A Tempestade
-Ele chega hoje
Olho pro meu amigo e confirmo, eu estava pensativa naquela manhã.
-Vai contar o que aconteceu?
-Não! Eu vou inventar uma coisa qualquer, preciso focar em meus planos me sirvo de mais uma xícara de café.
Alerto Rubens mais uma vez, ele apenas concorda comigo, ao longe escuto o carro de Álvaro.
Respiro fundo pra aguentar é passar por tudo novamente, só que agora caminhava pro final.
Ele entra em casa e sua expressão muda, seu sorriso dar lugar a uma cara fechada ao ver Rubens ao meu lado na mesa.
Levanto-me e vou até ele o abraçando
-Querido que saudades
-Saudades também querida, quem é esse.
Deixa eu te apresentar este e Rubens meu primo, com a sua partida eu me senti sozinha, então eu o convidei pra me fazer companhia é claro conhecer a fazenda.
-Como vai, e um prazer conhecê-lo Sonia fala muito bem do futuro marido.
Eles trocam aquela singela troca de mãos, apertada.
-Eu estou cansado, ainda passei na Isabela
-Isabela!
Álvaro me olha desconfiado ao sentar, logo eu me recomponho e pergunto qual o motivo da sua presença na fazenda.
-Por incrível que pareça a fazenda estar funcionando a todo vapor, rapidinho elas vao sair do sufoco.
-Elas
-Sim querida, soube por um empregado da Isabela, que a Letícia estar ajudando muito ela, consertou até o trator.
Ajudando ela se dando bem, trepando muito lógico, me levanto imediatamente assustando os dois homens que me olham se entender.
-Eu não estou me sentindo bem, vou me deitar um pouco
Álvaro se dispõe ir comigo, mas peço que ele fique digo que é apenas uma dor de cabeça, ele parece acreditar é fica a conversar com Rubens.
No quarto me deito ao fechar os olhos me vêem os flashs um deles não muito importante, a Isabela trepando com a empregada no celeiro.
-Por que eu fiquei ali parada, isso apenas a instigou
Logo me lembro da minha vingança, do seu corpo quase desnudo daquelas coxas e pernas nuas, seu sex* coberto apenas por uma calcinha preta.
A boca.. Meus dedos tocam os lábios, o calor daquele corpo mesmo depois de um banho gelado, os olhos verdes penet*antes.
-Eu vou enlouquecer neste lugar
Caminhei sem direção por um bom tempo, olhei pros lados e havia apenas mato e nada mais, avistei uma arvore perto do River Lea é um pequeno casebre caindo aos pedaços.
Descido me sentar é fico fitando o horizonte, o fim de tarde naquele lugar era imensurável de lindo, fechei os olhos sentindo aquela brisa gelada bater em meu rosto, aquele era o paraíso.
-Rômulo
-Sim Letícia
-A Isabela passou por aqui, olho pra estrada esperando a resposta agradável.
-Não por aqui ela não passou, por que
-Por nada , digo tentando não transparecer a fragilidade da Isabela pro empregado.
Acordo ao escutar o barulho da chuva tento me proteger em vão , olho pro casebre e algo me chama a atenção, me levanto com cuidado caminho mais a frente, pego um pedaço de pau é vou em direção a casa.
Aproximava-me da casa receosa, a cada passo sentia meu coração acelerar, eu devia largar aquele pedaço de pau e sair o mais rápido dali, mas algo dentro de mim me pedia pra entrar ali.
Fico diante da entrada, a porta se encontra aberta entro de mansinho, um breu, caminho pelo pequeno cômodo feito uma gata.
Ao ouvir passos me preparo pra surpreender quem quer que seja num rompante tento acerta a pessoa que cega meus olhos com a lanterna que acaba caindo revelando o tal ser desconhecido.
-Sonia
-Isabela
-Que raios faz aqui pergunto fitando aquela mulherzinha.
-Me protegendo da chuva é você me respondeu tremendo de frio.
-Eu.. Eu a hora esqueça
Percebo que ainda estou com o pedaço de pau erguido, e abaixo sendo seguida pelo olhar da mulher a minha frente.
Ela se senta num caixote velho, e tenta se aquecer em vão.
-Álvaro sabe que saiu?
Pra que eu estou perguntando isso que merd*.
-Não, eu sai pra caminhar um pouco.
-Sei caminhar
Sento-me no chão longe da mulher que quer me destruir, a Letícia tem razão isso tudo faz parte do seu plano.
-Acha mesmo que eu sairia nessa tempestade, pra armar algo contra você? Apesar da pouca luz vejo seus olhos faiscando
-Acho, não é isso que você vem fazendo até agora, estava perdendo a paciência.
-Se for pra brigar e melhor uma de nos ir embora.
-Pois que saia você digo grosseiramente.
-Estar bem eu saio
Neguei-me em acreditar em suas palavras, quando eu a vi se levantar indo em direção a porta não acreditei.
-Sonia.. a chamo sem retorno
Ela sai diante daquela tempestade, ao me levantar a vejo andando saindo da propriedade.
-porr* que mulher teimosa
Corro atrás dela gritando seu nome , os raios iluminavam o campo, as águas do River Lea estavam agitadas.
A alcanço segurando em seu braço a virando pra mim, sua roupa agora se encontrava encharcada, seu olhar estava longe parecia estar em outro lugar.
-Vamos voltar digo um pouco alto devido ao barulho do rio
-Eu não irei voltar, você não quis ficar agora volte .
-Não chegara assim a fazenda, olho pro caminho de volta a civilização e estar interditada.
-É daí me solta Isabela
Ela tentava se desvencilhar mas eu não permito, trago seu corpo pra perto do meu.
-Eu sei que tudo isso faz parte de um plano seu, que nada disso é real, mas eu não posso deixar que saia assim.
Vejo seus olhos se fechando lentamente, ela estende a mão tocando em meu rosto, sinto seu pequeno afago nos olhamos por alguns segundos, seus lábios se abrem mas acabara desmaiando em meus braços
Fim do capítulo
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