CapÃtulo 11
-Excitada ?
-Uhum
Sandrinha terminou nosso exercício na mesma hora abrindo as alças e saindo de perto de mim.
-O que houve ? Perguntava ainda sentada.
-O exercício acabou por hoje amanhã começamos novamente pegou as coisas guardando e se retirando.
Eu não entendia a sua reação pensei que quisesse o mesmo que eu vai ver minhas afirmações estavam certas, Lucia saiu do quarto e me viu sentada no sofá disse que tinha uma reunião de condomínio hoje a tarde, nisso sandrinha sai do quarto com suas coisas nas mãos.
-O que é tudo isso ?
Ela me olhou e voltou a fitar o material que contem nas mãos.
-Eu achei que você quisesse ficar mais tempo com a sua irmã já que eu dormi ontem aqui, então eu vou trabalhar.
-Você já tem trabalho Sandra.
-Eu tenho dois Tereza agora eu tenho que ir depois eu volto.
-Espera Sandra eu preciso falar com você.
Mais ela não me ouviu saiu fechando a porta atrás de si enquanto minha irmã acompanhava tudo de camarote.
-Estar olhando o que ?
-No quanto você estar apegada a sandrinha não pode proibir ela de vender suas coisas, a conheceu assim lembra.
Posicionei-me na cadeira deixando minha irmã falando sozinha na sala eu não queria assunto, a vi pela janela com os amigos vendendo bala e chocolate no sinal era o cumulo ela tinha que estar aqui comigo.
Sai do quarto escutando Lucia mexer em algumas caixas no quarto de hospedes a porta estava encostada.
-Será que vou ter que implorar por um banho.
-Já estou indo velha mal humorada riu.
Entrei no banheiro e vi a toalha ainda jogada em cima do espelho fiquei pensativa por algum tempo por que ela me evitou será minha atual condição ou o meu visual, levantei minha mão puxando lentamente a toalha que caiu no chão revelando a minha atual situação.
Cabelos longos cheios de pontas alguns fios brancos estava hipercorada havia engordado um pouco com suas comidas, mas eu não podia negar a ação do tempo ao lado da Sandra eu esquecia até mesmo a minha idade são muitos anos de diferença.
Nisso minha irmã entra e me pega pensativa perguntou o que eu tinha eu apenas disse que nada, fizemos aquele mesmo ritual eu já sentia minhas pernas com um pouquinho de força.
-Vou ter que te deixar sozinha por algumas horas ta bom.
-Eu vou
Ela continuou a enxaguar o meu cabelo e não me ouviu responde-la disse que detesta ir nessas reuniões o povo daqui e muito esnobe.
-Eu vou! Aumentei a voz chamando sua atenção que me olhou sem entender nada.
-Serio ? Quer que eu chame a Sandra pra ir com você ?
-Não, a deixei trabalhar
-Isso e novo sarcasmo agora Tereza riu enquanto me enxugava os cabelos.
Não dei bola pra sua conversa depois do almoço eu estava vestida com uma calça preta e uma blusa verde e tênis.
Saímos do meu apartamento por um momento pensei em retornar, mas Lucia não deixou disse que eu estava indo muito bem e que se a Sandra estivesse aqui ficaria muito orgulhosa.
Pegamos o elevador e descemos pro tério ao abrir do elevador o porteiro fica literalmente de boca aberta ao me ver, claro que minha volta não seria fácil mais não seria pra tanto.
-Dona Tereza e um prazer conhecê-la pessoalmente estendeu a mão pra me cumprimentar.
Eu apertei a mão do senhor que aparentava ter seus 40 anos e Lucia guiou minha cadeira pro salão de festas a onde seria a tal reunião.
-Preparada disse antes de entrarmos.
-Pra chocar as pessoas talvez.
Ela riu e entramos no ambiente que estava cheio até demais algumas pessoas olharam pra trás e ficaram surpresas outras nem acreditavam e algumas fofocavam entre si.
