CapÃtulo 4 Fér
Aos poucos a dor foi passando consegui respirar livremente e as memorias estavam frescas na minha mente, ela era aquela moça e eu fui os dois rapazes o que ainda não fazia nenhum sentido, porém o fato era que me lembrava de ser os dois ao mesmo tempo. Levantei meu corpo olhando para ela que parecia estar estática.
- Por quê? – Foi o que consegui pronunciar naquele momento que a raiva corria nas minhas veias.
- Depois de todo esse tempo ainda a mesma pergunta? – Ela revirou os olhos voltou para sentar na cadeira.
- Você colocou a culpa no meu irmão, você fez dele um assassino.
- Ele sempre foi assim, era de sua natureza psicopata... Apenas dei o ponta pé inicial, ora não faça drama o que está feito, bom está feito se serve de consolo eu já estou pagando por isso agora e antes e antes.
- Como assim? E como eu pude ser os dois ao mesmo tempo? – Agora já conseguia controlar aquela avalanche de sentimentos que corriam veloz pelas minhas veias.
- Naquela época o corpo para o qual você foi designada não suportaria sua energia, então dividiram sua alma em duas te colocando no corpo dos gêmeos, eles não eram idênticos mais ainda sim gêmeos – Ela olhava pra mim com um ar debochado que me irritava, era fato que eu só conseguia ver aquela camponesa sentada na minha frente – E pelo meu pequeno crime estou presa a você nas suas ultimas vidas, presa e condenada a te ajudar, fui eu quem te tirou da descida para o inferno e colocou nessa casca.
- Descida para o inferno? – Estou condenada ao inferno, foi que pensei naquele momento.
- Para chegar lá é uma descida de 9 dias mas o tempo é diferente para quem morreu ou dependo do lugar para onde vai... Acha mesmo que depois que Demitri saiu da cadeia voltou à vida de nobre? Um assassino profissional foi o que se tornou, me caçou por muito tempo e quando finalmente achou a mesma pergunta e a mesma resposta... E mesmo depois que me matou ainda não teve paz.
- Já parou pra pensar que não contar o motivo é o que te prende a mim?
- Boa tentativa, mas estou aqui há muito tempo e sei por que estou presa a você... E mesmo que deteste o Demitri você ainda é meu doce Jespion – Por um segundo os lábios dela estava próximos aos meus ouvidos dizendo “ Meu doce Jespion”, Pisquei algumas vezes ela sorria achando graça da situação e da reações involuntárias, balancei a cabeça tentando dissipar aquelas sensações.
- Não sou nem um nem outro – Ela me causava uma irritação e ao mesmo tempo me seduzia com o sorriso que não saia de seus lábios o ar debochado como deixar isso de lado?
- Tudo bem... Vamos às apresentações Eu sou Lira sua “assombração” função básica é te ajudar já fui um anjo, mas perdi minhas asas que representam a divindade do anjos; também perdi minha graça que evaporou no segundo que tirei sua vida como Jespion me tornei uma tentação essa seria minha definição se tivesse um corpo, não posso ir para Céu então daqui para frente só ladeira a baixo se é que me entende.
- To confusa, anjos?
- Quando eu era uma Jovem e inocente camponesa do século 17 eu era um anjinho de asas fofinha que por ventura matou outro... – Ela pareceu ponderar as palavras excitando em continuar – outro ser humano me desculpe Alameth fica falando na minha cabeça e perco o foco, tirar a vida de outro ser humano é um crime terrível contra a natureza então eu perdi minha graça e me tornei um caído, um anjo de asas negras, nessa fuga de você acabei vendendo minhas asas para Brigith então perdi minha divindade e o direito do céu resumindo tudo.
- Ok... Mas como vendeu? Você sabia que as tinha?
- Não até ela me contar, naquela época o uso da magia era frequente e minha família descendia de uma longa linhagem de mestres druidas... Então eu já estava por dentro da alta magia e foi em troca de algo que não direi que as troquei com Brigith.
