@mor.com por Carla Gentil
Mais uma dose daquele familiar antialérgico de vergonha alheia. :o
Capítulo 20
- Você tem noção que dia é hoje? - Sam se sentou à mesa, pegando uma maçã meio murcha que estava por ali.
- Dia de namorar? - Laura se virou pra ela, com um sorriso de orelha à orelha.
- Tarada... - comentou baixinho.
- Eu ouvi isto, hein! - Laura fingiu pensar. – Se bem que não tá mentindo... – riram com cumplicidade. – Mas o que tem o dia de hoje?
- Não tem... Eu nem sei quantos dias faz que a gente não sai de casa desde que voltamos dos seus pais... – diante do olhar satisfeito da outra, explicou: - Ou a gente sai pra comprar alguma coisa pra comer, ou vamos acabar morrendo de fome... Eu já não aguento maçã velha.
- Sair de casa? – Laura falou com espanto, mostrando os braços. - Nos expor ao sol? Outras pessoas? Nem sei, pode ser traumatizante!
- Nem vem, dona Laura. Sem contar que temos que comprar roupas “hemisfério sul”, não é!
- Ah, para! Eu já disse que fiz a mala correndo, nem vi o que tava pegando... – resmungou, já que desde que Sam a ajudara a desfazer as malas vinha aguentando sarrinho.
- Recife! Sua terra natal, lembra? Verão...
Laura se levantou e a enlaçou por trás.
- Eu só pensava em te abraçar, queria que lembrasse de clima? – beijaram-se.
- Hummm... Só pensava em me abraçar? – provocou entre um beijo e outro.
- Bem... – selinho. – Na verdade... – mais um. – Me lembrei daquela cam... – correu, mas não a tempo de escapar de um tapa no braço.
- Nudista assanhada! – Sam xingou, mas Laura já estava no banheiro, rindo dela. – Isto não fica assim... – foi atrás dela no banheiro.
***
Muito tempo depois, as duas entravam no elevador, com Laura tagarelando.
- Mas é tudo pela natureza! Cada pessoa gasta em torno de duzentos e quarenta e três litros de água em um banho. Fui só reduzir o consumo pela metade. Ambientalismo tá em alta.
- Hum... Então me lembra da próxima vez de fechar a torneira enquanto a gente não está propriamente tomando banho.
- Uh! - com ar sonhador continuou. - Tem a parte não banho do processo, ensaboar, esfregar, esfregar, hum... Ensaboar... Vamos voltar tomar mais banho?
- Não, Laura... Essa parte de ensaboar e esfregar... Eu não achei que conseguiria depois daquilo.
- Tem muito mais de onde veio este! Vamos voltar lá?
- Comida, roupinhas... Lembra? - Sam estava puxando Laura para o carro, quando seu celular tocou. Depois de alguns “tá” e “tudo bem”, ela só sorriu para a outra que esperava pacientemente e entraram no carro.
- Tem um “quê” meio diabólico neste seu sorriso que está me assustando – falou depois de observar a loira por alguns segundos.
- Nada... Só me lembrei da minha conversa com os pestinhas. Acredita que o Marcos me perguntou se eu era “lébisca”? Ai o Mateus deu um tapa na cabeça dele e corrigiu, e ainda falou que era óbvio que eu era, senão não podia ser sua namorada.
- Não são fofos! – Laura falou com orgulho.
- Fofíssimos – Sam falou com ironia. – Principalmente quando o Marcos falou que eu era mesmo porque era muito bonita e...
- As gatas mais gatas se pegam... – Laura falou junto com ela, rindo.
- Laura!
- Alguém tem que ensinar alguma coisa pros moleques, oras!
Sam dirigiu em silêncio por algum tempo. Estava pensando sobre o fato decretado pelos meninos: era lésbica.
