CapÃtulo 2-olhares
Ao longe na praia tinha um grupo alguns com violão e com outros instrumentos que não consegui definir. Olhava a alegria com que cantavam, mas algo naquilo tudo prende minha atenção, no meio deles uma moça, dançava sensualmente a frente de um rapaz que estava sentado em uma pedra, ele segurava sua cintura e a moça balançava os quadril em uma dança sensual, eu olhava hipnotizada aquela dança, não conseguia desgrudar meus olhos dela, quando de repente a vejo virando-se na direção em que estava me olhando fixamente. A via rebol*r sem que seus olhos abandonasse o meus nem por um segundo.
Fecho meus olhos por uns segundo, e a vejo como em minha frente. Ao abri-los a dançarina que me despertava a curiosidade não se encontrava mais ali.
-será que estou tendo alucinações?
Sou despertada de minhas divagações pelo ronco de meu estomago. Volto para o quarto, me visto tinha a mania de dormir nua, saio do chalé e sigo em direção a pousada, esperava que ainda encontrasse algo para comer.
Ao passar pelo caminho que levava a praia, paro e olho em direção ao grupo ao longe “amanhã vou dar uma volta pelos arredores” penso antes de seguir o caminho que me levara a pousada.
A recepção estava vazia, acho que devido ao horário. Mas precisava de alguma coisa pra comer meu estomago já roncava de tanta fome. Sigo um caminho que esperava que me levasse para a cozinha, ou algum lugar que pudesse encontrar comida. Caminho por um corredor e escuto um barulho e um cheiro de alguma coisa deliciosa.
-boa noite- estava na cozinha a moça da recepção, que havia conhecido quando cheguei, mais uma senhora que deveria ser sua mãe pois tinha a mesma semelhança
-Boa noite- a senhora responde me analisando, enquanto a moça Amália levantou-se rápido de onde estava sentada-deseja alguma coisa, o restaurante já fechou.
-eu sei, me desculpe é que cheguei hoje da Itália e devido ao fuso horário acabei dormindo demais- falo um pouco envergonhada. Vejo a senhora sorrir, um sorriso maternal que me deixou mais a vontade.
-deve estar com fome, não é? - balanço minha cabeça em afirmação- sente-se ai- aponta para uma cadeira próxima à da moça da recepção- vou preparar alguma coisa pra você comer. Se importa de eu prepara um sanduiche?
- se a senhora quiser eu mesmo preparo, deve estar cansada do dia- a vejo balançar a cabeça como se dizendo “está tudo bem” e ir direto a geladeira.
- tem suco preparado. Irei preparar o sanduiche- fiquei em total silencio enquanto a senhora, que depois descobrir ter o nome de Berta prepara o sanduiche. Percebia a tal Amália me olhando pelo canto dos olhos, parecia curiosa a meu respeito.
-como foi que descobriu a ilha dos sonhos? - me pergunta diretamente- nossa ilha não é muito conhecida, principalmente para quem acaba de chegar de outro Pais- lembrei que tia Vivi havia praticamente suplicado pra que eu não comentasse nada sobre ela, não entendia porque, mais como meu pai não estranhou, concordei.
-uma amiga que esteve aqui, uns anos atrás me indicou- esperava ter sido convincente, não queria especulações sobre minha estadia ali-tinha um grupo na praia agora a pouco. Quem são? - mudo de assunto.
-alguns são hospedes da pousada, outros nativos aqui da ilha-fala sem tirar seus olhos de mim.
-tinha uma moça dançando entre eles. É hospede? -lembro do modo sensual como aquela bella ragazza dançava me causando uma contração em meu ventre.
-não, deve ser alguém aqui da ilha ou pode ser Sabrina, dona da pousada com certeza estava com Leonardo seu namorado- não conseguia entender porque aquelas palavras haviam me incomodado. Percebi também que não era a única incomodada, Amália também não parecia satisfeita com aquele namoro, so não sabia definir se era pela tal Sabrina ou por Leonardo-eles sempre se reúnem a noite na praia.
-e os pais dessa moça? - sabia que estava me intrometendo onde não devia, mais havia ficado curiosa.
-o Sr. Sandro morreu a dois anos- a vejo fazer uma pausa como se pensasse no que iria falar em seguida- a mãe dela...
