CapÃtulo 71
-- Vida vou tocar hoje a noite, quer ir comigo?
-- Ai amor, hoje vou dar um plantão, não atendi ainda essa semana.
--Tudo bem então, vou sentir sua falta, mas amanhã passaremos a tarde juntas e nem arrume desculpa, pois esses dias foi muito corrido para nós
-- Tudo bem, o policial disse que a delegada vem mais tarde conversar comigo
-- Que horas?
--Às dezoito horas.
--Eu já vou ter saído, tenho que tá em casa essa hora.
-- Amor você já fez o seu trabalho que era achar onde estava sendo feito os desvios.
--Nossa doutora, querendo se livrar de mim? –Elis deu um sorriso de lado
-- Nunca, muito pelo contrario, quero você grudada em mim de preferência, mas é que o contrato foi para você analisar e encontrar onde era o desfalque e você o achou, agora se você interessar-se em ajudar o Ge no departamento financeiro, isso iria me deixar muito feliz.
--Vida já conversamos sobre isso, vou investir mais na minha carreira, liquidei todas as dividas que tinha com o banco e com o idiota do meu cunhado, com a outra parte do pagamento do hospital vou comprar uns equipamentos que estou precisando, o Tom está ampliando minha agenda, vou fazer exatamente o que mais amo.
--Vai lá me abandona, fica com sua musica – Fez bico fazendo um falso drama, Elis a olhou já com a sobrancelha erguida.
--Doutora não me faz esse bico, senão vai ver só uma coisa.
--Vou? O que seria? – Elis levantou-se
--Não vou falar, vou mostrar – Quando deu dois passos escutaram as batidas na porta. – Escapou por pouco – Elis voltou-se a sentar, e viram Geraldo colocar a cabeça para dentro da sala.
--Chefinha a nutricionista e o chefe da cozinha quer falar com a senhora, estão com alguns problemas e o responsável pela manutenção se nega em resolver.
--Tudo bem Ge, manda eles entrarem – Bufou. – Isso ainda vai me enlouquecer. – Estela disse tirando o óculos -- Não sei como a minha mãe e minha avó conseguiam.
--Você também consegue vida. – Deu uma piscadinha em alguns segundos uma negra estonteante entra na sala com um senhor.
--Licença doutora, queríamos resol... – Parou de falar --Elis? - A Dj que ate então estava com a cabeça baixa olhou para a mulher que a chamará. – Nossa não sabia que trabalhava aqui – Disse a mulher com um enorme sorriso-- Que coincidência boa – Elis a olhou com uma cara de interrogação puxando pela memória, ate lembrar dela, foi uma das ultimas garotas a ficou antes de Estela, mas não lembrava do nome dela
-- Oi er... – Tentou força a memória.
--Nossa pelo visto esqueceu de mim mesmo, Tereza.
-- Isso mesmo, oi Tereza – Olhou para Estela que apenas observava o papo.
-- Nossa nunca pensei que trabalhava aqui, me negou o seu telefone, mas agora sei onde te achar.
--Er... eu não, quer dizer eu só estou... – Estava sem saber o que falar pois já esperava a fúria da loira.
--Ela está apenas dando uma força temporária, sentem-se, por favor – Estela falou analisando a mulher, alta aproximadamente 1,70, cabelos cacheados na altura dos ombros, boca carnuda, pele negra, linda concluiu Estela.
-- Desculpa doutora, é que fiquei surpresa, essa mulher parece que sumiu – Deu um leve sorriso – Bem voltando ao que tínhamos a falar, estamos com uns problemas e o responsável pela manutenção apenas faz paliativos que volta e meia retorna a quebrar... – Ela e o senhor começou a falar dos problemas.
--Obrigada por virem falar, mais tarde eu irei ver o que está acontecendo para isso está acontecendo, irei pessoalmente a cozinha e solucionaremos.