Na verdade nunca tinha se definido assim. Ou com alguma outra palavra. Como sempre fazia, não pensava muito sobre as coisas. Já tinha ficado com mulheres antes da mesma forma que com homens. De quem gostava mais? Não saberia dizer, era tudo muito desprovido de sentimento para que a palavra “gostar” fizesse sentido. Ao menos agora. Ela conheceu o sabor do gostar, do querer, do compartilhar... O que tirou o sabor – se é que existia algum – de tudo que tinha feito antes. Tentou olhar para trás e viu Laura... Atrás dela, os outros... E, como na música os outros são os outros e só, ninguém fantástico, ninguém sobressaindo.
- O que acha de almoçarmos antes de fazer compras? Estou com fome...
- Você vive com fome, Laura – espetou, já que era sempre Laura quem falava isto para ela. Sorriu. – Mas concordo com você, vamos almoçar... E naquele
restaurante ali, apontou o dedo.
Enquanto Laura estacionava o carro, Sam entrou no restaurante e avisou que o Dr. Rafael Figueiredo a aguardava. Um garçom foi chamado para conduzi-la à mesa, ela dispensou ajuda. Seu pai se sentava sempre no mesmo lugar.
- Oi amor, conseguiu uma mesa? Restaurante bacana! – deu uma outra olhada. – Bacana demais! Não acha melhor escolher um lugar mais simplesinho não? Eu nem me vesti direito - Laura estava com uma calça jeans preta e camisa azul clara, de manga comprida.
- Oxe! Você tá linda, apesar da blusa de manga comprida num calor desses... – caminhando à frente dela concluiu: - Painho vai ficar babando em você. De novo!
- Você que está... – Laura estava respondendo quando escutou o resto. - Como? - parou na hora, olhou para frente e o viu gesticulando, chamando-as.
Sam caminhou em direção a ele. Laura respirou fundo e a seguiu.
- Loira maluca! Você vai me pagar essa! – falou baixinho para Sam. E para si mesma: - Faz cara de gente séria, Laura, salve sua reputação. Esquece dildo, esquece que ele te viu...
- Ah, a nudista! - Laura sentiu o sangue subir para seu rosto, mesmo que ela tentasse esquecer, ele parecia disposto a lembrá-la.
- Laura, Dr Rafael – falou esticando a mão para cumprimentá-lo.
- Que lindo! Enfim foram apresentados! – Sam zombou.
- Você há de convir, filha, que ela usou uma estratégia um tanto quanto... Ousada! Já soube de tentativas para conquista de sogros, mas esta foi realmente a mais descarada!
Touché!
- Err... O Cássio não veio? – perguntou querendo mudar com urgência o rumo da prosa.
- Não! - recebeu um olhar observador, enquanto se sentavam. - Ele continua muito alterado. A imagem de você correndo atrás dele com aquele... Bem, você sabe...
Laura corou violentamente. “Saída pelo lado errado!”. Sam veio ao seu socorro, pedindo o cardápio. Mas Rafael não estava tão disposto a dar trégua.
- Além de agarrar minha filha o que você faz da vida?
Laura suspirou aliviada. Enfim um assunto que a fazia se sentir confortável. Em uma situação de saia justa, falar de um assunto que dominava e do qual tinha orgulho lhe dava confiança. Estufou o peito e respondeu:
- Sou fotógrafa!
- Xiii! – ele balançou o guardanapo que estava em sua mão, como se tivesse afastando uma mosca, enquanto balançava negativamente a cabeça. - Mais uma sustentada pelo pai!
Como Laura ficou boquiaberta tentando entender pra qual dimensão paralela havia sido transportada, ele continuou.
- A propósito, seu pai faz o quê? Preciso saber se ele vai poder partilhar comigo, ou se vai sobrar tudo pra mim.
- Ahn... Meu pai... Minha família tem uma pousada – respondeu olhando para Sam, que estava muito concentrada em observar as lagostas no aquário.
- Ah, uma pousada! – falou acariciando a gravata em tom sonhador. – Ele tem advogados?
A conversa tinha iniciado constrangedora, mas em algum ponto que Laura não soube precisar tinha se tornado bizarra. Decidiu se concentrar, pois seu ar atônito, decididamente, não causaria uma boa impressão. Depois aquela loira sonsa iria ter que explicar umas coisinhas. Ah iria!
