CapÃtulo 37 – Conversa sobre sentimentos – Parte 2/2
Alexya se afastou para ir pegar a pipoca, mas antes que ela chegasse a pegar a vasilha Ana Júlia a segurou pela mão e a puxou para a sala deixando todo o resto na cozinha. A advogada foi conduzida até o sofá de dois lugares onde teve que se sentar. Ana Júlia sentou-se de lado em seu colo colocando os pés sobre o estofado. Automaticamente a morena passou os braços em volta da cintura da menor o que causou um sorriso contente na de cabelos claros.
- Seja sincera agora – orientou Ana Júlia abraçando o pescoço da morena – O que eu significo pra você?
- Porque eu tenho que ser a primeira? – perguntou a advogada rindo baixo e vendo a menor rir junto com ela, mas Ana Júlia não deixou de olha-la indicando que ela não tinha alternativas; Alexya pensou em desviar o assunto, mas o olhar da menor era tão calmo e confiante que ela suspirou resolvendo falar tudo o que tinha pra dizer – Eu não tive muitas parceiras, apenas duas mulheres permaneceram um longo tempo na minha vida. Mas tive vários casos de poucos dias, eu admito. Nenhuma delas foi como você – a advogada encarou os olhos da editora-assistente que estavam mais claros, o castanho cedendo espaço para um verde claro e levemente dourado – Eu sempre me vangloriei de analisar corretamente as pessoas pelo primeiro olhar. Foi uma das coisas que me ajudou a chegar tão longe na antiga empresa onde trabalhei porque me ajudava a identificar os elos fracos das teses contra as minhas – ela prosseguiu com um sorriso ao se lembrar de seus desempenhos na antiga empresa, mas então o sorriso ficou mais gentil – Quando te vi pela primeira vez eu fiquei encantada pelo seu jeito, seu sorriso. Seu olhar me atraiu desde o primeiro instante Ana Júlia – Alexya acariciou levemente o rosto da mulher à sua frente que a olhava como se admirasse a melhor vista do mundo – Eu não sei explicar o que aconteceu comigo naquele dia. Eu só sei que aquele pouco tempo que passei com você me deixou com uma calma inabalável porque nada me tirava a sensação de tranquilidade que vinha com lembranças suas. Minha mãe costumava dizer que podemos nos apaixonar mil vezes de formas diferentes por uma infinidade de pessoas, mas todo mundo um dia vai se ver apaixonando-se mil e uma vezes por uma única pessoa. E que é isso o que difere paixões de amores.
- Você me ama? – perguntou Ana Júlia sem conseguir se segurar, ela precisava saber.
- A cada vez que te vejo eu me apaixono mais uma vez – falou Alexya com um sorriso de canto como se estivesse sem jeito de revelar aquilo – Não sei se já foram mil e uma vezes, eu realmente já perdi a conta.
- Eu nunca senti arrepios com o olhar de alguém – disse Ana Júlia tocando de leve o rosto da morena – Eu nunca perdi a fala com um sorriso dirigido a mim. Um toque nunca me fez paralisar. Um perfume nunca me trouxe imediatamente lembranças de alguém. Eu nunca fiquei sem reação por ouvir uma voz. Eu nunca suspirei apenas por imaginar a presença de alguém. Talvez seja apenas você, talvez eu ainda vá me sentir atraída por outros homens, talvez eu nunca vá realmente conseguir olhar com desejo pra uma mulher e talvez você realmente seja a única mulher que eu vá beijar – falou ela afastando vários fios negros que a brisa que entrou pela janela aberta jogou no rosto da morena – Os ‘eu nunca’ estão em um passado que se encerrou no dia que eu te conheci e os ‘talvez’ são apenas uma possibilidade de futuro que eu sei que só vão acontecer no dia em que você sair da minha vida. Hoje é você quem me causa arrepios, quem me tira a fala, quem me faz paralisar, cujo perfume me trás lembranças, que me deixa sem reação e que me faz suspirar. Hoje é apenas você por quem eu sinto atração, por você que sinto desejo. Você é a única hoje. Eu não posso garantir que será pra sempre, mas eu sei que hoje eu não consigo pensar em outra pessoa, eu não consigo querer outra pessoa além de você. Hoje tudo o que eu quero pro meu futuro, tudo em que eu penso e ter, tudo o que eu não quero jamais perder, tudo isso está bem aqui, nas minhas mãos – disse Ana Júlia segurando o rosto da advogada com ambas as mãos – Eu quero coisas com você que eu nunca quis antes com outra mulher e numa intensidade que eu não me lembro de ter sentido antes com nenhum homem – sussurrou ela fazendo um discreto carinho sobre os lábios cheios que se entreabriram com a pressão de seus dedos – Eu quero ser sua de todas as formas possíveis. Eu me sinto insegura na questão de que não vou saber exatamente o que fazer na hora, porque eu não tenho ideia de como retribuir, isso me deixa nervosa sim, mas ainda assim eu sei que não vou me arrepender. Porque você tem sido o ser humano mais gentil e atencioso que eu já tive o prazer de conhecer, e comigo tudo o que faz parece sempre ser buscando o melhor pra mim – ela riu baixinho e manteve um sorriso – Você tem feito isso desde antes de estarmos nesse relacionamento. Eu confio em você Alexya.