--Muito grata doutora, esperamos mesmo que se resolva, ate mais. – Estela levantou apertando a mão dela e do senhor, e ficou esperando o que ela iria falar par Elis.-- Elis meu cartão vou esperar você .- Colocou na mesa dela
--Mas é que eu não posso, eu estou... – A mulher a interrompeu.
--Não vou querer desculpas, ate mais – Saiu da sala.
-- Vida calma, eu tenho uma ótima explicação para essa.... AI! Doeu! - Sentiu uma caneta de marca texto atingir sua cabeça.
--Fica calada que não tem o que explicar, alias tem sim, comece a falar agora dia e lugar que esteve com ela. – Estela levantou ameaçadoramente.
--Foi antes de você vida, eu estava na ... AI! – Novamente outra canetada. – Isso doi! Falou alisando o braço atingido
-- Anda fala logo.
-- Como eu disse foi antes de conhecer você eu nem lembrava mais dela e eu... Ai! - Novamente atingida – Vida isso doi, para de jogar as coisas e me deixa falar. – Levantou e de costas, foi ate a porta a trancando sem Estela notar
--Eu estou deixando, como você a esqueceu? Você apenas enganava essas coitadas, Ai que raiva Elis, que tô querendo torcer seu pescoço – Elis caminhou ate ela ficando próximo.
--Não fica com raiva não teve nenhuma importância.
--Não se aproxima de mim! – Disse pegado mais uma caneta, porem Elis foi mais rápida a segurando pelos braços.
--Tá com raiva é? Sabe como eu vou tirar essa raivinha toda ? – Falou bem junto do ouvido dela.
--Elis não ouse, você é... – Estela calou-se após o movimento rápido de Elis que a colocou de costa e debruçada sobre a sua mesa.
--Não ouse o que? Você fica uma delicia bravinha sabia?
--Me solta eu... eu Ahh! – A loira gem*u ao sentir Elis beijar sua nuca e subir uma das mãos pelas pernas da loira.
-- EU? Diz o que você vai fazer? – Falava baixinho no ouvido da loira.
--Eu, eu vou, ai amor assim, Ahhh! - Estela gem*u ao sentir os dedos de Elis alcançar a calcinha da medica e começar a massagear o clit*ris já durinho.
-- Nossa que delicia – Disse Elis passando os dedos para dentro da calcinha dela.
--Ah! Amor vai logo! – Estela pediu
-- Vai logo o que? Você quer o que? – Não deixou a loira responder e já foi a penet*ando com dois dedos.-- É isso que você quer? Fala! – Ordenou segurando firme os cabelos da loira e suavemente os puxando para trás.
--É, Ahhh! É isso mesmo! AHH!
--Eu sou sua- Disse enquanto os dedos dela penet*avam a loira – Só sua entendeu ?
--E... Entendi, Amor eu, eu vou go, go, AIIIII! -Estela colocou uma das mãos na boca para não gritar na hora do orgasm*.
-- Eu gosto assim,– Elis a virou beijando-a e sentando-a na mesa -- Boa garota, Ai! Isso Doi Estela – Disse alisando o ombro após a mordida da loira.
--Para você passar a noite lembrando que eu sou sua mesmo e você é minha, agora volta para sua mesa que pode chegar alguém.
--Tá trancada, dá para você – Pegou a mão de Estela a levando para dentro de sua calça, essa puxou a mão rápida antes de se deixar levar.
--Nada disso, vai ficar de castigo – Afasto-a e ajeitou a saia,
-- Mas vida, vem aqui vai? Estou molhadinha vai ser rapidinho – Abraçou a loira por trás
--Não, vai ficar sem goz*r para aprender – Estela foi ate a porta e saiu deixando a Dj sozinha na sala.
--Nossa chefinha tá com calor? – Geraldo perguntou sorrindo da cara que a amiga chegou junta a sua mesa.
--Vou tomar um banho chama o responsável pela manutenção e pedi para ele me esperar na cozinha.
--Mas você tem roupa aqui?
