CapÃtulo 1
Agridoce pede licença
Ela , doce.
Eu, sal.
Nós duas, uma mistura de agridoce, gorgonzola e açaí com leite em pó.
Ela chora, meticula, pensa, pensa. Tem medo. Canceriana, passa o tempo a se proteger. Dá-se de pouco em pouco.
Eu, ariana com ascendente em capricórnio, às vezes penso muito, às vezes penso em nada. Dou-me a galopes.
Ela, a vontade de esconder.
Eu, uma irritante oscilação entre a prudência da discrição e a coragem insana (e cheia de despeito!) de gritar ao mundo, de tatuar no rosto,de colocar nos dois noticiários da minha pequena cidade.
Nós duas , o fatigado, entediado, maltratado desejo de não ter que pedir respeito. Mas temos que pedir. E mais uma vez. E mais uma vez.
Ninguém pede lincença por respirar, por cada batida do coração, por cada sinapse de seus neurônios.
Ninguém deveria também ter que pedir lincença por amar. Mas pedimos, mais uma vez.
Licença?
N.M.C.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]