Vale night
"I gave you all the love I got / I gave you more than I could give / I gave you love / I gave you all that I have inside / And you took my love / You took my love
Eu te dei todo o amor que eu tinha / Te dei mais do que poderia dar / Eu te dei amor / Eu te dei tudo o que tenho por dentro / E você levou meu amor / Você levou o meu amor!" (No Ordinary Love - Sade)
E assim, sem falar nada começamos a nos beijar novamente. Dessa vez com calma, carinho, como se estivéssemos nos reconhecendo, mas o desejo logo chegou e foi nos dominando, dando lugar a uma fome, uma vontade enorme de entrar uma por dentro da outra. As mãos ganharam vida novamente, começando as carícias, o reconhecimento. Enfio minhas mãos por baixo da sua blusa, vou arranhando sua barriga, enquanto encho seu ombro de beijos. Nanda puxa meu rosto em busca da minha boca. E continuamos assim, até que beijos e carinhos já não são mais suficientes para aplacar o fogo que estávamos sentindo. Ela se afasta, levanta e me estende a mão.
- Vem, vamos pro meu quarto.
Seguro sua mão e vamos caminhando, mas isso não é suficiente, a envolvi novamente em meus braços e vamos assim, em meio a beijos e afagos para o quarto dela, esbarrando nos móveis, nas paredes, até que nos vemos perto da enorme cama no meio do quarto.
Nanda começa a tirar a blusa, mas eu interrompo seu movimento e ela me olha confusa.
- Deixa que eu tiro.
Recebo um sorriso largo e encorajador de presente. Me aproximo mais e vou subindo sua blusa lentamente, fazendo questão de deixar meus dedos roçarem pelo seu corpo, sentindo sua pele se arrepiar. Passo a blusa pela sua cabeça e fico encantada diante da beleza dos seus seios pequenos, que mostram toda sua excitação.
Sua respiração está ofegante, parece desesperada pelo meu toque. Não demorei a atendê-la, pois estava tão ansiosa quanto ela por esse momento. Avanço em sua direção, fazendo-a se deitar. Sento em suas pernas e começo a acariciar sua barriga, subindo lentamente até chegar aos seios, macios e perfeitos. Nanda solta um gemid*. Aí eu perco o pouco controle que me resta e começo a acariciar de maneira mais ousada. Cubro seu corpo com o meu e vou em direção ao seu rosto, onde deposito beijos molhados na sua boca, queixo e vou descendo em direção ao seu pescoço, passo pelo seu colo nu, até que chego naqueles montes tão desejados. Os gemid*s continuam e vão aumentando de volume à medida que vou aumentando a intensidade dos toques naqueles dois montes, o que só me incentiva a continuar matando meu desejo.
- Você não tem ideia do quanto eu desejei estar assim com você Fernanda. - Me afasto e falo com a voz rouca.
- E você não imagina o tesão que eu fico ouvindo você falar meu nome assim. Há muito tempo espero por esse momento.
Não consigo mais controlar o desejo e começo a tirar o restante da sua roupa. Olho seu corpo nu.
- Você é linda, e muito gostosa Nanda.
- Por que você ainda está vestida?
- Porque eu já não estou mais aguentando de vontade de te sentir.
- E como você acha que eu estou me sentindo, hein? - Nanda força meu corpo para o lado e fica por cima de mim. - Mas vamos tirar toda essa roupa primeiro.
Suas mãos vão direto para o botão da minha calça. Enquanto isso ela vai dando beijos pelo meu corpo até tirar minha calça. Vai subindo e dando suaves mordidas pelas minhas pernas e barriga, até tirar a minha blusa. Sem perceber começo a gem*r com esses toques, o que parece provocá-la ainda mais, pois ela ataca meus seios, alternando a boca entre um e outro, sugando, beijando, mordendo, lambendo e me levando a loucura. Me apertando contra seu corpo como se quisesse garantir que eu não ia fugir. Sobe novamente e volta a beijar minha boca avidamente. Pega minha mão e leva até o meio das suas pernas.
- Sente como você me deixa e imagina como eu vou ficar quando você me possuir. - Fala com a voz rouca.
Eu pego sua mão direita e levo até o meio das minhas pernas.