-A mãe dela não mora na ilha- quem responde é Berta, que se aproxima colocando dois enormes sanduiches a minha frente. Calei quando percebi que a mulher não ia prosseguir no assunto-Amália vai indo pra casa, que só vou terminar de arrumar aqui- a Moça se levanta sem falar mais nada, me dá boa noite e sai por uma porta que não sabia onde ia dar.
-me desculpe se me intrometi em assuntos que não me dizem respeito- falo pois percebo que a senhora ainda estava com semblante fechado.
-tudo bem, só que é um assunto que diz respeito só a Sabrina- balanço minha cabeça em afirmativo e me concentro em comer o sanduiche, que por sinal estava uma delícia. Só que, minha curiosidade a respeito da vida daquela Ragazza só fez aumentar.
Termino de comer e agradeço a senhora que continuava limpando o local, dou boa noite e sigo de volta a seu chalé. Quando passo pelo caminho que leva a praia, percebo que tinha apenas algumas pessoas ali, muitas já tinham se retirado inclusive a dançarina.
Resolvo dar uma parada ali, me sento na areia mesmo observando o luar que estava lindo, olhava ao longe do oceano, onde se via alguma luzes. Volto a pensar no que ouvi na cozinha de Berta, sobre a mãe de Sabrina “ela parece ser tão jovem, pra ter tanta responsabilidade”. Sinto a tranquilidade daquele oceano, me levanto e sigo para o chalé.
...
Saio da pousada logo após o café da manhã, precisava estar a tempo no banco, meu advogado havia conseguido falar com o gerente para que esse me recebesse, não sabia mais o que fazer, apesar de não aparentar, estava com medo de perder tudo. Não só por mim, mais por meus amigos que trabalhavam ali, muitos nunca conheceram outra vida senão a vida ali na pousada.
Me despeço de Berta, e sigo em direção a Capital do Maranhão, tomo um belo chá de cadeira do gerente, mais fazer o que, estava precisando do empréstimo se fosse preciso passar o dia ali, passaria.
Minha reunião não foi 100% eficaz, não tinha conseguido todo o valor que precisava mais com que tinha obtido, pagaria algumas contas em atraso. Sabia que senão conseguisse quitar tudo em exatos três meses, poderia perder a pousada pois iria a leilão, sentia o coração oprimir só de imaginar ter que sair do lugar que tanto amava.
Quando retorno a pousada dos sonhos já passavam das 16:00 hs , estava cansada meu corpo estava dolorido devido a noite mal dormida, precisava relaxar.
Encontra Amália conversando com Ivan, os dois estavam em uma conversa animada.
-Boa tarde, alguém poderia fazer o favor de me carregar até meu quarto- chego me jogando em um dos sofás que tinha na recepção.
-até poderia, se não tivesse acima do peso- Ivan fala rindo da cara indignada que a amiga e patroa faz.
-não tem medo de ser demitido, não? - o vejo gargalhar com minhas palavras.
-você não teria coragem. Onde ia arrumar um funcionário exemplar como eu? - É a minha vez de rir.
-como foi lá Sabrina? -Minha amiga me conhecia melhor que ninguém, percebia que apesar de estar brincando com certeza não estava no meu normal.
-consegui parte do valor, vai dar pra quitar algumas contas.
-você sabe que pode contar com a gente sempre, não é? - Ivan, apesar da pouca idade sempre fora um amigo sem igual.
-sei sim meu amigo. Alguma novidade? Vi que tem hospede novo- me referia ao carro 4x4 que estava em no estacionamento.
-temos uma hospede, aquela que já havia feito reserva- assento com a cabeça- ela é estrangeira, acho que Italiana.
-e muito linda também, ela é muito Gata- Ivan se empolga falando da tal hospede.
-se aquieta moleque, ela aparenta ter uns 30 anos, não é pro seu bico-Amália dá um tapa de leve no braço de Ivan, ele era assim mesmo, sempre se empolgava com mulheres bonitas- mas você tem razão, ela é realmente linda.
Bom uma hora ou outra eu ia conhecer a nova hospede, naquele momento queria era mais ir para minha casa, e relaxar. Meu pai anos atrás construiu um chalé bem atrás da pousada onde morava, e quando voltei para a ilha fui morar com ele, era pequeno mais aconchegante.
-vai ter luau hoje? - Ivan me pergunta, ele sabia o quanto eu gostava de dançar, principalmente o reggae onde podia mexer meu corpo, aquilo me causava uma leveza sem igual.
-vai sim, estou precisando relaxar-Me despeço dos dois e sigo para minha casa.