--Uso pijama cirúrgico, vou dá plantão essa noite mesmo – Disse saindo
--O que será que houve para ela ficar tão vermelha ? – Robson perguntou olhando ela entrar no elevador, antes de Geraldo Responder Elis saiu da sala.
--A Estela saiu?
--Saiu, foi resolver a questão da cozinha. – Geraldo respondeu e viu o sorriso safado estampado no rosto de Elis. – Algum problema?
-- Só sua chefe que acaba comigo – Elis disse voltando para sala.
--Sexo- Geraldo disse
--Oi o que você disse?
--Sexo, essas duas estão cheirando a sex*
--Será? Mas aqui? Acho que não – Robson disse pasmo.
--Uma coisa que eu digo, nunca entre naquela sala sem bater, aquelas duas ali são um fogo só – Geraldo disse sorrindo.
-- Já ia te ligar, demorou – Disse Elis assim que Estela entrou na sala delas – Já vai para emergência agora? – Disse levantando
--Não, eu vou ter uma reunião com a delegada antes – Sentou em sua mesa com cara irritada.
--Ei o que houve? Muitos problemas na cozinha?
--Não só na cozinha, o responsável pela manutenção disse na minha cara que a Rebeca mandou ele conter gastos e que iria acatar as ordens dela.
--Nossa que idiota, e o que você fez?
--O demiti, odeio fazer isso, mas tive que usar de autoridade na frente do pessoal do setor dele, só você vendo, tinha gente ali que nem me conhecia, eu tenho que resolver isso só não sei como. – Disse com expressão cansada da sua mesa.
--Eu tenho uma ideia, mas iria te custar um bom tempo.
--O que?
-- Uma reunião periódica com os setores, não apenas com os diretores ou supervisores, mas com todos os membros isso faria você ficar por dentro de tudo que está acontecendo nos setores, afinal são só aqui 300 funcionários, fora os terceirizados.
--Agora tenho que arrumar alguém para chefiar o setor de manutenção – Pegou o celular e chamou Robson que logo chegou – Robson dá uma olhada no currículo do antigo supervisor de manutenção.
--Como assim? Antigo o Jaques foi demitido?
--Ha pouco, e estou com um problema de infiltração na cozinha, alem de problemas com as portas dos armários, ver a qualificação daquele patife e abre uma vaga nos sites.
--Estela, posso pedi para a melhor funcionária daquele setor ver essas questões emergencial.
--Ela é competente?
-- Desculpa, mas ela que sempre resolveu tudo naquele setor enquanto o Jaques vivia na sala da doutora Rebeca
--Então eles são amiguinhos?
--Dizem que mais que isso, mas são conversas de corredor.
--Então por isso aquela idolatria, se você diz que essa mulher é capaz peça para ela resolver isso- viu o rapaz sair --Menos um problema aqui – Estela disse apoiando a cabeça no encosto da cadeira.
-- Eu queria poder te ajudar nisso, você já pensou em contratar um administrador? Iria te ajudar junto com o Ge.
--Vou ver isso hoje mesmo, não estou aguentando tanta coisa, adorava quando meu dia era apenas numa sala de cirurgia consertando meus ossinhos. – Viu Elis pegar sua bolsa e caminhar ate ela.
--Eu vou ter que ir, mas qualquer coisa me liga – Deu um beijo de tirar o fôlego na loira – Já ia esquecendo de comentar, - Encostou a boca no ouvido dela. – Ainda estou molhadinha aqui – Colocou a bolsa de lado e saiu da sala deixando Estela sorrindo, olhou para mesa de Elis e viu que ela tinha esquecido o celular, o pegou e saiu correndo atrás dela, viu o elevador fechar com a Dj dentro, sorte o outro tinha acabado de chegar, o pegou e foi no encalço dela, ao chegar no estacionamento viu uma cena que lhe fez fechar a cara.
-- Esqueceu o seu celular – Estela disse olhando para Tereza que tentava aproxima-se de Elis que se esquivava.