- Interessante sua historia – Brigith? Lembro-me do nome dela escrito com uma caligrafia impecável – Eu posso saber quem essa Brigith?
- Acho que Alameth não falou dela para você, de qualquer forma ela quer muito te conhecer...
Os olhos dela ficaram brancos e corpo desfaleceu e começou a babar novamente, cruzei os braços me recostando na pia enquanto aguardava seja lá o que fosse. De repente ela começou a tremer e emitir grunhidos corri para segurar a cabeça dela que estava caído sobre a mesa e os tremores começaram a ficar mais forte; algo me dizia para segurar a cabeça dela. Os cachorros lá fora começaram a latir descontroladamente, alguns até estavam chorando senti uma massa pesada se fazer presente, como se a gravidade tivesse aumentado do nada. Ela parou de tremer e um gato de olhos verdes apareceu na janela da cozinha olhando para nos duas. Ainda com os olhos brancos ela levantou a cabeça e numa posição reta e por uns dois minutos ficou assim, o gato saiu da janela foi embora e podia jurar que olhos dele já não eram mais verdes, talvez fosse à luz o qualquer coisa logica justificável. Os olhos dela voltaram e o castanho escuro agora se tornou um castanho mel se olhasse atentamente poderia ver íris verdes neles. Ela mexeu a cabeça e estalou o pescoço e olhou para mim analisando de cima a baixo, passou a mão pelos cabelos olhando o coque que estava acima da cabeça; levantou da cadeira soltando um suspiro olhando a barriga com certo desdém.
- De todas as cascas que eu já tive essa sem duvida é a pior – mexeu nas roupas examinando – Me de um minuto.
Ela entrou no quarto e lá permaneceu por longos 20 minutos, permaneci na cozinha olhando para janela pensando nas coisas que lembrava a outra vida, pensando em como tudo aquilo podia ser verdade. Estava me sentido cansada como se estivesse mesmo em um ambiente com maior gravidade.
Finalmente ela saiu do quarto que ficava ali numa porta perto da cozinha, usava uma blusa de alcinha preta uma mochila nas mãos, calça jeans azul escura e o coturno preto, os cabelos agora soltos em cachos. Colocou a mochila sobre a mesa e olhou para mim com um ar de superioridade.
- Agora está um pouco melhor mas...- Olhou para a barriga exuberante por baixo da blusa preta de alças e num picar de olhos a barriga ficou reta era como se ela tivesse perdido 10 quilos do nada, pisquei mais algumas vezes e ela continuava com a barriga reta e agora até os seios mais fartos – Bem melhor, Desculpe-me por tudo interromper o drama entre você e Lira mas estava me dando enjoo vocês duas, sou Brigith.
- E você é o que exatamente?
- Depende... Para algumas culturas eu sou uma deusa das florestas para outras eu sou um Demônio – ela falou com naturalidade – Alameth está sobre minhas ordens e vocês também.. Como ela não falou nada sobre mim a principal regra de quando estou aqui é que sorrisos são proibidos.
- E por quê? – o que um sorriso podia fazer a ela?
- Apenas obedeça – Ela falou seria – Vamos para a casa do Gabriel agora no caminho conversamos.
Ela fechou a casa com minha ajuda.
O que você precisa saber sobre a rua da casa de Bella é que ela é a ultima do bairro para aquele lado então havia casas em um lado apenas da rua e outro era um enorme pasto, ao longe você via as casa do próximo bairro e nesse pasto quando chegue estava tudo normal apenas mato, mas agora havia uma enorme fogueira se apagando na frente da casa dela e aquilo não podia ser um fato isolado.
Ela notou que eu estava olhando para a fogueira e apenas conclui meu pensamento:
- O fogo me chama.
- Não quero desafia-la – olhei para ela naquele momento analisando todas as diferenças dela para Bella normalmente – Não acha meio ariscado ficar andando pelo bairro nessa forma? Digo as pessoas pode achar estranho.
