Voltando pra casa
Estava terminando de fazer as malas quando augusto bate em minha porta.
-Isa chegou o correio
O olhei ele estava com as mãos no bolso é me olhava com uma certa tristeza.
-Eu não devo receber nenhuma carta afinal hoje é o meu ultimo dia aqui nem acredito que vou voltar pra casa não vejo a hora de abraçar a dona Olga.
-Mesmo assim é melhor você descer
Assim ele se retirou cabisbaixo eu achei estranho sua atitude, então fechei a mala é desci indo de encontro a secretaria.
Meu pai me colocou nesse internato na suíça quando eu tinha 14 anos na época eu relutei tanto o casamento deles não estava nada bem, minha mãe protestou muito mais suas palavras não surtiam efeito no meu pai.
Peguei apenas uma única carta a única que se importava comigo era a Letícia filha do José o caseiro da fazenda.
Corri pro quarto deveria ser alguma surpresa que a minha mãe estaria fazendo pra mim, fechei a porta me joguei na cama rasguei o papel é entao eu comecei a ler atentamente,meus olhos começaram a se encher de lagrimas minha voz já estava embargada, a cada linha a cada virgula era uma lagrima caindo.
Me levantei imediatamente aquilo não podia ser verdade voltei a ler a carta novamente a fixa não tinha caído ainda, minha mãe estava morta a fazenda não estava dando tantos lucros é o meu pai tinha uma amante.
Guardei a carta no bolso peguei a mala jogando com violência no chão eu precisava voltar pra casa imediatamente, passei por algumas pessoas ate me esbarrar com augusto.
-Iria embora sem se despedir de mim ?
-Me desculpe o abracei forte
-Sabes a onde me encontrar qualquer coisa não se acanhe disse chorando novamente.
-Noticias ruins ?
Me afastei de seus abraço ele me olhava com ternura augusto sempre foi um bom amigo nunca me desamparou aqui dentro.
-A Letícia me mandou estar carta dizendo... respirei fundo dizendo que a minha mãe morreu é que meu pai se casou com outra é que provavelmente ela fora sua amante, é pra piorar eu estou prestes a perder a fazenda.
Augusto me abraçou forte afagando meu cabelo eu estava com tanto ódio do meu pai é dessa mulher.
-Eu vou tentar chegar antes do enterro
-Seja forte Isa ele disse me dando um beijo no rosto.
-Eu vou não vou deixar essa mulherzinha roubar o que me pertence.
Deixei o internato pela manha estava indo em direção ao aeroporto, durante a viaje eu só pensava como seria essa despudorada. Dona Olga sempre amou o meu pai mesmo ele não sendo o homem dos sonhos, mais ela sempre esteve ao seu lado nos momentos bons é ruins.
Os anos de distancia me machucavam a cada dia o que me alegrava era as cartas que eu recebia, quando fui deixada naquele internato eu jurei pra mim mesma que não seria mais a Isabela que o senhor Álvaro um dia conheceu agora eu retorno pior ainda, se antes eu tinha esperança em voltar pra casa agora eu tenho ódio correndo em minhas veias.
-Amor acha uma boa idéia eu aparecer no enterro da sua esposa ?
-Ela já estar morta querida não fará nenhum mal Álvaro dirigia
-E a sua filha não é hoje que ela volta ?
-Provavelmente
Com tanto que não voltemos pra River Lea pensava
Eles moravam numa cidadezinha do interior, essas do qual acontece algo todo mundo sabe porem começou a chover pra piorar nossa situação a estrada era de barro, quase ficamos atolados mais enfim chegamos no bendito lugar.
Descemos do carro havia umas 20 pessoas esperando nossa chegada pra começar.
Sentia o olhar de curiosos em cima de mim aquela gentinha parecia que nunca tinha visto uma mulher elegante.
Álvaro segurou minha mao é se aproximou do suposto buraco o padre estava pronto pra começar a oração.
Mais antes o mesmo olhou pros lados é voltou sua atenção pra Álvaro que agora segurava o guarda chuva me protegendo.
-Senhor Álvaro não seria melhor esperarmos pela sua filha ?
-Escute padre por mim não teria oração alguma essa velha deve estar agora queimando no inferno dando dor de cabeça pro diabo, entao por favor não me faça perder o meu tempo.
O homem segurava firme a bíblia em sua mãos estava perplexo com a resposta de Álvaro se recompôs é assim começou.
Peguei um taxi pedi pro motorista correr pra fazenda Campos Belos eu ainda tinha esperança de vê la ainda.
A chuva estava piorando quanto mais demorava mais eu ficava nervosa exigi pra que o motorista fosse mais rápido.
Quando chegamos ele fez menção em sair do carro mais eu disse que não precisava depositei o dinheiro em sua mao lhe dando uma boa gorjeta, sai pegando minha mala que por ser de rodinha me facilitava mais no momento era um peso, a ergui é corri debaixo daquela chuva indo em direção a porta, sem nenhuma delicadeza a chutei com tanta força que quem estivesse na sala poderia ate cair da cadeira.
Joguei a mala no chão olhei pros lados é não vi nenhuma viva alma, corri em direcao a cozinha depois passei pelos quartos, não havia ninguém.