-- Ai vida muito obrigada, eu acabei de perceber que estava sem ele- Elis disse passando a mão na cintura da loira, e pegando o celular.
--Nossa então vocês são? – A mulher perguntou por fora.
-- Era o que eu estava tentando falar, estou comprometida a Estela é minha mulher. – Elis disse segurando a mão da loira
-- Des, desculpa o inconveniente é que eu não imaginava que... – Estela a interrompeu.
--Ela tinha dona? Pois tem e espero que tenha ficado claro. – Falou observando a mulher ficar pálida.
--Desculpa doutora, espero que a senhora não me demita por isso.
-- Não confunda as coisas o que estamos conversando não tem nada a ver com o seu trabalho.
--Entendo, mais uma vez desculpas – Disse e saiu caminhando.
--Vida você viu que eu estava falando para ela que era comprometida?
--Elis você se ajeita que na próxima vez não vai ser a caneta que vou jogar em você – Disse beliscando o braço da DJ
--Ai vida, isso doi – Disse Fazendo uma careta.
-- É para doer mesmo, agora me explica essa historia de minha mulher? – Disse levantando a sobrancelha
--Não tem historia nenhuma apenas uma realidade.
--É? Não sabia, mas depois quero saber essa historia direitinho, - Disse dando as costas
-- Vou explicar amanhã – Elis disse antes de entrar no carro sorrindo, mas ao perceber a indireta fechou o sorriso. – Ai meu Deus será que ela quer casar? – olhou-se no espelho e viu um sorriso brotar em seu rosto. – É isso uma aliança – Ligou o carro e saiu sorrindo com a ideia.
--Gostei da atitude – Estela escutou uma mulher falar ao entrar no elevador – Sua esposa tem muita sorte – Estela parou para olhar melhor a mulher que vestia uma calça preta apertada e uma jaqueta marrom sobre uma camiseta preta, um mulherão pensou.
--É temos que cuidar do que é nosso – Estela disse sorrindo.
-- Com toda certeza, aposto que ela deve ter muito trabalho com você também, digo com todo respeito, pois sou casada e minha mulher é bem mais brava que você isso por menos que aquilo aquela morena estaria levando uma boas tapas – Falou sorrindo
--Ate que deu vontade sabia ? –A medica simpatizou com a mulher, mesmo sem conhecê-la
-- Percebi, mas foi bem firme, durona, ao menos ate a parte que escutei, que foi o “sou dona dela” – Disse e sorriu
-- Ela faltou morrer na hora. – Também sorriu.
--Bem meu andar, foi um prazer, boa sorte lá com a sua mulher – Ela saiu do Elevador
-- O prazer foi meu - Estela estranhou nunca a tinha visto por ali, porem foi caminhando atrás dela ate vê-la parar em frente à mesa de Robson.
-- Boa Noite, gostaria de falar com a Doutora Estela Feitosa. – Robson olhou para Estela que sorriu
-- Quem deseja? – Estela falou atrás da mulher.
--Delegada Lucy Campos – Falou com uma duvida no olhar.
--Olha só, prazer Delegada, vamos lá para minha sala – Sorriu apontando a sua sala
--Serio? Você é a doutora Estela? - Disse incrédula.
--Sou por quê?- Abriu a porta para ela entrar.
--É que sinceramente eu esperava encontrar uma pessoa totalmente diferente.
-- Nossa estou tão mal vestida assim? Olha que essa era minha melhor roupa – disse sorrindo e sentando na sua mesa.
-- Não desculpa se fui indiscreta, apenas construir uma visão de acordo com o que os policiais me falaram. – Disse sem graça.
--Não se preocupe, é que tenho plantão mais tarde, .
--Nossa alem de ser dona disso tudo ainda dá plantão?
--Claro, afinal não deixei de ser medica, que por sinal sou por amor.
--Imagino que sim, desculpas Vamos lá ao que me trouxe aqui.