O sindico se aproximou e veio me cumprimentar disse que era uma honra poder me conhecer pessoalmente, e logo deu inicio a reunião.
Eu e minha irmã ficamos na fileira da frente enquanto ele falava sobre as verbas e coisas que iriam mudar no condomínio, realmente ela tinha razão aquele assunto era muito chato.
Até o momento que ele tocou no assunto da manutenção que todos nós tínhamos que fazer uma doação de 100 reais pra efetuar a compra de tintas pra pintura do prédio entre outras coisas.
Uma das mulheres perguntou se seriam os mesmos funcionários da antiga empresa que vinham fazer a manutenção.
O sindico afirmou que sim, pois todos com exceção da minha pessoa conheciam os funcionários e estavam cientes que eles faziam um excelente serviço com muito profissionalismo e segurança tanto pra eles como pra gente.
Eu levantei a mão chamando a atenção de todos presentes e o sindico me deu a palavra.
-Acredito que devemos contratar outros funcionários.
Todos ficaram indignados com minha atual resposta falaram que isso era um absurdo que eles estavam acostumados com eles e que a empresa tinha um selo de qualidade entre outras coisas.
-Pessoal por favor vamos deixar que a dona Tereza continue a falar, por favor.
-Obrigada, bom todos vocês estão familiarizados com essa empresa acredito que devemos dar oportunidades pras outras pessoas, e também essa empresa e tão conceituada que eles não vão perder nem ganhar com mais um serviço.
-É quem são essas pessoas ? perguntou o sindico.
-Os meninos que vendem bala no farol.
Uma chuva de indiretas caiu sobre mim umas pessoas não estavam acreditando em minhas palavras, outras falaram que eu só podia estar ficando louca colocar marginais pra trabalhar aqui .
-Eles não são marginais e por causa de pessoas como vocês que o Brasil não vai pra frente. Disse Lucia nervosa.
-Ordem ordem
O sindico acalmou os ânimos disse que isso seria uma boa idéia, mas não era valida pela maioria que eles não possuíam experiências no ramo.
-Ninguem nasce sabendo indaguei.
-Rum ela fala isso por que tem uma moradora de rua cuidando dela agora ela quer transformar esse lugar numa favela, disse a mulher gritando ao fundo e tudo começou novamente.
O homem não sabia o que fazer apenas desceu do palco e disse pra mim que isso não daria certo que em vez de ajudar eu estava causando uma rebelião.
-O que há de mal nisso tudo, pelo menos dêem uma chance depois vocês podem julgar.
Ele pegou o microfone e deu o veredito final disse que eles teriam uma semana de experiência e que se o trabalho não fosse agradável que tudo voltaria a ser como era antes.
Alguns ainda protestavam, mas ele deu por encerrada essa pauta e continuou com os outros assuntos.
No final da reunião a maioria das pessoas não me olhavam na cara eu pedi que Lucia me levasse pra casa, pois estava cansada ao entramos em casa ela não acreditou em tudo que eu tinha feito e dito.
-Essa é a irmãzinha que eu conheço apertou meus ombros e me abraçou por trás.
Nossa rincha ainda continuava, mas foi muito bom receber aquele abraço dela, lanchei e olhava pro relógio pra saber que horas a Sandra voltaria e nada dela aparecer, por fim eu acabei indo pro meu quarto e dormindo.
Acordei com a campainha tocando e uma voz familiar que eu tanto conhecia, Lucia disse que precisava sair pra ir ao banco e que sandrinha poderia ficar comigo por uns instantes ela disse que sim.
Ajeitei-me na cama esperando ela entrar que não demorou muito, ao entrar disse que passou em casa pra tomar banho e vim me ver, se aproximou se sentando na cama com uma carinha tristinha.
-Que carinha é essa ?
-Há vendemos pouco hoje mais amanhã será outro dia disse confiante.
-Por que estar me evitando tentei tocar em sua mão mais a mesma não deixou.
-E difícil Tereza apenas isso, se levantou ficando de frente pra janela.
-Difícil, e por que eu sou velha não é ?