- Confia mesmo em mim? – perguntou a morena num murmúrio e recebeu um aceno afirmativo em resposta junto de um largo e sincero sorriso – Você realmente quer isso? – ela tornou a perguntar e não precisava se explicar para que a menor a compreendesse.
A resposta de Alexya dessa vez veio na forma de um beijo, um beijo apaixonado e entregue onde ela pode sentir toda a sinceridade das palavras anteriores de Ana Júlia. Depois de ter certeza de que a outra queria o mesmo Alexya tornou o beijo mais exigente. A editora-assistente se moveu no colo da advogada até estar sentada de frente para Alexya com um joelho apoiado a cada lado do quadril da mais alta. Ainda sem interromper o beijo a morena se ergueu agarrando as coxas da menor fazendo com que as pernas dela rodeassem sua cintura. O caminho já bem conhecido até o quarto foi feito sem pressa, com a morena cuidadosamente caminhando para evitar todos os móveis.
Quando chegaram a porta do quarto a morena não se aguentou e colocou as costas de Ana Júlia contra a parede ao lado da porta, seu corpo pressionando o da outra enquanto suas mãos apertavam com força as coxas descobertas deixando suas unhas curtas marcarem a pele morena. As línguas disputavam uma luta que não teria vencedor enquanto as mãos da menor correram para os botões da camisa social abrindo-os com pressa e se atrapalhando quando chegou a uma altura onde os corpos se encostavam. A pressão do quadril da editora-assistente contra a cintura da morena fez a primeira gem*r e descolar os lábios para buscar ar e a segunda apenas sorriu e direcionou sua boca para o pescoço exposto. Ana Júlia desistiu dos botões e colocou suas mãos espalmadas por dentro da camisa arranhando de leve a pele branca dos ombros da advogada.
Uma mordida próxima a clavícula provocou um arranhar das unhas ligeiramente compridas da de cabelos claros na nuca da morena. As costas da menor foram desgrudadas da parede e, poucos segundos depois, entraram em contato com a maciez do colchão. A boca da advogada continuava a explorar a já bem conhecida região do pescoço da outra enquanto as mãos de Ana Júlia voltaram a tentar livrar o corpo sobre o seu da camisa azul. Alexya separou seus lábios da pele macia e bronzeada, a editora-assistente até pensou em reclamar ao sentir o corpo quente da outra mulher se afastar do seu, mas quando abriu os olhos viu os olhos verdes escuros encarando-a diretamente enquanto as mãos delicadas de unhas mais curtas que as suas iam abrindo botão por botão dos que restavam. A lentidão excitava e irritava Ana Júlia na mesma intensidade, mas ela não se atreveu a interromper o momento, era sexy demais ver aquela mulher olhando-a enquanto se despia para ela.
- É a ultima vez que farei isso – sussurrou a advogada enquanto soltava sua camisa no chão ao lado da cama e voltava a se inclinar sobre Ana Júlia – Você realmente quer o que vai acontecer agora?
- Porque você não usa essa boca pra fazer algo mais útil do que falar? – questionou a de cabelos claros agarrando com um aperto firme os fios negros da parte de trás da cabeça da outra e puxando-a para mais perto enquanto sua outra mão descia até o cós do jeans que a morena usava – Se eu não quisesse não estaríamos aqui Alexya – ela sussurrou antes de morder com certa força o lábio inferior da outra.
Alexya agarrou a barra do moletom largo que Ana Júlia usava e, no instante seguinte, a menor estava sem a peça. O sorriso que apareceu no rosto da morena provocou um arrepio na outra. O beijo foi retomado enquanto as mãos da menor percorriam as costas da advogada até que ela conseguiu soltar o sutiã dela e o deslizou pelos braços enquanto suas unhas percorriam levemente a pele branca. A maior deixou que os olhos castanhos esverdeados percorressem seu tronco vendo neles admiração e desejo. Enquanto as mãos de Ana Júlia envolviam ambos os seios da advogada num aperto firme a mão direita da morena desceu por fora do short curto até parar entre as pernas da menor. A pressão sobre o tecido fino provocou como resposta um apertar mais intenso nos seios descobertos e o beijo foi cortado para que a menor pudesse soltar um suspiro longo.