O restante do almoço seguiu seu curso, entre interrogatório, prospecção... Constrangimento. Laura teve a sensação de que tinha se esquecido de tirar a casca de sua lagosta antes de comê-la... De tentar comê-la. Já Sam, tinha o semblante de quem estava lendo uma livro cômico durante uma aula muito chata. Se esforçava muito para não rir. Estava até vermelha de tanto prender o ar.
Se Laura não estivesse tão zangada teria ficada encantada com aquele rosto.
Olhou-a novamente... “Decididamente, o rosto mais lindo do mundo... Ainda mais quando está fazendo arte. Mas tinha que ser comigo? Ah, mas ela é tão linda! Mas podia ter me aviso.”
Quando finalmente se despediram do pai de Sam, após ele deixar com Laura alguns cartões de visita, pedindo para ela marcar um encontro entre ele e seu pai, Sam se armou de seu rosto mais angelical para pedir que fossem à sorveteria. Laura puxou o ar para contestar, mas... Após tantas bizarrices, esta não seria a mais desagradável.
- Vamos, senhorita! Afinal de contas, o tal bicho-papão demonstra que existe... e que mora dentro do seu estômago.
- Estou pedindo por você, Lau! – Sam colocou uma mão no peito e olhava carinhosamente para ela – Notei que você não comeu nada no almoço!
- Por que será, não é?
Todo o riso contido durante o almoço resolveu sair de uma vez. Sam chegou a se sentar na rua de tanto que ria.
- Gostaria muito de partilhar de sua hilaridade, mas minha situação não foi das mais confortáveis, sabe! – apesar desse protesto, não pode fazer nada além de acompanhar o riso da loira.
Quando chegaram na sorveteria, Sam montou duas imensas taças, exatamente iguais. Ia pegando seus sabores preferidos e dizendo que Laura não podia deixar de experimentar aquele e este outro, tão exótico... E mais este que é imperdível... Ficou imenso.
- Você tem ideia de quantas pessoas podem se alimentar por um mês com essas calorias? - Laura olhava o resultado com um ar de espanto.
- Não esquenta não, eu gosto de ter onde pegar – falou com um sorriso malicioso.
- Bem, eu também gosto. Mas... Confesso que hoje eu já tive que me controlar para não pegar no seu pescoço. Com força. Muita força!
O rosto de Sam, de repente ficou semelhante ao do Gato de Botas, no Shrek.
- Não entendo porque tanta irritação, Lau! Meu pai foi até simpático! Depois de tudo o que viu lá em casa! Gostei quando ele disse que confiava em você pra cuidar de mim.
- Pois é, mas agora me diz, bem seriamente, o que foi aquilo de ser sustentada pelo pai?
A resposta de Sam foi apenas um sorriso amarelo, entre duas colheradas de sorvete.
- Samantha! Você não é sustentada por ele!
- Não.
- E então...? – Laura circulava a colher, indicando que era para ela continuar a história.
- Mas ele me dá uma mesada, todo mês.
- Oxe! Mas, eu conheço seu trabalho e sua reputação, você ganha bem! Já disse isto pro seu pai?
- Mas Lau, painho acha que arte não dá nada! Quando eu contei pra ele o que eu queria fazer, ele disse que fotografia era hobby e não trabalho, ai disse que eu podia “brincar” com isto que ele me sustentava.
- Ah! E ai você aceitou...
- Oxe! E negar um presente? Isto não se faz!
Laura só a olhava, uma sobrancelha levantada.
- Ah, Lau, ele só queria me ajudar... Às vezes isto é tudo que... Sabe, nós não somos como a sua família. Eu me dou muito bem com painho, mas isto é quando a gente se vê. E isso é raro. Nem por telefone a gente se fala, ele tem ligado muito porque você assustou eles todos, principalmente o Cássio, coitado. E painho se sente bem me dando dinheiro, é o jeito dele de cuidar de mim.