--Vamos sim, como falei tenho que culpar esses ladrões, mas queria fazer da forma mais discreta possível para não manchar o nome do hospital.
--Entendo, estava olhando todo o inquérito e realmente pode respingar sim na imagem do hospital, porem vou fazer o possível para tentar ajudar nessa questão.
--Isso que eu quero.
--E como faremos a prisão? O mandato foi expedido agora no final da tarde.
-- Amanhã, marquei uma reunião com os dois, poderia ser nesse momento?
-- Claro, vamos seguir o plano, mas não corre o risco deles saberem?
--Não eles não desconfiam de nada
--Têm certeza?
--Absoluta, só eu e mais três pessoas sabem e elas são de total confiança.
--Tudo bem, mesmo assim já mandei alguns homens ficarem de olho neles.
--Então até amanhã?
--Claro que sim, amanhã chego logo cedo, quero colocar umas escuta você vai tentar ver se eles falam algumas coisa de acordo com o plano, o mandato sai ainda hoje.
-- Mandato para que?
--Para as escutas, caso eles falem alguma coisa nós aproveitaremos como prova contra eles.
--Ta bem então, ate amanhã delegada. – Estendeu a mão
--Ate amanhã doutora – Aceitou o comprimento.
-- Bem vou descer com senhora.
--Você, esquece o senhora, afinal eu sou a mesma estranha do elevador – Estela sorriu e saiu caminhando ao lado de Lucy
--Realmente, mas me diga uma coisa, sua esposa é da policia também?
--Não, por que pergunta?
--É que você disse que ela daria umas tapas se uma mulher dê encima de você.
--Não ela não é mais da policia, agora é juíza, mas a mão dela continua tão pesada quanto antes. – Disse sorrindo
--Imagino que sim, casadas ha muito tempo?
--Cinco anos – Pegou o celular mostrando a foto – Essa ruiva linda aqui e esses são minha prole – Sorriu mostrando a foto de um casal de crianças com uma mulher ruiva.
--Lindos, ele se parece com você, já ela são a cara da mãe
--É o menino foi com meu ovulo e a menina apenas com o mesmo doador do menino para eles serem irmãos de sangue. – Elas conversaram sobre as crianças ate a porta do hospital onde despediram-se.
-- Bom dia Robson, obrigada por me acordar, a delegada vai chegar cedo.
--Ela já está lá na sua sala, mas tá acontecendo algum problema para precisar da delegada?
-- Sim, e espero que não tenha comentado com ninguém?
--Nunca comentaria.
-- Ótimo se ela precisar de alguma coisa a disponha, agora vou tomar um banho e já vou para a minha sala – Ela tomou uma ducha rápida, teve uma noite tranquila apenas algumas emergências que não precisou de procedimentos cirúrgicos, ela dormiu quase toda noite.
-- Doutora Estela, nossa agora não está parecendo só uma medica, mas também uma grande executiva – Lucy falou apontando para a roupa que Estela vestia
-- Nossa você acredita que eu preferia a outra? - Sorriram
--Já instalamos tudo o que é preciso.
--Instalou as escutas?
--Sim e uma câmera ali – Aponte para um jarro atrás da sua cadeira.
--Nossa você fez tudo isso sozinha?
--Não minha equipe está numa sala que o seu secretario me cedeu, agora me deixe colocar esse microfone em você – A delegada aproximou-se e começou a esconder o fio pro trás da camisa que Estela vestia, nessa hora a porta abriu-se e Elis ficou paralisada vendo aquela mulher quase que agarrando sua loira.
--Mas o que está acontecendo aqui? – Elis perguntou já sentindo raiva
-- Oi amor – Estela deu um sorriso de lado para Lucy
--Ela é mais do tipo da minha – Lucy disse afastando-se da medica
-- Deu para perceber? – Estela deu um sorriso de lado e foi para junto da mulher – Amor essa é a delegada Lucy Campos, ela está instalando um microfone em mim.