A noite Leo aparece em casa, querendo namorar eu não estava muito disposta, não entendia, apesar de gostar muito dele meu corpo não sentia o desejo, não se acendia com seus toques e aquilo as vezes me incomodava.
Converso com ele sobre o sobre o resultado da minha ida ao banco, damos uns beijo e saímos em direção a pousada para nos encontrar com os meninos que tocavam, por ele tínhamos ficado em casa namorando mais como falei, me sentia melhor dançando, do que namorando.
Na pousada converso um pouco com Berta e aproveito para pegar algumas bebidas quentes para os rapazes e um vinho pra mim, Chamo Ivan e vamos nos encontrar com os outro na praia.
Leo o tempo todo querendo ficar abraçado comigo, e eu querendo me soltar “será que ele não entendia que estávamos ali pra brincar, se distrair”. Algum hospede se juntam a nos, cantando e arriscando tocar alguns instrumentos. Estavam tocando uma música leve, mexia meu corpo com suavidade bem em frente onde Leo estava sentado, aquele compasso fazia com que me sentisse leve, esquecer-me de meus problemas.
Estava com os olhos fechados, sentindo o ritmo da música. Sinto estar sendo observada, levanto a cabeça pra procurar de onde vinha àquele insistente olhar, meu olhar vai direto para o chalé onde estava hospedada a hospede nova, a Italiana. Ela estava encostada em uma das pilastras próxima à varanda. Apesar da distância parecia que seu olhar era puro fogo, queimando minha pele, me viro totalmente em sua direção e começo a dançar sensualmente, não entendia minha necessidade de fazer aquilo, de provocar. Não sabia se pelo vinho ingerido ou sua alma pedindo aquela entrega. Estava tão concentrada em dançar pra ela que não escuto Leo me chamando.
-Sabrina, o que está acontecendo estou te chamando e você não responde- me viro assustada pra ele, parecia que todos ali tinham notados meu encanto por aquela mulher.
-me desculpe estava distraída.
-percebi, o que aconteceu? - dou a primeira desculpa que me vem à mente.
-você sabe que quando danço, não presto atenção em mais nada- “so na mulher que me observava”, penso.
-vamos dar uma volta- fui com ele, pois precisava tirar aquele olhar de minha cabeça, Não entendia o que estava acontecendo em meu íntimo, aquela mulher me excitou só de me olhar.
Quando retornamos para perto dos outros não a vi mais, meus pensamentos e meu olhar não desgrudavam daquela varanda, parecia que a qualquer hora ela ressurgiria ali e com o seu olhar, incendiaria novamente meu corpo.
Naquela noite foi puro martírio fazer amor com Leo, não conseguia me concentrar em seus toques, seus beijo, meu corpo estava com ele, mais minha mente estava a metro dali. Quando vejo que ele havia dormido, me levanto, tomo um banho e sigo para a varanda que tinha na entrada de minha casa. Olhava pra claridade da noite e refletia sobre sua vida, na mãe que não conhecia, no pai que se fora de maneira tão rápida, nos problemas financeiros que estava passando e em seu namoro com Leo, sabia da vontade dele de construir uma família, já havia tocado várias vezes naquele assunto, e eu sempre fugindo, desconversando, Não me sentia preparada para aquele passo tão grande.
Me deito na rede estendida ali, estava cansada mas não conseguia conciliar o sono. Já Clareava Me espanto suada, com a boca seca pelo sonho que tive. Havia pegado no sono, e o sonho que tive me deixou atordoada.
“Estava na praia como na noite anterior com meus amigos, eu dançava remexendo o quadril e Léo sentado a minha frente, fecho meus olhos e quando os abro, lá estava ela. Estava escuro e não conseguia ver seu rosto direito, só sabia que era linda. Passava as mãos em minha cintura, aquele olhar sobre meu corpo me acendendo, me embriagando. Desliza suas mãos até o cos de minha saia longa alisando o local. Desce da pedra que estava sentada se ajoelhando bem a minha frente, passando sua língua suavemente em minha barriga me provocando sensações maravilhosas. Suas mãos agora alcançam o final de minha saia levantando, passando a palmas delas em minhas pernas chegando ao destino desejado, Minhas coxas, gemo ao sentir suas curtas unhas arranhando minha pele. Quanto as caricias se tornam mais ousada, me espanto”.