- Mas ele sabe do seu talento? Acompanha o seu trabalho?
Sam se concentrou em seu sorvete, pegou umas duas colheradas olhando para baixo.
Laura olhou para ela e começou a entender. Seus olhos estavam semicerrados e ela parecia buscar as respostas escondidas. Foi esse olhar que Sam avistou ao erguer a cabeça.
- O quê? O que foi? O que você está pensando?
- Ele não tem muita coisa para te oferecer além de dinheiro, não é? – falou com pesar.
Ela não estava preparada para isso. Sempre fugia de seus pensamentos, dos seus sentimentos, das coisas que a faziam sentir dor. E seu pai ou era tratado com superficialidade, ou lhe causava mais dor do que poderia gerenciar. Por isto, fazia sempre o que parecia mais cômodo em relação a ele. As conversas em tom de brincadeira e o aceitar dinheiro eram muito cômodos.
Ficou remexendo em sua taça, já sem muita vontade de comer a meleca que estava virando ao ser misturada.
- Por que você faz isto? – respondeu finalmente.
- Faço o quê?
- Você me percebe. E eu não sei se estou pronta ou se quero ter minhas sujeiras retiradas de baixo do tapete.
Laura considerou um pouco antes de responder.
- Você já pensou que esta sujeira é que te provoca gripe? – resolveu amenizar um pouco o clima.
- Gripe é vírus! – respondeu mostrando a língua, aliviada pelo atalho.
Laura entendeu o recado. Ela não queria continuar o assunto.
- Puxa, é mesmo! E resfriado vem de coisas frias não é? Como essas! – Laura passou uma colher do sorvete melequento pela região da boca de Sam. – Olha como ficou linda resfriada!
- Palhaça! Pode limpar!
Laura não se fez de rogada. Limpou a boca de Sam da melhor forma que poderia fazer.
- Sabe que o sorvete ficou melhor assim? Agora só vou tomar sorvete na sua boca.
- Também não achei ruim, não. Se não fosse a enorme seta vermelha e barulhenta que se ergueu nas nossas cabeças, fazendo todo mundo olhar pra nós, eu até iria querer fazer de novo.
- Você se importa?
- Com o quê?
- Com a opinião dos outros? Essas pessoas – Laura olhou ao redor. – Que nós nem ao menos conhecemos.
Sam também olhou ao redor, realmente, estavam olhando para elas. E, realmente não conhecia... "Ah, conheco sim", ergueu a mão e cumprimentou umas garotas que riam como se tivessem bêbadas. Laura imediatamente olhou para elas.
- Ei, nós não conhecemos ninguém aqui, lembra? Eu ia falar sobre a opinião de desconhecidos sobre quem somos ou o que fazemos... E você conhecer alguém, estraga tudo! – reclamou brincando... Mas exagerou ao bater a mão na mesa derrubando sua taça sobre a calça.
- Você me faz rir, Laura. Adoro isto!
- Hum... Eu adoraria mais se você risse comigo e não de mim!
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Zaha
Em: 21/05/2017
Boa tarde, Carla!
Queria saber o que a mae de Laura estava pensando olhando pra Sam. Espero que nessa nova versao vc possa deixar claro um pouco do que sucedeu no passado. Isso se for essa história. Posso confundir, ultimamente ando pela vida assim!
Sabe,adoro projetos sociais, assim como Lau sempre me interessei, diferente dela sempre gostei de observar as relacoes humanos e saber o que levou uma pessoa a se comportar de tal forma, meu sonho de ir pra África ta longe, sempre quis ir, assim que busco fazer por aqui até onde posso. Enfim..
Muitas famílias sao como a de Sam, é uma pena...mas é verdade, se ela se resiste a trabalhar seus sentimentos os sintomas vai piorar. Certamente ela canalizava toda essa raíva sendo grossa, é difícil sair daí,mas Lau esta mostrando pra ela que se pode vivier de forma diferente e lidar com as dores de outra forma,ainda que nao esteja explícito isso..