-- Bom dia, eu vou lá para fora, não quero atrapalhar- Estava visivelmente brava por ter aquela mulher tocando a sua loira.
--Não precisa, já acabei, lembre-se das câmeras, estamos aqui ao lado, vamos ficar monitorando, assim que eles entrarem estaremos na porta para eles não fugirem, faça do jeito que o policial lhe disse tente o Maximo de informações que conseguir puxar deles.
-- Tudo bem, a Elis propôs que eu tentasse me junta a eles.
--É seria uma boa ideia, agora vou lá para a sala, não se preocupe espalhei alguns policiais pelo hospital, alguns estão de enfermeiros, na limpeza e ate pacientes, vamos pega-los – A delegada disse saindo da sala.
--Er... eu vou lá para a cantina, qualquer coisa é só chamar. – Disse saindo da sala.
--Tudo bem amor, assim que acabar eu te ligo.
-- Cuidado vida – Saiu deixando Estela ali com se preparando para o que vinha
--Mãe, Pai queria falar uma coisa – Paola disse no meio do jantar
-- Fala filha, qual é?
-- O que é Paola? – Anne disse ficando tensa na cadeira.
--É que eu estou me sentindo estranha, pensei em voltar para terapia e vou, mas sei o que pode me ajudar a tirar essa agonia daqui de dentro – Apontou para o próprio peito.
--O que filha, faço tudo para tirar essa tristeza – Gui disse pegando na mão da filha.
--Pai eu preciso respirar novos ares, aqui não estou conseguindo – Abaixou a cabeça
--Vai voltar para a escola de musica? – Mateus perguntou
--Não, queria passar uns tempos no Recife com a dinda, não falei com ela ainda, queria saber se vocês deixavam antes.
--Você quer morar em Recife? - Gui ficou confuso
--Ao menos é mais perto que Londres – Mateus afirmou e olhou para Anne que apenas levantou da mesa e saiu caminhando-- O que deu nela?
-- Eu vou lá falar com ela – Gui disse levantando da mesa
--Não pai, me deixa ir- Paola respirou fundo e saiu, não queria conversar com a mãe, mas sabia ser necessário. – Mãe, posso entrar? – Colocou a cabeça para dentro do escritório e viu a mãe parada olhando pela janela.
--Pode sim – Disse enxugando as lagrimas.
--Mãe eu... – Anne não a deixou completar
-- Paola, sempre fui essa mulher dura, mas sempre me esforcei o Maximo para dá amor e uma boa educação a vocês, sei que errei, não sou perfeita, nunca fui, mas é que fiquei enlouquecida quando soube da sua gravidez, filha tive uma infância muito dura, nunca tive as coisas de mão beijada, desde de criança tive que aprender a lutar pois tinha uma mãe que pouco se importava comigo se não fosse minha tia eu não sei por onde estava hoje, então me esforcei o Maximo para conseguir tudo que queria, tive a sorte de encontrar dois anjos para mim que foram suas avós, que desde do primeiro momento me acolheram como uma filha, a sobrinha da empregada sendo tratada tão bem isso era um privilegio, então agarrei com toda minha força e me esforcei para fazer por merecer, dai acabei me apaixonando pelo bobão do seu pai – Deu um ar de riso – Ele era tão oposto de mim que me confundia sabe? – Sentou na cama olhando para o chão como se tivesse lembrando de tudo – Eu pensei que tudo iria acabar quando engravidei, que minha vida iria desandar e eu não iria alcançar meus sonhos pois iria ter cuidar de você, que suas avós e minha tia iram ficarem decepcionadas, então tirei forças de onde eu não tinha para conseguir continuar a estudar, presta vestibular, nossa como me doía deixar você pequena sozinha para eu ir para a faculdade, muitas vezes ter que ir para o banheiro tirar o leite do peito que estava cheio, sempre chorava quando isso acontecia por que eu sabia que era a hora de você mamar e eu não poderia te dá, mesmo muitos achando que para mim seria fácil, pois a família do Gui tem dinheiro facilitaria as coisas, mas não, ao menos não foi fácil para mim, eu prometi para mim mesmo que não deixaria nunca meus filhos passarem por qualquer tipo de dificuldade ou sofrimento, você que sempre sonhou em ser uma grande musicista, que eu via passar noites acordada estudando uma partitura se esforçava para ser a melhor naquilo, igualzinha a mim quando estudava. Dai quando você chega com a noticia que estava grávida, eu te vi passando por tudo que passei e me desesperei, não fui madura o suficiente para entender que você poderia ser mais forte que eu e saber lidar com tudo melhor que eu, fui burra o suficiente para querer descontar minha frustração de se culpar por não ter evitado de você engravidar, como se estivesse em minhas mãos ter o controle sobre as atitudes de vocês. – Paola sentou ao lado da mãe e pegou na sua mão.