- Eu não fico muito diferente meu bem, você também me deixa louca de tesão. Eu quero goz*r junto com você. - Continuamos a nos tocar, fazendo os mesmo movimentos, a cada instante aumentando a intensidade dos gestos. As bocas coladas numa fome enlouquecedora. - Goz* comigo Nanda, goz*. Eu não vou conseguir resistir por muito tempo. Vem comigo. - Até que atingimos o orgasm* praticamente no mesmo instante. Ela cai sobre o meu corpo. Mesmo ofegante continuo abraçada a ela, querendo sentir seu corpo junto ao meu.
Assim que Nanda recupera o fôlego começa a distribuir beijos pelo meu rosto, invade a minha boca dando mordidas de leve nos meus lábios, começa a ch*par a minha língua me puxando pela nuca para grudar ainda mais nossos lábios. Ficamos assim por um tempo até que ela se afasta.
- Eu quero sentir seu gosto. - Vai descendo pelo meu corpo dando beijos, mordidas e lambidas até se deter no meu sex* e depois de algum tempo, Nanda me leva a um orgasm* delicioso. Já amanhecia quando fomos dormir.
- Bom dia dorminhoca! - Acordei com Fernanda dando beijos nas minhas costas. - Desculpa te acordar, mas estou cheia de fome. Queria sua companhia para tomar esse café da manhã especial que preparei pra gente.
Viro de frente para Nanda, fico meio encabulada, e puxo o lençol já que estou nua.
- Que horas são hein? - Pergunto me espreguiçando e disfarçando.
- Hum, não se cobre não. - Fala Nanda tentando puxar o lençol. - Se espreguiçando toda linda assim, acho que o café vai ficar pra depois. Você é tão gostosa que vou querer te provar primeiro. E já vai dar uma hora da tarde!
Fico vermelha e aproveito para mudar de assunto.
- Nada disso, estou com fome, você também, então nós vamos comer e depois preciso de um banho. E preciso urgentemente ligar para minha mãe.
- Poxa, não vou ganhar nem um beijinho de bom dia? - Nanda pergunta quase colando a boca na minha.
Seguro seu rosto e vou beijando sua bochecha, nariz, queixo e finalmente sua boca. Nanda sobe no meu corpo começando a se esfregar, intensificando os beijos, mas minha barriga denuncia o tamanho da minha fome, já que não havia comido bem na noite anterior.
- Agora eu preciso de comida!
- Então vamos. Eu ia trazer o café na cama, mas imaginei que você ia estar com muita fome, então preparei tudo lá na cozinha. - Nanda me estende a mão para me ajudar a levantar.
- Onde estão as minhas roupas? - Levanto enrolada no lençol.
- Hum, estão dobradas ali na poltrona, mas não coloca não. - Levanto minha sobrancelha. - Vou te dar um roupão, boba. Se você for tomar café sem roupa, vai acabar ficando com fome. - Fala com um sorriso cheio de malicia.
Quando chegamos na cozinha, tem uma mesa linda pronta nos esperando. Tinha de tudo um pouco, ovos mexidos, pães, bolos, iogurte, morangos, suco, café, leite e mais algumas coisas.
- Como não sabia o que você gosta de comer de manhã fiz de tudo um pouco. - Nanda justifica a mesa enorme.
- Com a fome que eu to, eu como um pouco de tudo que tem aí. Se bem que se eu fizer isso, vou espantar você.
- Claro que não boba! Também estou morrendo de fome. A noite foi intensa, gastamos muita energia. Temos que repor para continuar o segundo tempo. - Nanda fala maliciosa.
Abaixo a cabeça e me lembro de Adele.
- Eu preciso ir embora.
- Ah não! Fica comigo! Avisa a sua mãe e fica comigo esse final de semana. - Fernanda fala com os olhos pidões.
- Não faz assim Nanda. Você sabe que não é só por causa da minha mãe.
- Mas ela não vai ficar em São Paulo? - Pergunta, se referindo a Adele.
- A questão é maior que isso. Eu estou toda errada. Não devia ter ficado com você.
- Você está arrependida. - Nanda mais afirma do que pergunta. E abaixa a cabeça. - Sabia que isso ia acabar acontecendo.
- Não me arrependi não, Fernanda. Só acho que devia ter feito diferente.
- Eu sei! Não queria magoar ninguém, mas não consigo evitar te querer. - Nanda fala.