Estou esperando o momento turbulento, quero saber como ficou a nova versao..
É isso,desculpa se escrevi muito e coisas irrelevantes ,termino vendo em uma palavra ou frases muitas coisas que me levam a falar de outros assuntos.
Um bom domingo pra vc!
Beijos
Resposta do autor:
Olá, Lai!
A história da mãe da Laura cresceu bastante nessa versão, espero que ela sacie a sua curiosidade. Como disse, na primeira versão foi mais por brincadeira, ai qdo estava revisando senti vontade de contar direitinho o que aconteceu, então, senta que lá vem história.
Qdo estava na faculdade fiz uma matéria chamada "África-Brasil", que explicava muita coisa que acontece por lá, geopolítica principalmente, mas também cultura, organização social, história dos conflitos e o quanto a invasão europeia e depois americana (todo o continente) mexeram com as esturuturas e com o cotidiano. Por isso coloquei a Laura por lá, mas a gente sabe que não faltava trabalho a ser feito no Brasil, não é mesmo? Vc está certa de agir por onde está, se podemos mudar a nós mesmos, já mudamos o mundo, imagine qdo torna melhor a vida de uma outra pessoa? Isso é incrível.
Quanto a Sam, ela talvez precise bater no fundo do poço, enfrentar seus fantasmas se quiser realmente aprender alguma coisa.
Obrigadíssima por comentar, por seu comentário ser grande. Alegrou meu domingo, é muito triste escrever e não ter retorno.
Beijinhos, be happy!
Sem cadastro
Em: 21/05/2017
Boa tarde, Carla!
Queria saber o que a mae de Laura estava pensando olhando pra Sam. Espero que nessa nova versao vc possa deixar claro um pouco do que sucedeu no passado. Isso se for essa história. Posso confundir, ultimamente ando pela vida assim!
Sabe,adoro projetos sociais, assim como Lau sempre me interessei, diferente dela sempre gostei de observar as relacoes humanos e saber o que levou uma pessoa a se comportar de tal forma, meu sonho de ir pra África ta longe, sempre quis ir, assim que busco fazer por aqui até onde posso. Enfim..
Muitas famílias sao como a de Sam, é uma pena...mas é verdade, se ela se resiste a trabalhar seus sentimentos os sintomas vai piorar. Certamente ela canalizava toda essa raíva sendo grossa, é difícil sair daí,mas Lau esta mostrando pra ela que se pode vivier de forma diferente e lidar com as dores de outra forma,ainda que nao esteja explícito isso..
Estou esperando o momento turbulento, quero saber como ficou a nova versao..
É isso,desculpa se escrevi muito e coisas irrelevantes ,termino vendo em uma palavra ou frases muitas coisas que me levam a falar de outros assuntos.
Um bom domingo pra vc!
Beijos
Resposta do autor:
Olá, Lai!
A história da mãe da Laura cresceu bastante nessa versão, espero que ela sacie a sua curiosidade. Como disse, na primeira versão foi mais por brincadeira, ai qdo estava revisando senti vontade de contar direitinho o que aconteceu, então, senta que lá vem história.
Qdo estava na faculdade fiz uma matéria chamada "África-Brasil", que explicava muita coisa que acontece por lá, geopolítica principalmente, mas também cultura, organização social, história dos conflitos e o quanto a invasão europeia e depois americana (todo o continente) mexeram com as esturuturas e com o cotidiano. Por isso coloquei a Laura por lá, mas a gente sabe que não faltava trabalho a ser feito no Brasil, não é mesmo? Vc está certa de agir por onde está, se podemos mudar a nós mesmos, já mudamos o mundo, imagine qdo torna melhor a vida de uma outra pessoa? Isso é incrível.
Quanto a Sam, ela talvez precise bater no fundo do poço, enfrentar seus fantasmas se quiser realmente aprender alguma coisa.
Obrigadíssima por comentar, por seu comentário ser grande. Alegrou meu domingo, é muito triste escrever e não ter retorno.
Beijinhos, be happy!
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