CapÃtulo 2
POV Adriana
Entrei na sala de reunião e observei os meus companheiros, eles serão minha nova equipe, três homens e duas mulheres, que me foram devidamente apresentados no dia anterior, porém já esqueci o nome de todos.
- Que bom vê-la, Adriana – Charlie, meu superior deu as boas vindas.
- Bom dia, vamos logo ao que interessa – assumi uma postura séria, eu irei conduzir a operação, então terei que ser firme – o que sabemos?
- Temos fortes indícios que a cirurgiã, Elizabeth Drummond está envolvida, infiltramos um dos nossos, Albert, ele desapareceu – suspirou – não temos nada que a coloque como suspeita, provavelmente ela é uma das “cabeças” da operação.
Enquanto falava, ele entregava documentos com todos os dados da nossa suspeita, saboreei as informações e na última página tinha uma foto.
Ela fazia o tipo mulher fatal, olhos verdes penet*antes, cabelos negros lisos com leves ondulações nas pontas, lábios carnudos. Uma mulher linda de fato, mas o que mais me deixou curiosa, foi o olhar, seu olhar era como se..
- Não se engane – continuou – ela é uma mulher linda, mas isso pode ser somente um modo de atrair as vítimas.
- O que você quer dizer?
- Todos com quem ela se envolveu até agora morreram, Albert sumiu e foi na cidade em que ela mora – limpou o suor que escorria do rosto – Adriana, quando tinha 18 anos, ela foi diagnosticada como sociopata.
- Isso faz muito tempo – coloquei a mão embaixo do queixo – não houve alteração depois disso?
- O psicólogo morreu, essas informações foram escondidas – me entregou uma pasta – Aqui está sua nova identidade, seu nome será Luana Walker, 25 anos, alugamos uma casa na mesma cidade que ela mora.
Passamos o resto do dia planejando e discutindo os aspectos mais importantes, quando sai de lá, percebi que precisava de um café urgente. Atravessei a rua e entrei na Starbucks na esquina.
Pensei sobre o novo caso, não seria fácil. Bebi calmamente meu café e voltei para o carro, naquela noite ficaria em um hotel e no dia seguinte iria para o meu novo “lar”.
Acordei no dia seguinte com a impressão de ter dormido muito, fiz minha higiene matinal, uma corrida pelas ruas de Londres e parei no mesmo Starbucks.
Viajei em pensamentos lembrando do que me fez estar naquele lugar, não no Starbucks, em Londres. Eu buscava uma promoção, meu último relacionamento me machucou e eu queria algo para me manter ocupada, consegui afinal.
Paguei o café e me retirei, o GPS não estava me ajudando muito, mas segui pela rota indicada.
Duas horas depois, avistei a placa “Bem vindo a Banchester”. A cidadezinha é deveras atraente, era como voltar ao passado, construções do tempo medieval.
Continuei dirigindo até meu GPS avisar que chegamos, era uma construção de casas iguais. Peguei a chave e fui até a que seria minha, era ainda mais lindo por dentro.
Possuía móveis estilo retrô, uma sala, cozinha e no andar de cima, dois quartos. Voltei até o carro e tirei as malas, depois de organizar tudo, voltei minha atenção para estudar mais sobre o caso.
Quase três horas depois eu estalei minhas articulações, estava envelhecendo. Como já estava morrendo de fome, fui procurar um restaurante, levei o notebook para continuar minhas pesquisas. Achei um restaurante muito bom, a cidade era pequena, cerca de 15 mil habitantes. Eu precisava andar por aí e conversar com as pessoas sem levantar suspeitas.
Degustei da comida e percebi que se não me apresasse, iria me atrasar para o meu primeiro dia. Tomei um banho rápido e coloquei a roupa branca, nunca em toda a minha vida eu me imaginava como enfermeira, foi meses de preparação. Tenho fobia, quase controlada, por hospitais.
Corri até o carro e dirigi novamente até a cidade vizinha, minha cabeça trabalhava rápido, tentando fazer conexões e desvendar esse mistério, eu sabia que quanto mais tempo demorasse, mais riscos eu correria.
Estacionei na vaga para funcionários e entrei na recepção, depois de me identificar, a recepcionista indicou o último andar. Me sentia nervosa, mesmo sabendo que aquilo não era de verdade, me obriguei a respirar fundo algumas vezes e quando cheguei no andar, segui lentamente.
- Boa tarde – a secretária me cumprimentou.
- Boa tarde, sou Luana Walker, nova enfermeira.
- Ah, claro. Venha comigo, por favor.
Paramos em frente a uma porta de madeira clara, ela indicou que eu deveria entrar e assim fiz.
- Olá, sou Antony, o diretor do hospital – se apresentou o homem atrás da mesa, ele parecia um homem de meia idade, muito bonito.
- Luana Walker, nova enfermeira, prazer – estendi minha mão que logo foi apertada.
Nos próximos minutos ele me passou as informações sobre o hospital e seu funcionamento, ele era simpático, o que me deixou tranquila.
- Você tem especialidades bem específicas – falou enquanto analisava meu currículo - o que você busca?
- Pretendo começar a fazer medicina, quero ser cirurgiã – hora do show – minhas especialidades são nessa área.
- Aqui é tudo agitado e alguém com os seu conhecimento seria ótimo para agregar com a nossa equipe – interfonou para a secretária que logo entrou na sala – a Luana ficará na área cirúrgica, peça para a Elizabeth prestar auxílio.
- Sim, irei leva-la – retrucou.
- Acredito que nos daremos muito bem – Antony se virou para mim – a Elizabeth é a melhor que temos, você irá aprender muito com ela.
- Espero que sim – sorri meigamente.
Fim do capítulo
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annagh
Em: 08/04/2017
Leitura gostosa...Personagens também gostos...ops. ..gatas!!! Kkkkkkkk...
Amo historias com medicas...policiais...delegadas...bandidas...psicopatas...rsrsrs...da adrenalina na hora de ler.
Quero mais!!!
Resposta do autor:
kkkkkkk reuni muita coisa que você gosta então né!?
Bjs
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