- Sabe o que é mais louco? Adele me mandou pra cá sabendo que provavelmente isso ia acontecer. Desde que nos viu no aeroporto, ela me manda resolver a minha questão com você.
Nanda faz cara de espanto.
- É serio isso?
- Seriíssimo! Ela quer me ter inteira, sem o "fantasma da Fernanda" entre nós, ou então quer que eu seja feliz com você.
- Nossa! Nem sei o que dizer. - Levanta, vai até a geladeira e pega gelo. - Essa mulher te ama muito ou é completamente doida.
- Ela me ama sim, muito. E eu te digo que também a amo muito, mas você me bagunça demais, Nanda. E confesso que não sei o que fazer.
- Então fica comigo esse final de semana. Assim a gente vê como seria nós duas juntas. E quem sabe assim, não descobre como as coisas estão dentro de você.
- Não sei Nanda.
- Me dá uma oportunidade Mari!
- Vamos tomar café, eu tomo um banho e ligo para a minha mãe.
- Tá bom, mas promete que vai pensar com carinho, por favor!
- Com carinho. Fome, muita fome, deixa eu comer! - Respondo rindo e tentando aliviar o momento.
- Come logo! - Nanda entra na brincadeira. - Não quero que me acusem por cárcere privado, sem direito a alimentação.
Assim que terminamos de tomar o café da manhã Fernanda me manda tomar banho enquanto fica arrumando a cozinha. Não sei o que fazer, quero ficar com a Nanda, mas também quero ficar com minha inglesinha. Tomo um banho quente e relaxante, tentando resolver o que fazer se fico ou se vou.
Saio do banheiro usando o roupão que a Nanda havia me emprestado. Pego meu celular e vejo que havia ligações da minha mãe, Luana e Carla, já sabia que ia ter bronca e um monte de perguntas da Luana. Mando mensagem para Lua e Carla avisando que estava tudo bem e assim que desse ligava para elas. Liguei rapidamente para a minha mãe, que me questionou se eu sabia o que estava fazendo, quando disse que estava na casa da Nanda. Disse que depois nós conversaríamos. E fiz o que sabia que ia ser mais complicado, ligar para Adele.
- Oi amor, tava pensando em você. Estou com saudades. - Diz minha inglesinha.
- Oi meu anjo. Também estou com saudades de você.
- Duvido que você tenha se lembrado de mim. - Responde séria.
- Não tem como esquecer você meu anjo. Você tá no meu coração. - Respondo com sinceridade e com a consciência pesada também, porque só me lembrei dela pela manhã.
- Vou fingir que acredito, Mari. - Ela suspira, como quem busca forças. - Como foi a noite com a Fernanda?
- Preferia conversar pessoalmente com você, Adele. Estou pensando em ir assistir sua apresentação hoje.
- Você ficou com ela, nem precisa negar. Sua mãe me ligou atrás de você de madrugada. - Adele faz uma pausa, respira fundo. - Eu sabia que você não ia resistir quando ficassem sozinhas.
- Meu anjo, eu não ia negar nada. O nosso relacionamento não permite mais isso. Só não queria ter essa conversa por telefone.
- Tá bom Mari. A gente conversa quando eu chegar, no domingo à noite. Agora eu tenho que ir, tenho o último ensaio com o pessoal.
- Ok, meu anjo. Espero que dê tudo certo à noite. Você me liga depois do show? - Pergunto com receio da sua resposta.
- Não sei, você acha que a Fernanda vai deixar você me atender?
- É claro que eu vou poder te atender.
- Você está com ela ainda não é mesmo? E tenho certeza de que ela quer que você passe o final de semana aí. Aproveita, Mari e curte. Como é mesmo aquele negócio que você me falou lá em Londres, quando um casal libera o parceiro para sair sozinho à noite? Sei que tem night no meio.
- Vale night? - Eu começo a rir. - Só você mesmo, Adele. Você tá me dando um vale night amor?
- Não, claro que não. - Ela ri. - Aproveita que estou te dando um vale weekend.
- Você está me dizendo mesmo para ficar aqui o final de semana todo?
- Claro que sim. Você sabe o que eu acho a respeito disso tudo Mari. Curte meu bem. Quando eu voltar nós conversamos sobre tudo isso. Preciso ir. Depois conversamos.