--Mãe eu sei que você estava apenas assustada, me doía muito o jeito que você falava, mas não te culpo por nada.
--Mas eu me culpo, me culpo por não ter sido uma boa mãe quando você mais precisou, me culpo por ver você querendo sair de casa sei que sou uma pessoa difícil de lidar, as vezes me pergunto como seu pai que as vezes é um bobo, mas é a pessoa mais maravilhosa que eu conheço também me aguenta.
--Por que ele te ama, e sei que você o ama também.
-- Amo muito, meu saco de músculo – Anne sorriu enxugando as lagrimas.
--Mãe eu não estou indo por sua culpa, é que eu quero viver outras coisas, a senhora sabe que eu nunca gostei de tá em casa, nunca fui de tá muito aqui e não é por sua culpa, mas é de mim mesmo, a senhora é uma boa mãe, tá certo que as vezes dá uns deslizes, mas isso acontece com todo mundo, somos humanos e cheios de erros, então não se culpe por nada e saiba que eu te amo e muito – Anne não falou nada apenas abraçou a e filha, ficaram um bom tempo ali abraçadas.
--Filha e a escola de musica, vai desistir dela mesmo?
-- Não sei mãe, hoje eu não quero voltar para lá, já tenho quase o curso superior concluído quem sabe eu não o conclua aqui mesmo, não sei, só quero descansar e fazer musica por esses meses.
--Meu Deus como eu posso ter uma filha de dezessete anos com tanta maturidade em? –Anne voltou a abraçar a filha.
--Tá tudo tranquilo por aqui? – Gui e Mateus colocam a cabeça na porta.
-- Tá vendo? Dois bobões – Anne disse sorrindo para os filhos.
-- Tá sim pai – Paola respondeu, Gui e Mateus entraram
--Então o que decidiram?
-- Ela vai para Recife e eu vou morrer de saudades, mas como o Mateus disse é mais perto que Londres - Anne disse dando um leve sorriso, eles ficaram ali os quatro conversando voltando a ser a família que sempre foram.
Fim do capítulo
Ola minhas flores, como vcs estão?
OLHA QUEM APARECEU NUMA NOITE DE SEGUNDA !
UM CAPITULO GRANDE PARA VCS SE DELICIAREM!
GOSTARAM DA PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DA LUCY( EU ESTAVA LOUCA DE SAUDADES DELA KKK)
BJS
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Ada M Melo
Em: 20/09/2017
eita que o bicho vai pegar!!!! amei a chegada da Lucy na estoria... E Gabi o pau de acha danada, porque a Livia vai botar é quente...Paola voltando amei, mas acho que o Leo vai amar mas...
abraço!
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Mille
Em: 19/09/2017
Oi Lili
A Elis ficou com ciúmes acho que ele deve saber o que a Estela sentiu quando viu ela com a morena. Muito legal a Lucy e com um casal amei.
E vamos colocar esses malandros no xilindro kkkkk
Anne e Paola conversa linda, vimos o lado da Anne ela tem que se abrir mais.
Bjs e até o próximo capítulo
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