- Olha essa casca é péssima, ela é lenta e ridiculamente feia. Na minha verdadeira forma eu sou linda, eu já fui uma deusa... A única semelhança é o cabelo com cachos mas é castanho, acho que vou fazer ela pinta-lo de vermelho – pegou nos cachos olhando cuidadosamente – o que acha?
- Vermelho não combina muito com ela.
- Se alguém notar alguma coisa vai ser bom pra ela, agora ela está melhor que antes – Ela revirou os olhos – Eu sou muito vaidosa ela vai aprender a ser com minha influencia. Embora você não se lembre de mim nos já nos conhecemos.
- Vai me dizer que você também me matou agora – Revirei os olhos com ideia que ela também poderia ter feito isso.
- Não seja idiota, eu nunca fui humana.
- Espera como assim? Não consigo entende nada, encarnação, anjos, demônios e cascas.
- Eu sou um tipo de demônio antigo... Para o surgimento de um de nos é necessário uma morte em massa de almas sujas... Almas sujas são almas humanas corrompidas pelas trevas... Eu surgi de uma queima de Bruxas, mas nem todas elas eram corrompidas o que fez de mim uma aliada delas por isso para alguns eu sou uma deusa, quando humanos acreditam em algo eles dão energia e isso faz surgi coisas, entidades, criaturas e outras coisas. Para os deuses a fé acarreta em energia é disso que eles vivem.
- Deuses? – Agora pronto.
- Todos eles existem reinado em dimensões diferentes, existe até um ranking e acredite Javé não está entre os 5 mais.
- Acho isso um assunto muito extenso para agora, mas como nos encontramos então?
- De antes de você entrar em um corpo, tudo que posso dizer por agora... Quanto ao primeiro desafio que todas se esquecem de falar para vocês, Bernardo um Jovem comum que descende diretamente de uma família alemã derivada seu pai aos 13 anos tentou o suicídio e nessa tentativa ele morreu, mas o que vive nele nesse momento é um Abissal chamado Fér e agora o poder dele tem aumentado com passar do tempo, ele planejava corromper essa casca para trazer Ibenatharri de volta, ela é sua esposa. Precisamos detê-lo ou as coisas vão se desequilibrar por aqui. Um abissal é um porteiro do inferno, existem 13 portões ele é justamente o do 13° portão a ala do suicídio, as criaturas que não são humanas não pode ficar acordadas em suas cascas nessa dimensão porque se uma pode entrar as outras também e isso gera um como ou dizer a você um restart. Vocês vão acorda, mas com o laço que vão criar hoje se tornaram um Clã e assim criando a própria linha da realidade que não ira afetar o equilíbrio.
- Ok – estava meio norteada com tantas informações milhares de perguntas – Terei que contar tudo isso aos outros? Francamente eu não vou saber explicar.
- Alameth ira explicar e ela fará o laço em vocês, esteja atenta Rafaela eu voltarei – não me dei conta de que já estávamos na esquina da casa do Gabriel, ela sentou no meio fio e o já sabem nem olhos brancos e bla bla bla.
Continua....
Fim do capítulo
Esse CapÃtulo deveria ter saido mais cedo mas eu cabeção que sou apaguei ele se querer.
Felizmente tudo é salvo na nunvem então consegui recuperar.
E foi na maior cagada, já tinha até começado a reescrever.
bjs
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Faby_AngeL
Em: 26/09/2017
Nossa que sorte que vc conseguiu recuperar o cap
E eu não me prendo muito a um pensamento só,isso acaba atrapalhando meu raciocinio
Continuo amando sua historia
Como devo te chamar senhorita anonima ? Kkkkkk
Bjs atè o proximo cap
<3
Resposta do autor:
Pode me chamar de Miss Nothing.
Espero que goste dos capitulos seguites eles vão entrar no romance mas vai ter muita ação no meio. E pode ser que acontecça uma coisa que aposto que não está esperando.
bj
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