- Ok, mais tarde me liga para dizer como foi tudo. Te amo!
Olho em direção a porta e percebo que a Fernanda está encostada no batente. Não sei o quanto ela ouviu da conversa. Não sei o que vai acontecer depois desse final de semana, mas vou pagar para ver. Desvio o olhar.
Percebo que Adele suspira do outro lado.
- Tchau linda, beijos.
- Arrasa mais tarde minha linda. Milhões de beijos. Tchau.
Desligo o telefone. Nanda não me encara.
- Vou tomar meu banho. - Diz caminhando em direção ao banheiro. Entra e fecha a porta.
Fim do capítulo
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lucy
Em: 26/10/2016
é inegável a boa relação de carinho e respeito entre Mari e Adele, e Nanda teve a prova disso, ela sabe que a rival está à altura dela kkkk um páreo duro, ela está insegura depois dessa conversa que escutou, curiosidade este é meu apelido no momento rs vai ter final de semana ? eu acho que siiiiiim , ainda mais que a Adele deixou kkkk muito boa a estória diferente do que eu imaginava, bjs e é com certeza nota mil
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Luh-Castro
Em: 31/08/2016
Essa Adele viu....diz amar a Mari, mais fica jogando ela nos braços da Nanda....vai entender...rsrs
Cuidado Adele, desse jeito a Mari vai te esquecer hein.
Acho que esse final de semana vai render ....
Beijos Preguicella.
Resposta do autor:
Adele é doida, eu não faria isso nunca. hahaha
Espero sobreviver a essa história. Pq cuidar dessas três não é fácil não viu. haha
Espero que vcs gostem tb do próximo capítulo.
Bjão Luh.
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Baiana
Em: 31/08/2016
Adele é uma alma livre,ela pode ser apaixonada pela Mari,mas não a ama,e a Mari se sente confortável e segura com a Adele pois a mesma sempre a aceitou do jeito que é, e também não há sentimentos fortes envolvidos,caso contrario não haveria espaço para outra pessoa na vida da Mari e nem o incentivo para ser corna por parte da inglesa.
Coma a Fernanda sempre foi amor,mesmo com a distância, mesmo com ela se envolvendo com outra,mesmo ela negando para si mesma, lembrando as afrontas do passado.
Ao ler esse capítulo me veio em mente o poema de Drummond, "ao amor antigo". Acho que esse amor da Mari pela Nanda se parece com o poema,ou eu estou viajando legal na maionese kkkkk
Resposta do autor:
Baiana querida, não conhecia esse poema de Drummond, mas fui atrás. Muito lindo, por sinal! Mas não sei se chega a ser isso tudo o que a Mari sente pela Fernanda sabe. Nem vou dizer o que acho pra não dar um spoiler.
Não sei se esse sentimento da Mari pela Nanda é amor ou só aquela coisa do querer que não foi vivido, querer estar perto sabe, ainda mais que elas só se comunicavam por internet. Pode ser uma fantasia. Não sei... hahaha
Bjão e como sempre, super obrigada por acompanhar e comentar Recomeçar! ;)
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Lily Porto
Em: 30/08/2016
Gente do céu, o que acontece com Adele autora?? Que mulher é essa, acaba de saber que foi traída e ainda pede para que a namorada continue com a outra, que situação viu. É segurança demais ou desprezo hein?! Confesso que estou totalmente confusa e super ansiosa pelo próximo. Bjs.
Resposta do autor:
Lily, a Adele tá jogando com as cartas que ela tem e sobretudo com a confiança no taco dela. hahaha Ela já sabia que mais cedo ou mais tarde esse encontro da Mari com a Fernanda ia acontecer e, que certamente acabaria nisso, uma nos braços da outra. A Nanda não foi ao aeroporto a toa, ela ia partir pra cima e tentar reconquistar Mari. Só lembrar como foi o beijo no escritório. Adele não quis dar a Nanda a oportunidade de reconquistar a Mari, mais fácil jogar logo em cima pra Mari comparar o que elas tem do que deixar a outra jogar pra conquistar. Sei lá... hahaha Espero que vc entenda essa loucura que escrevi. hahahahahaha
Bjão e obrigada por acompanhar e comentar! ;)
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