-Não não cheguei tarde demais comecei a me desesperar
Corri em disparada fui ate o estábulo havia um cavalo cela do pra minha sorte é assim eu fui ate o cemitério, peguei uma rota mais próxima mais não adiantou muito.
Cavalgava por aquela estrada de terra agora encharcada, me pragueja mentalmente por não ter chegado a tempo as lagrimas rolavam do meu rosto, aquele monstro do meu pai se quer teve a decência de me avisar da morte dela, se ele acha que vai me parar agora estar muito enganado eu vim pra ficar é tomar as rédeas daquela fazenda, de longe dava pra ver as pessoas indo embora desci do cavalo indo na direção de seu tumulo, todos me olhavam curiosos passando pelas pessoas, quanto mais eu me aproximava mais eu chorava meu coração sangrava por dentro, o avistei abraçado a uma mulher que o levou a perdição.
-Muito bonito senhor Álvaro não basta ter matado a minha mãe ainda trás a amante pro enterro.
Encarei meu pai é a vagabunda que por sinal é muito bonita é perigosa.
-Olha como você fala da Sonia me respeite eu ainda sou o seu pai gritou
-A não me faça rir Álvaro todos aqui sabem quem é ela apontei pra mesma ,se der o respeito primeiro depois venha falar comigo.
-Sua petulante quem pensa que é pra falar assim comigo.
Olhei pro buraco já tampado todos aos redores cochichavam algo como coitadinha ou tao nova perdeu a mãe.
-Filha você chegou tarde demais
O padre Francisco veio tentar me consolar a ultima coisa que eu queria era um pouco de paz eu queria vingança.
A chuva estava piorando algumas pessoas fizeram menção em irem embora.
-Bom entao podemos ir meu pai disse isso mais pra vadia do que pra mim eu olhava agora pra aquela cova.
Não pensei duas vezes a peguei a inchada é comecei a remover aquela terra pesada é encharcada.
-Meu deus!
Essa foi a primeira vez que eu a ouvi falar algo desde que eu cheguei.
-Saia daí Isabela! Meu pai gritava
-Não! Eu vou me despedir da minha mãe.
Quanto mais terra eu removia mais o buchicho continuava, a chuva dificultou muito meu trabalho mais eu não me importava, depois de alguns minutos eu consegui abri o caixão pra horror daquela gente ali presente, minha mãe estava linda usava um vestido branco a abracei chorava copiosamente.
-Eu estou aqui eu voltei pra casa é agora é pra ficar sussurrava como se apenas nos estivéssemos ali.
-Isso é o que vamos ver
Olhei pro meu pai com tanto ódio.
Retirei o véu que a protegia ainda ouvi o padre me recriminando mais eu não dei ouvidos tirei sua Correntina de ouro com um pingente em forma de anjo.
Após alguns segundos me despedindo decentemente eu fechei seu caixão, fiz questao de enterrá-la dignamente.
Estávamos nos preparando para ir embora quando somos surpreendidos pela presença de sua filha, eu pensei que ela fosse mais novinha mais já era uma mulher ela usava uma jaqueta preta é uma calça da mesma cor suas botas estavam sujas de lama, ela não se impôs com a minha presença é veio dilacerando palavras sujas ao meu respeito. Eu entendia a sua revolta afinal nem eu mesma queria estar ali, pra meu espanto é de todos ali ela começou a cavar a cova da mãe.
Isabela é tao corajosa é forte cavou é ainda voltou a enterrar sem se importar com o temporal que caia sobre a terra.
-Acabou com a ceninha Isabela ?
Fiquei diante daquele homem que a anos atrás eu temia é respeitava é que agora não passa de um velho prepotente é sem nenhum sentimento.
-Isso aqui ergui a cornetinha que o mesmo tinha dado a minha mãe quando eu nasci.
-Isso! Gritei
-E o que ainda me liga a ela é você não poderá me afastar novamente ,eu vim pra tomar posse do que é meu por direito.
Olhei pra moça ao seu lado seus olhos castanhos claros estavam me desafiando.
Voltei a encarar o senhor que um dia fora o meu pai.
-Não pense que eu vou deixar ela tomar o que me pertence.
-Vamos ver Isabela seu tom de voz era amedrontador mais eu não me intimidei não diante daquela mulher.
As pessoas começaram a ir embora a chuva tinha cessado caminhei ate a entrada do cemitério sendo seguida pelo casal.
Subi no cavalo colocando minha cornetinha, quando eu a vejo entrando no carro me olhando com um olhar curioso, a fitei por alguns segundos eu a odiava ela veio pra roubar algo que não lhe pertence, eu teria que ser mais forte do que eu sou eu faria ela sentir a mesma dor que eu estava sentindo em meu peito.
Ouvimos o homem agora se aproximar de nos dizendo que a estrada estava interditada é que o carro iria atolar.
-O que vamos fazer querido ?
-Vamos pra fazenda Campos Belos
-Nem pesar!
Fim do capítulo
Essas duas numa mesma casa nao vai dar certo rs
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FlexoesLesbicas
Em: 30/07/2017
A história do romance me chamou bastante a atenção. Já estou na torcida que a amante do pai seja extremamente mau-caráter e venenosa (acho mais sexy, fazer o quê?) hahahaha
Resposta do autor:
Ola obrigada por comentar e muitas emoçoes ;)
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