Meu coração custa a voltar em seu ritmo normal, que sensação era aquela. Sinto meu corpo queimar querendo ser saciado. Levanto vou ao banheiro lavar meu rosto, quando entro no quarto Leo ainda dormia, me senti mal, aquele sonho foi como uma traição, nunca havia sentido um desejo tão forte por alguém.
Resolvo tomar um banho pra acalmar, reflito em baixo da agua do chuveiro. O sonho talvez fosse resultado das inúmeras coisas que andavam acontecendo em minha vida, logico que se impressionara com aquela hospede mais não a ponto de deseja-la, de estar em seus braços.
Deixo Leo dormindo e vou até a pousada fazer meu dejejum, sabia que Berta já estava acordada e com certeza preparando o café dos hóspedes, juntamente com Elisa sua ajudante. Entro e observo as duas conversarem, já ia me fazer presente quando escuto Elisa comentar.
-a nova hospede é linda Berta! - fala em um tom de admiração- ontem à noite a vi caminhando na praia.
-ela esteve aqui, estava procurando alguma coisa pra comer, a coitada devido a viagem, não havia comido nada.
-ela é linda, parece aquelas mulheres saídas direto dos contos de fada- arranho a garganta para me fazer presente.
-acordada tão cedo minha filha?- Berta se aproxima depositando um beijo em meu rosto.
-já está virando vicio acordar tão cedo- dou-lhe um beijo no rosto antes de me sentar, precisava de uma boa xicara de café pra começar meu dia. Berta volta para junto de Elisa e eu novamente me perco em meu sonho.
Minha mente não conseguia apagar as imagens daquele sonho, sentia meu corpo reagir a cada pensamento, pareceu tão real que conseguia quase sentir os toques de seus lábios, de suas mãos. Volto a realidade com Berta me questionando sobre alguma coisa que não conseguir entender.
-você não a viu ontem?- queria entender de quem ela estava falando- a Elisa tem razão é uma mulher muito bonita, mas tem um ar misterioso- entendi que ela estava se referindo a tal hospede nova.
-não vi. Acho que já tinha ido dormir quando ela resolveu descer para a praia- não conseguia entender o porquê da vergonha, que estava sentindo. Não era normal aquele desejo que sentiu por alguém que não conhecia nem o rosto direito.
-Bom dia dona Berta! - senti meu corpo estremecer ante aquela voz, sem ao menos olhar já sabia se a hospede, que atormentou meus sonhos durante aquela madrugada.
Fim do capítulo
boa tarde!
passando para postar mais um capitulo, espero que curtem.
bjss
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ThayCarvalho
Em: 03/04/2017
Quem aí arrisca que a "Tia Vivi" é a mãe da Sabrina, hein? Pois eu sim. kkkkkkkkkkk
Resposta do autor:
boa tarde Thay!
kkk quem vai ariscar?
bjss
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cau santana
Em: 03/04/2017
Boa tarde!!
A história promete o poder que emana desses olhares: É de pegar fogo, aff!!!. Vejo que essas duas vão arrancar suspiros.
Excelente!!
Tarde bj
Resposta do autor:
bom dia linda!
kkk espero mesmo fazer pegar fogo...
bjss
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joanna costta
Em: 03/04/2017
Rob,adorando sua nova historia.
Acho que o Leo vai dançar com a chegada dessa italiana linda...ir já tendo sonhos eróticos...kkkk...cheiro de romance e aventuras no ar.
Parabéns lindona...bjs
Resposta do autor:
bom dia lindona!
obrigada Joana, com toda certeza o Leo vai batalhar pra nao perder a namorada kkk
bjss meu anjo
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ILOVEBOOKS
Em: 02/04/2017
Acompanhando outra história sua e amando apesar da falta de comentários, por isso peço desculpas. Tenho uma teoria sobre sua história e queria compartilhar. Acho que a tia vivi é a mãe da Sabrina. Se eu estiver errada Kkkk foi um palpite, se estiver certa (tomara). Apesar de tudo tenho certeza que será incrível.
Resposta do autor:
bom dia!
kkk voce tem uma otima visao das coisas.
bjss
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NovaAqui
Em: 02/04/2017
Vamos ver como vai ser esse olhos nos olhos de pertinho.
Acho que Gui não vai mais embora
Gostei desses dois capítulos iniciais
Abraços fraternos procês!
Resposta do autor:
bom dia minha linda!
obrigada pelo comentario, acho que esses capitulos iniciais ja deu pra ter uma base , da composição da historia.
bjss
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