Ela sorriu fraco e disse que não que a idade não importava e continuou olhando pra janela.
-E minha irmã ?
Ela me fitou com aqueles olhos verdes lindos com um rostinho confuso.
-O que tem a lu ?
-Lu ?
-É o que tem ela haver nessa estória ?
-Gosta dela sente interesse ou.. Estar apaixonada por ela? Disse a ultima frase fechando os olhos com medo da resposta, eu poderia ser uma mulher vivida e que passou por bons bocados, mas eu não estava preparada pra sua resposta.
Senti o peso no colchão e suas mãos quentes tocando meu rosto com uma voz baixa e calma me pediu pra abrir os olhos.
-Olha pra mim.
E assim eu o fiz olhei no fundo daquela mata verde enquanto sandrinha me olhava com serenidade e toda a calma do mundo.
-Eu estou é apaixonada por você dama de preto, eu abri um sorriso largo enquanto ela continuava a falar.
-Eu gostei de você desde o inicio sua seriedade a maneira que me olhava de lado quando eu cantava a musica do elefantinho e você ficava uma fera riu, mas eu não sei se você sente o mesmo por mim se seu coração acelera quando me ver se sente a garganta secar se fica sem jeito toda a vez que eu a olho sem roupa, eu sei que eu posso estar me enganando ou falando bobagens sei que você não gosta de rótulos e que a vida toda gostou de homem mais eu quero que saiba que eu te amo e se você não sentir o mesmo eu vou ficar triste mais vou guardar você no meu coração pra sempre.
Seus olhos estavam lagrimejando faltava pouco pra o rio transbordar em seus olhos e eu ali calada ouvindo cada palavra linda e verdadeira que saia de seus lábios.
-Eu sou apenas uma mulher que vende bala no trem e nas ruas não tenho escolaridade muito menos modos falo que nem um papagaio eu entendo se você se sentir mal ao meu lado, o meu maior presente é te devolver a vida novamente.
Calei seus lábios com o meu dedo enquanto ela segurava o choro e a voz embargada.
-Realmente você e um papagaio , ela riu você não apenas estar me devolvendo a vida que eu pensava não ter mais, estar me fazendo amar novamente.
Ela me olhava atenta a cada palavra que saia dos meus lábios enquanto uma lagrima rolava dos seus olhos eu secava com o meu polegar.
-Estar me fazendo te amar a sentir ciúmes a ficar preocupada com você nas ruas pior estar me fazendo ficar com mais cabelos brancos.
-Você.. você me ama Tereza ?
-Amo amo muito tanto que eu tenho uma surpresa pra você.
-E o que é ?
-Seus amigos do farol vão ter trabalho temporário aqui no prédio.
-Eu não acredito
Foi um misto de surpresa com choro que agora caíram como uma cahoeirra de seus olhos Sandra me abraçou forte enquanto minhas mãos afagavam seus cabelos.
-E uma experiência de uma semana, mas eles tem quem se sair bem caso contrario eles não vão poder ficar.
-Não importa não importa, isso e mais que uma noticia isso é generosidade amor afeto compaixão com o próximo.
Ela se afastou e sorriu eu acariciei seu rosto e disse que essa era minha maneira de pedir desculpas por ter a maltratado aquele dia.
-Eu já te desculpei a muito tempo.
-Agora só falta uma coisa.
-O que ? me olhou curiosa
-O meu beijo
Sandra apenas não colou seus lábios nos meus como me abraçou e envolvi aquele corpo pequeno em meus braços sentindo seu coração bater acelerado no peito. Passamos aquela noite juntas deitas na cama assistindo um filme eu não precisava de mais nada a não ser ter a sua presença e o seu amor ao meu lado.
Fim do capítulo
Ola meninas agora só faltam três capitulos para o fim mas antes disto vai ter a primeira noite delas
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Socorro de Souza
Em: 28/12/2017
Eita que as coisas evoluiram.... to adorando...
Resposta do autor:
Evoluir sempre né :)
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