Enquanto fazia uma pressão leve, mas constante, sobre o tecido que ainda cobria a intimidade da outra a advogada desceu sua boca para o pescoço da menor e depois para a parte superior dos seios. Ela foi distribuindo beijos e mordidas até os limites do sutiã branco. Ana Júlia ofegava com os toques e suas unhas deixavam linhas vermelhas na pele branca das costas da morena. A editora-assistente podia sentir os seios da maior se pressionarem contra os seus e isso só a deixava ainda mais excitada. Sua voz falhada e os dedos atrapalhados sobre o botão da calça jeans imploraram para que a mais alta retirasse aquela peça. Alexya esperou que a menor conseguisse abrir o botão e o zíper de seus jeans antes de ajuda-la a escorregar a peça por suas pernas, mas Ana Júlia mal havia descido o cós da calça pela cintura quando abandonou a tarefa para puxar o quadril da advogada contra o seu deixando marcas de suas unhas no início das coxas claras e provocando gemid*s nas duas.
Alexya se afastou, saiu da cama e retirou a calça ficando apenas com uma calcinha azul escura que contrastava com sua ele branca. Ana Júlia se afastou ficando mais no centro da cama e retirou seu sutiã. As duas se admiraram, mas não por muito tempo. A advogada subiu de volta na cama apoiando-se sobre mãos e joelhos até estar com seu corpo novamente sobre o da menor. Elas não conseguiam desviar os olhos, por isso Ana Júlia apenas sentiu a mão da morena deslizar por sua barriga, se prender no elástico de seu short e puxar a peça para baixo até que ela pode afastar o tecido de si com seus pés. A próxima coisa que ela sentiu a fez fechar os olhos mesmo que quisesse muito continuar a encarar as esferas verdes que estavam fixas em seu rosto. Os dedos da mais alta afastaram o ultimo pedaço de tecido que a cobria e mergulharam no calor úmido fazendo todos os músculos da menor se contraírem.
- Relaxe – sussurrou Alexya com a boca colada no ouvido de Ana Júlia e sem parar de explorar a região intima da editora-assistente.
Tudo o que se pode ouvir depois disso foram suspiros, gemid*s e os nomes sendo ditos de forma ofegante e falha enquanto, finalmente, conheciam o corpo uma da outra.
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As duas estavam deitadas embaixo dos lençóis, deitadas uma de frente para a outra. Alexya tinha um de seus braços estendido por baixo do travesseiro que as duas compartilhavam.
- Sempre discutia com Jasmine sobre a satisfação que encontrávamos em nossos parceiros – sussurrou Ana Júlia enquanto seus dedos deslizavam pela curva do pescoço e ombros da morena – Eu sempre duvidei da possibilidade do sex* entre duas mulheres realmente satisfazer todas as necessidades existentes – ela continuou encarando os lábios da maior enquanto os dedos longos e finos da outra deslizavam sobre sua coluna – Jas sempre me disse que eu só entenderia o quão bom é quando experimentasse.
- Você entendeu agora? – perguntou Alexya rindo baixo com a expressão divertida que havia no rosto da menor.
- Completamente – murmurou Ana Júlia com um sorriso.
Ela segurou o rosto da morena e aproximou os lábios das duas. O beijo trocado era lento e apaixonado. A morena deslizou pela cintura da outra puxando-a para mais perto ainda de seu corpo sentindo as peles de ambas se tocarem fazendo com que as duas sorrissem durante o beijo. Seus corpos voltaram a reagir, o beijo foi se tornando cada vez mais exigente até que a advogada se inclinou novamente sobre o corpo bronzeado e elas recomeçaram tudo de novo.
Fim do capítulo
Pretendo trazer o próximo na terça.
Bjs
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Sophia
Em: 14/11/2016
Venho acompanhando esse conto e adorando... Excelente rsrsrs...Ana Julia é muito linda e as palavras que ela usou pra definir o que sente pela Ale foram perfeitas.... Parabéns autora....
Resposta do autor:
Esse discurso da Anjú foi o mais lindo que já escrevi *-* tbm adorei
Muito obrigada e espero que continue acompanhando até o final
;]
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Tatta
Em: 13/11/2016
Ain adoro esse casal! Adoro mesmo <3
essas duas podem ganhar o prêmio de casal mais objetivo do site kkkkk elas são muito práticas. Conversam, se resolvem e fazem o que tem que fazer! Adoro!
aguando o próximo? Sim, com certeza!
Abraços!
Resposta do autor:
Kkkkkkkkkkkk Adorei a categoria, poderia ser criada mesmo. Seria uma grande premiação
Abraços
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rhina
Em: 13/11/2016
Olá.
Bom dia.
LLindo ....Belo. .....do jeitinho da Ana.
Muita emoção. ....perfeito o momento delas.
Parabéns.
Obrigada pelas dicas....vou tentar manter o foco e assim pela primeira vez fazer planos e correr atrás para realizar.
Gracias.
Beijos.
Rhina
Resposta do autor:
Obrigada =] Adoro o romance dessas duas
Mantenha mesmo o foco, qnd corremos atrás podemos realizar oq queremos
Bjs
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maria lucia
Em: 13/11/2016
Maravilhoso! Boa escolha da Ana Julia.Amar e ser amada.Parbéns.
Esse feriado promete.
Resposta do autor:
Essa é a melhor escolha que alguém pode fazer =]
;]
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