnífico anel de noivado -- Você é especial pra mim, Paula. Eu te amo e quero me casar com você, mas preciso saber se você também quer?
-- Minha querida, se você sente tesão pelo ronco da Paula, então pode casar -- disse, Bianca.
-- Casamento é bom demais, Bianca. Já fui em vários! -- completou Daniela.
-- Será que dá para calarem a boca? -- Yasmin disse, irritada.
-- Pedindo assim com jeitinho, amor -- Daniela se levantou -- Vou buscar champanhe para comemorarmos o noivado.
-- Ei, espera aí, Dani. A Paula ainda nem deu a resposta.
-- Larga de ser boba, Bianca. Ela passou todo esse tempo babando atrás da mana, imagina se não vai aceitar.
-- Dani!!! -- Yasmin jogou uma almofada nela.
-- Pode deixar, um dia você vai precisar de mim quando aparecer uma barata voadora.
-- Comporte-se Dani, respeite seu irmão mais velho. Continuem meninas, vocês são umas fofas juntas.
-- Oh, é lindo! -- disse Paula, emocionada com o pedido -- Meu Deus! É claro que aceito -- estendeu a mão para que Débora colocasse o anel no dedo. Lágrimas marejavam os expressivos olhos azuis, uma escorreu solitária pela face pálida -- Te amo com toda força de meu ser!
Débora deu um sorriso meigo e carinhoso, depois, depositou-lhe um beijo repleto de ternura na fronte.
-- Tenho por você um amor imenso... Maior do que você possa imaginar.
Daniela retornou a sala com uma garrafa de champanhe dentro de um balde.
-- Mesmo que ninguém tenha perguntado, se eu aprovo ou não esse casamento, eu me manifesto mesmo assim.
-- Dani, olha lá o que vai dizer.
-- Calma amor, só quero dizer que eu aprovo o casamento da Débi, mesmo que ela não tenha aprovado o nosso. A Débi disse que você era uma Patricinha metida, chata e insonsa.
-- O que? -- Yasmin olhou séria para a cunhada.
-- Calma, Yasmin -- pediu, Débora.
Daniela deu uma gargalhada e levantou-se. Com a voz profunda e, agora, carinhosa, desejou:
-- Feliz Natal, meus amores.
-- Feliz Natal -- falaram em coro.
Celebrar o Natal é acolher o Senhor e o deixar nascer e viver no próprio coração e manifestar ao mundo em atitudes de AMOR e PERDÃO.
Créditos:
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/os-3-relatos-de-experiencia-de-quase-morte-mais-intrigantes/
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Mille
Em: 31/12/2017
Oi Vandinha passanso para desejar:
“A aventura da vida renova a cada 365 dias e só desejo que os próximos sejam os melhores de sempre.“
Que você tenha inspiração e continue nos proporcionando a alegria de histórias maravilhosas personagens cativantes.
Feliz Ano Novo!
Resposta do autor:
"Que o Novo Ano de 2018 que se anuncia não seja como o outono da vida onde as folhas caem deixando apenas lembranças de dias bons e ruins, mas que seja como a primavera da vida que produz frutos e dos frutos sementes onde podem ser plantadas a cada dia e colhidas a cada amanhecer." Feliz 2018!
Conto com você para fazermos um ano de 2018 maravilhoso.
Um beijão, minha querida.
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Mille
Em: 29/12/2017
Oi Vandinha
Tudo bem com a família Vargas do bem, e meio caminho para a Débora perdoar aqueles que fizeram mal a família dela e amigos da comunidade delas. Uma tarefa difícil perdoar mais é necessário para nos livrar de sentimentos negativos que poluem nossa alma.
Bjus e até o próximo capítulo
Desejo desde já um feliz ano novo que ele venha repleto de paz, amor, saúde e muitas inspirações. Bjus e sucesso!!!!
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NovaAqui
Em: 29/12/2017
Que seu Natal tenha sido de muita paz, amor e alegria!
Feliz Ano Novo para você e todos os seus familiares e amigos. Que dia noite seja abençoado e de muita paz!
Beijos e abraços fraternos procês!
Resposta do autor:
Olá, minha querida!
"O segredo para um Ano Novo cheio de alegrias e conquistas está guardado dentro de cada um de nós, aqueles que conseguem se lembrar onde guardaram esses valores poderão resgatá-los a qualquer momento transformando o mundo ao seu redor num lugar mais digno e propício para colher os bons frutos plantados durante a vida."
Beijos.
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patty-321
Em: 29/12/2017
Débora está tentando perdoar, se esforçando após ouvir a estória da eqm de dani. Perdão daz bem mas e bem difícil. Paula ficou toda feliz com a declarada e o pedido de Debora. Foi lindo. Bianca e dani nao perdem a oportunidade de fazer piada. Bjs dekuz ani novo.
Resposta do autor:
Olá, minha querida!
"Nós abriremos o livro. Suas páginas estão em branco. Nós vamos pôr palavras nele. O livro chama-se Oportunidade e seu primeiro capítulo é o Dia de ano novo." (Edith Lovejoy Pierce)
FELIZ ANO NOVO!
Beijos da Vandinha.
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